Siga-nos nas redes sociais Facebook Twitter Instagram

AD Alagoas / Lições Bíblicas

08/11/2025

Lição 6 - A Consciência - O Tribunal Interior

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO:

- Na continuidade do estudo da doutrina bíblica do homem, analisaremos hoje a consciência.

- O comentarista, ao estudar a consciência no bloco atinente à alma, demonstra sua compreensão de que, para ele, a consciência seria algo relacionado com a alma.

- No entanto, o mesmo comentarista, logo no início, diz haver discussão a respeito de a consciência pertencer à alma e/ou ao espírito, o que, aliás, também é mencionado pelo pastor Severino Pedro da Silva (1946-2013) em sua obra “Corpo, alma e espírito”, “in verbis”: “…A influência da consciência. Esta influência é exercida é através da alma para nivelar estados morais. Mas, noutras ocasiões, esta influência é exercida pelo espírito humano…” (op.cit., p.84).

I - O CONCEITO de CONSCIÊNCIA como TRIBUNAL INTERIOR.

- O missionário e teólogo Eurico Bérgsten (1913-1999) é clarividente ao considerar a consciência como função do espírito, “in verbis”: “…Uma das faculdades mais importantes do espírito do homem é a sua CONSCIÊNCIA, Rm.2:15,16, que é uma janela no homem, pela qual Deus olha para o interior dele. A consciência é um ‘espião’ de Deus que persegue o homem, quando ele peca, mas que lhe fala com uma voz elogiosa quando faz o bem…” (Teologia sistemática: doutrina do Espírito Santo, do homem, do pecado e da salvação. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1986, p.78).

- O pastor Antônio Gilberto da Silva (1927-2018) também assim ensina: “…O espírito identifica o homem, a criação espiritual e dá-lhe a consciência de Deus. (…) Por meio dele o homem tem consciência de Deus.…” (A triunidade do homem. In: Bíblia de Estudo Antônio Gilberto, p.1922).

- Watchman Nee (1903-1972) também considera ser a consciência uma das funções do espírito: “…as funções do espírito poderiam ser classificadas como intuição, comunhão e consciência…” (O homem espiritual, p.277).

- “…O termo ‘consciência’ não aparece nas páginas do Antigo Testamento; entretanto, em o Novo, aparece por trinta vezes. Vem do grego ‘syneidesis’. Seu significado é: ‘um conhecimento acompanhador’. Do ponto de vista divino da observação, a consciência é ‘a faculdade da razão’, que distingue entre o mal e o bem. A consciência é sempre vista como algo intuitivo e espiritualmente instruído pela influência do Espírito Santo.…” (SILVA, Severino Pedro da. Corpo, alma e espírito, p.83).

- “… a consciência importa a ordenação da ciência para alguma coisa, porquanto, consciência significa ciência com outra coisa (…) ela testifica, liga, instiga e, mesmo, acusa ou remorde ou repreende. E tudo isso resulta da aplicação de algum conhecimento nosso ou ciência nossa aquilo que praticamos. E essa aplicação se faz de três modos. ― Primeiro, quando reconhecemos ter ou não feito alguma coisa (…) diz-se que a consciência testifica. ― Segundo, quando pela nossa consciência julgamos dever fazer alguma coisa, ou não. E então, diz-se que a consciência instiga ou liga. ― Terceiro, quando, pela consciência, julgamos que alguma coisa foi bem ou mal feita. E então, diz-se que a consciência excusa, ou acusa ou remorde.…” (Tomás de Aquino. Suma Teológica, I, q.79, art.13)

- A palavra consciência do latim “conscientia” carrega alguns sentidos: 

a) Atributo que permite a uma pessoa a percepção, com certo grau de objetividade, do que se passa em torno de si (o mundo exterior) e dentro de si próprio (o mundo interior ou subjetivo); b) O conhecimento, a percepção desse atributo; 

c) A capacidade de julgar o que é correto e o que não é, de acordo com valores morais e de conhecimento; 

d) Conhecimento, noção, percepção (de situações, fatos, conceitos específicos); e, 

e) Aplicação e zelo naquilo que se faz ou realiza (Aulete, 2011, p. 381). 

-O termo grego para consciência é “syneidesis” – composto de “syn” (com) e “eidos” (conhecer), indicando um conhecimento que se tem de si mesmo, ou seja, um autoconhecimento, portanto, uma faculdade da alma que distingue o certo do errado que lhes permite acusá-los ou desculpá-los, agindo como um juízo interno, pois conforme (Romanos 2.15).“Demonstram que a lei está gravada em seu coração, pois sua consciência e seus pensamentos os acusam ou lhes dizem que estão agindo corretamente”. Dessa forma, a consciência julga o erro, entretanto não resolve o problema do domínio do pecado que mortifica a consciência: 

-“O Espírito afirma claramente que nos últimos tempos alguns se desviarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a ensinamentos de demônios, que vêm de indivíduos hipócritas e mentirosos, cuja consciência está morta” (1Tm 4.1-2).

II - O Que PAULO Nos ENSINA no Contexto de (Rm 2:12-15).

  • Paulo enfatiza que Deus NAO tem favoritos e julgará todas as pessoas com imparcialidade, de acordo com o que é conhecido pela lei de cada um.
  • Que os gentios, sem a Lei escrita, NAO estão isentos de culpa, pois a lei da consciência, inscrita em seu interior, responsabiliza-os por suas ações.
  • O apóstolo alerta que NAO é a audição da Lei (no caso dos judeus), nem o simples fato de não tê-la (no caso dos gentios), mas, sim, a prática da Lei (Rm 2.13,28-29), tanto a escrita quanto a natural, que leva à justiça. Assim, conforme Henry Thiessen acerca da justificação pela Graça é pela Graça de Deus. “Dois versículos podem ser citados: Romanos 3.24: ‘Sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus’; Tito 3.7: ‘a fim de que, justificados por graça, nos tornaremos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna’. Isto demonstra a fonte de nossa justificação. Não é ela as obras de justiça que temos praticado, mas é ‘segundo a sua misericórdia’ que Ele nos salvou (Tt 3.5). Assim, a justificação se origina no coração de Deus. Tendo consciência não apenas de nossa falta de justiça mas também de nossa incapacidade de consegui-la, Ele, em Sua bondade, decidiu nos fornecer a justiça. Foi Sua graça que o levou a fornecê-la; Ele não tinha a menor obrigação de fazer isso. Em sua graça, Ele não considerou nossa culpa, e em sua misericórdia, nossa miséria (Thiessen, 2014, 349).

CONCLUSÃO:

Temos a consciência como tribunal interior, porém lembremos que o Sangue de Jesus nos purifica das obras mortas(hebreus 9:13,14) Ela nos serve como sensor moral e ao mesmo tempo nos ajuda a se fortalecer na fé entrando na Presença de Deus, através de uma consciência pura(Hebreus 10:19-23).



O conteúdo e as opiniões expressas são de inteira responsabilidade de seu autor.

Rádio Online

Ouça

Cadastro

Cadastre-se e receba as últimas novidades do Portal AD Alagoas.

Correspondente

Interaja com o Portal AD Alagoas e envie sugestões de matérias, tire suas dúvidas, e faça parte do nosso conteúdo.

participe »
Lições Bíblicas
Estudos Bíblicos
Correspondente - Enviar Matéria

Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Templo Sede
Av. Moreira e Silva, nº 406, Farol

 

Horário de Cultos

Aos Domingos 09:00h - Escola Dominical

Aos Domingos 18:30h - Culto Evangelístico

As Terças-feiras 18:30h - Culto de Doutrina

As Quarta-feiras 10:00h as 17hs - Círculo de Oração

As Sextas-feiras 18:30h - Culto de Oração

Facebook Twitter Instagram
Siga-nos nas Redes Sociais
Utilizamos cookies para coletar dados e melhorar sua experiência, personalizando conteúdos e customizando a publicidade de nossos serviços confira nossa política de privacidade.