INTRODUÇÃO:
- Na continuidade do estudo da doutrina bíblica do homem, analisaremos hoje a consciência.
- O comentarista, ao estudar a consciência no bloco atinente à alma, demonstra sua compreensão de que, para ele, a consciência seria algo relacionado com a alma.
- No entanto, o mesmo comentarista, logo no início, diz haver discussão a respeito de a consciência pertencer à alma e/ou ao espírito, o que, aliás, também é mencionado pelo pastor Severino Pedro da Silva (1946-2013) em sua obra “Corpo, alma e espírito”, “in verbis”: “…A influência da consciência. Esta influência é exercida é através da alma para nivelar estados morais. Mas, noutras ocasiões, esta influência é exercida pelo espírito humano…” (op.cit., p.84).
I - O CONCEITO de CONSCIÊNCIA como TRIBUNAL INTERIOR.
- O missionário e teólogo Eurico Bérgsten (1913-1999) é clarividente ao considerar a consciência como função do espírito, “in verbis”: “…Uma das faculdades mais importantes do espírito do homem é a sua CONSCIÊNCIA, Rm.2:15,16, que é uma janela no homem, pela qual Deus olha para o interior dele. A consciência é um ‘espião’ de Deus que persegue o homem, quando ele peca, mas que lhe fala com uma voz elogiosa quando faz o bem…” (Teologia sistemática: doutrina do Espírito Santo, do homem, do pecado e da salvação. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1986, p.78).
- O pastor Antônio Gilberto da Silva (1927-2018) também assim ensina: “…O espírito identifica o homem, a criação espiritual e dá-lhe a consciência de Deus. (…) Por meio dele o homem tem consciência de Deus.…” (A triunidade do homem. In: Bíblia de Estudo Antônio Gilberto, p.1922).
- Watchman Nee (1903-1972) também considera ser a consciência uma das funções do espírito: “…as funções do espírito poderiam ser classificadas como intuição, comunhão e consciência…” (O homem espiritual, p.277).
- “…O termo ‘consciência’ não aparece nas páginas do Antigo Testamento; entretanto, em o Novo, aparece por trinta vezes. Vem do grego ‘syneidesis’. Seu significado é: ‘um conhecimento acompanhador’. Do ponto de vista divino da observação, a consciência é ‘a faculdade da razão’, que distingue entre o mal e o bem. A consciência é sempre vista como algo intuitivo e espiritualmente instruído pela influência do Espírito Santo.…” (SILVA, Severino Pedro da. Corpo, alma e espírito, p.83).
- “… a consciência importa a ordenação da ciência para alguma coisa, porquanto, consciência significa ciência com outra coisa (…) ela testifica, liga, instiga e, mesmo, acusa ou remorde ou repreende. E tudo isso resulta da aplicação de algum conhecimento nosso ou ciência nossa aquilo que praticamos. E essa aplicação se faz de três modos. ― Primeiro, quando reconhecemos ter ou não feito alguma coisa (…) diz-se que a consciência testifica. ― Segundo, quando pela nossa consciência julgamos dever fazer alguma coisa, ou não. E então, diz-se que a consciência instiga ou liga. ― Terceiro, quando, pela consciência, julgamos que alguma coisa foi bem ou mal feita. E então, diz-se que a consciência excusa, ou acusa ou remorde.…” (Tomás de Aquino. Suma Teológica, I, q.79, art.13)
- A palavra consciência do latim “conscientia” carrega alguns sentidos:
a) Atributo que permite a uma pessoa a percepção, com certo grau de objetividade, do que se passa em torno de si (o mundo exterior) e dentro de si próprio (o mundo interior ou subjetivo); b) O conhecimento, a percepção desse atributo;
c) A capacidade de julgar o que é correto e o que não é, de acordo com valores morais e de conhecimento;
d) Conhecimento, noção, percepção (de situações, fatos, conceitos específicos); e,
e) Aplicação e zelo naquilo que se faz ou realiza (Aulete, 2011, p. 381).
-O termo grego para consciência é “syneidesis” – composto de “syn” (com) e “eidos” (conhecer), indicando um conhecimento que se tem de si mesmo, ou seja, um autoconhecimento, portanto, uma faculdade da alma que distingue o certo do errado que lhes permite acusá-los ou desculpá-los, agindo como um juízo interno, pois conforme (Romanos 2.15).“Demonstram que a lei está gravada em seu coração, pois sua consciência e seus pensamentos os acusam ou lhes dizem que estão agindo corretamente”. Dessa forma, a consciência julga o erro, entretanto não resolve o problema do domínio do pecado que mortifica a consciência:
-“O Espírito afirma claramente que nos últimos tempos alguns se desviarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a ensinamentos de demônios, que vêm de indivíduos hipócritas e mentirosos, cuja consciência está morta” (1Tm 4.1-2).
II - O Que PAULO Nos ENSINA no Contexto de (Rm 2:12-15).
CONCLUSÃO:
Temos a consciência como tribunal interior, porém lembremos que o Sangue de Jesus nos purifica das obras mortas(hebreus 9:13,14) Ela nos serve como sensor moral e ao mesmo tempo nos ajuda a se fortalecer na fé entrando na Presença de Deus, através de uma consciência pura(Hebreus 10:19-23).
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