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13/10/2020

A perseguição aos cristãos em Bangladesh

Os convertidos a Cristo são pressionados pela família e comunidade em Bangladesh, onde a identidade tribal também causa perseguição


Com 63 pontos, Bangladesh se classificou em 38º lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2020. Isso representa um aumento de cinco pontos em comparação com a LMP 2019 e reflete em parte uma situação que só pode ser descrita como tensa para a minoria cristã, ainda mais para os cristãos ex-muçulmanos ou ex-hindus.

Opressão islâmica, nacionalismo religioso e antagonismo étnico são os três tipos de perseguição predominantes em Bangladesh, país de maioria muçulmana no Sudeste Asiático. O primeiro, opressão islâmica, atinge todos os cristãos de Bangladesh, embora o país seja tanto secular quanto islâmico, segundo a Constituição. A família e a comunidade são fontes de perseguição e monitoram as atividades dos convertidos, especialmente em áreas rurais, o que restringe a vida diária dos mesmos mais intensamente do que a ação de grupos radicais.

Um exemplo do segundo tipo de perseguição (nacionalismo religioso): em Bangladesh o número de budistas é o dobro que o de cristãos. Os budistas estão mais concentrados entre os grupos tribais de Chittagong Hill Tracts, na fronteira com Índia e Mianmar. Entre esses povos, o mais conhecido é o povo chakma. Nos últimos anos, um grande número de chakmas se converteu a Cristo. Isso tem feito com que líderes tribais budistas pressionem mais os cristãos. A pressão não vem somente da família, amigos e comunidade, mas também de budistas radicais que têm o objetivo de fortalecer o budismo entre os grupos tribais. A região se tornou ainda mais volátil com a entrada de refugiados rohingya (cerca de 770 mil), vindos de Mianmar.

O nacionalismo religioso está misturado com o antagonismo étnico. Isso significa que um novo convertido que vem de um contexto tribal é forçado a seguir as normas e valores ancestrais de seu povo, sejam eles religiosos ou não. Essa é uma realidade para povos como os chakma, tripura e marma. Os cristãos também podem ser alvos de radicais islâmicos porque são vistos como aliados do governo, pois preferem reter o secularismo do país de acordo com a Constituição.



O padrão da perseguição

No geral, a pressão aos cristãos em Bangladesh aumentou ligeiramente em todas as esferas da vida, causando o aumento da média de pressão da pontuação 10 no ano anterior para 10,7. Isso reflete o crescimento da pressão para todos os cristãos, mas especialmente os convertidos ao cristianismo. A crescente difícil situação dos convertidos entre os refugiados rohingya, que fugiram de Mianmar em 2017, acrescentou ainda mais pontos.

A pressão é mais forte na comunidade e vida privada, onde convertidos são principalmente afetados, mas todos os cristãos enfrentam pressão nas esferas nação e igreja. A violência contra cristãos aumentou de 7,8 para 9,4 pontos. Não houve mortos, mas mais ataques contra igrejas e prisões foram relatados do que no período anterior.

O perigo da islamização

Em janeiro de 2017, o governo decidiu tornar os livros didáticos mais condizentes com os grupos islâmicos conservadores. Os livros agora têm a letra “o” (de “orna”, véu usado pelas meninas no começo da puberdade) e que descreve uma menina muçulmana devota. Outros livros mudaram os nomes que soavam como hindus ou cristãos. O governo também baniu os capítulos sobre a jihad (guerra santa) dos livros didáticos do Ensino Fundamental 2. Em maio de 2018, a Liga Awami, no poder, recebeu um bilhão de dólares da Arábia Saudita para construir 560 mesquitas em todo o país.

Um dos grandes desafios que Bangladesh enfrenta vem do sistema de madrassas (escolas islâmicas), seja o número oficial de 22 mil ou de 70 mil, segundo estimativas. Nas madrassas oficialmente registradas, ao menos 2 milhões de alunos são treinados, embora esse número possa chegar a 4 milhões, contando-se as não registradas. Assim como no Paquistão, essas madrassas são como “chocadeiras” para treinar estudantes no ódio e na violência, como se tornou evidente pelo fato de nove dos responsáveis pelo ataque em Daca, em julho de 2016, serem alunos de madrassas.


Da Redação/AD Alagoas
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