Nos séculos 17 e 18, a Europa sofria grande influência do Iluminismo; na Inglaterra, assim como em todo o continente, a religião enfrentava um grande revés. A religião estava enferma e as igrejas sofriam com a frieza espiritual. No século 18, era “moda” dizer que não se pertencia a nenhuma igreja e que não se acreditava em Deus. Susanna Wesley, era filha de puritanos ingleses, que se casou com Samuel Wesley, um pastor anglicano. Dessa união nasceram 19 filhos. Susanna teve muitas provações, ela e sua família enfrentaram diversos desafios financeiros, pelo fato de seu esposo ser, algumas vezes, indisciplinado e não ter um bom relacionamento com os fiéis.
Contudo, Susanna teve muita perseverança e disciplina para administrar sua casa, educar e alfabetizar todos os filhos e pastorear o rebanho na ausência do marido. Na biografia de Susanna, nos deparamos com uma mulher simples, mas que sabia o que queria; tendo sabedoria e postura ao se expressar em defesa do chamado de Cristo em sua vida. Ela dizia que se Deus a quisesse usar, ela não podia rejeitar o “ide” de Jesus. Isso pode nos fazer refletir o quanto nós, mulheres cristãs, podemos influenciar nos espaços que ocupamos. Susanna Wesley influenciou seus filhos de tal forma, que é reconhecida como a “mãe do metodismo”.
A disciplina regada de amor e piedade atraia as pessoas aos cultos que Susanna dirigia. Disciplina requer amor e fé. E ela lutava pelas seguintes causas: discipular e educar seus filhos com base na fé e na doutrina de Cristo. E Susanna Wesley o fazia com disciplina, mas também com amor e fé. Ela se esforçava, a fim de que seus filhos fossem salvos e suas vidas glorificassem a Deus. Ter uma vida disciplinada requer esforço e abnegação. Todavia, a verdade é que hoje muitas mulheres acreditam ser cristãs, mas não querem aceitar o caminho de renúncia que Cristo nos diz ser necessário para segui-lo: “ E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lucas 9:23).
Como filhas de Deus, devemos exercer o nosso papel, buscando o conhecimento bíblico e a prática da Palavra, creio eu que Susanna Wesley teve muitos motivos para ser uma mulher comum, e poderia ter tido uma vida de lamentações e frustações. Contudo, ela decidiu crer no poder de Deus para usá-la em meio a inúmeros desafios. Uma mulher cristã jamais será uma mulher comum.
O período histórico em que Susanna Wesley viveu foi difícil e trabalhoso. Hoje, no século 21, também enfrentamos desafios e dificuldades. É preciso estar enraizada em Cristo Jesus, saber quem somos e como queremos influenciar a nossa geração. Tudo começa no lar. Susanna foi uma mulher à frente do seu tempo. Ela não abriu mão do chamado de Deus e realizou sua missão sendo esposa, mãe, educadora, teóloga e apascentadora.
Portanto, sem a prática da disciplina seremos mulheres fracas espiritualmente, e, consequentemente, saberemos pouco sobre a nossa fé, sobre o propósito de Deus para a nossa vida, família, igreja etc. Os frutos permanecem, mesmo quando partimos. Essa é a verdade que glorifica a Deus. Como queremos ser lembradas? Qual legado queremos deixar para este tempo? Que Deus desperte em nós, mulheres de todas as idades, o desejo de saber em Deus pela sua palavra e cresçamos na graça e no conhecimento de Cristo Jesus.
Referências:
ALMEIDA, Rute Salviano. Vozes Femininas nos Avivamentos: Europa e Estados Unidos: séculos 18, 19 e início do século 20. Viçosa: Ultimato, 2020.
BTCAST-189- WESLEY, Susanna. Disponível em: https://bibotalk.com/podcast/btcast189/. Acesso em 7 de jun de 2021.
DONATO, Ronald Gripp. Susanna Wesley e sua influência na vida de John Wesley. São Paulo: Editora Reflexão, 2016.
Caroline Fontes é bacharel em Teologia com pós em Ciência da Religião; formada em Pedagogia pela UERJ e pós-graduação em Neuropsicopedagogia – FAMEESP. Mora no Rio de Janeiro, é casada com o Pr. Ediudson Fontes, mamãe de Calebe Fontes. Diaconisa na Igreja Assembleia de Deus – Cidade Santa, Rio de Janeiro, liderada pelo Pr. Rodrigo Costa, é professora na Escola Bíblica Dominical e idealizadora do Clube de leitura da Mulher cristã – Enraizadas em Cristo.
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