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AD Alagoas / Lições Bíblicas

18/01/2025

Lição 3 - A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos a definição do termo “encarnação”; Como a Bíblia fala da encarnação do Verbo; Quais os propósitos da encarnação do Verbo. Na sequência do estudo da Apologética Cristã, analisaremos a humanidade de Jesus Cristo, uma das pedras de toque da doutrina cristã. Jesus é Deus feito homem.

Como se defender das heresias atuais.

I – A Etiologia do termo ENCARNAÇÃO:

  1. A expressão “encarnação” é um termo usado pelos teólogos para indicar que Jesus, o Filho de Deus, assumiu a “forma de carne humana”. Encarnar significa: “fazer-se carne, fazer-se homem, tornar-se humano, revestir-se de carne”. A encarnação do Verbo consisti no auto-esvaziamento de Cristo do grego “ekenōsen” [esvaziar, auto-humilhar, neutralizar, anular, despir- se de uma dignidade justa, descendo a uma condição inferior]. A encarnação afirma especificamente a humanidade de Jesus. A palavra encarnação significa: “o ato de ser feito carne” (Jo 1.14). O apóstolo Paulo explica a verdade da encarnação de maneira muito clara (Fp 2.5-8). Sem a encarnação, Cristo não poderia realmente morrer, e se Ele não pudesse morrer, a cruz não teria sentido. Por isso, o escritor aos hebreus disse: “Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste” (Hb 10.5).

II – A HUMANIZAÇÃO DO JESUS HOMEM:

Uma das notas características da doutrina cristã é a crença de que Jesus, o Salvador do mundo, é, 100% Homem e Deus. Foi isto que o Pai revelou a Pedro em Cesárea de Filipe, quando identificou Nosso Senhor como “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt.16:16).

- Ao afirmar que Jesus era o Cristo, ou seja, o Messias, o Ungido, esta declaração mostra que Jesus era um ser humano, a “semente da mulher” prometida ainda no jardim do Éden (Gn.3:15), Aquele que nasceria de mulher e sob a lei, como diz o apóstolo Paulo (Gl.4:4).

Ao afirmar que Jesus é homem e o homem perfeito, a religião verdadeira discrepa de todas as demais religiões, que sempre fazem uma distinção clara entre a divindade e a humanidade, animadas pela presunção própria do homem que se recusa a glorificar a Deus e que crê na mentira satânica da total independência entre Deus e os homens.

- As religiões, diante desta circunstância, criaram seus discursos em que, no máximo, havia como que “semideuses” (como fizeram os gregos, por exemplo, em sua mitologia), mas jamais aceitaram que Deus pudesse Se humanizar, sendo, simultaneamente, Deus e homem.

- Esta realidade somente poderia advir da religião verdadeira, que tem seu ponto de partida em Deus e essa assunção da humanidade, que é o que denominamos “encarnação”, que explica todo o processo da real religação entre Deus e os homens, providenciada pela reconciliação por meio de Cristo Jesus.

- Além de dizer que Jesus é Deus, a Bíblia também nos ensina que, num determinado instante histórico, que as Escrituras denominam de “plenitude dos tempos” (Gl.4:4), “o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (Jo.1:14a).

- Jesus Se tornou homem, a fim de cumprir a promessa divina feita ao primeiro casal de que “da semente da mulher” nasceria um que esmagaria a cabeça da serpente (Gn.3:15).

- Esta afirmação divina no Éden é suficiente para nos demonstrar que Jesus realmente Se humanizou, tornou-Se um homem, um descendente do primeiro casal, “a semente da mulher”, para que pudesse, enquanto homem, vencer o mal e o pecado e, sem qualquer dívida diante de Deus, por Sua santidade, morresse em nosso lugar e satisfizesse a justiça de Deus, proporcionando a nossa redenção e a possibilidade de termos os pecados perdoados.

- Dizer que Jesus não Se humanizou, que era, na verdade, um “ser especial”, um “espírito evoluído”, que habitou entre os homens, como alguns teimam em afirmar e com cada vez maior número de adeptos na atualidade, é o mesmo que dizer que Deus é mentiroso, que Deus não é fiel e que não cumpriu com a Sua promessa.

- Jesus Se fez homem, era absolutamente necessário que fosse um homem, para que se tornasse possível a vitória sobre o pecado e o mal. Por isso, aliás, o apóstolo João afirmou que “quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso O fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu” (I Jo.5:10).

Se Jesus Se humanizou, temos, em primeiro lugar que, enquanto homem, Jesus teve um princípio de existência.

Enquanto Deus, Jesus não tem princípio nem fim (Ap.1:8), mas, enquanto homem, Ele teve um início de existência, foi concebido por obra e graça do Espírito Santo no ventre de Maria (Lc.1:31-35). Como todo e qualquer ser humano, Jesus foi concebido no ventre de Sua mãe, teve o início de uma existência.

- Entretanto, Jesus não poderia ser concebido como o foram os demais seres humanos a partir do primeiro casal, porque, em virtude do pecado, os homens passaram a ser concebidos em pecado (Sl.51:5), ou seja, herdavam a natureza pecaminosa de seus pais, tanto que, em vez de saírem à imagem e semelhança de Deus, como havia sido o primeiro casal, saíam à imagem e semelhança de seus pais (Gn.5:3).

III - A ENCARNAÇÃO DO VERBO.

Certa vez o evangelista Billy Graham afirmou com muita propriedade: “O maior acontecimento da história não foi o homem subir e pisar na lua, foi Deus descer e pisar na terra”. A encarnação de Jesus foi maravilhosa em todos os seus aspectos, provando ser Ele o maior e mais importante personagem da história da humanidade. Na encarnação O Deus eterno se fez carne, o Senhor se tornou súdito, o Divino se tornou humano, o Imortal se fez barro, o Rei se fez carpinteiro, o Criador se fez criatura, a Água sentiu sede, o Pão sentiu fome, o Forte sentiu cansaço, o Guarda eterno sentiu sono, o Consolador chorou, a Alegria sentiu tristeza, a Vida se entregou à morte, o Deus inacessível habitou entre nós (Jo 1.14).

1-A encarnação de Jesus foi o próprio Deus vindo habitar entre nós (Jo 1.14b). O termo “Emanuel”, que o próprio escritor sagrado traduziu por “Deus conosco” (Mt 1.23), mostra que Deus assumiu a “forma humana” e veio habitar entre os homens: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós [...]” (Jo 1.14); “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu […]” (Is 6.9); “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14); “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). O apóstolo João, ao afirmar que Jesus habitou entre nós, está falando da Sua encarnação, de uma condição humana. O verbo “habitar” aqui deriva do grego “skenoo”, que significa: “morar em uma tenda, tabernáculo, cabana”. Quando Paulo se refere à Sua divindade (Cl 2.9), afirmando que: “Nele habita toda a plenitude”, ele utiliza o verbo “habitar” derivado da palavra grega “katoikeo”, que se traduz por: “residir, morar de forma permanente” (O corpo é chamado no NT de tabernáculo e quando diz que o “Verbo se faz carne” quer dizer que Ele “tabernaculou-se”. Tabernáculo da ideia de provisório, tenda. Já em Colossenses foi permanente a habitação divina).

-A doutrina que trata da renúncia de Jesus ao assumir a natureza humana, porém, sem deixar de ser Deus, pois ele não se esvaziou de sua divindade (Fp 2.7,8). Certo teólogo disse que: “Quando Jesus desceu à terra não deixou de ser Deus e quando voltou ao céu não deixou de ser homem”. A encarnação do Verbo de Deus não é um mero conceito teológico [união hipostática]; mas é um dos maiores mistérios das Sagradas Escrituras, sem a qual seria impossível a nossa redenção. Em sua natureza humana, Jesus participou de nossa limitação física e emocional: “Manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem” (Is 7.15). “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens […]” (Lc 2.40); “E o menino crescia e se fortalecia em espírito […]” (Lc 2.52). A Declaração de Fé das Assembleias de Deus nos diz que: “CREMOS, professamos e ensinamos que o Senhor Jesus Cristo é o Filho de Deus e o único mediador entre Deus e os seres humanos, enviado pelo Pai para ser o Salvador do mundo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus […] Cremos na concepção e no nascimento virginal de nosso Senhor Jesus Cristo […] e que ele foi concebido pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria” (Soares [Org.], 2016, p. 59).

2-A doutrina da encarnação do “Verbo Divino”, excede todo o entendimento humano. A encarnação de Jesus é resultado da atuação do Espírito Santo, do poder do Altíssimo Deus e da santidade do Filho. A Trindade Santa operou a maravilhosa obra da encarnação do Verbo: “…descerá sobre ti o Espírito Santo… o poder do Altíssimo te cobrirá…o Santo que de ti há de nascer”. O que significa dizer que Cristo, o Deus eterno, tornou-se humano (Fp 2.5-9)? Se não é possível aceitar esta afirmação pela razão, é possível aceitá-la por fé. Desse milagre depende a essência do Evangelho. Foi por meio desse milagre que Jesus veio em semelhança de carne (Rm 8.3), foi feito “descendência de Abraão” (Hb 2.16), “em tudo [...] semelhante aos irmãos” (Hb 2.17).

3-A encarnação deu a Jesus condições de ser o Mediador entre Deus e os homens.Jesus participou da carne e do sangue (natureza humana): “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas [...]” ((Hb 2.14). Em tudo foi semelhante a nós: “Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos” (Hb 2.17). Deus lhe preparou um corpo humano de carne e osso: “Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste” (Hb 10.5); “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39); “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo [...]” (1Jo 4.2,3). A encarnação deu a Jesus condições de ser o mediador entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1Tm 2.5).

CONCLUSÃO:

A humanidade plena traz crescimento em estatura. Todos sabemos que o corpo se desenvolve até uma determinada idade, tendo JESUS Se submetido ao mesmo desenvolvimento biológico de cada ser humano, ainda que, por não ter a natureza pecaminosa, não tenha tido quaisquer anomalias, doenças ou enfermidades, nem tampouco degeneração em seu organismo.

- Todos quantos creem em Jesus tem esta possibilidade de ter um desenvolvimento biológico abençoado. Se não estamos livres das doenças e enfermidades, por causa da natureza pecaminosa, temos, porém, a promessa da cura divina, pois Jesus, sendo são, quer curar a todos, pois não só levou sobre Si os nossos pecados, como também as doenças e enfermidades (Sl.103:3; Is.53:4,5).

Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência. Trazemos a humanidade plena de JESUS, trazendo crescimento em graça. (Lc 2:52). Graça aqui representa o crescimento espiritual, como vemos mencionado pelo apóstolo Pedro em II Pe.3:18 ou pelo apóstolo Paulo em II Tm.2:1.

- Enquanto homem, Jesus sempre cresceu na graça. Dedicou-Se ao estudo das Escrituras, como se percebe quando vai assumir a responsabilidade diante de Deus no templo aos doze anos de idade, como também demonstrou sempre ser uma pessoa de oração, como se verifica nos Evangelhos.

- Jesus, também, para exercer Seu ministério, foi cheio do Espírito Santo, por ocasião de Seu batismo (Lc.4:1), a nos mostrar que precisamos da plenitude do Espírito para bem exercermos o ministério que nos é dado por Cristo, não sendo por outro motivo que o Senhor tenha mandado Seus discípulos se revestir do poder do alto antes de iniciarem os seus ministérios (Lc.24:49; At.1:8).



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