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08/04/2021

Artigo: Pasur e suas lições de vida

Pr. Silvio Martins compartilha ensinamentos inspirados no sacerdote contemporâneo de Jeremias


Nobres Companheiros, estarei colocando o texto base do livro do profeta Jeremias no capítulo 20 e versículos de 1 a 6 para nossa reflexão com o objetivo de facilitar o entendimento do assunto que será exposto: “E PASUR, filho de Imer, o sacerdote, que havia sido nomeado presidente na casa do SENHOR, ouviu a Jeremias, que profetizava estas palavras. E feriu Pasur ao profeta Jeremias, e o colocou no cepo que está na porta superior de Benjamim, na casa do SENHOR. E sucedeu que no dia seguinte Pasur tirou a Jeremias do cepo. Então disse-lhe Jeremias: O SENHOR não chama o teu nome Pasur, mas, Terror por todos os lados. Porque assim diz o SENHOR: Eis que farei de ti um terror para ti mesmo, e para todos os teus amigos. Eles cairão à espada de seus inimigos, e teus olhos o verão. Entregarei todo o Judá na mão do rei de Babilônia; ele os levará presos a Babilônia, e feri-los-á à espada. Também entregarei toda a riqueza desta cidade, e todo o seu trabalho, e todas as suas coisas preciosas, sim, todos os tesouros dos reis de Judá entregarei na mão de seus inimigos, e saqueá-los-ão, e tomá-los-ão e levá-los-ão a Babilônia. E tu, Pasur, e todos os moradores da tua casa ireis para o cativeiro; e virás a Babilônia, e ali morrerás, e ali serás sepultado, tu, e todos os teus amigos, aos quais profetizaste falsamente”.

Estarei, com a ajuda do Santo Espírito, expondo algumas lições extraídas da vida de Pasur com a finalidade de reconscientizarmos de que em nosso caminho ministerial vez por outra poderá surgir alguém que seja um “Pasur”. Tenhamos em mente que não somos melhores do que Jeremias, o profeta das lágrimas. O profeta Jeremias era de Anatote de Benjamim e descendente da classe sacerdotal. Recebeu seu chamado para ser profeta no tempo do rei Josias, o qual continuou exercendo o ministério profético nos reinos de Jeoacaz, de Jeoaquim, de Joaquim e de Zedequias. Diante disto, temos plena ciência das situações variadas em que passou o homem de Deus e certamente todas elas lhe ofertaram experiências que contribuíram no seu amadurecimento.

Pois bem. Iniciemos com a realidade de que Pasur era de família judia. Com isto, já entendemos que ele tinha conhecimento das leis de Deus, tinha conhecimento também de que pertencia a um povo escolhido por Deus para o servir com alegria (Sl 100.1), com sinceridade e com verdade (Js 24.14), com temor (Sl 2.11), dentre outras coisas. Justamente por ele ter sido ensinado nas questões de ter uma vida com Deus, devia dar um bom testemunho para com os seus.

Quantos Obreiros que estão na Casa de Deus e foram criados aos pés de homens capacitados por Deus à semelhança do apóstolo Paulo conforme Atos 22.3, que disse: “Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois”. Os tais chegam a envergonhar por meio de seu comportamento e de suas atitudes aqueles que um dia lhe instruíram. E isto, dentre outras coisas, por não conservar os sadios ensinamentos que lhes foram ofertados.

 Quantos Obreiros que estão servindo na Casa de Deus e têm renunciado em ser um bom ministro de Jesus Cristo por assentarem em seu coração o propósito de não quererem aceitar a totalidade da santa Palavra de Deus, contrariando assim o que Paulo ofertou a Timóteo conforme 1 Timóteo 4.6 que diz: “Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido”.

São Obreiros que fazem parte da família cristã, todavia, estão contrariando a sua chamada oriunda de Deus e mostrando ao povo de Deus que preferem fazer o que bem lhes parece aos seus olhos fazer, demonstrando desdém e uma certa incoerência com o que ensina no Santuário. Tenhamos cuidado!

Continuemos a caminhada das lições obtidas na vida de Pasur para nós. A próxima lição é que Pasur era sacerdote. Sabemos que no Antigo Testamento havia requisitos para um sacerdote exercer sua função. Isto está notificado em Levítico 21.17-21 que diz: “Fala a Arão, dizendo: Ninguém da tua descendência, nas suas gerações, em que houver algum defeito, se chegará a oferecer o pão do seu Deus. Pois nenhum homem em quem houver alguma deformidade se chegará; como homem cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, ou homem que tiver quebrado o pé, ou a mão quebrada, ou corcunda, ou anão, ou que tiver defeito no olho, ou sarna, ou impigem, ou que tiver testículo mutilado. Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver alguma deformidade, se chegará para oferecer as ofertas queimadas do SENHOR; defeito nele há; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus”. Nós, como sacerdotes da Nova Aliança, somos conscientes das qualificações exigidas no Livro de Deus para se exercer esta nobre função na casa de Deus, estando exclusivamente a serviço de Deus para com seu povo (1 Tm 3; Tt 1). Não podemos esquecer desta grande e irrefutável verdade!

Certamente ele era um sacerdote com condições de exercer o sacerdócio, contudo, trilhou por um caminho deplorável que será a última lição que descreveremos. Fundamentalmente, é dever do Ministro do Evangelho primar pela conservação da atividade ministerial de maneira que o ministério não seja de forma alguma censurado como vemos em 2 Coríntios 6.3 que diz: “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”.

Como sacerdote, devia com certeza saber que agia como um intermediário no culto do Antigo Testamento e que representava Deus diante do povo e, da mesma maneira, representava o povo diante de Deus. É aqui que chego a pensar que Pasur parece que não queria mais vivenciar isso como uma realidade ministerial. Com isto, entendo que há ministro que também perdeu o conceito de ser sacerdote da Nova Aliança por perder a sua identidade de ser um representante de Deus e querer trazer inovações no culto a Deus.

Como sacerdote, tinha a oportunidade de educar o povo na Lei como vemos nos textos bíblicos de 2 Reis 17.27,28: “Então o rei da Assíria mandou dizer: Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá; e vá e habite lá, e ele lhes ensine o costume do Deus da terra. Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao SENHOR”. E também de 2 Crônicas 15:3: “E Israel esteve por muitos dias sem o verdadeiro Deus, e sem sacerdote que o ensinasse, e sem lei”.

Existem nos tempos atuais Obreiros que já não primam mais pela responsabilidade de transmitir a Palavra de Deus com o real objetivo de educar a igreja e até os líderes sob sua batuta. Os apóstolos disseram: “E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra”, Atos 6.2-4. Alguns parecem que esqueceram do que Jesus disse em Mateus 4.4: “Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”.

O Obreiro tem que educar o povo pela Palavra, pois existe um grupo de falsificadores da Palavra de Deus perturbando vidas como vemos em 2 Coríntios 2.17: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus”. O Obreiro que educa o povo pela Palavra não precisa e nem deve andar com astúcia, quanto mais intentar adulterar a Palavra de Deus conforme nos admoesta 2 Coríntios 4.2: “pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus”.

O Obreiro precisa comunicar a palavra da verdade como diz Efésios 1,13: “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação...”. O Obreiro deve reter a palavra da vida segundo Filipenses 2.16: “Retendo a palavra da vida...”. O Obreiro deve deixar com que a palavra habite de maneira abundante dentro de si como vemos em Colossenses 3.16: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao SENHOR com graça em vosso coração”.

O Obreiro precisa deixar a palavra soar através dele como se vê em 1 Tessalonicenses 1.8: “Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma”.

O Obreiro deve se esquivar de ensina alguma outra doutrina como vemos em 2 Timóteo 6.3: “Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade”. O Obreiro deve lutar para constantemente apresentar-te a Deus aprovado como se vê em 2 Timóteo 2.15: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. E, por fim, pregar com toda a doutrina: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”, 2 Tm 4.2.

Como sacerdote Pasur chegava a executar tarefas relacionadas a fazer o diagnóstico de certos tipos de lepras (Levítico 13.1-14). A lepra representa o pecado. Então, o Obreiro necessita atendar para as situações pecaminosas ocorrentes na comunidade, tratando os casos de conformidade com a Bíblia sem querer praticar dois pesos e duas medidas. Vejamos o que as Escrituras nos apontam sobre a questão ora abordada: a) Levítico 19.36: “Balanças justas, pesos justos, efa justo, e justo him tereis. Eu sou o SENHOR vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito”; b) Deuteronômio 25.13: “Na tua bolsa não terás pesos diversos, um grande e um pequeno”; c) Provérbios 16.11: “O peso e a balança justos são do SENHOR; obra sua são os pesos da bolsa”; d) Provérbios 20.10: “Dois pesos diferentes e duas espécies de medida são abominação ao SENHOR, tanto um como outro”; e) Provérbios 20.23: “Pesos diferentes são abomináveis ao SENHOR, e balança enganosa não é boa”; f) Miquéias 6.11: “Seria eu limpo com balanças falsas, e com uma bolsa de pesos enganosos?”.

A terceira lição que encontramos em Pasur é de que ele exercia cargo na casa de Deus, ou seja, foi nomeado presidente na casa do Senhor. Penso que ele deixou o poder subir a cabeça. É aqui onde mora o problema de muitos. Pensam que já são “grandes” e agora querem fazer o que pensam, querem pisar os pequenos, querem sugar da igreja etc. Chegam até imaginar que tem o rei na barriga! Crítica é a situação degenerativa de muitos deles. Que Deus tenha misericórdia!

A verdade é que quando recebemos algum cargo na casa de Deus devemos nos valer das palavras de Maria que disse: “Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada”, Lc 1.48. O rei Davi, mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus, não deixou sentimentos danosos tomarem conta de seu coração, conforme 2 Samuel 6.22: “E ainda mais do que isto me envilecerei, e me humilharei aos meus olhos; mas das servas, de quem falaste, delas serei honrado”.

O rei Nabucodonosor chegou a reconhecer que Deus humilha os que andam na soberba: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu; porque todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba”, Dn 4.37. E o Senhor Jesus notificou com maestria uma lei áurea em Lucas 14.11 que diz: “Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado”.

Sim. Não posso deixar de abordar a questão de que quando por bondade de Deus e indicação do seu superior formos escolhidos para algum cargo na casa de Deus, não permitamos deixar de se autopoliciar cotidianamente com a finalidade de permanecermos sempre disponíveis aos outros, sabendo de que um dia poderemos sair do cargo e com ele deixarmos pessoas que não foram construídas para serem nossos amigos. Incontestavelmente, tem aqueles que ficam tão empolgados com seu cargo que chegam a maltratar e desvalorizar seu próximo.

Infelizmente, temos Obreiros que para ocupar cargos também chegam a morder pela calada, ou seja, trai, calunia, prejudica ao próximo com o desejo ardente de ocupar certos cargos para que outros não passe na sua frente. Triste, mas real esta situação.

Lembro de João Batista que disse: “É necessário que ele cresça e que eu diminua”, Jo 3.30. Não quero ser polêmico, mas verdade seja dita: Muitos estão longe desta realidade vivida pelo primo de Jesus. Existe razão sobeja para quem ocupa cargo na casa de Deus de se abaixar, não querer ser visto pelos homens com proclamações eufóricas para massagear o seu ego. É necessário sabermos administrar os elogios que chegam a nos ofertar pois somos testados por meio deles como encontramos em Provérbios 27.21: “Como o crisol é para a prata, e o forno para o ouro, assim o homem é provado pelos louvores”.

A próxima lição contemplada no personagem Pasur é de que ele ouvia bem: “ouviu a Jeremias, que profetizava estas palavras”. Aqui enxergo a necessidade primordial que o Obreiro deve ter em ouvir a mensagem de Deus transmitida com fidelidade, nem que seja como disse o Senhor ao profeta Ezequiel: “quer ouçam quer deixem de ouvir” (Ez 2.5,7,11). No Novo Testamento foi a vez do Senhor Jesus em dizer: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mt 11.15; 13.9; Lc 8.8; 14.35). Pasur ouviu, mas não valorizou rejeitando a mensagem de Deus enviada pelo profeta Jeremias.

Não nos esqueçamos de que sempre existirá também pessoas que estarão com a mente e o coração voltados para ouvir a mensagem de Deus a semelhança de Lídia: “E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o SENHOR lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia”, At 16.14.

Por mais que os dias sejam tenebrosos não podemos esmorecer em falar a Palavra de Deus pois haverá pessoas como Cornélio que dirão: “E logo mandei chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora, pois, estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado”, At 10.33. Estejamos confiantes no Senhor de que haverá pessoas que quererão ouvir a palavra de Deus em vez de outra coisa como Sergio Paulo: “O qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus”, At 13.7.

A quinta lição que podemos extrair é que ele não respeitava o homem de Deus pois “feriu Pasur ao profeta Jeremias”. Isto vislumbra a falta de respeito que esse homem nutria contra o profeta de Deus. Não podemos negar que em dias atuais ainda tem gente que segue as pisadas de Pasur! Parece que nunca aprenderam a respeitar líderes e nem a outros. Desrespeitam com atitudes, com comportamentos reprováveis, com palavras insensatas, com gestos desprezíveis, e às vezes, criam grupos para ajuntarem-se em semear tal situação no seio da liderança e até do povo em geral com intenção de alastrar tamanho mal.

Romero Rodrigues em seu site disse que “...Desrespeito, de qualquer forma e com quem quer que seja, é uma das forças mais destrutivas...”. Mas, parece-me que existe alguns Pasur em nosso meio ministerial que amam desrespeitar a quem verdadeiramente é servo de Deus e está comprometido com a transmissão da Palavra de Deus para o povo.

  Seja Deus misericordioso conosco e nos ajude a vencer o Pasur da atualidade e também nem sermos um Pasur!


http://www.romerorodrigues.com/12-coisas-que-lider-de-sucesso-nao-toleram/ no dia 20/07/2019 às 01h02.

https://www.locusbc.com.br/saiba-como-agir-quando-sua-equipe-nao-te-respeita/ no dia 20/07/2019 ÀS 01h05


Silvio Vinicius Martins

Pastor, líder da AD em Piaçabuçu (AL), graduado em Teologia, articulista, Presidente da Comissão de Apologética da Convenção da Assembleia de Deus no Estado de Alagoas (Comadal); Escritor, Youtuber.

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