Introdução:
- Na sequência do estudo sobre as promessas de Deus, hoje analisaremos as promessas de Deus dirigidas ao povo de Israel.
- Deus fez promessas ao povo de Israel
I – DEUS FAZ PROMESSAS A ABRAÃO E AO SEU POVO:
- Na sequência do estudo das promessas de Deus, tema deste nosso trimestre, hoje analisaremos as promessas de Deus dirigidas para o povo de Israel.
- Para Deus, há três povos sobre a face da Terra (I Co.10:32 NAA), a saber:
a) os gentios – são os homens que pertencem a todas as nações do mundo, nações estas que se originaram da comunidade única dissolvida com o juízo de Babel (Gn.11:1-9), com exceção de Israel, que foi formado por Deus a partir da chamada de Abraão. Os gentios rebelaram-se contra Deus e se mantêm rebelados contra o Senhor. Estão destinados a sofrerem o juízo da Grande Tribulação e a serem governadas pelo Anticristo e, por fim, serem encaminhadas à eterna perdição por se recusarem a servir a Deus.
b) os israelitas – são os homens que pertencem à nação de Israel, descendência de Abraão, Isaque e Jacó. Foi a nação escolhida por Deus para ser aquela que demonstraria a soberania de Deus e o Seu grande amor para todas as demais nações da Terra. Foi a nação escolhida para ser o instrumento da salvação da humanidade, tanto que o Messias veio a este mundo por meio dela. Deus tem um pacto com Israel (Ex.19:3-20:26). Israel está a destinado a ser salvo (Rm.11:26,27), a ter sua transgressão extinta e ser dado um fim aos seus pecados (Dn.9:24), conforme a profecia das setenta semanas de Daniel. Israel rejeitou a Jesus e, por causa disso, foi espalhado entre as nações, mas, desde 1948, ressurgiu como nação, mas ainda está reservado a ele o sofrimento durante a Grande Tribulação e a perseguição que lhe será empreendida pelo Anticristo, que chegará a apoiar, para só então reconhecer a Cristo como Messias e ser completamente restaurado e por Ele governado no Seu reino milenial.
c) a Igreja – são os homens que pertencem à Igreja, a “nação santa” (I Pe.2:9), formada por gente de toda tribo, língua, povo e nação (Ap.5:9), que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro (Ap.22:14), ou seja, aceitaram a Cristo como seu Senhor e Salvador e perseveraram até a morte ou o arrebatamento da Igreja. A Igreja, formada a partir da morte de Cristo no Calvário, tem por missão a pregação do Evangelho nesta dispensação, estando destinada ao arrebatamento, que ocorrerá antes do início da Grande Tribulação, da ira futura que Deus tem reservado para gentios e israelitas.
- Diante desta realidade, natural que, quando se estudem as promessas divinas, seja verificado a que povo ou povos é a promessa dirigida, sem o que poderemos ter uma equivocada aplicação de uma promessa a alguém a quem Deus não fez tal promessa, o que, aliás, tem sido o meio pelo qual muitos têm distorcido as Escrituras.
- Como dissemos, Israel surgiu a partir da decisão divina de formar uma nação, ante a rebelião da humanidade em Babel, para que nela nascesse o Salvador (Jo.4:22).
- Esta, aliás, foi a primeira promessa que Deus fez a Abrão, a quem escolheu para que fosse o pai da multidão de nações e que, por isso mesmo, teve seu nome mudado para Abraão (Gn.17:4).
A)- “Far-te-ei uma grande nação” foi a primeira promessa que Deus fez em relação a Israel e, desde então, vemos que Deus tem cumprido esta promessa, pois Israel é a única nação que, desde a Antiguidade, tem se preservado, geração após geração, mantendo a sua identidade étnica, cultural e religiosa.
- Se bem verificarmos na história da humanidade, podemos perguntar onde estão os povos antigos, em especial os povos mencionados na Bíblia Sagrada. Não há mais filisteus, amonitas, moabitas, amalequitas, babilônios, mas os israelitas aí estão, porque Deus prometeu que seriam “uma grande nação” e, mais do que isto, uma nação que lutaria com Deus mas prevaleceria, pois é este exatamente o significado de “Israel”, nome que o Senhor deu a Jacó, o terceiro patriarca, após a luta ocorrida no vau de Jaboque (Gn.32:28).
- Neste passo, aliás, é de verificarmos, desde já, que a promessa dada a Abraão diz que seria ele pai de uma “multidão de nações” e isto não tem a ver apenas com as nações originadas de Abraão pela descendência dos filhos de Quetura e por Ismael, sem falar do seu neto Esaú, mas, também, pelo fato de que se formaria uma “nação espiritual”, por meio da descendência de Abraão, por intermédio de Jesus Cristo (Gl.3:29), que é a Igreja, formado por todos aqueles de toda tribo, língua, povo e nação que foram comprados pelo sangue de Cristo derramado na cruz do Calvário (Ap.5:9).
- Assim, de pronto vemos que é por intermédio de Israel, uma nação étnica, que viria a salvação, pois nela nasceria o Salvador, e a fé neste Salvador faria com que se formasse um novo povo, não étnico mas espiritual, de pessoas de todas as nações étnicas da fase da Terra.
- Isto é importante porque, desde já, devemos lembrar que Israel é uma nação no sentido biológico e étnico, não se confundindo com a “nação espiritual” que é a Igreja, mas não deixando jamais de ser uma nação formada por Deus e dotada de promessas especiais.
B)- A segunda promessa dada por Deus a Abraão foi de que “seu nome seria engrandecido” (Gn.12:2). Esta promessa foi feita a todo o povo de Israel, pois, como bem ensina o escritor aos hebreus, todos os israelitas estavam no lombo de Abraão quando a promessa foi proferida (Hb.7:9,10).
- Ademais, as promessas dadas a Abraão foram ratificadas tanto a Isaque quanto a Jacó (Hb.11:9; Gn.26:3-5; 35:11,12) e disto tinha consciência o próprio José, que a transmitiu a toda a família, quando Israel ainda era um clã (Gn.50:24; Ex.1:1-5).
- É inegável que o nome de Israel é grande na história da humanidade. Mesmo quando se levantam governantes e até povos para perseguir e até tentar exterminar os judeus, há o reconhecimento de que se trata de um povo singular sobre a face da Terra, importante e que influencia os destinos do mundo. Mesmo os chamados “antissemitas”, que dizem serem os judeus os causadores das mazelas da humanidade, ao dizê-lo estão a confirmar a relevância desta nação entre o gênero humano.
- Esta proeminência dos israelitas não está apenas na manutenção da sua identidade cultural e étnica, mas, também, em todas as áreas. São os israelitas os principais detentores do poderio econômico-financeiro do planeta, como também os que mais se sobressaem na cultura e na ciência, basta ver que a maior parte dos Prêmios Nobel são judeus e que influentes pensadores também o são.
II – AS PROMESSAS DE DEUS PARA ISRAEL
Destacaremos três grupos de promessas feitas a Israel: as que já se cumpriram no passado; as que estão se cumprindo no presente e por fim, as que terão seu cumprimento no futuro.
2.1 Promessa que já se cumpriram no passado:
2.1.1 A promessa da libertação da escravidão no Egito. Deus havia falado a Abraão, que o seu povo seria escravizado por quatrocentos anos, mas, depois sairiam com grande fazenda (Gn 15.13,14). Esta promessa cumpriu-se na íntegra, pois, quando o povo hebreu foi liberto da escravidão, eles despojaram o Egito (Êx 12.34-36). José, ciente dessa promessa, próximo à sua morte, pediu aos seus irmãos que, quando Deus visitasse o Seu povo e os tirasse do Egito, levassem os seus ossos para ser sepultado em Canaã (Gn 50.24,25). E, antes da partida do povo hebreu para a Terra de Canaã, Moisés levou consigo os ossos de José (Êx 13.19), que foram enterrados em Siquem (Js 24.32).
2.1.2 A promessa da conquista de Canaã. O Senhor prometeu que daria a descendência de Abraão, a Terra de Canaã (Gn 12.7; 13.15,17; 15.7,18; 17.8; 26.3; 35.12). Após os quarenta anos de peregrinação no deserto (Êx 16.35; Nm 14.33,34; 32.13; Dt 2.7; 8.2), sob a liderança de Josué, os hebreus conquistaram a Terra de Canaã, como o Senhor lhes havia dito, e depois, a terra foi dividida para as doze tribos de Israel. “Desta sorte, eu o Senhor a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais; e a possuíram e habitaram nela. Palavra alguma falhou de todas as boas palavras que o senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu.” (Js 21.43,45).
2.1.3 A promessa do retorno do cativeiro babilônico. Por causa da rebelião do povo judeu, Deus permitiu que Nabucodonosor invadisse Jerusalém e levasse o povo judeu para a Babilônia (2Cr 36.15-21; Dn 1.1,2). Porém, o Senhor prometeu que o período do cativeiro seria de setenta anos (Jr 25.11,12) e que o povo judeu retornaria à sua terra (Jr 24.6; 29.10,14; 30.3,18; 32.44; 33.11). Nos dias de Ciro, o rei da Pérsia, Deus cumpriu com a sua promessa e fez com que o povo retornasse a terra de Canaã (Ed 1.1-11). Eles retornaram em três levas: 1) Com Zorobabel, para restaurar o templo (Ed 2.1-70); 2) Com Esdras, para restaurar o culto (Ed 8.1-14); e, com Neemias, para restaurar os muros de Jerusalém (Ne 2.9).
2.2 Promessa que estão se cumprindo no presente:
2.2.1 A promessa de proteção e livramento. Diversas vezes o Senhor prometeu livrar o seu povo, Israel (Is 41.8-14; 43.1,5; 44.2; Jr 30.10; 46.27,28). A Bíblia registra diversas ocasiões em que Deus pelejou pelo seu povo, como ocorreu nos dias de Moisés (Êx 14.14-31; 17.8-16); de Samuel (1Sm 7.7-11); do rei Josafá (2Cr 20.1-37); do rei Ezequias (Is 36.1-37.38); além de outros. Apesar do esforço de diversas nações e grupos terroristas para destruir Israel, a Bíblia revela claramente que esta nação não pode ser destruída (Jr 31.35-37). Sem dúvida, a mão de Deus está estendida sobre este povo e sobre esta nação! 2.2.2 A promessa de ser abençoado quem a abençoar e ser amaldiçoado quem a amaldiçoar. “Não se pode negar a influência de Israel no destino dos povos. A promessa feita por Deus a Abraão em Gênesis 12.3: ‘abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem’ tem sido rigorosa e admiravelmente cumprida através dos séculos, até os nossos dias. As nações que apoiam e protegem os israelitas são prósperas e abençoadas, ao passo que as que perseguem são sempre castigadas: ou desaparecem, ou estagnam, ou são humilhadas, e, invariavelmente, perdem a bênção divina” (Almeida, 2011, p, 13).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, muitas promessas de Deus para Israel já se cumpriram no passado; outras estão se cumprindo em nossos dias; e, outras, terão o seu cumprimento em um futuro próximo. Assim também a Igreja de Cristo deve aguardar ansiosamente o cumprimento das promessas de Deus, pois “ fiel é o que prometeu”(Hb 10:23). Amém.
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