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Pr. Adriano Oliveira
Ministro do Evangelho, Membro da Comissão de Apologética da COMADAL, Bacharel em Direito, Bacharel em Filosofia, Mestre em Teologia, Professor de Teologia da FATEAL, Escritor e Palestrante.
03/07/2020

As controvérsias de Paul Thilich - Parte I (Apologética)

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Deus “É”?
Deus “EXISTE”?
Deus “É” e “NÃO EXISTE”? ou 
DEUS “É” e “EXISTE”?????


As controvérsias de Paul Thilich

Parte I  (Apologética)  03/07/2020

Pr. Adriano Oliveira

Professor

WhatsApp e sugestões: 9-9648-2963


"Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo

(Salmo 19:1-4).


Introdução:

Fomos questionados de forma interessante por um brilhante pesquisador e pregador, o docente Dc. Davi Marau, esposo da cantora Sarah Farias, acerca das frases indagativas acima expostas em detrimento dos pensamentos do professor alemão- estadunidense, filósofo da religião e um dos mais influentes teólogos protestantes do século XX, contemporâneo de Karl Barth e Rudolf Bultmann, o filósofo Paul Johannes Oskar Thilich.



I - Em que Paul Thillich acreditava?

Paul Thilich, sobrevivente da tirania de Hitler, como ficou mundialmente conhecido, quando foi expulso da Universidade de Frankfurt, em 1933, por sua aberta oposição ao unificador nazista e tirano número um da Alemanha, sucede Max Scheler, em 1929, e se torna o principal idealizador da Teologia do Ser”, estabelecendo, assim, um tipo de “ fronteira” entre o Liberalismo Racionalista e a Teologia Existencialista.

Talvez pelo fato de Thilich ter produzido um sistema teológico tão complexo, a ponto de suportar qualquer estereótipo, o mesmo não tenha conseguido estabelecer nenhuma escola teológica específica.

Mesmo assim, este inteligente teólogo, de forma intuitiva, se baseou em ruminações tanto da Escola liberal como da Escola neo-ortodoxa, extraindo, segundo sua linha de raciocínio, aquilo que podia ser “mais interessante” para entrelaçar suas ideias.



Para alguns evidenciados comentaristas da teologia moderna, tais como o próprio Willian H. Hordern, em sua obra intitulada “Teologia Protestante ao alcance de todos”, 1955 [Editora Hagnos], posteriormente reeditado sob o título “Teologia contemporânea”, a visão de Paul Tillich realmente seria interpretada como “a fronteira entre o liberalismo e a neo-ortodoxia”, que na realidade seria um tentativa de dirimir quaisquer dúvidas sobre o fato de Tillich está exatamente no ponto médio entre o existencialismo neo-ortodoxo e a ferina  falácia “desmitológica”.  Ele seria o equilíbrio quase perfeito nesta indagativa equação “conditio sine qua non”, que o identifica e o destaca entre os teólogos do seu tempo.

Bem, o que sabemos é que ele ficou famoso por se aprofundar na Filosofia do matemático e cientista Schelling, que, por sua vez, através de seus artigos e experiências nos trabalhos voltados a mitologia, desenvolve aquilo que chamaríamos de “Metafísica Teísta”, influenciando em gênero, grau e número a toda a categoria de mestres que antecederam a clássica escola de filósofos dos séculos XIX e XX, chamada “existencialismo”, que defendia piamente ser o pensamento filosófico um produto inicial, não do “ser pensante”, mas do “sujeito humano e individual”, composto de ações, emoções e existencialidade.

Schelling, com essas declarações supera o ponto de vista do entendimento de Kant e de Fichte, desenvolvendo e contribuindo assim com aquilo que entendemos de religião cristã positiva.

Sua linha interpretativa da Teologia própria era simples, Paul Tillich interpretou as Sagradas Escrituras “dando um tipo de ênfase exagerada nas figuras”, desenvolvendo uma forma moderna de alegoria e, em segundo lugar, caiu no erro de tentar entender a Deus mais em uma abordagem filosófica do que teológica. Falaremos disso posteriormente.



II - A visão de Thillich acerca de Deus

O pensamento teológico de Paul Johannes Oskar Thilichnão nasceu por acaso. Como todo efeito, é derivado de uma causa existente, podemos dizer que o “álibi” causadordesta afirmação clássica “ Deus não existe, Ele É!” tem uma certa relação behaviorista radical, ou seja, pelo que compreendemos na Psicologia do Dr. Burrhus Frederic Skinner, o que ocorreu com Thillich para fazer tal afirmação é exatamente mais um tipo de “Condicionamente operante” na esfera psicoteológica, onde tal afirmação é fruto de conflitos que esse teólogo enfrentou no passado com relação a o que o mesmo temia ocorrer no futuro.

É um tipo de argumentação teológica “influenciada” e porque não dizermos “controlada” pelo que ocorreu nos momentos vividos no passado com suas perspectivas futuristas.

Para quem não sabe, o alemão e idealizador da teologia do Ser, passou por momentos difíceis em sua vida, onde psicologicamente foi muito penalizado e torturado ao presenciar a perda de seus entes queridos na Guerra.

Mesmo sendo criado num berço luterano e se tornado um líder eclesiástico de seu tempo, atuando como pastor e capelão, ficou profundamente abalado ao ter que sepultar vários e vários de seus amigos íntimos.

Baseado nos argumentos do professor e principal propositor do behaviorismo radical, Dr. Skinner, o que percebemos são “estímulos” emanados por diversas situações chamadas de “comportamentos operantes” que o teólogo enfrentou, levando o mesmo a focar em suas argumentações teológicas e ideias finais.

E na realidade, esse contato com diversas mortes o induziu a uma reflexão mais filosófica do que teológica sobre a fator Morte. Isso foi foco preponderante para suas ideias.

Paul Johannes Oskar Thilich, mesmo superando depois de muito tempo tal situação, passa a sofrer Crises Existenciais, que o levam a ir em busca de um tipo de correlação entre Teologia e Filosofia.

Chega a uma conclusão pessoal em que, segundo ele, não se pode praticar Teologia sem Filosofia. Acreditando piamente que para exercer a Teologia Verdadeira, o praticante da mesma deveria incialmente conhecer a essência da Filosofia e posteriormente as outras áreas científicas.

E sua sustentação teológica é simples: só pode existir teologia com Filosofia. Isto é, a primeira não existe sem a segunda, uma vez que está vinculada à mesma, visto que enquanto a Filosofia projeta as indagações, segundo ele, é de obrigação da Teologia trazer elucidações e respostas a tais perguntas.

Na mente de Paul Thilich, para um Teólogo dar respostas, precisa entender de Filosofia. Em outras palavras, um teólogo só exercerá e praticará a essência da verdadeira Teologia, se o mesmo for Filósofo.  Portanto, na visão de Thillich, todo o conteúdo filosófico acerca do “Ser” é sintetizado em uma única certeza: “A Ontologia é igual a Filosofia, em toda a sua essência e cunho existencialista”.  



Para o criador da famosa “Teologia do Ser” as respostas não estão na “ Phisis”, mas sim no homem enquanto Ser de ser. Em outras palavras, as respostas não estão na natureza do “NÃO SER”, mas na natureza do “ SER”, na natureza humana.

Na esfera Ontológica, levando-se em perfilhação o “não ser” como “parada obrigatória do existir”, até porque no momento que o ser humano para de respirar e morre, deixa de “existir”, ou seja, se morreu deixou de “ser”.

Em sua visão, Thilich defenderá no mínimo duas conclusões:

1 – “O ser humano para de existir na morte”;

2 – “O ‘ser’ o tempo todo é ameaçado pelo ‘Não ser’ “.

É por isso que, segundo a Teologia de Thilich, nas indubitáveis vezes que o ser humano chegar a refletir em temas voltados à morte, o mesmo se sentirá, em certo ponto, ameaçado e angustiado pela fragilizada possibilidade da “não existência”, isto é, do momento no qual ele vai deixar de estar no mundo.

Portanto o “Existir” está existindo, mas a existência está sendo ameaçada pela “não existência”, pelo “não ser”. Concomitantemente, essa constante ameaçaprovocará no homem uma força, um poder, identificado porThilich como “Potencial” para ser. A vontade de Viver e a ameaça do “não ser” são diretamente proporcionais. Em outras palavras, quanto mais você é ameaçado pela morte mais você terá vontade de viver; mais vontade de “SER”, de “EXISTIR” você desenvolverá.

Para Thillich, DEUS é o centro dessa reflexão, daquilo que ele entende como “busca do Ser”.

Observe o esquema de pensamento Thillichiano:



Como se observa de forma intuitiva, segundo Paul Thilich, Deus “É” o Centro dessa “Reflexão”, dessa busca incansável pelo “SER”. Para Ele, Deus “É” absoluto e Infinito. Deus é o “SER” que Nunca vai deixar de “não SER”. O homem diferentemente, em algum ponto de sua existência, em algum momento de sua vida vai deixar de “ser”. Isso leva Thilich a concluir que “o ser humano não tem o poder absoluto para ‘SER”.

Chegamos agora nesta odisseia refutativa acerca da frase “Deus não EXISTE, Deus É”, ao segundo ponto de abordagem de Thillich, o MÉTODO DA CORRELAÇÃO.



Nesse método, nessa correlação, para o teólogo desenvolver suas indagações, questionamentos, busca do conhecimento sobre o seu ato de existir na posição de ser humano, perguntas, elaborar questionamentos acerca da sua própria existência como ser humano, por repetidas vezes o teólogo assumirá o papel de Filósofo. E quando passa a objetivar as devidas soluções e respostas aos seus conflitos, é nesse momento crucial que ele assumirá a sua posição teológica, ou seja, é aí que ele passa a entrar na Teologia propriamente dita.

Suas respostas, em nenhuma hipótese, podem ser sem embasamentos. Elas necessitam de “Relevâncias”. Esse é o papel que deve ser desenvolvido daquilo que Thillich entendia como “homem moderno”. Vale ressalvar que quando o nobre pesquisador cita ““homem moderno” ele se referia ao homem de sua época.

Ora, cada um de nós, queridos leitores, na posição de homens “pós-contemporâneos” e “pós-modernos”, se vamos levar em análise a contextualização da Teologia “Thillichiana”, não podemos deixar de compreender que as respostas encontradas sobre a nossa existência, precisam indubitavelmente serem também “relevantes”.



As respostas precisam ser fiéis às Escritura cristãs, fundamentadas nestas, e não podem abdicar de seu teor cristão. É de praxe que todo pensador cristão sempre colocará a mensagem cristã em seu convívio social e contexto cultural, e vale frisar que uma boa parte da revelação também é a mensagem cristã de Paul Thilich, porém, para o “mentor” da “Teologia do Ser”, a mensagem cristã não está em nada “além” do ser humano, então para ele, os escritos neo testamentários e as verdades expostas pelos autógrafos cristãos, na instrumentalização e capacitação dada pela terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo, não tem nada de “Transcendente”.  No mínimo, isso fere, em lítera, a Teoria da Inspiração Total ou plenária da Bíblia, bem como sua Supremacia em relação ao “Ser”, a “Phisis” e aos demais escritos humanos.

Somos seres culturais e sujeito a aculturações, isso implica dizer que é de comum notoriedade e de senso comum que somos tendenciados a colocar a mensagem cristã em nosso “habitat” social e contexto cultural.

Baseado nisso, para o pensador Thillich, precisamos levar em conta duas coisas: RAZÃO e REVELAÇÃO.

·  RAZÃO: Não nasce dentro da revelação, ao contrário, ela encontra a revelação ao longo da vida;

·  REVELAÇÃO: é aquilo que permite RESPOSTAS.  É a base que vai ENCONTRAR A VERDADE que vai responder suas questões existenciais.



Na ótica teológica e ontológica de Thillich, tanto a “Razão” como a “ Revelação” possuem vários pontos em comum.

Por exemplo:

- Ambas possuem “harmonia”

- Não são “pólos” opostos (Ex.: razão e Fé);

- Necessitam ser harmônicas entre si.

Segundo o pai da “Teologia do Ser”, a Revelação depende da Fé para ser compreendida da mesma forma que a RAZÃO depende da revelação para responder as perguntas que ela não consegue responder por conta própria.

Um terceiro ponto que nos chama a atenção é que na visão do pensamento Thillichiano, existem duas realidades: ESSÊNCIA e EXISTÊNCIA

Quando o pensador cita o termo “Essência”, o mesmo se refere a tudo que gire em torno da realidade potencial, repleta de PERFEIÇÃO, que não foi colocada na REALIDADE, pois a REALIDADE, para ele é EXISTÊNCIA, FINITA, IMPERFEITA. 

Não precisa ser um “ expert” em Filosofia para associar aquilo que conhecemos como Puro dualismo do ser platônico:



Elementar, querido leitor, que nítida e clara é a influência platônica nos pensamentos de Paul Thilich, o famoso “Mundo das Ideias”, onde irá focar os dois famosos tipos de mundos: o Metafísico (Inteligível, Mundo das ideias, da essência, espiritual e superior) e o Visível (Real, Sensível, o mundo da existência, material e inferior.).

Esse mundo inteligível, presente nosso, apresenta suas formas IMPERFEITAS de IDÉIAS PERFEITAS (Pertencentes a dimensão metafísica, ou seja, ao mundo que está fora desse, ao mundo que está além desse mundo. Esse é o mundo das ideias. Um mundo que pode ser alcançado por qualquer filósofo caso o mesmo se disponha a alcançar essas “ideias perfeitas” através de dois fatores indispensáveis que são a “CONTEMPLAÇÃO” e o “PENSAMENTO”.)

Ora, como conceitua o nobre escritor e professor Octavio Álvares Coradelli:

“É pressuposto, por Platão, um reino hipotético de essências imateriais, eternas e imutáveis que constitui o mundo das Ideias (eidos). As Ideias são arquétipos da realidade e, de acordo com elas, são formados os objetos do mundo visível. Platão, no diálogo Fédon, destaca que as Ideias constituem o paradigma do Ser e da Verdade. Platão denominou essas causas de natureza não física, essas realidades inteligíveis, de IDEIA e EIDOS, que significam FORMA. O que são as ideias de Platão? Não são simples conceitos ou representações puramente mentais. São entidades, substâncias. As ideias não são pensamentos, mas aquilo que o pensamento pensa quando liberto do sensível. É o verdadeiro ser, o ser por excelência. As ideias platônicas são as essências das coisas, aquilo que faz com que cada coisa seja aquilo que é, seu paradigma. As ideias são em si, por si e em si e por si. (o belo-em-si, o bem-em-si)”.



Para Thillich era parecido, pois ele acreditava que uma RAZÃO EXISTENCIAL (conhecida como a “razão Finita”, que não tem condições de responder inúmeras questões acerca do SER por conta própria, portanto é uma razão que se separa da “essência”) poderia alcançar uma RAZÃO ESSENCIAL (Estrutura da mente que só é aberta quando o filósofo se depara com a “ Revelação”, essa ele chama de “razão superior”).

Quando ocorre a fusão, ou seja, o encontro entre a RAZÃO EXISTENCIAL e a RAZÃO ESSENCIAL, teremos a tão almejada “Reintegração Thillichiana”.

Por outro lado, você tem uma “Razão Essencial” que é “Transcendente”, ou seja, na linguagem de Paul Tillich estamos falando da razão onde o indivíduo consegue ir além de seus limites e de si mesmo, isto é, ele consegue responder as suas maiores indagações e questionamentos. Quer seja sobre a vida ou sobre sua existência, através da “Revelação”.

Neste caso, para Paul Tillich, essa revelação se tornará uma “Reintegração” da razão consigo mesma (ESSENCIAL + EXISTENCIAL). Quando isso ocorre, o indivíduo terá uma mente que conseguirá desenvolver, resolver questionamentos, reflexões e conclusões acerca do conhecimento de Deus.



É uma Teologia um tanto abstrata, principalmente por se tratar muito de pontos ontológicos (questões do ser), podendo até mesmo chegar a um nível de abstração muito acima dos limites intelectivos, porém, de forma fácil e simples. Se analisarmos e ao mesmo tempo submetermos a teologia “Thillichiana” à luz da Ciência e da Teologia, perceberemos que não é uma teologia complicada de se entender, pois está bastante envolvida com nossos dilemas individuais.

E COMO ESSA “REINTEGRAÇÃO” OCORRE?

Bem, segundo Thillich, no transcorrer que a vida vai passando, o ser humano irá confrontar com um gama diversificada de “pontos contraditórios”e ao mesmo tempocom aquilo que ele chama depolaridades.

Essas “polaridades” assumidas por Thillich são do tipo finito versus infinito; mutável versus imutável; essência versus Existência; autonomia versus heteronomia e assim sucessivamente.

Em sua análise, existiam fatos que ocorriam concomitantemente e que ele não conseguia entender como aconteciam ao mesmo tempo. Porém, eram polaridades que qualquer estudioso teria interesse em verificar para poder entender e dar uma resposta, conciliando essas polaridades necessitadas de serem reunificadas para ter-se uma verdade e um equilíbrio entre as mesmas que gerará, naquele que busca respostas, um posicionamento decisivo.

Ao tomar uma decisão, a situação levará o indivíduo a duas situações específicas e diferenciadas: Renúncia da busca, em perceber que nunca chegará a tão esperada resposta nem desenvolver as reflexões respectivamente, onde no desespero, o mesmo abandonará tudo e renunciará a investida; Reintegração, onde se assumirá e desenvolverá um tipo de “revelação” como uma determinada verdade que lhe favorecerá chegar à busca e a tão esperada “resposta”, fazendo assim, o mesmo, utilizará a sua própria “Razão Existencial” e desenvolverá essa “Reintegração”.

  Bem, visto isso, no próximo artigo falaremos sobre as declarações da Teologia de Paul Thilich e em seguida as refutaremos a luz da Filosofia e da ortodoxia bíblica.


Fontes Bibliográficas

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FABRIS, Rinaldo (Org.). Problemas e perspectivas das ciências bíblicas. São Paulo: Loyola, 1993.

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Vladimir Lossky, The Mystical Theology of the Eastern Church, St. Vladimir’s Seminary Press, page 29

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