INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, continuaremos a analisar o sermão das últimas instruções, mais precisamente a promessa do Espírito Santo.
- O Espírito Santo é o nosso atual Consolador.
- Como Consolador, o Espírito Santo é o nosso parakletos, ou “Advogado” – aquele que se apresenta ao nosso lado para interceder, defender e ajudar. Como Espírito da verdade, o Espírito Santo é único e verdadeiro. Em meio a tantos espíritos de erro, de mentira e de engano que existem neste mundo, o Espírito Santo é o Espírito da verdade (Jo 16.13).
I – A VINDA DO ESPÍRITO SANTO
- Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, continuaremos a analisar o sermão das últimas instruções, agora com relação à promessa do Espírito Santo.
- Jesus apresentou-Se aos discípulos como o caminho, a verdade e a vida, quando indagado pelos discípulos para onde iria, já que dissera que para onde iria, os discípulos não podiam segui-l’O de imediato.
- Ao dizer que Se separaria dos Seus discípulos, naturalmente que houve, por parte deles, um sentimento de tristeza e até de orfandade, pois se veriam privados da companhia do Mestre.
- Para evitar a permanência desta frustração, que o Senhor denominou de “turbação do coração”, por primeiro, Cristo disse que voltaria para levar os discípulos para o lugar para onde iria, como também que era Ele o caminho, a verdade e a vida, de modo que não haveria como, se eles perseverassem, deixar de chegar até a “casa do Pai”.
- Mas isto era insuficiente. Haveria um tempo entre a partida de Jesus e o Seu retorno para vir buscar os discípulos, um tempo em que se deveria percorrer o caminho, andar na verdade e manter a vida, que é a comunhão com o Senhor.
- Jesus sabia que os discípulos já haviam aprendido que Sua presença, Sua companhia tinha sido indispensável para que os discípulos tivessem chegado até o final daquele verdadeiro curso proporcionado pelo Mestre. Jesus, cumprindo as profecias messiânicas, tinha sido o “Emanuel”, ou seja, o “Deus conosco”.
- Desta maneira, para que os discípulos não temessem o que estava por vir, o novo tempo que se anunciava após a Sua partida, o Senhor, então, diz que rogaria ao Pai e Ele lhes daria outro Consolador, que ficasse com eles para sempre (Jo.14:16).
- Jesus sentira que os discípulos estavam se sentindo abandonados, órfãos. Assim, para afastar tal sentimento, diz que lhes mandaria um “Consolador”. Esta palavra é a tradução de “Parakletos” (παρακλητος), cujo significado é “aquele que é chamado para ficar ao lado”.
- Jesus prometia que mandaria alguém para ficar ao lado dos discípulos, assim como o próprio Cristo tinha estado até então. E este Consolador, este Paráclito seria “outro” e aqui temos a palavra grega “allós” (αλλός), que significa “alguém da mesma natureza”.
- Jesus, então, diz que, ao ir para a casa do Pai, mandaria outra Pessoa Divina para ficar ao lado dos discípulos, de modo que não haveria qualquer perda por parte dos discípulos com a partida de Jesus. Eles continuariam tendo ao lado para realizar a obra uma Pessoa Divina, como tinham tido até aquele momento.
- Este “outro Consolador” ficaria com os discípulos para sempre, ou seja, ao contrário de Jesus que ficaria um tempo com eles, indo para a casa do Pai, o “outro Consolador” ficaria com os discípulos para sempre, ininterruptamente, ou seja, até que eles passassem para a dimensão da eternidade.
- Este “outro Consolador” é, então, apresentado como “o Espírito da verdade”. É um com Jesus, porque, além de ser uma Pessoa Divina, Ele também é a verdade, assim como o Filho. Sendo “o Espírito da verdade”, Ele estaria com os discípulos neste caminho rumo a casa do Pai, onde se deve andar na verdade. Sendo “Espírito”, Ele é também vida, assim como Jesus, pois as palavras do Senhor são “espírito e vida” e o espírito que vivifica (Jo.6:63).
- Tem-se, portanto, o companheiro adequado para a jornada que se propõe aos discípulos: uma Pessoa Divina, que é verdade e vida, assim como Jesus, e que, portanto, fará o papel até então desempenhado pelo Filho do homem. O Espírito Santo é o verdadeiro Vigário de Cristo, pois é Ele quem vem substituir o Senhor Jesus no papel que estava a desempenhar desde o início do Seu ministério terreno junto a Seus discípulos.
- Diante desta circunstância, tem-se uma verdadeira blasfêmia quando se denomina o Papa de Vigário de Cristo, dando-se a um homem um papel que é reservado tão somente a uma Pessoa Divina. O atual chefe da Igreja Romana, o Papa Francisco, aliás, mandou retirar este título do Anuário Pontifício a partir de 2020.
- Jesus, então, ensina os discípulos que, por ser o “Espírito da verdade”, o mundo não pode recebê-l’O (Jo.14:17). O mundo está no maligno (I Jo.5:19) e o príncipe deste mundo, além de nada ter em Jesus (Jo.14:30), é o pai da mentira e homicida desde o princípio (Jo.8:44).
II – A PROMESSA DO PAI SE CUMPRIU.
-No AT Deus falará por intermédio de Joel e outros profetas que enviaria o Espírito de forma abundante.
-Após Jesus ter sido elevado ao céu, e já à direita do Pai, cumpriu-se o que Ele prometeu (At 2.1-13). Naquele dia, o apóstolo Pedro falando à multidão que estava reunida em Jerusalém, disse que o que estava ocorrendo ali era o início do cumprimento das promessas de Deus. Depois ele exorta todos ao arrependimento para também receberem aquela manifestação: “E disselhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”. (At 2.38-39). O sábio pregador disse: “Convertei-vos pela minha repreensão; eis que abundantemente derramarei sobre vós o meu Espírito Santo e vos farei saber as minhas palavras” (Pv 1.23). O Espírito Santo veio quando o dia de Pentecoste se cumpriu (At 2.1). Os discípulos esperaram por Ele (At 1.4), cumprindo a ordem de Jesus (Lc 24.49). Estavam ali reunidos no cenáculo perseverando unânimes em oração (At 1.14), esperando pelo cumprimento da promessa do Pai (Jl 2.28-32). O Espírito Santo veio sobre todos os que esperaram o cumprimento da promessa ali (At 2.4; Jo 7.39). O Espírito Santo veio de repente (At 2.2), como será a volta de Jesus (Mt 25.6). O Espírito Santo veio como um vento impetuoso para vivificar (Ez 37.9), em forma de línguas de fogo (At 2.3). O Espírito Santo veio glorifica a Cristo (Jo 16.14), edificar a Igreja de Cristo (Ef 2.20-22), habitar no homem e fazer dele Seu templo (I Co 6.19), conceder dons espirituais (I Co 12.4), revestir as testemunhas de Cristo (At 1.8) e dar-nos a adoção de filhos (Rm 8.15,16).
III – A PROMESSA AINDA É PARA OS DIAS DE HOJE.
Ao contrário do que alguns pregam, o batismo com o Espírito Santo não se limitou ao Dia de Pentecoste. Não encontramos nada nas Escrituras que prove que o falar em línguas seja uma experiência restrita àquele tempo. Ao contrário, a Bíblia diz que o derramar do Espírito Santo é universal e alcançável não só em nossos dias (At 2.39), como será também no futuro Deus derramará do Seu Espírito Santo sobre Israel (Zc 12.10; Ez 39.29). A promessa de Deus descrita em Joel 2.28-29 é para “toda carne’. Para ratificar ainda mais este argumento, Pedro foi claro e incisivo ao dizer: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quanto Deus nosso Senhor chamar” (At 2.39).
CONCLUSÃO
Como um Ensinador e Mestre (Jo 16.13,14) que nos guia a toda a verdade, que revela coisas futuras, que glorifica a Jesus, e que intercede por nós (Jo 16.26,27).
O Espírito Santo opera em nós justiça, paz e alegria (Rm 14.17), derrama amor em nossos corações (Rm 5.5), enche-nos de poder (Rm 15.13), edifica a Igreja (At 9.31), ensina aos crentes (Jo 14.26), habita nos crentes (Jo 14.23; I Co 6.19) e permanece em nós (Jo 14.16).
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