A cura divina tem recebido renovada ênfase na pregação, ensino e prática de muitas igrejas hoje, sendo elemento essencial no sucesso do evangelismo e missões atuais. Assim como na igreja primitiva, muitos tem orado para Deus confirmar o evangelho mediante curas em nome de Jesus (Atos 4.24-31). Há pelo menos quatro razões para crermos que Deus continua curando hoje em dia. A primeira é que a cura divina encontra-se na Bíblia e, por ser espirada pelo Espírito Santo, é válida para hoje. O Cristo revelado nas Escrituras como nosso médico é o mesmo Senhor a quem servimos hoje (Hebreus 13.8). A segunda razão para crermos na cura é estar ela incluída na obra expiadora de Cristo. O ensino Bíblico sobre a cura forma um para com o da salvação, Isaías 53 confirma isto. A terceira razão acha-se na convergência dos ensinos Bíblicos sobre a salvação e a natureza da humanidade. Já que o ser humano não é uma associação desconexa de corpo, alma e espírito, mas, de modo muito real, uma unidade, a salvação se aplica a todas as facetas da existência humana. É um tema genuinamente Bíblico, que precisa ser reiterado – o Evangelho inteiro é para pessoa inteira.
A última razão para assumirmos um compromisso com o ensino de cura divina é a crença de que a salvação deve ser entendida, em última análise, como a restauração do mundo caído. Deus é contra o sofrimento humano, pois não é este resultado da sua vontade, mas uma consequência do pecado. A redenção deve ser entendida como o plano de Deus para a restauração de toda criação, especialmente a raça humana.
ENFERMIDADE CONSEQUÊNCIA DO PECADO
No pensamento judaico, sempre houve certo grau de associação entre o sofrimento físico e pecado. Vale notar que relato do pecado, em Gênesis 3, o sofrimento humano surgiu pela primeira vez na forma da labuta física e das dores de parto. A condição imposta por Deus foi: “multiplicarei grandemente a tua dor...com dores terás filhos” (Gênesis 3.16). Esta palavra, no entanto, não subentende que o sofrimento já existia, apenas que seria intenso. A palavra hebraica usada é chamada “itstsebõn”, que é uma forma do verbo em achar defeito. Transmite a ideia de dor tanto física quanto emocional. A mesma palavra é empregada para descrever o juízo de Deus contra a mulher e contra o homem. Tão logo consumou-se a desobediência, ficaram estilhaçadas a beleza e a harmonia da existência. Era tendência em Israel ligar a doença ao pecado humano e também à ira divina. Muitas passagens Bíblicas ligam o pecado à enfermidade e, consequentemente, o perdão à cura (Salmos 6; 13;22;31). Frequentemente, o Antigo Testamento apresenta a aflição e a enfermidade como “consequência do pecado humano”.
Outro aspecto que exige nossa atenção é o relacionamento entre o demonismo e a enfermidade. Há bastante evidência nas Escrituras, especialmente nos evangelhos, de que algumas doenças têm origem demoníaca. Em Lucas 13.11-17, encontramos uma mulher mantida presa por Satanás. Era uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, expressão que traduz fielmente o que tal doença, era diabólica. Isso não significa, entretanto, que todas as “doenças, assim como a possessão demoníaca, fossem atribuídas a espíritos, expressando o conceito de um poder superior que mantém o domínio”. Jesus perguntou retoricamente: “Não convinha solta desta prisão...esta filha de Abraão?” Assim, Ele deixou subentendido que a vontade de Deus para ela era a sua cura.
Devemos discordar, no entanto, daqueles que tomam por certo que “a interpretação cristã das curas baseia-se na suposição, bastante divulgada, de que a enfermidade resulta de possessão demoníaca”. Esta é uma simplificação exagerada. Há muitos exemplos de demônios provocando doenças, mas também muitos casos sem que nenhuma conexão desse tipo é feita ou sugerida.
PERGUNTAS COMUNS ACERCA DA CURA DIVINA
Por que alguns são curados, e outros, não? A resposta a essa pergunta pertence à sabedoria soberana de Deus, mas podemos fazer algumas observações. Alguns estão doentes por causa do efeito do pecado. Encontramos um exemplo no Novo Testamento, em 1 Co 11.27-30. Esta é a razão por que devemos pedir ao Espírito Santo para penetrar nosso coração e apontar-nos possíveis áreas ocultas do pecado, que nos impedem de receber a cura.
Outra possibilidade é a de que o Senhor está procurando ensinar alguma coisa, assim como fez a Paulo (2 Co 12.7) e a Jó. Nesse caso, precisamos buscar entendimento da parte do Senhor. Além disso, existe a questão do momento certo. Muitos não recebem imediatamente a cura. Em semelhantes casos, é precioso lembrar as palavras do Senhor, quando Ele nos admoesta que devemos orar sempre e não desanimar (Lc 18.11). Deus tem seu momento certo. A palavra grega Kairos, significa “uma oportunidade conveniente”, assim como em Atos 24.25. O crente não deve perder a esperança, pois Deus tem seu tempo certo para a cura de seus filhos e filhas.
A falta de fé também pode impedir o recebimento da cura. O autor da carta aos Hebreus, em vários trechos, nos ensina a conservar firme a fé em Deus. A primeira carta de João nos faz lembrar que a vitória do crente está ligada à fé pessoal (1 Jo 5.4-5). Nem todos os que entraram em contato com Jesus foram curados. Por que? Porque a cura física exigia a resposta positiva da fé. Não admira que Tiago tenha escrito, em sua carta: “E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará” (Tg 5.15). Depois de havermos examinado o nosso coração e nada indicar uma razão para não recebermos a cura, devemos descansar em Deus. Há ocasiões em que a cura não aparece muitas vezes dentro da nossa perspectiva, não há como penetrar na vontade inescrutável de Deus. Se Deus não te curou, então, leve em conta a questão da sabedoria e da vontade de Deus, entre outras coisas.
Pastor Napoleão de Castro
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