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27/12/2020

Bajuladores no ministério?

É clarividente ao nosso entendimento que a bajulação pode proceder do líder para o povo, mas o inverso não deixa de ser também uma realidade


Sei que você pode está imaginando que esta indagação é muito polêmica, mas não deixa de ser uma verdade incontestável. Vivemos em uma sociedade cristã a qual tem pessoas praticantes desta ação interesseira. Olhando para o Dicionário Online de Português – Dicio, encontramos a definição de bajulador: “aquele que elogia as qualidades de outra pessoa com algum tipo de interesse pessoal”. Porventura conheces alguém assim? Em vista disto, exponho alguns sinônimos do vocábulo bajulador, como: adulador, babão, chaleira, escova-botas, lambe-botas, lisonjeador, puxa-saco e outros. Estando ainda pesquisando no site origem da palavra encontrei uma explicação acerca do termo puxa-saco, a saber: “parece vir da época do Brasil Colônia, quando os oficiais do Exército, ao serem transferidos para outra cidade, chegavam levando os seus pertences num saco de pano. Quando estavam procurando um lugar para pousar, sempre aparecia alguém querendo pegar o saco para ajudá-los, de olho na gorjeta ou em qualquer benefício”. O vocábulo bajular vem do latim bajulare que quer dizer “o que leva a carga para outro”, ou seja, ato de levar a bagagem alheia. Ainda, temos o termo adulando que vem do latim adulare, lisonjear, afagar. Tudo indica que “este verbo se aplicava aos afagos feitos num cão, depois aos que este fazia no dono, abanando o rabo e se mostrando contente mesmo quando não fosse bem tratado”.

Desta maneira quero inquestionavelmente basear meu artigo num texto sagrado escrito pelo Apóstolo dos gentios, Paulo, na Primeira Carta aos Tessalonicenses 2.5 que diz: “Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha”, grifo meu. Porei aqui algumas traduções para clarear nosso entendimento, a saber: a) A21 – “Deus é testemunha de que nunca usamos de bajulação, como sabes...”; b) NBV – “Nunca procuramos em nenhuma ocasião ganhá-los com bajulação, como vocês sabem muito bem...”; c) NHTL – “Pois vocês sabem muito bem que não usamos palavras bonitas para enganar vocês...”; d) NVT – “Como bem sabem, nunca tentamos conquistá-los com bajulação...”. Com toda a certeza vemos no texto citado quatro coisas interessantes, como: a) a convicção de Paulo ao usar o advérbio de negação de nunca ter usado de bajulação (“nunca”, “não”); b) a consciência de que a igreja sabia do procedimento do apóstolo (“como bem sabeis”); c) ele não utilizou meios para bajular (“usamos”, “procuramos”, “tentamos”); d) são utilizados adjetivos variados para descrever a bajulação, ou seja, “palavras lisonjeiras”, “palavras bonitas”. Ora, o texto sagrado é bem clarividente ao nosso entendimento ao revelar que a bajulação pode ter procedência do líder para o povo. Mas, o inverso não deixa de ser também uma realidade. Existe sim, um número considerável de líderes (não importa o cargo ou a função que ocupam) que são “doentes” por alguém que os bajule constantemente. Na verdade, isto deve ser inadmissível e intolerável! De líderes se buscam coisas melhores e não medíocres!

Mas, aqui quero inclusivamente de conformidade com as Escrituras Sagradas contemplar alguns textos que mostram algumas características do bajulador, a saber: a) são interesseiros: “Essas pessoas vivem se queixando e são descontentes com a sua sorte, seguem os seus próprios desejos impuros; são cheias de si e adulam os outros por interesse”, Jd 16; b) tem segundas intenções: “Cada um mente ao seu próximo; seus lábios bajuladores falam com segundas intenções”, Sl 12.2; c) manipuladores: “Que o Senhor corte todos os lábios bajuladores e toda língua arrogante”, Sl 12.3; d) falsos e mentirosos: “Todavia lisonjeavam-no com a boca, e com a língua lhe mentiam. Porque o seu coração não era reto para com ele, nem foram fiéis na sua aliança”, Sl 78.36,37; e) enganadores: “Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples”, Rm 16.18; f) oportunista: “O que repreende o homem gozará depois mais amizade do que aquele que lisonjeia com a língua”, Pv 28.23; g) articulador: “Quem adula seu próximo está armando uma rede para os pés dele”, Pv 29.5; h) provocador de ruínas: “A língua falsa odeia aos que ela fere, e a boca lisonjeira provoca a ruína”, Pv 26.28.

Outrossim, observemos algumas declarações sobre a bajulação: a) “As línguas dos bajuladores são mais macias do que seda na nossa presença, mas são como punhais na nossa ausência”, Textos Hindus; b) “Livre-se dos bajuladores. Mantenha perto de você pessoas que te avisem quando você erra”, Barack Obama; c) “Duas são as feras que em nós produzem mais danos: uma cruel e selvagem, a inveja; outra, mansa e doméstica, a adulação. Queres perder um inimigo? Adula-o”, Jonathan Swift; d) “Chefe que se entrega ao oportunismo dos bajuladores de plantão não sabe incentivar um bom trabalho em grupo, pois este só quer dissimular a sua insegurança, ou esconder a sua incapacidade de liderar pessoas e as suas diferenças. O puxa-saquismo é a ruína da autoestima, é o prejuízo da competência, e é a falência do profissionalismo”, Renée Venâncio; e) “Nunca confie o que lhe é precioso aos bajuladores, pois nos momentos de crise, são os primeiros a abandonar o barco”, Jeferson Guerreiro; f) “Cuidado com os bajuladores, quem puxa-saco também puxa tapetes... FICA A DICA!”, Ivonete Nogueira; g) “Aos bajuladores o meu melhor desprezo, aos bajulados cuidado: aqueles que rastejam diante de você, serão os primeiros a passar por cima quando estiver no chão!”, Leônia Teixeira; h) “Nunca devemos acreditar em 100% do que ouvimos! Interesseiros, bajuladores e mentirosos sempre existirão; e muitas verdades ─ por educação ─ jamais nos serão ditas”, Jeferson Calixto.

  Exemplificamos aqui um grupo que usa de bajulação: A mulher estranha (“Para te guardarem da mulher vil, e das lisonjas da estranha”, Pv 6.24. Tenhamos cuidado com os bajuladores não importando a qual grupo venha pertencer, pois além do citado aqui, existem outros que certamente sua mente se lembrará com a ajuda do Espírito de Deus. Atentemos para o que William Shakespeare disse: “Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador”. Inclusive aproveito para neste momento apresentar algumas comparações dadas ao bajulador, como: a) mágico (ilude as pessoas); b) preso (refém de suas ações); c) camaleão (sabem se camuflar); d) lobo (“um adulador parece-se com um amigo, como um lobo se parece com um cão. Cuida, pois, em não admitir inadvertidamente, na tua casa, lobos famintos em vez de cães de guarda”, Epicteto).

Diante disto, Onaldo Queiroga disse que “um verdadeiro líder é aquele que está vacinado contra o bajulador, esse vírus letal que só destrói a boa e digna convivência humana. Quem escuta e não consegue separar a lisonja da verdade, termina sendo tão pobre quanto o próprio bajulador”. É preciso AGIR como o jovem Eliú: “Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras lisonjeiras com o homem! Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador”, Jó 32.21,22. Concluo usando a frase do rei Henrique IV da França que disse: “Apanham-se mais moscas com uma colher de mel do que com vinte tonéis de vinagre”.

Silvio Vinicius Martins

Pastor, líder da AD em Piaçabuçu (AL), graduado em Teologia, articulista, presidente da Comissão de Apologética da Convenção da Assembleia de Deus no Estado de Alagoas (Comadal), escritor, Youtuber, email: [email protected]

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