De acordo com a Portas Abertas, a Coreia do Norte é apontada como a nação que mais queima Bíblias no mundo, como relatam os analistas.
Apenas segurar uma Bíblia pode levar a consequências letais no país que ocupa o 1º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023.
Yong Sook (nome fictício por motivos de segurança) conta que seu avô se converteu ao cristianismo na Coreia do Norte e colocou toda a família em perigo por causa de sua fé.
A norte-coreana também é cristã e, por isso, também é perseguida pelo regime ditatorial de Kim Jong-Un.
“A sociedade virou as costas para nós. Policiais interrogaram minha mãe por meses. Ela era obrigada a ficar de joelhos e responder a todas as questões”, contou.
‘Medo de ser preso novamente’
Young também conta que, quando seu pai ainda não era cristão, ele foi preso e forçado a negar Jesus. Ele negou e foi liberto, mas os outros prisioneiros que estavam com ele não cederam à pressão e foram enviados para campos de trabalho forçado.
Quando o pai de Young voltou para casa, sua aparência chocou a todos: “Ele estava pele e osso, parecia um esqueleto. Meu pai parecia mais morto do que vivo. Ele nunca conversou conosco sobre o período na prisão, mas voltou diferente. Estava deprimido e silencioso”, relatou.
“Antes da prisão, ele tinha um bom emprego. Era diretor da estação de trem. Agora carrega bagagens nos trens e vive assustado com medo de ser levado mais uma vez para a prisão”, continuou.
‘Obrigados a trabalhar para o governo’
O avô de Young, por sua vez, também mudou muito depois que o filho saiu da prisão. Ele nunca mais disse uma palavra sequer: “Meu avô se sentiu muito culpado. Ele não conseguia nem manter contato visual”.
A família então se mudou para um vilarejo remoto de onde estavam proibidos de sair e foram obrigados a trabalhar para o governo.
Infelizmente, essa é a realidade dos norte-coreanos. Para fugir das atrocidades do regime, muitos fogem para a China, o país vizinho. Mas, nem todos conseguem permanecer ali.
‘Vou obedecer Jesus até a morte’
Ao fugir da Coreia do Norte, muitas mulheres são vítimas do tráfico humano. Elas são estupradas pelos chineses que as compram e depois deportadas para a Coreia do Norte, onde são obrigadas a abortar o bebê.
Alguns refugiados norte-coreanos encontram abrigo na China e recebem proteção de organizações cristãs como a Portas Abertas. Eles são evangelizados e vivem nas casas de refúgio.
Atualmente, há mais de 10 mil cristãos norte-coreanos que recebem treinamentos bíblicos transmitidos via rádio de outros países. Para muitos deles, é o primeiro contato com o Evangelho e, quando retornam para a Coreia do Norte, estão preparados para fortalecer a igreja secreta.
Um cristão perseguido norte-coreano compartilhou: “Quero caminhar na fé e obedecer a Jesus até a morte. Digam ao povo de Deus que não mede esforços para nos socorrer que estamos praticando o amor de Deus aqui, na Coreia do Norte”.
Da Redação/AD Alagoas
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