Poetisa como ningu?m. Ela gostava e tinha facilidade com as palavras. Explorar a l?ngua portuguesa era um dos seus hobbies. Guerreira sem compara??o. Ela batalhou contra doen?a, traumas, incerteza quanto ao futuro. Pioneira e pentecostal acima de tudo. Ela vivenciou os primeiros passos da obra de evangelismo no Estado.
Depois de dar pistas, ? bom logo revelar de quem s?o estas caracter?sticas. Nila Tavares de Almeida ? o nome de mais uma personagem biogr?fica do portal AD Alagoas. Foi ela que lutou, ao lado do esposo, o m?rtir do evangelho, pastor Jos? Esperidi?o de Almeida, contra l?deres religiosos no in?cio do minist?rio e ainda precisou enfrentar uma das piores trag?dias j? registradas contra um ministro assembleiano.
Forte pra valer, esta mulher soube resgatar a alegria mesmo diante de um futuro que parecia sem cores. O marido foi assassinado dentro da congrega??o onde era o dirigente, em Col?nia Leopoldina. E como ficou o cora??o da fam?lia. Estra?alhado, mas com uma esperan?a de que aquilo era somente um cap?tulo e n?o o ponto final.
Para driblar esta grande dificuldade, a irm? Nila Tavares se aprofundou nas letras, nas poesias. Criou dezenas delas e registrou tudo, inclusive a morte do marido. A fam?lia liberou uma parte do acervo de poemas. Leia ao final deste texto.
Ela titulou o acervo de ?RELEMBRAR? e explicou que o material foi escrito para relembrar momentos importantes da vida. ?Vejam como a maioria delas marcam momentos felizes das nossas vidas. Momentos inesquec?veis de demonstra?es de amor, respeito e carinho. As que sinalizam momentos tristes de perda s?o minoria. Nessa compara??o, podemos ver o grande amor de Deus por n?s. O que ele nos proporciona de felicidade e alegria ? muito mais do que as nossas tristezas. Agradecemos a Ele por isso!?, diz um trecho do texto.
Ela continua: ?todos n?s temos nossos momentos de reflex?es indesej?veis; contudo, mesmo causando-nos algum constrangimento, trazem algo de ben?fico. H? proveitosas li?es morais e espirituais, ensinando-nos a tomar decis?es mais positivas e a enfrentar com seguran?a outros revezes da vida que surjam, por acaso?. E dedica os escritos as filhas Adna, Aldina, M?rcia, Magna, Nilinha, D?bora e aos filhos Marcos Esperidi?o e Adiel, e aos netos e bisnetos.
Ela colaborou com o minist?rio do esposo
A irm? Nila Tavares de Almeida nasceu em ?guas Belas no dia 10 de maio de 1923, e conheceu Jesus ainda na inf?ncia, quando tinha 10 anos de idade. Conforme os parentes revelam, ela foi pioneira no evangelismo da Assembleia de Deus no Estado de Alagoas, sempre colaborando com o minist?rio do seu esposo, o pastor Jos? Esperidi?o de Almeida. Os dois se casaram em 1952. Ela foi a primeira mulher a aceitar Jesus na cidade de Penedo, onde morava quando pequena. A irm? dela, Neli Tavares, se converteu no mesmo dia.
Acompanhando o marido, cooperou na obra de Deus nos campos de Palmeira dos ?ndios, Vi?osa, Penedo e Col?nia Leopoldina. Vi?va desde 1963, a irm? Nila n?o quis mais se casar. Para se recuperar do trauma da morte do marido, foi morar, por muito tempo, na cidade de Rio Largo, desenvolvendo v?rias atividades ? uma delas como professora ? e atuando no minist?rio da Assembleia de Deus local.
Nos ?ltimos anos, morava em Macei?, exercendo o of?cio de professora da Escola B?blica Dominical (EBD) na igreja-sede, no Farol. ?A v? Nila deixa seu exemplo de vida e muitas saudades aos nove filhos, vinte e sete netos, e dezenove bisnetos?, resume Francys Almeida, um dos netos.
Morte aconteceu no ano passado
Morreu no dia 5 de setembro de 2009, por volta das 4h, aos 86 anos. Nila dormiu no Senhor sem que ningu?m percebesse. Estava deitada e uma das irm?s percebeu que os seus sinais de vida haviam desaparecido. A causa foi fal?ncia m?ltipla dos ?rg?os em consequ?ncia do agravamento da doen?a de Chagas e de Alzheimer que sofria. Ela j? estava acamada havia tr?s anos e sobrevivia na depend?ncia dos parentes.
O corpo da poetisa foi sepultado no cemit?rio S?o Vicente, em Rio Largo, em um jazigo ao lado do t?mulo onde est?o os restos mortais do esposo dela.
Poema
INF?NCIA, MOCIDADE, VELHICE
(Acr?stico)
Inf?ncia, ?s tu quadra primeira
No poema da nossa exist?ncia
Formando, desde ent?o nossa carreira
At? galgarmos grau de consci?ncia.
Nesta primeira etapa, de incertezas,
Caminhado a passos tr?pegos, por?m,
Ing?nua extra?s da natureza
A seiva bruta para a vida al?m.
Mocidade, brisa doce e calma,
Olorosa qual rosa no jardim;
Cintilante como a estrela d?alva
Irradiando seu fulgor sem fim.
Dando suave frescor ?s suas vidas
Aromatizando-as com festim,
Dando coragem, p?ra nas fortes lidas
Esperarmos em Deus, at? o fim.
Velhice; sonhos, batalhas vencidas!...
?s a imagem da vida passada:
Lembrado um ser, com l?grimas sentidas
Honrando algu?m por a?es refletidas;
Inda desejas ?xito na jornada...
Contentas-te, por?m em ser querida
Em s?o conv?vio com a fam?lia amada.
Nila Tavares
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