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AD Alagoas / Lições Bíblicas

19/07/2025

Lição 3 - Uma Igreja fiel à pregação do Evangelho

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- Na sequência do estudo da igreja em Jerusalém, veremos a fidelidade daquela igreja local à ordem de pregar o Evangelho.

- A igreja em Jerusalém cumpriu a Grande Comissão.

-A Ordem de Pregar e as Características da Verdadeira Pregação.

I – A ORDEM DE PREGAR O EVANGELHO

- Jesus apresentou-Se aos discípulos no domingo da ressurreição no cenáculo onde estavam eles reunidos, ocasião em que determinou que eles prosseguissem com a Sua obra salvífica. Disse o Senhor: “Assim como o Pai Me enviou também Eu vos envio a vós” (Jo.20:21).

- Tem-se, neste momento, por parte do Senhor, a abertura do entendimento dos discípulos para que compreendessem as Escrituras que já haviam predito todo o sofrimento do Salvador, mas também para lhes mostrar que, após a Sua ressurreição, em Seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém e por eles, que agora eram testemunhas de todo o ministério de Nosso Senhor (Lc.24:44-48).

- O Senhor Jesus, então, mostra aos discípulos que deveriam pregar o Evangelho, prosseguindo o que o Pai determinara que o Filho fizesse (Mc.1:14,15; Lc.4:43). A Igreja era constituída como o “corpo de Cristo” (I Co.12:27), a entidade mística que havia de dar seguimento ao realizado pelo Verbo encarnado.

- A pregação do Evangelho, ou seja, o anúncio do arrependimento e remissão dos pecados em nome de Jesus, proclamar que Jesus salva era a tarefa prioritária dos discípulos, para isso haviam sido eles preparados durante o ministério terreno do Senhor.

- Para isto o Senhor Jesus iria edificar a Sua Igreja, como já revelara por ocasião da revelação da Igreja em Cesareia de Filipe (Mt.16:18), devendo os Seus discípulos anunciar a todo o mundo aquilo que lhes havia sido revelado, ou seja, de que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt.16:16,17).

- Esta Igreja, embora fosse uma entidade mística, manifestar-se-ia nos mais diferentes lugares do planeta e o primeiro lugar em que isto se daria seria em Jerusalém. Por isso, a pregação começaria por Jerusalém e se espalharia por todas as nações.

- A igreja em Jerusalém, portanto, já recebia a incumbência de dar início à pregação do Evangelho e de espalhar tal pregação para todas as nações, o que, como veremos ao longo do trimestre, foi negligenciado por parte dela.

- Para que pudessem realizar esta tarefa, por primeiro, Jesus Cristo soprou sobre os discípulos para que recebessem o Espírito Santo (Jo.20:22), pois quem crê em Jesus recebe o Espírito Santo (Jo.7:39), o que até então não havia acontecido porque Jesus não tinha ainda sido glorificado, o que ocorreu precisamente com a Sua ressurreição, ocorrida naquele dia.

- Notemos que a prioridade da pregação do Evangelho é tanta que é o primeiro assunto tratado por Jesus na Sua primeira aparição à Igreja reunida (ainda que, desta vez, não completamente), já que as aparições anteriores haviam sido feitas a indivíduos (como a Maria Madalena) ou a pequenos grupos (como aos dois discípulos que caminhavam para Emaús).

- Nesta determinação de pregação do Evangelho, o Senhor Jesus frisou dois pontos fundamentais: o primeiro é de que se deveria pregar o arrependimento e remissão dos pecados em Seu nome, ou seja, o núcleo, a essência da proclamação era a salvação, que se obteria mediante a fé em Jesus e o arrependimento e remissão dos pecados.

- Esta determinação de Cristo seria retomada na Reforma Protestante, mais precisamente em dois dos princípios norteadores é o “Sola Fide”, ou seja, só a fé e a “Sola Gratia”, somente a graça, graça que é precisamente o Senhor Jesus, que foi dado ao mundo para a salvação da humanidade (Jo.3:16; Tt.2:11).

- O segundo ponto fundamental é que esta pregação se deveria dar com base nas Escrituras, pois são elas que testificam de Jesus e de Sua obra salvífica (Jo.5:39), tanto que Cristo fez questão de abrir o entendimento dos discípulos para a compreensão delas.

- A pregação do Evangelho, portanto, é a pregação de que Jesus salva, de que Jesus é o Salvador e tem por base o texto da Bíblia Sagrada. Eis porque a Reforma Protestante resgatou o ensino genuíno de Cristo, ao defender o “Solus Christus” (ou seja, só Cristo) e a “Sola Scriptura” (Só as Escrituras). É este o Evangelho autêntico e daí porque sermos conhecidos como “evangélicos”.

- Depois de ter soprado sobre os discípulos, Cristo enfatizou que eles deveriam ser revestidos de poder (Lc.24:49). Era necessária, portanto, uma capacitação para que dessem início a esta obra, assim como o Senhor havia sido capacitado, quando do Seu batismo por João, para a obra que Ele realizou (Lc.4:1).

II - CARACTERÍSTICAS DA VERDADEIRA PREGAÇÃO:

-Pedro reconhece a ignorância do povo (At 3.17), mas não omite a verdade: eles precisavam se arrepender: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (At 3.19). O Evangelho fiel confronta o pecado, chama à conversão e promete perdão. Uma igreja fiel não tem medo de pregar contra o pecado. Ela chama os pecadores ao arrependimento com amor, mas com firmeza como Jesus ensinou: “E em seu nome se pregasse arrependimento para remissão dos pecados a todas as nações [...]” (Lc 24.47). Em Atos 3.11-19, vemos um modelo claro de uma pregação sem vaidade, centrada em Cristo e que clama por arrependimento. O apóstolo Paulo exortou: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Vejamos algumas características da verdadeira Igreja que pregação do Evangelho:

2.1 Uma Pregação que rejeita a glória humana. Pedro percebe a admiração do povo e rejeita prontamente qualquer forma de idolatria: “Por que olhais tanto para nós?” (At 3.12). A verdadeira igreja sabe que os dons e milagres são meios, não fins. Herodes aceitou a glória dos homens e foi ferido por um anjo (At 12.21-23). A glória pertence exclusivamente a Deus: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei [...]” (Is 42.8). João o batista disse: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). A igreja fiel não busca reconhecimento humano, mas vive para glorificar a Deus em tudo: “Outro fato importante a ser observado nessa narrativa é que essa cura não reflete nenhum tipo de antropocentrismo. Deus, e não o homem, é o seu centro. Não há mérito humano nela [...] Pois bem, assim como aconteceu na primeira pregação de Pedro (At 2.14-40), esta segunda pregação também parte de uma experiência dada por Deus (At 3.1-26). Naquela, o ponto de partida foi a experiência do Espírito que veio por conta do derramamento do batismo no Espírito Santo (At 2.4); dessa vez, a pregação seguiu-se à cura do paralítico (At 3.6). Tanto em um caso como no outro, o Espírito Santo é o agente por trás desses eventos miraculosos. É o Espírito Santo quem glorifica a Jesus no meio do seu povo” (Gonçalves, 2025, pp. 41,42).

2.2 Uma Pregação que exalta Cristo em todas as coisas. Pedro apresenta um resumo poderoso da cristologia apostólica: Jesus como o Servo de Deus (At 3.13; cf. Is 52.13-53.12); como o Santo e Justo (At 3.14; cf. Is 53.11; Lc 1.35); como o O Autor da Vida (At 3.15; cf. Jo 1.4; Cl 1.16) e como Ressurreto dos mortos (At 3.15; cf. Rm 6.9). A fé no nome de Jesus operou a cura (At 3.16), confirmando que Ele é a única fonte de salvação e poder. O foco da pregação não está no milagre, mas na Pessoa e na obra de Cristo: “Para que em tudo [Jesus] tenha a preeminência” (Cl 1.18). Uma igreja centrada em Cristo não substitui o Evangelho por modismos, psicologia positiva ou entretenimento.

2.3 Uma Pregação que confronta o pecado com verdade. Pedro não esconde a culpa do povo: “Vós entregastes e negastes [...]” (At 3.13-14); “Matastes o Autor da vida” (At 3.15). Mas também reconhece sua ignorância (At 3.17), como Jesus declarou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). A pregação fiel não suaviza o pecado, mas revela sua gravidade à luz da cruz: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as” (Ef 5.11). A igreja que deseja ser fiel ao Evangelho deve resistir à tentação de adaptar sua mensagem ao gosto do mundo.

2.4 Uma Pregação que anuncia a mensagem do arrependimento. Pedro convoca: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos [...]” (At 3.19). O arrependimento é mais que remorso, é mudança de mente, coração e direção. A conversão através da ação do Espírito Santo e a pregação do Evangelho é necessária para que os pecados sejam apagados e tempos de refrigério venham. A mensagem do arrependimento foi o centro do ministério de João Batista (Mt 3.2); de Jesus (Mc 1.15) e dos apóstolos (At 2.38; 17.30) por meio do Espírito Santo: “Somente através da atuação do Espírito Santo é que o coração humano pode ser regenerado, despertado para a vida espiritual e capacitado a responder ao chamado de Deus” (Barreto, 2024, p. 110). Paulo disse que: “A tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende” (2Co 7.10). A igreja fiel prega o Evangelho completo: cruz, arrependimento, conversão e perdão.

2.5 Uma Pregação que anuncia o tempo do refrigério. O apóstolo afirmou: “Para que venham os tempos de refrigério pela presença do Senhor”. Esse refrigério aponta tanto para a presença do Espírito no presente, quanto para a esperança escatológica do retorno de Cristo. Uma igreja fiel prega o Evangelho com os olhos no futuro glorioso: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). Uma igreja fiel vive entre o “já” da salvação e o “ainda não” da glorificação, anunciando a bendita esperança da vinda de Cristo. O episódio em Atos 3 mostra que o milagre abriu portas, mas a prioridade era pregar Jesus.

CONCLUSÃO:

- O resultado da pregação de Pedro, foi a conversão de mais pessoas a Cristo, passando o número dos crentes, que era de quase três mil, para quase cinco mil (At.4:4).

- O crescimento da Igreja resultou, portanto, de uma vida no altar e da consequente realização de um milagre, pelo qual se voltou a pregar a Palavra de Deus.

- Esta é a simplicidade do Evangelho: se a Igreja estiver em comunhão com Deus, orando e meditando nas Escrituras, perseverando na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações, o Espírito Santo dirigirá a Igreja, haverá sinais e maravilhas e a Palavra de Deus será pregada e, como efeito de tudo isso, pessoas se renderão ao Senhor Jesus.

Deus abençoe.



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