Qual a importância de uma alma?
Aqui em Maragogi, temos experimentado uma terra fértil. Quando evangelizamos, as pessoas ouvem; quando convidamos para os cultos, elas vêm; quando fazemos o convite, muitos aceitam e se convertem. Essa é a nossa realidade. Glória a Deus por isso!
Mas no sertão de Alagoas a realidade é diferente. Estive em Delmiro Gouveia, no povoado de São Sebastião, onde a igreja é pastoreada pelo nobre Pr. Isaac Barbosa, um homem de Deus, verdadeiro evangelista.
A obra ali já conta com mais de 30 anos de evangelização, e o templo sede foi construído há cerca de 13 anos. Mesmo assim, o número de crentes gira em torno de 50 fiéis. Isso já é um milagre diante da forte resistência encontrada.
Ali, filhos de católicos são orientados a não brincarem com filhos dos “protestantes”. Muitos adultos se recusam até a beber a água da igreja. Quando o pastor sai para evangelizar, é confrontado, pois impera a orientação para povo rejeitar o evangelho de Jesus.
Mas a igreja não desiste. Continua cumprindo o seu papel, levando a mensagem da salvação. E Deus enviou reforço: um grupo de músicos missionários uniu-se para realizar uma cruzada evangelística. A igreja recebeu o apoio com alegria, iniciou um período de jejum e oração, visitou moradores e os convidou para o evento.
E o Senhor deu vitória! Para a glória de Deus, mais de vinte pessoas compareceram à cruzada. Foram impactadas pelos louvores e pela pregação. No sertão, isso é uma grande conquista. E, coroando aquela noite, uma vida se entregou a Cristo. Glória a Deus!
Pode parecer pouco para quem vive em uma terra de grandes colheitas, mas no sertão foi um verdadeiro milagre. Já fazia cerca de um ano e dois meses que ninguém se convertia — não por falta de esforço, mas por causa da dureza de corações. Essa conversão foi sinal de um novo tempo, promessa de que mais corações se abririam para Cristo.
Um dia após essa experiência no sertão volto para a nossa realidade. Foi realizado em nossa congregação e nas demais espalhadas no campo em Maragogi o culto da centésima ovelha perdida, onde várias pessoas não evangélicas e afastadas dos caminhos do Senhor foram convidadas para ouvir a palavra de Deus. Preguei e fiz o convite. Dez vidas se renderam a Cristo.
Outras 133 se renderam, frutos de trabalhos evangelísticos nas congregações ao longo da semana, chegando a incrível marca de 143 vidas para Jesus em uma semana. E essa experiência nos leva a refletir: precisamos valorizar nossas colheitas, seja uma vida ou milhares. Porque uma alma vale muito diante de Deus.
Qual vale mais? Essa não é a questão! Jesus morreu por todas elas!
Do litoral ao sertão. De uma realidade para a outra. Fica a reflexão.
E para você. Quanto vale uma
alma?
Você largaria tudo por apenas um "alguém"?
Jesus respondeu essa pergunta com a própria vida. Paulo nos lembra que Ele “esvaziou- e a si mesmo” (Fp 2:7, NVI): deixou a glória, tomou a forma de servo e foi ao encontro dos perdidos. Em Lucas 15, o Pastor deixa as noventa e nove para ir atrás daquela que se perdeu. Não por cálculo, mas por amor. Essa imagem simples nos ensina a grande verdade: uma alma vale tudo.
O valor de uma alma não é uma ideia abstrata. João 3:16 nos dá a medida: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único…”. O preço pago não se mede em moedas; mede-se em sangue, humilhação, cruz, entrega total. Quando uma vida se volta para Cristo, o que se celebra não é apenas um número na plateia, mas o triunfo do amor redentor que atravessou o tempo e a eternidade para resgatar um ser humano. Portanto, valorizar uma alma significa reconhecer o que já foi pago por ela e responder com o mesmo investimento: tempo, oração, disposição e sacrifício.
Hoje, nossa experiência nos mostra dois campos diferentes: alguns lugares têm terra fértil; outros, terra seca. Em Maragogi temos visto a semente brotar com rapidez — pessoas ouvem, respondem, se convertem. Em contraste, no sertão de Alagoas a batalha é outra: tradições enraizadas, resistências familiares e desconfiança contra o Evangelho fazem com que cada decisão por Cristo seja conquistada com suor e oração. Lá, abrir uma porta, ganhar a confiança de uma família, ver vinte pessoas numa cruzada e, sobretudo, testemunhar uma única conversão depois de longos meses é motivo de júbilo celestial.
O trabalho missionário nessas áreas exige perseverança. Não é somente a pregação num púlpito aos domingos: é visita, presença, serviço, jejum, oração, e também “criatividade” missionária. Há histórias em que músicos foram o instrumento que Deus usou para romper o silêncio; equipes que, unidas, visitaram casas e convidaram vizinhos; congregações pequenas que se mantiveram firmes por décadas, sustentando a chama pentecostal do testemunho apesar das dificuldades.
E então vem o milagre: depois de um longo tempo sem decisões, uma pessoa se rende, ajoelha-se, entrega a vida. Esse momento não é uma “pequena vitória”; é um divisor de águas. Quando um coração se abre, as portas do céu se deslocam; a esperança é reacendida para uma comunidade inteira. Uma única conversão pode ser o início de um novo tempo onde incredulidade retrocede e novos caminhos se abrem para mais vidas. Hoje são 50, amanhã serão 100. Por isso, não subestimemos o que parece pequeno. O céu celebra por cada alma que se entregou a Cristo, e o nosso compromisso nesta terra deve corresponder a essa celebração.
O que fazer, então? Praticamente, agir com fidelidade nos meios simples e constantes: Oração; Ir e visitar; Anunciar; Sustentar; Discipular.
Se Cristo deu tudo por uma alma, nossa resposta não pode ser menor.
A igreja que testemunha a colheita em Maragogi sabe celebrar; a igreja do sertão sabe perseverar. Ambas nos ensinam que o valor é o mesmo: infinito. Diante disso, evangelizar deixa de ser opcional e torna-se obrigação sagrada; um reflexo do amor que nos alcançou primeiro.
Portanto, volto à pergunta que abre estas páginas: Quanto vale uma alma? Resposta clara e decisiva: vale tudo. Vale a cruz, vale o sangue do Cordeiro, vale a nossa oração, o nosso tempo, o nosso envio. Se uma alma tem esse valor para Cristo, também deve ter para nós, e por isso, enquanto houver vida, haverá missão.
Que estas poucas páginas inflamem seu coração e provoquem ação: ore, envolva-se, envie, sustente. Vá onde a sede é maior que a água. Cada folheto, cada visita, cada palavra dita com amor pode ser a mão que traz de volta uma ovelha ao aprisco. Não esconda seu compromisso. A colheita é do Senhor, mas nós somos chamados a semear.
Por: Ev. Júnior Galdino e Aux. Paulo Wanderley
Povoado São Sebastião:
O campo de São Sebastião está localizado no município de Delmiro Gouveia, sertão de Alagoas. A congregação, com mais de 30 anos de evangelização e um templo sede construído há cerca de 13 anos, conta com aproximadamente 50 crentes e é pastoreada pelo Pr. Isaac Barbosa.
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