Siga-nos nas redes sociais Facebook Twitter Instagram

AD Alagoas / Lições Bíblicas

14/06/2025

Lição 11 - A INTERCESSÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, analisaremos a oração sacerdotal de Jesus.

- A oração sacerdotal de Jesus antecipa a intercessão do Senhor por nós nos céus.

I – A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS

- Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, analisaremos a oração sacerdotal de Jesus, registrada no capítulo 17 deste evangelho.

- Após ter dado as últimas instruções, Jesus faz uma oração pelos Seus discípulos, como que numa antecipação do papel intercessório que passaria a exercer na “casa do Pai” para onde iria, conforme dissera aos Seus discípulos (Jo.14:1-3; 16:28).

- Era mais um momento de oração do Senhor em Sua peregrinação terrena. Assim que deixou a glória divina, Jesus fez uma oração (Hb.10:5-7). Agora, antes de iniciar o Seu processo de paixão e morte, encerrando a instrução a Seus discípulos, ora uma vez mais.

- Além de orar, Jesus ora pelos Seus discípulos. Dentro de poucas horas, sabia que iniciaria a Sua paixão e morte, seria abandonado até pelos Seus amigos, mas sua primeira atitude de oração é por eles, é uma oração intercessória, demonstrando, assim, que os amava e os amava até o fim (Jo.13:1).

- Tem sido esta a nossa atitude? Em nossos momentos de oração, pensamos, primeiramente, no próximo, naqueles que nos cercam, ou, por primeiro, em demonstração de individualismo ou egoísmo, iniciamos pelas nossas necessidades, pelas nossas carências para só então lembrar do próximo? Será, aliás, que chegamos a pedir algo pelos outros?

- Por se tratar de uma oração intercessória, os estudiosos passaram a chamar esta oração de “oração sacerdotal de Jesus”, porque Cristo aqui como que antecipa o Seu papel de sumo sacerdote que passaria a exercer à direita de Deus quando subisse ao céu (Hb.8:1,2; 10:19,20).

- Assim como no sacrifício do dia da expiação, o sumo sacerdote primeiramente entrava no lugar santíssimo única e exclusivamente para cobrir a arca e o ambiente da fumaça do incenso (Lv.16:13), para só depois ingressar ali com o sangue do novilho sacrificado (Lc.16:14), Jesus orou pelos discípulos antes de entregar a Sua vida pela humanidade, como o sumo sacerdote que ofereceria a Si próprio, o Cordeiro de Deus, num sacrifício perfeito, feito uma vez, que tirou o pecado do mundo (Hb.10:10-13).

- Ao encerrar este verdadeiro curso dado aos discípulos durante Seu ministério terreno com uma oração, o Senhor nos ensina, também, que tudo devemos começar e terminar com oração.

- Como dissemos, ao entrar no mundo, iniciando a execução de Sua obra salvífica, o Senhor começou orando. Agora, ao terminar a instrução aos discípulos, igualmente orava. O processo de paixão e morte também se iniciaria com uma oração, no Getsêmani (Mt.26:36; Mc.14:32; Lc.22:329-41), e terminaria com uma oração no momento da entrega do espírito na cruz do Calvário (Lc.23:46).

- Devemos seguir este exemplo, começando e terminando nossas atividades sempre com oração, não uma mera “reza” automática e ritual, mas uma verdadeira, genuína e autêntica oração, comunicação com Deus, pois, em assim fazendo, estaremos sempre reconhecendo que nada podemos fazer sem o Senhor (Jo.15:15).

- O Senhor dirige-Se ao Pai no início da oração, como, aliás, em todas as orações Suas registradas nas Escrituras. Toda oração é dirigida ao Pai em nome de Jesus (Jo.16:23). Foi assim que Jesus ensinou os discípulos a orar (Mt.6:6,9; Lc.11:1,2).

- É estarrecedor que uma verdade bíblica tão fundamental, que, inclusive, aprendemos em nossa primeira infância, tenha sido ignorada, nos últimos tempos, por pessoas que já deviam ser mestres pelo tempo em que estão na Igreja (Cf. Hb.5:12), orem “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, expressão que o Senhor somente utiliza para a fórmula batismal.

II- A ORAÇÃO POR SI MESMO

“Do ponto de vista de JESUS, quando Ele olha para os anos passados da sua curta permanência na terra (1.14), há quatro coisas específicas e evidentes que Ele realizou e que o haviam trazido até a hora. 1. Eu glorifiquei-te na terra (4). Ele teve uma glória com o Pai antes que o mundo existisse e Ele antevia que isto seria restaurado. Glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo (5; cf. 24). Colocado em linguagem moderna, Ele estava dizendo que, a partir da perspectiva divina, a Encarnação era um celebrado sucesso. 2. Tendo consumado a obra que me deste a fazer (4). O verbo grego para consumar é teleiosas, que significa ‘completar, trazer ao final, terminar, realizar... trazer ao objetivo ou à realização, no sentido de superação ou suplantação de um estado imperfeito de coisas por alguém que está livre de objeções’. A obra é a redenção do homem, e está consumada da maneira mais perfeita (cf. 19.30). Não se pode deixar de exclamar ‘Aleluia, está consumado!’ 3. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste (6). A palavra grega para manifestar é ephanerosa, que significa ‘tornar conhecido pelas palavras transmitidas... embora aqui o ensino seja acompanhado por uma revelação que vem da obra’. Na adoração judaica, era proibido pronunciar o nome de Jeová (Yahweh). Mas agora o nome Pai tornou-se conhecido e os homens ‘já não precisam ter medo de pronunciar o nome sagrado”. 4. Eu lhes dei as palavras que me deste (8). Ele, a eterna Palavra viva, deu aos homens as palavras que eles receberam. Disto vem o conhecimento — eles têm conhecido a verdadeira natureza [de JESUS]; saí de ti — e a fé — e creram na sua missão; que me enviaste (8; cf.18,21,23,25). Strachan comenta: ‘Os discípulos foram capazes, ouvindo as ‘palavras’ de JESUS, de manter a Palavra de DEUS (6). ‘Manter’ quer dizer mais do que obedecer. Quer dizer proteger e comunicar ao mundo a revelação que DEUS confiou à sua Igreja’” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.138- 39).

III – A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS

1. Intercessão pela proteção dos discípulos

Nos versículos 4 a 8, exceto o versículo 5, JESUS ora como se estivesse apresentando um relato ao Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério na Terra. No versículo 6, Ele intercede por seus discípulos e pela unidade entre eles, uma vez que seriam os responsáveis por continuar à obra que JESUS havia iniciado. Para o Pai, o nosso Senhor se refere aos discípulos como “homens que do mundo me deste” (v.6). O Redentor revela que seus discípulos pertenciam ao Pai e que Este os entregou a Ele: “Eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra” (Jo 17.6b). Ao longo de quase quatro anos, JESUS investiu nesses homens, que se mostraram fiéis, prontos para prosseguir com a missão de evangelização.

2. Os discípulos receberam a Palavra

Apesar de, em certas ocasiões, os discípulos terem encontrado dificuldades para compreender completamente os ensinamentos de JESUS, as suas recordações foram reavivadas pelo ESPÍRITO SANTO quando receberam o poder no dia de Pentecostes, permitindo-lhes assim entender e difundir o que aprenderam com o Mestre (At 2.14- 36). No versículo 6, JESUS referiu-se ao Pai afirmando que os seus discípulos mantiveram a mensagem recebida: “E guardaram a tua Palavra”. Ao vivermos conforme a Palavra de DEUS, aceitando e obedecendo aos ensinamentos de CRISTO, podemos testemunhar o Evangelho com credibilidade.

3. Protegidos do mundo

O versículo 14 afirma: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo”. É importante prestar atenção ao termo “mundo”. Este pode referir-se ao “universo criado” (Jo 17.5) ou à humanidade (Jo 3.16). No entanto, aqui JESUS se refere ao sistema espiritual governado por Satanás (Jo 17.14). O apóstolo Paulo descreve esse “mundo” como um governo espiritual maligno (Ef 2.2). Por conseguinte, o nosso Senhor deseja que o Pai guarde os seus discípulos desse sistema mundano, que é incompatível com o Evangelho, sob a influência do “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11).

SINÓPSE II - JESUS pediu a proteção para os seus discípulos, que acolheram a Palavra e necessitavam ser guardados do mal que existe no mundo.

“Nosso Senhor deseja que o Pai guarde seus discípulos desse sistema mundano, que é incompatível com o Evangelho, sob a influência do ‘príncipe deste mundo’.”

“A oração final de JESUS por seus discípulos mostra os desejos mais profundos de nosso Senhor para os seus seguidores, tanto para aquela época quanto para os nossos dias. Isto também é um exemplo inspirado pelo ESPÍRITO de como todos os pastores e líderes de ministério devem orar pelas pessoas, e como os pais cristãos devem orar por seus filhos. Ao orar por aqueles que estão sob os nossos cuidados, nossas maiores preocupações devem ser: (1) que essas pessoas possam conhecer a JESUS CRISTO e à sua Palavra intimamente (vv. 2-3,17,19; veja o v. 3,); (2) que DEUS possa protegê-las das más influências do mundo, impedindo que se afastem dele e dar- lhes discernimento para reconhecer e rejeitar crenças ímpias e falsos ensinamentos espirituais (vv. 6,11,14-17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1891).

IV – A ORAÇÃO DE JESUS PELOS QUE VIRIAM A CRER

1. Oração pela unidade da Igreja

Nesta terceira parte de sua súplica, JESUS pediu pela unidade da Igreja. Mais do que uma unidade de natureza eclesiástica ou orgânica, JESUS intercedeu pela harmonia espiritual do seu povo. Nosso Senhor ansiava por uma união genuína, tal como a que existe entre Ele e o Pai. Essa foi a súplica do nosso Senhor: “para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti” (Jo 17.21).

2. Propósito da unidade

O propósito da unidade espiritual da Igreja, conforme a intercessão do nosso Senhor, é que “o mundo creia que tu me enviaste” (v.21). Assim, a Igreja revela essa unidade espiritual com CRISTO por pelo menos quatro motivos: (1) união essencial dos salvos como membros do Corpo de CRISTO (1 Co 12.12); (2) união essencial dos salvos promovida pelo conhecimento crescente sobre JESUS CRISTO (2 Pe 3.18); (3) união essencial dos salvos no desenvolvimento do Fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23); (4) união essencial dos salvos manifestada na glória como filhos de DEUS e detentores da vida eterna (Jo 17.22).

3. Oração por encorajamento à unidade

Em João 17.21,22, o nosso Senhor roga para que os discípulos sejam incentivados a manter a unidade com Ele. A crença em CRISTO como o único e suficiente Salvador é a principal razão da unidade cristã, de modo que os discípulos sejam encorajados a promover esse testemunho no mundo. Assim, sem essa unidade de fé, o testemunho perde completamente a sua credibilidade.

CONCLUSÃO

JESUS fez uma oração pela unidade da Igreja, promovendo a comunhão entre aqueles que viriam a crer.

“Assim, sem essa unidade de fé, o testemunho perde completamente a sua credibilidade.”

É extraordinário perceber que a oração sacerdotal de JESUS CRISTO continua a ressoar nos dias atuais. Fazemos parte do Corpo de CRISTO e esse privilégio deve manter-nos cientes da nossa função no Reino de DEUS. Por isso, temos a responsabilidade de nos apresentar entusiasmados para testemunhar com coragem o Evangelho, revelando a obra que o Senhor JESUS realizou no Calvário.



O conteúdo e as opiniões expressas são de inteira responsabilidade de seu autor.

Rádio Online

Ouça

Cadastro

Cadastre-se e receba as últimas novidades do Portal AD Alagoas.

Correspondente

Interaja com o Portal AD Alagoas e envie sugestões de matérias, tire suas dúvidas, e faça parte do nosso conteúdo.

participe »
Lições Bíblicas
Estudos Bíblicos
Correspondente - Enviar Matéria

Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Templo Sede
Av. Moreira e Silva, nº 406, Farol

 

Horário de Cultos

Aos Domingos 09:00h - Escola Dominical

Aos Domingos 18:30h - Culto Evangelístico

As Terças-feiras 18:30h - Culto de Doutrina

As Quarta-feiras 10:00h as 17hs - Círculo de Oração

As Sextas-feiras 18:30h - Culto de Oração

Facebook Twitter Instagram
Siga-nos nas Redes Sociais
Utilizamos cookies para coletar dados e melhorar sua experiência, personalizando conteúdos e customizando a publicidade de nossos serviços confira nossa política de privacidade.