Segundo o dicionário de Antropologia, “é o corpo de disciplinas que se consagram ao estudo dos grupos humanos, sob a prisma dos tipos físicos e biológicos e sob a prisma das formas e civilização sem escrita atualmente existentes...É a ciência do homem tomado na totalidade de suas manifestações e dimensões”.
O termo “antropologia” vem do grego antropos=homem e logia=estudo ou tratado.
Por isso a definição de que a antropologia é a ciência que estuda o homem. Etmilogi- camente, significa o ramo do saber que tem por objeto de estudo o homem.
Segundo Broca, Antropologia “é a ciência que tem por objeto um grupo humano, considerado no seu conjunto, nos seus pormenores e nas suas relações com o resto da natureza”.
Já para Lehmann-Nietzsche, “a antropologia é o estudo do físico e psíquico do gênero humano, no ponto de vista comparado.” Isto é: comparativamente a outros animais e raças humanas entre si.
O Professor Mendes Corrêa anuncia que “-A Antropologia estuda os caracteres humanos, físicos e psíquicos, que tem interesse sob triplo ponto de vista:
Em poucas palavras, e de maneira mais simples, definimos Antropologia como a ciência que estuda o homem e tudo o que o envolve, física e psiquicamente.
Implicações das Diferenças Culturais em Missões.
Está claro que as diferenças culturais são importantes para um missionário que tem de passar pelo choque cultural, aprender a superar os mal-entendidos e os sentimentos etnocêntricos, e traduzir a sua mensagem de modo que ela seja entendida na linguagem e cultura locais. Mas há uma série de outras importantes implicações que precisam ser brevemente examinadas.
Ao estudarmos Antropologia Missionária, estamos nos munindo de meios que nos auxiliarão a compreender o homem e tudo o que envolve, a fim de podermos entender melhor a razão de suas atitudes e crenças, e assim, anunciar-lhe o Evangelho com mais eficácia. O homem, não importando a cultura, deve sentir que o Evangelho vai fazer parte dela, e não roubar-lhe o que tem por precioso: os valores adquiridos, passados de geração em geração;
O missionário transcultural deve ter em mente que nem tudo da outra cultura é pecaminoso, mas que todas as culturas (inclusive a dele) trazem as marcas do pecado. Por isso, somente o que é pecaminoso na cultura do homem precisa ser regenerado pelo Evangelho.
Por exemplo: suponha que você está em uma tribo canibal, onde os pais acertam o casamento de seus filhos quando ainda são crianças. Ambos os aspectos fazem parte da cultura da tribo. Qual aspecto necessita de regeneração? Claro que é o canibalismo, pois é pecado condenado por Deus. Já a forma como é arranjado o casamento faz parte da cultura, e por mais que nós ocidentais e condenemos a Bíblia não impõe restrições a esta prática. Que dizer a respeito da forma pelo qual Abraão arrumou uma esposa para o seu filho Isaque?
Caso o missionário transcultural não considere este aspecto de missões, estará fadado ao fracasso.
Na análise dos modelos padrões de vida e do comportamento humano nas diversas culturas, o Antropólogo deve procurar respostas para 3 perguntas principais:
A missão como antropologia na prática. Primeiramente é importante indicar que os missionários costuma distinguir entre dois tipos de antropologias, ao se referir a disciplina de um modo geral. A primeira delas é a antropologia acadêmica, vista por eles enquanto militância já que tem feito críticas ao trabalho missionário, dificultando a permanência nos campos de trabalho. A outra antropologia tomada como positiva, é uma antropologia pensada enquanto conhecimento. De um modo geral, essa antropologia ajudaria ao missionário no entendimento da cultura do povo que quer alcançar
Ainda que haja muita controvérsia a respeito da Antropologia Aplicada, é indiscutível a tendência mundial instrumentalista, cada vez mais forte, de utilizar a Antropologia como área de conhecimento humano aplicada às soluções dos problemas sociais. A Antropologia Aplicada é reconhecida como a união entre conhecimento e a ação, a pesquisa e a atividade. A Antropologia Missionária pode ser vista, portanto, como a Antropologia aplicada às pesquisas e ações missionárias. (LIDÓRIO, 2011:30).
Missionário Aldo Ferreira de Souza
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