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10/03/2009

ALERTA: crack avança em capitais brasileiras

Especialistas apontam para uma possível epidemia deste subproduto da cocaína


Na falta de cachimbo, usuários de crack fazem adaptações em latas para fumar a pedra

Bras?lia, DF - Na esteira do despreparo do poder p?blico e da sociedade em rela??o ? preven??o, ? repress?o e ao tratamento dos efeitos da droga, o consumo do crack avan?a com desenvoltura no Brasil e faz multiplicar relatos de sua gravidade nas grandes capitais e cidades do interior.

Especialistas ouvidos pela Ag?ncia Brasil (site oficial do governo brasileiro) apontam para uma poss?vel epidemia deste subproduto da coca?na, que provoca depend?ncia agressiva, exclus?o social do usu?rio e desagrega??o familiar, al?m de estimular a criminalidade.

Estudo recente realizado em Salvador, S?o Paulo, Porto Alegre e no Rio de Janeiro detectou um aumento do n?mero de usu?rios de crack em tratamento ou internados em cl?nicas para atendimento a dependentes de ?lcool e drogas. Eles respondem por 40% a 50% dos indiv?duos em tratamento, dependendo da cl?nica e de sua localiza??o. A idade m?dia dos usu?rios de crack (31 anos) ? inferior ? dos demais pacientes em tratamento (42 anos). Entre os dependentes desta droga, 52% s?o desempregados.

O levantamento foi coordenado pelo psiquiatra F?lix Kessler, vice-diretor do Centro de Pesquisa em ?lcool e Drogas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro da Associa??o Brasileira de Estudos sobre ?lcool e Drogas (Abead).

No cotidiano de atendimento a dependentes em Porto Alegre, Kessler ressalta a presen?a forte da droga no interior.

"No Hospital S?o Pedro, o n?mero de usu?rios de crack vindos do interior ? muito grande. A cada dez pacientes que procuram a emerg?ncia psiqui?trica do hospital, cerca de sete s?o usu?rios de crack vindos do interior", conta Kessler.

Em Minas Gerais, munic?pios de m?dio porte, como Governador Valadares, Montes Claros, e Uberaba, apresentam h? tr?s anos ?ndices elevados de homic?dios entre jovens que coincidem com o aumento das apreens?es de crack.

Segundo Lu?s Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Seguran?a P?blica da Pontif?cia Universidade Cat?lica de Minas Gerais (PUC Minas), a droga tamb?m est? presente h? 10 anos em toda a regi?o metropolitana de Belo Horizonte, com maior peso nas cidades de Contagem, Betim, Ribeir?o das Neves e Ibirit?. Na cidade hist?rica de Ouro Preto, jovens que frequentam as rep?blicas estudantis admitem, em conversas reservadas, que o crack tamb?m passou a ser consumido nos ?ltimos anos.

"Podemos concluir de forma categ?rica que o crack chegou ao interior de Minas Gerais. E n?o deve demorar a atingir munic?pios com menos de 50 mil habitantes. Infelizmente o crack transformou-se na principal droga comercializada. Ele tem um elemento mercadol?gico que supera em muito a coca?na", afirma Sapori, em alus?o ao fato de o crack ter mercado consumidor mais amplo e provocar uma depend?ncia mais agressiva, que leva o usu?rio a gastar mais com o v?cio.

No Centro Mineiro de Toxicomania, unidade de atendimento ambulatorial mantida pelo governo estadual, h? dez anos os dependentes de crack representavam 5% do total de atendimentos. Dados de 2008 indicam que eles j? respondem por 25% da demanda, superando os dependentes de coca?na e maconha.

Caruaru, no agreste pernambucano, e Petrolina, no sert?o pr?ximo ao Rio S?o Francisco, s?o p?los que congregam cintur?es de cidades de menor porte e j? apresentam clara expans?o no mercado de crack.

"S?o regi?es onde o crack entrou nos ?ltimos anos, e o problema n?o ? s? da ?rea metropolitana. O conceito de epidemia ? uma met?fora instigante para pensarmos nesta explos?o do crack em munic?pios de m?dio e grande porte no Brasil", avalia Jos? Luiz Ratton, coordenador do N?cleo de Pesquisa em Criminalidade, Viol?ncia e Pol?ticas P?blicas de Seguran?a da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

No Rio de Janeiro, em favelas como Jacarezinho e Manguinhos, que eram historicamente livres do crack, h? 3 anos formaram-se cracol?ndias com a ?ben??o? de criminosos que viram, na droga, uma chance de ampliar seus lucros.

"? impressionante. A qualquer hora do dia, vemos crian?as e adolescentes consumindo a droga e deitados no ch?o. ?reas dominadas pela fac??o Comando Vermelho passaram a vender e isso vem como uma tsunami", descreve a soci?loga S?lvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Seguran?a e Cidadania da Universidade C?ndido Mendes.

No Distrito Federal, pontos de comercializa??o est?o espalhados por praticamente todas as cidades sat?lites. A venda acontece tamb?m na regi?o central da cidade, pr?ximo ? Esplanada dos Minist?rios.

Em meados da d?cada de 1990, usu?rios de coca?na e crack eram respons?veis por menos de um quinto da procura em servi?os ambulatoriais relacionados a drogas il?citas. Hoje eles respondem por 50% a 80% da demanda. Nos ?ltimos anos, o crack tamb?m come?ou a ganhar terreno entre grupos com rendimentos mais elevados, apesar de a droga ainda ser mais comum entre as classes de baixa renda.



Marco Antonio Soalheiro
Ag?ncia Brasil
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