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AD Alagoas / Lições Bíblicas

28/06/2025

LIÇÃO Nº 13 – A RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- Encerrando o estudo do Evangelho segundo João, analisaremos os episódios ocorridos após a ressurreição do Senhor.

- A vitória de Jesus sobre a morte dá-nos esperança da vida eterna.

-A ressurreição de JESUS é o momento em que ele retorna à vida no terceiro dia, desafiando a morte e a sepultura. E nos dando:

• A Esperança da Vida Eterna:

A ressurreição é vista como a garantia da vida eterna para aqueles que crêem em JESUS e como um sinal da vitória sobre a morte.

• A Ressurreição:

A ressurreição de JESUS é um tema complexo que envolve questões teológicas sobre a natureza de DEUS, a natureza da alma e a natureza da vida eterna.

Significado Teológico:

• A Morte como Sacrifício:

A morte de JESUS é vista como um sacrifício necessário para a redenção da humanidade, enquanto a ressurreição é vista como a vitória sobre a morte.

• A Promessa da Salvação:

A ressurreição de JESUS é a garantia de que aqueles que crêem nele receberão vida eterna e serão resgatados do pecado e da morte.

• A Fé Cristã:

A ressurreição é uma crença central da fé cristã, que se manifesta em diversas práticas religiosas e teológicas.

I - JESUS APARECE NO CENÁCULO

- O Evangelho segundo João noticia quatro aparições de Jesus ressurreto a Seus discípulos: a aparição a Maria Madalena no sepulcro, duas no cenáculo onde havia celebrado a Páscoa e instituído a ceia do Senhor, uma na tarde do domingo da ressurreição e outra, oito dias depois e outra, um tempo depois, a sete discípulos, junto ao mar da Galileia.

- João, na continuidade do registro de seu testemunho sobre os fatos relacionados com a paixão, morte e ressurreição de Jesus, registra que, na tarde do domingo da ressurreição, enquanto os discípulos se encontravam trancados no cenáculo, com medo dos judeus, Jesus chegou e Se pôs no meio deles, dizendo: “Paz seja convosco” (Jo.20:19).

- João, até pela sua qualidade de testemunha privilegiada, apresenta as aparições de Jesus de forma minudente, inclusive no que toca ao tempo em que se deram. Assim, destaca que, já na tarde do domingo da ressurreição, Jesus aparece para dez apóstolos, já que Tomé estava ausente.

- Vemos aqui a constatação de que, apesar de terem fugido e deixado o Senhor, os discípulos acabaram por se reunir no mesmo cenáculo onde haviam celebrado a Páscoa com o Mestre, que ali instituíra a ceia do Senhor.

- Mesmo tendo deixado só o Senhor (com exceção do próprio João), os discípulos se mantiveram unidos, tendo resolvido se esconder no cenáculo e ali estavam com medo dos judeus, trancados.

- Jesus mantinha, assim, a unidade do colégio apostólico, demonstrando todo o Seu poder. Todavia, apesar de Pedro e João terem visto o túmulo vazio e Maria Madalena ter anunciado a ressurreição do Senhor, continuavam com medo dos judeus e trancados no cenáculo.

- Não era de se esperar outro comportamento deles, uma vez que, se João e Pedro, que tinham ido ao túmulo vazio, tinham ficado céticos quanto ao ocorrido, que dirá os demais que nem até lá haviam ido, lembrando de que não sabiam a Escritura que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos (Jo.20:9) bem como não tinham o Espírito Santo para os lembrar do que Jesus havia dito (Jo.14:26). Este clima de ceticismo é registrado por Lucas em seu evangelho (Lc.24:21-24).

- Jesus pôs-Se no meio deles e os saudou. Aqui João já mostra que estamos diante do Cristo glorificado, porquanto, mesmo estando as portas fechadas, o Senhor conseguiu entrar no recinto.

- Para que não houvesse dúvida alguma de que se tratava de Jesus em corpo, o apóstolo do amor diz que Jesus Lhes mostrou as mãos e o lado, confirmando que era Aquele que havia sido crucificado, mas que agora estava vivo. Desmentia, deste modo, o apóstolo os falsos ensinos dos gnósticos, que estavam a perturbar a Igreja ao tempo da redação deste evangelho, que negam que Jesus tivesse encarnado. O apóstolo mostra que, mesmo ressurreto, Jesus continuava sendo um ser humano, ainda que, agora, glorificado.

- A presença destas cicatrizes de Jesus, também chamadas de “chagas de Cristo” ficaram como marcas do sacrifício vicária do Senhor, provas indeléveis e que eternamente comprovarão o amor e o resgate da humanidade por Nosso Senhor e Salvador. Como diz o conhecido cântico da autoria de Jorge Araújo: “Cicatrizes que provam que Ele precisou sofrer pra que eu pudesse ser livre”.

- A presença destas cicatrizes, ademais, era o parcial cumprimento de profecia bíblica, pois tais cicatrizes, que serviram para provar que Jesus era Aquele que morreu na cruz aos Seus discípulos, também servirão para que Israel O reconheça como o Messias por ocasião do término da Grande Tribulação (Zc.12:10; 13:6).

- Estas cicatrizes eram a comprovação da realização da justiça de Deus. Com a Sua morte, Jesus assumira o pecado da humanidade e pagava o preço dos nossos pecados (Isa.53:4,5), satisfazendo a justiça divina e agora poderia nos imputar a Sua justiça, uma vez tendo crido n’Ele.

- Estas cicatrizes, também, são a comprovação de que Jesus também cura as enfermidades, pois, pelas Suas pisaduras, fomos sarados (Is.53:4,5), de modo que podemos também realizar obras maiores que as feitas pelo Senhor Jesus (Jo.14:12), pois, como Deus também está conosco, andaremos, a exemplo do Mestre, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo (At.10:38). O Senhor que perdoa os nossos pecados, também é o mesmo que sara as nossas enfermidades (Sl.103:3).

- Como afirma a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “...A Bíblia mostra que a obra redentora de Cristo incluiu também o corpo: ‘Gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo’ (Rm.8:23). A vontade de Deus é, portanto, curar tanto a alma como o corpo...” (DFAD XXI, p.179).

- Os discípulos, que estavam tristes e temerosos, ao verem que o Senhor havia ressuscitado, alegraram-se. A ressurreição de Jesus trouxe-lhes alegria, como o próprio Jesus lhes havia falado nas últimas instruções (Jo.16:20-22).

- Esta alegria recebida pelos discípulos nunca foi tirada pelo mundo. Os apóstolos enfrentariam dura perseguição dali para a frente e todos seriam martirizados, com exceção de João que, embora não tenha se tornado mártir, foi preso na ilha de Patmos, o principal presídio de segurança máxima daquele tempo, por causa da sua fé em Cristo (Ap.1:9) e é esta alegria que os motivava a perseverar até o fim e que faz com que a Igreja esteja ainda hoje marchando para os céus.

- É a alegria da salvação (Sl.51:12), a alegria que é qualidade do fruto do Espírito (Gl.5:22), uma alegria interior que nos faz entrar em comunhão com Jesus, Ele próprio portador desta alegria, advinda do Pai (Hb.1:9).

- Já com esta alegria, o Senhor novamente lhes oferece a Sua paz. Estavam os discípulos como que sendo transportados para o reino de Deus, porquanto o reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm.14:17).

- Jesus, dando-lhes a justiça, alegria e paz, envia-os para que anunciassem o Evangelho, assim como Ele próprio havia sido enviado pelo Pai (Jo.20:21).

- Temos aqui como a versão joanina da Grande Comissão: somos enviados por Jesus assim como o Pai O enviara. Devemos dar prosseguimento à obra salvífica de Jesus, somos Seus apóstolos, ou seja, Seus enviados.

- Este envio não era reduzido apenas aos “doze”, como defendem os romanistas e os ortodoxos que procuram aqui, neste envio, encontrar respaldo para o chamado “sacramento da ordem” e que faz a distinção entre os “sacerdotes” e os “leigos”.

- Por primeiro, lembremos que Tomé não estava presente nesta ocasião (Jo.20:23) e. mesmo assim, estes pensadores o inserem entre os “apóstolos”, cuja sucessão daria origem a esta suposta “linhagem sacerdotal cristã”.

- Por segundo, no livro de Atos dos Apóstolos, vemos pregando o Evangelho não apenas os doze, mas os diáconos Filipe (At.8:5) e Estêvão (At.6:8-10), como também Paulo, que, inclusive, disse ser uma obrigação a pregação do Evangelho (I Co.9:16), sem falar em todos os crentes que foram dispersos de Jerusalém (At.8:4).

- Este envio mostra que os discípulos de Jesus devem ter como comida fazer a vontade de Cristo e realizar a Sua obra (Jo.4:34); nada fazer por si mesmos mas o que o Filho os ensinou (Jo.8:28) e glorificar a Cristo na Terra consumando a obra que lhe foi dada a fazer (Jo.17:4).

- Havia justiça, alegria e paz por causa do sacrifício vicário de Cristo, mas ainda não tinham os discípulos recebido o Espírito Santo. Por isso mesmo, o Senhor Jesus soprou sobre os discípulos para que eles recebessem o Espírito Santo (Jo.20:22).

II - ENSINAMENTOS PRÁTICOS:

1. Nossa necessidade atrai a graça de CRISTO. Nenhum olho mortal testemunhou o ato da ressurreição. Para quem CRISTO deveria aparecer primeiro a fim de fazer conhecidas as boas-novas? Deveria ir ao palácio do sumo sacerdote ou ao pretório de Pilatos para triunfar sobre os inimigos boquiabertos? Ou deveria primeiramente revelar-se a alguns de seus seguidores? Sua primeira aparição foi revelada a uma pobre mulher que nada poderia fazer para celebrar publicamente o triunfo dEle. Por que ela? Porque era a que mais sentia necessidade dEle, e esta sensação de dependência é o ponto magnético que atrai a sua presença até hoje. Buscar a CRISTO é sentir como Maria sentia, reconhecer com clareza que Ele é o bem mais precioso que existe no Universo, e ter a convicção de que ser como Ele, pela sua graça, é a coisa mais importante da vida.

2. Lamentando a perda de uma bênção. CRISTO apareceu a Maria enquanto ela estava ali, chorando a sua ausência. Nisto há uma lição importante. Repetidas vezes a raça humana tem permitido que CRISTO desapareça da sua vida, ficando como se fosse uma vaga sombra distante. Graças a DEUS, porém, sua presença pode ser restaurada como viva e visível influência no mundo, sempre que há pessoas conscientes da sua ausência, e que oram com fé até ter a visão de JESUS na sua glória. Há nisto uma lição bem pessoal para cada um de nós. Às vezes descuidamos da nossa comunhão com o Senhor, e sentimos falta da sua presença. Quando, porém, reconhecemos e lamentamos que sua presença não está sendo para nós a vibrante realidade de antes, já estamos no caminho da restauração. Lamentar a sua ausência é o primeiro passo para a restauração porque serve como convite a Ele para que volte a nós, e este convite sempre será atendido pela sua presença.

“Por que choras?” A pergunta dá a entender que Maria estava chorando por causa de uma perda existente apenas na sua imaginação. Imaginava que seu Senhor morrera, e que seu corpo tivesse sido removido, quando, na realidade,

Ele já passara por uma gloriosíssima ressurreição. Foi assim que Jacó exclamou, ao ouvir o relatório trazido pelos seus filhos: “Tendes-me desfilhado; José já não existe, e Simeão não está aqui; agora levareis a Benjamim! Todas estas coisas

vieram sobre mim” (Gn 42.36). Na realidade, porém, todas as coisas estavam concorrendo para o bem de Jacó. José, a quem ele considerava morto, estava com vida, preparando para ele, num país distante, uma morada feliz para o restante da sua vida.

O Senhor não nos condena por causa das nossas lágrimas vertidas no meio das tristezas e decepções, tão comuns nesta vida. Somos humanos, afinal de contas, e é um alívio abrir as comportas para dar expressão à nossa mágoa. Há momentos, no entanto, em que erroneamente imaginamos o pior, e choramos na hora errada pelo motivo errado. É nesse momento, então, que JESUS pergunta: “Por que choras?” Mesmo quando temos motivos de sobra para chorar, devemos levar o assunto diretamente a JESUS, para evitar que a mágoa danifique a nossa espiritualidade, e para não dependermos das falsas e traiçoeiras consolações de pessoas que não amam a CRISTO.

-Ao examinarmos a narrativa da ressurreição, notamos quão marcantemente as aparições do Senhor atendiam às necessidades várias pessoas. 

-Maria, com seu coração cheio de lealdade, recebeu consolação; 

-Pedro, o arrependido, foi perdoado e restaurado; 

-Os dois pensadores no caminho de Emaús receberam a convicção; 

-E os dez discípulos amedrontados receberam confiança e forças, enquanto Tomé foi transformado de duvidoso em crente firme. 

-Para todas estas pessoas, a presença do CRISTO vivo mostrou-se suficiente.

-Para os Discípulos Amedrontados, trouxe Consolação (Jo 20.19,20)

-O dia da ressurreição tinha sido emocionante, com muitos rumores e crescentes emoções. Ao fim da tarde, reuniram-se os discípulos. Trancaram tudo, com medo dos judeus, pensando que a qualquer momento soldados romanos poderiam ser enviados contra eles, para levá-los presos como cúmplices de JESUS Nazareno. 

-Certamente tais homens nunca teriam pregado a ressurreição, a não ser que tivessem absoluta certeza de que JESUS realmente ressuscitara.

CONCLUSÃO:

João conclui o seu evangelho dizendo ter sido testemunha de tudo quanto escreveu e que Jesus havia feito muitas outras coisas que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se escrevessem.

- Jesus continuava a operar, é o que João nos quer transmitir com estas expressões, e por isso podíamos crer que Ele é o Cristo, o Filho de Deus e termos vida em Seu nome, marchando com esperança para os céus. Podemos agir como João nos sugere. Se esperarmos por Jesus só nessa vida seríamos os mais miseráveis. Glória a Deus. Grato por acompanhar-nos em todo trimestre.



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