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Pr. Napoleão de Castro
Pastor da Assembleia de Deus em Paulo Jacinto, Casado com Jeane Castro e pai de Elner Castro. Bacharel em Teologia pela Faculdade de Filosofia e Teologia de Alagoas (FAFITEAL), membro da Convenção de Ministros de Alagoas (COMADAL), pregador e professor de diversas matérias bíblicas.
08/01/2018

Líderes em Crise


Por detrás dos numerosos desmandos que estão ocorrendo nas famílias, na administração pública, nas empresas, e, é claro, nas igrejas evangélicas em nossos dias, certamente está o fracasso das próprias lideranças. E quais são os fatores que estão nocauteando os líderes, de vários âmbitos, atualmente? Poderia relacionar uma lista enorme.

Incapacidade de organizar detalhes. O líder, inclusive o evangélico, que não conseguir gerenciar as coisas mínimas dificilmente do jeito certo, na hora certa, pela razão certa, levando o grupo a fracassos desnecessários. Não é demais lembrar que problemas enormes não raro começam pequenos.

Falta de disposição para fazer o que se pede para os outros fazerem. Em outras palavras, exigir certas atitudes do grupo enquanto ele próprio não dá exemplo. Grupo algum vai seguir fiel e sistematicamente um líder que fala e não faz, promete e não cumpre, assume compromisso e não o honra. Tal líder segue o modelo farisaico: exige envolvimento, porém sua vida não condiz com suas pregações (Mt 23.3). O líder deve ser, sim, e sempre, o exemplo dos fiéis, o modelador de caminho!

Expectativa de pagamento pelo que se sabe, em vez de pelo que se realiza. Quem sabe muito deve fazer muito! Entretanto, nem todos que pensam que sabe, sabem, de fato, que pouco ou nada sabem! Os resultados permanentemente medíocres, por exemplo, evidenciam que o líder que pensa que sabe, ou, se é que sabe, não está fazendo corretamente o que sabe.

Medo da competição. O temor incontido de perder a vaga ou o prestígio tem levado à ruína muitas pessoas que ocupam cargo de liderança e outro tanto maior ainda de gente que está sendo liderada. Nenhum de nós, pastores, estamos livres deste perigo. Quem não sabe reconhecer suas próprias limitações e não tentar superá-las, pode se tornar um “assassino de talento”, alguém que procura destruir todos quantos estão à sua frente em termos de talento, habilidade, competência. E um líder desconfiado e inseguro, mesmo dentro da igreja, pode ser uma desgraça para o grupo.

Qualquer pessoa que aspira exercer alguma função de liderança numa igreja pode ser uma desgraça para o grupo.

Qualquer um que aspira exercer alguma função de liderança numa igreja séria precisa entender, desde cedo, que na comunidade de fé que está sob sua liderança poderá ter alguém que prega, ora, canta, ensina, toca, administra melhor. E isso não é necessariamente ruim. Pode ser uma bênção à igreja, basta que o líder o veja não como rival, mas como um parceiro na manutenção e expansão do Reino de Deus! (1 Co 1.10-12;3.1-9).

Outra lição a ser aprendida é que ninguém fica para sempre. Por melhor que seja o líder, cedo ou tarde alguém vai assumir o seu lugar! Seja por “livre iniciativa”, seja por outras razões.

Sábio era Moisés que soube reconhecer quando já era o tempo de “passar o cajado”, de transferir a missão para outro homem de Deus (Dt 31.1-8). Ele disse: “Já não posso mais sair e entrar” (v.1). Sabia, então, identificar a hora exata de entrar na arena e a de sair; reconheça que o bom combate chegou ao fim e a fé foi preservada.

Saul é exemplo do líder que, mesmo rejeitado, procura manter o trono a qualquer preço. É o protótipo do líder que teme a competição e faz de tudo para assegurar seu lugar. Ele sabia que Deus o havia rejeitado e que Davi, embora jovem e inexperiente, seria o novo líder de Israel; seu tempo havia terminado naquela função.

Saul jamais quis se afastar da “cadeira real”. Queria ser líder e não liderado, rei e não súdito, por isso, ao invés de preparar seu substituto, preferiu mata-lo. Sua atitude insana quase tirou de Israel a chance de ser liderado pelo melhor e maior de todos os monarcas do Antigo Testamento!

Até os apóstolos foram vítimas desse mal. Dominados pela inveja, tentaram barrar o ministério de libertação de um anônimo que expulsava demônios. O viram como um rival, um competidor, não como um aliado; já que não fazia parte da elite apostólica deveria parar. Jesus refutou, com termos rígidos, tal atitude (Mc 9.38-41).

Ausência de pensamento criativo. A falta de criatividade é outro elemento destrutivo da liderança. Se o condutor não tem ideias, não explora seu potencial criativo, o grupo fica sem senso de destino e de propósito, incapaz de superar as adversidades que surgem no caminho no dia a dia tentando minar suas realizações. Quantas igrejas evangélicas estão ficando para trás por falta de espiritualidade e criatividade de seus líderes! Não poderia ser diferente. O povo está cansado de rotina, de tédio, de mesmice! É sempre a mesma coisa: nada muda; a música é a de sempre – entediante; o sermãozinho é o de sempre – falta poder e saber! Observe os temas das campanhas, dos cultos chamados especiais, das festividades, encontros etc. e logo fica evidente a terrível crise de criatividade que assola as igrejas evangélicas.

 Síndrome do “EU”. A autolatria, ou a síndrome de lúcifer, também tem devastado o ministério de milhões de líderes. Esta é uma piores doenças que está infectando a liderança evangélica.

Não se pode negar que há líder que só sabe dizer o tempo todo: “EU sou”, “Eu penso”, “Eu faço”, “Eu desejo”, “Eu determino”, “Eu”, “Eu”, “Eu”... Jesus Cristo dificilmente aparece; o “Eu”, contudo, está sempre em evidência.

O líder cristão, se não quiser ter o mesmo fim de Lúcifer, deve reconhecer que o termo menos importante no grupo e o “Eu”. Precisa aprender a ser humilde e empregar o termo “Nós”! Não é a individualidade que faz diferença; não é o singular; é o plural, é o coletivo, é o todo, é a equipe, é o “Nós”! O “Eu” só é bem-vindo na confissão de João Batista: “Convém que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3.30).

Deslealdade. Quero aplicar a esta causa o termo caráter. A retidão do líder cristão é de importância primária. Cabe àquele que conduz algum grupo em nome e para glória de Deus manter-se íntegro. Precisa zelar sistematicamente pelo que é honesto diante de Deus, diante da igreja e diante da sociedade, ou sua influência como condutor estará arruinada. Outrossim, é possível liderar sem ter caráter, mas é o caráter que faz de você um líder digno de ser seguido!

As falhas de caráter dos líderes religioso e das figuras de destaque da mídia têm instigado grande ceticismo sobre todos que se acham em posição de liderança. Por falta de caráter de lideranças evangélicas, há ministério promitente sendo destruído. A sociedade pós-moderna, diante de tantos escândalos, já olha para a Igreja com certa cautela; assumiu uma posição defensiva, afinal, não suporta mais ver tantos pecados, tantos absurdos envolvendo os “santos homens de Deus”.

Ênfase demasiada na autoridade (poder) e nos títulos. Há líder cristão que por despreparo em áreas importantes, conduz o grupo como se fosse um tirano, impondo sua vontade, forçando-o a obedecer-lhe, pois tem o poder que lhe foi dado pela denominação e o poder simbólico do próprio título eclesiástico que ostenta. Tal líder não aprendeu liderar segundo Jesus! Certamente está fadado à derrota e à ruína! Outrossim, se o emprego de títulos já faz mal ao líder secular, imagina, então, aos líderes cristãos: basta ter uma função mais acentuada e logo cria-se um título para diferenciar o líder dos demais; não pode usar o mesmo “rótulo” dos outros colegas; sua imagem precisa ser iconizada! Ora, a liderança cristã precisa rever sua filosofia ministerial e sua práxis – com urgência.


Pr. Napoleão de Castro

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