INTRODUÇÃO:
- Na sequência do estudo do Evangelho segundo João, analisaremos o milagre da ressurreição de Lázaro, o maior milagre do ministério de Nosso Senhor.
- Jesus é a ressurreição e a vida.
-O milagre da ressurreição de Lázaro foi um sinal indicador de que JESUS é a ressurreição e a vida.
Foi uma demonstração daquilo que DEUS fará com todos os crentes que morreram, pois eles, também, ressuscitarão dentre os mortos (14.3; 1 Ts 4.13-18).
I – A FAMÍLIA DE BETÂNIA
- Betânia é uma vila até hoje existente, situada no outro lado do monte das Oliveiras, cerca de 15 estádios, ou seja, cerca de 2.700 m de distância de Jerusalém, na estrada para Jericó.
- Tratava-se, praticamente, de passagem obrigatória para quem ia às peregrinações em Jerusalém, principalmente para os que moravam na Galileia, como era o caso do Senhor Jesus, que não passavam por Samaria, mas atravessavam o rio Jordão indo para a Pereia e, depois, iam a Jericó e ali tomavam a estrada para Jerusalém, que passava em Betânia.
- A palavra “Betânia” significa “casa dos figos” ou “casa das tâmaras verdes”, indicando que era um lugar onde, particularmente, havia esta espécie de frutas em abundância no caminho para Jerusalém. Alguns entendem, também, que seu significado seja “casa da aflição” ou “casa da obediência”.
- O fato é que Jesus passava por ali quando, como varão judeu que era, em observância à lei, comparecia a Jerusalém nas três grandes festas (Páscoa, Pentecostes e Festa dos Tabernáculos) (Ex.23:17; 34:24; Dt.16:16).
- Nesta aldeia, moravam três irmãos: Maria, Marta e Lázaro. Tratava-se de uma família diferente, porque, pelo que parece, os pais haviam morrido e os filhos ainda eram solteiros. Era uma família de irmãos sem pais.
- A falta dos pais na família de Marta, Maria e Lázaro certamente trazia muitas dificuldades e problemas para aquela família, notadamente naquele tempo em que a sociedade era “patriarcal”, ou seja, a figura do “pai de família” era fundamental para que houvesse a vida familiar e a própria convivência da família com o restante da sociedade.
- É precisamente nesta família diferente, carente, quiçá vista com desconfiança por toda a sociedade, mesmo naquela pequena vila como era Betânia, que Jesus teria um papel singular, sendo, de longe, a família que mais se aproximou de Jesus e com Ele manteve um relacionamento intenso, reconhecido por todos (Cf. Jo.11:36).
II – A FAMÍLIA DE BETÂNIA ENTRA EM CRISE
- Que privilégio o da “família de Betânia”! Jesus era amigo de Marta, Maria e Lázaro e, pelo que se verifica, a partir de então, passou sempre a frequentar a casa deles quando ia para Jerusalém.
- No entanto, apesar de serem amigos de Jesus, a “família de Betânia” estava neste mundo e aqui sempre nos esperam aflições (Jo.16:33).
- Lázaro, que era o chefe da família, por ser o único irmão do sexo masculino, adoeceu. A enfermidade era grave e isto muito perturbou as irmãs Marta e Maria.
- A morte já havia causado profundas marcas naquela família, pois os irmãos eram órfãos. Agora, justamente o principal elemento desta família já precária, encontrava-se enfermo.
- As irmãs não tiveram dúvidas. Estava-se diante de uma família que era amiga de Jesus, que tinha aprendido com Ele e que Lhe obedecia e que sabia que Ele a amava. Assim, diante desta grande dificuldade, não tiveram dúvidas, foram buscar a ajuda de Jesus.
- Assim faz toda família que é amiga de Jesus. Em meio a qualquer dificuldade, a qualquer aflição, vai ao encontro de Jesus para pedir-Lhe a ajuda, superando todos os eventuais obstáculos que o mundo queira colocar para impedir que se vá até Jesus.
- Naquele tempo, Jesus ainda estava fisicamente entre nós e, portanto, as irmãs pediram que alguém fosse levar a notícia da doença para o Senhor.
III – A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
“De todos os sinais do ministério de Jesus, o capítulo 11, do livro de João, parece culminar no tempo de Jesus para a sua morte e a ressurreição que viría pouco depois daqueles dias. É possível que tenha sido o sinal milagroso mais dramático dado por Jesus como evidência de que Ele era o Filho de Deus. O milagre da ressurreição de Lázaro só foi registrado por João. Os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) não o registraram. Mas a história do ministério público de Jesus tem o registro de outros milagres de ressurreição dos mortos, tais como: a filha de Jairo (Mt 9.18-26; Mc 5.21-43; Lc 8.40-56); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); e, por último, a ressurreição de Lázaro (Jo 11.32-45)” (Cabral, 2025, p. 83).
1- Lázaro adoeceu. Quando Lázaro adoeceu, suas irmãs mandaram chamar a Jesus (Jo 11.3a), pois elas acreditavam que Ele era poderoso para curar o seu irmão (Jo 11.21,32). Durante o ministério do Senhor Jesus aqui na Terra, diversas vezes Ele foi chamado para curar os enfermos, ou libertar os endemoninhados, como ocorreu com Jairo, que foi chamar a Jesus para curar a sua filha (Mt 9.18; Mc 5.22,23; Lc 8.41,42); o centurião romano, que intercedeu pelo seu servo (Mt 8.5,6; Lc 7.1-3); a mulher cananeia, que intercedeu por sua filha que estava endemoninhada (Mt 15.21,22; Mc 7.24,25); além de outros.
2- A promessa de Jesus. Quando Jesus soube que o seu amigo Lázaro estava enfermo, disse: “Esta enfermidade não é para morte, mas para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (Jo 11.4). Que promessa gloriosa: O Filho de Deus seria glorificado através daquela enfermidade. Isso ocorreu também com o cego de nascença, pois quando os discípulos perguntaram: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9.2). Jesus respondeu: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestassem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Isso nos ensina que nem toda enfermidade é uma consequência direta do pecado e nem toda ela resultará em morte, mas, para que o Nome do Senhor seja glorificado, quer seja através de uma cura ou mesmo de uma ressurreição.
3- A aparente demora de Jesus. Quando Jesus soube que Lázaro estava enfermo, não saiu às pressas para curá-lo. Ele ficou ainda dois dias no lugar onde estava. A aparente demora de Jesus tinha por objetivo realizar não apenas a cura de uma enfermidade, mas, operar uma ressurreição. Quando Jesus chegou em Betânia, tanto Marta como Maria disseram: “Se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11.21,32). Elas sabiam que Jesus era poderoso para curar toda e qualquer enfermidade. O que elas não imaginavam, era que Jesus iria ressuscitar o seu amigo Lázaro, mesmo depois de haver sido sepultado há quatro dias (Jo 11.39). Quantas vezes estamos como Marta e Maria, pensando que Jesus demorou a chegar ou se atrasou. Mas, Ele tem um tempo para agir, pois, como disse o sábio Salomão: “Tudo tem o seu tempo determinado” (Ec 3.1).
CONCLUSÃO:
A declaração de Jesus. “No versículo 25, Jesus se declara como a ‘ressurreição e a vida’, e assim podemos notar dois fatos extraordinários.
Em primeiro lugar, Jesus revela seu poder soberano sobre todas as coisas, inclusive a morte e a vida. Ao declarar-se como sendo a ressurreição, Ele afirma que é a fonte de vida, tanto física como espiritual.
Em segundo lugar, Jesus faz promessas quando diz: ‘Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá’. A quem são feitas essas promessas senão ‘a aquele que vive e crê em mim’, ou seja, aquele que crê em Jesus recebe vida física e spiritual” (Cabral, 2025, p. 88). “Para quem crê em Jesus, a morte física não é um fim trágico. É, pelo contrário, a admissão à vida eterna e abundante, e, a comunhão com Deus.
Significa que o crente terá um corpo novo, imortal e incorruptível (1Co 15.42-24), que não poderá morrer, nem deteriorar-se (Rm 8.10; 2Co 4.16)” (Stamps, 1995, p. 1594).
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