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AD Alagoas / Lições Bíblicas

21/09/2024

LIÇÃO 12 – O BANQUETE DE ESTER: DENÚNCIA E LIVRAMENTO

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Texto: (Et 7.1-10)

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que depois da exaltação de Mardoqueu e a humilhação de HAmã, a rainha Ester ofereceu um segundo banquete ao rei Assuero, juntamente com Hamã, onde ela denunciou o plano diabólico de Hamã, de matar todos os judeus. Vamos aprender que diante da Humildade vem a Honra, Honra leva a Exaltação . Aprenderemos também que aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Como foi o caso de HAmã, preparou uma força para os judeus mais morreu nela.

I – DEUS AGE NOS BANQUETES, E DAR LIVRAMENTO.

  1. Banquete. Segundo o dicionário Houaiss (2001, p. 397), o termo ‘banquete’ significa: “refeição festiva” ou “refeição formal e solene, de que participam muitos convidados”. O livro de Ester menciona diversos banquetes: o do rei Assuero, para mostrar as riquezas e a glória do seu reino (Et 1.3-8); o da rainha Vasti, para as mulheres da casa real (Et 1.9); outro do rei Assuero, depois que tomou Ester como sua esposa (Et 2.18); e dois outros banquetes preparados pela rainha Ester para o rei Assuero e para o ímpio Hamã (Et 5.4,5; 7.2-8).
  2. Denúncia. O termo ‘denúncia’ é definido pelo o dicionário Houaiss (2001, p. 940) como: “ato ou efeito de denunciar”, “acusação em que se atribui a alguém uma falta ou crime”. No livro de Ester lemos acerca de três graves denúncias: a primeira, quando Mardoqueu descobriu a conspiração de Bigtã e Teres, que eram eunucos e guardas do rei, e o fez saber a rainha Ester (Et 2.21-23); a segunda, quando Hamã denunciou ao rei Assuero que os judeus não obedeciam as leis persas (Et 3.8); e, a terceira, feita pela própria rainha Ester ao rei Assuero, denunciando o plano maligno de Hamã de matar todos os judeus (Et 7.3-6).

 3. Livramento. Este termo deriva-se do verbo ‘livrar’, que o dicionário Houaiss (2001, p. 1773) define como “tornar-se livre”, “soltar”, “escapar”. 

-Deus, é um Deus de Livramentos.(Salmos 121). Duas das três acusações mencionadas do livro de Ester eram verdadeiras e ambas resultaram em livramentos. A primeira impediu que o rei Assuero fosse morto (Et 2.21-23), e, a segunda, impediu que os judeus fossem executados (Et 8.1-17). Por uma providência divina, mesmo depois que o decreto mandando matar todos os judeus estivesse assinado (Et 3.8-15) o rei Assuero escreveu outro decreto, dando aos judeus o direito de se defender e de se vingar de seus inimigos (Et 8.10-14).

II - O SEGUNDO DIA DO BANQUETE DE ESTER

- Na sequência do livro de Ester, estudaremos o seu capítulo 7.

- Hamã, ainda atônito com a surpreendente humilhação que sofrera diante de Mardoqueu e sem obter conforto entre seus amigos e familiares, sem condições de se recuperar emocional e sentimentalmente, foi levado pelos eunucos do rei para o palácio, para o banquete promovido pela rainha Ester.

- Conquanto não estivesse indo para o banquete na circunstância que havia imaginado, pois seu intento era ir para o banquete com Mardoqueu já enforcado, o primeiro-ministro muito provavelmente deve ter pensado que, apesar de tudo o que ocorrera, ainda gozava de prestígio na corte e estava a ser o único convidado, além do rei, para aquele banquete.

- Diz Flávio Josefo que um dos eunucos do rei que veio buscar Hamã teria sido Harbona, que viu a forca levantada e perguntou o motivo da sua existência e, então, alguém lhe teria dito que havia sido preparada para Mardoqueu por Hamã.

- A tradição judaica diz que Harbona, cujo nome significa “cavalgador de jumento”, teria sido, primeiramente, um aliado de Hamã, mas que o teria abandonado ao perceber que Hamã estava em ruína, o que, certamente, ocorreu diante do episódio da honra dada a Mardoqueu.

- Eis o texto do Talmude a respeito: “…E Harbona, um dos camareiros, disse perante o rei: Eis que a forca de cinquenta côvados de altura, que Hamã fez para Mardoqueu , que falou bem ao rei, está na casa de Hamã ” ( Ester 7:9 ) . Rabino Elazar disse: Harbonah também era perverso e estava envolvido nessa conspiração, pois ele também queria que Mordecai fosse executado. Ao ver que sua conspiração não havia dado certo, ele fugiu imediatamente e se juntou ao lado de Mordecai. E este é o sentido do que está escrito: “Atira-se contra ele e não poupa; ele de bom grado fugiria de suas mãos” (Jó 27:22), indicando que quando Deus envia calamidade sobre uma pessoa má, seus amigos imediatamente fogem dela.…” (Megillah 16a. Disponível em: https://www.sefaria.org/Megillah.16a.22?lang=bi Acesso em 19 jun. 2024).

- É interessante observar, que o banquete tenha sido chamado de “banquete do vinho” (Et.7:2). O vinho é o símbolo bíblico da alegria terrena. Assim como a alegria do vinho desaparece quando cessam os efeitos da embriaguez, também a alegria terrena deixa de existir mudadas as circunstâncias.

- A alegria terrena depende destas circunstâncias para existir e permanecer e, no mais das vezes, como é animada pelo interesse próprio e dominada pelo egoísmo e individualismo, esta alegria, além de momentânea, também gera contenda, pois, evidentemente, pessoas com interesses antagônicos acabarão entrando em conflito. Não é à toa que o apóstolo Paulo diz que, no vinho, há contenda (Ef.5:18).

- Hamã sentiu esta realidade. No dia anterior, participara do banquete enebriado pelo poder, experimentando ser a pessoa mais importante do planeta, segundo o seu próprio sentir. Agora, estava atônito, temeroso pelo seu destino, embora, aparentemente, tudo continuasse como dantes.

- Salomão bem disse que a alegria terrena é vaidade (Ec.2:1-3). Devemos, isto sim, buscar a alegria que é uma das qualidades do fruto do Espírito Santo (Gl.5:22), o gozo advindo da nossa salvação, a alegria da nossa Salvação (Sl 51:12).

III - A COLHEITA DE HAMÃ.

“Aquilo que o homem semear, isso também ceifará “.

- Diante deste pedido, Assuero, então, indagou da rainha quem era o responsável por esta situação. Ester, então, sem titubear apontou Hamã como sendo o autor de toda esta situação contra os judeus, chamando-o de “o homem, o opressor e inimigo”, como também de “mau” (Et.7:6).

- Por primeiro, Ester chama Hamã de “homem”. Tal afirmação mostra-nos, claramente, que o ser humano, embora criado à imagem e semelhança de Deus, por causa do pecado, tornou “imagem e semelhança de Adão” (Gn.5:3), tendo uma natureza depravada, pecaminosa, cuja imaginação é má continuamente desde a meninice (Gn.8:21).

- Ser apenas um “homem”, recusar-se a viver em comunhão com Deus e a obedecer-Lhe, como era o caso de Hamã que, mais do que isto, deliberadamente se levantara contra o Senhor ao querer a destruição do Seu povo, é habilitar-se para a perdição eterna.

- Muitos, em nossos dias, têm se comportado como “meros homens”. Não vivem senão a vida terrena, não almejam senão as coisas desta vida. Agem como aqueles judaítas que vivam em apostasia espiritual no período imediatamente anterior ao cativeiro da Babilônia, que foram descritos pelo profeta Isaías como pessoas más cuja maldade não seria expiada.

- Este tipo de gente, aliás, tinha a seguinte mentalidade, segundo o profeta: “Mas eis aqui gozo e alegria; matam-se vacas e degolam-se ovelhas; come-se carne, e bebe-se vinho, e diz-se: Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (Is.22:13).

- Entretanto, a resposta a estas pessoas que vem da parte do Senhor é extremamente dura: “Mas o Senhor dos Exércitos se declarou aos meus ouvidos, dizendo: Certamente, esta maldade não será expiada até que morrais, diz o Senhor Jeová dos Exércitos” (Is.22:14).

- Hamã era um “homem”, vivia voltado única e exclusivamente para as coisas desta vida, ambicionava somente o poder que, aliás, havia conquistado, e com muito esforço, já que a tradição judaica diz que teria ele tido uma vida humilde e pacata durante parte de sua vida.

OBS: Eis o que diz o Talmude sobre este início pacato da vida de Hamã: “...Quando Hamã viu que não havia mais ninguém para fazer o trabalho, ele mesmo levou Mardoqueu para a casa de banhos e lavou-o, e depois foi buscar uma tesoura [ zuza ] de sua casa e cortou-lhe o cabelo. Enquanto aparava o cabelo, ele se machucou e suspirou. Mordecai lhe disse: Por que você suspira? Hamã disse-lhe: O homem que o rei antes considerava acima de todos os seus outros ministros agora é nomeado atendente de balneário [ balanei ] e barbeiro. Mordecai disse-lhe: Homem mau, você não foi barbeiro da aldeia de Kartzum? Se sim, por que você suspira? Você simplesmente retornou à ocupação da sua juventude. Foi ensinado em baraita: Hamã foi barbeiro da aldeia de Kartzum durante vinte e dois anos...” (Megillah 16-a. Disponível em: https://www.sefaria.org/Megillah.16a.9?lang=bi Acesso em 19 jun. 2024).

- Hamã também foi chamado de “opressor”. Ele odiava o próximo, em especial os judeus e, mui especialmente, Mardoqueu. Por ser pessoa obcecada pelo poder, soberba e egoísta, via os outros apenas como instrumentos para satisfação de seus desejos.

- Quem tem esta índole, nitidamente é alguém que oprime os outros, que faz os outros sofrerem, que não pensa duas vezes para fazer o mal. Basta lembrar que obtivera de Assuero a ordem para que todos se prostrassem diante dele quando ele passasse.

- O servo de Deus jamais é opressor. Pelo contrário, por ter aprendido com o Senhor Jesus, é manso e humilde de coração (Mt.11:29). A pessoa temente a Deus reveste-se de entranhas de misericórdia, benignidade, humildade, mansidão e longanimidade (Cl.3:12).

- Ser opressor é ter característica do diabo, pois o Senhor Jesus veio para curar todos os oprimidos do diabo (At.10:38), numa clara demonstração de que o diabo é opressor e oprime a todos quantos estão sob o seu jugo. Em mais este aspecto, Hamã se assemelhava ao inimigo de nossas almas.

 - Hamã também foi chamado de “mau”. O homem guiado pela carne, pela natureza pecaminosa, sem Deus e sem salvação, é mau. Cristo disse que somos maus, mesmo sabendo fazer coisas boas (Mt.7:11).

- Verdade é que Hamã chegara ao estágio máximo da maldade, completamente corrompido pela soberba e que nutria um ódio especial contra o povo judeu, seguindo, neste passo, os seus ancestrais amalequitas, cuja maldade de coração levara o Senhor a determinar que a memória de Amaleque fosse riscada de sobre a face da Terra, o que, aliás, estava na iminência de ocorrer com a morte de toda a família de Hamã, remanescente daquele povo.

- Hamã, por fim, foi chamado de “inimigo”. Ele era, como todo amalequita, deliberado inimigo do povo de Israel. Ele se opunha não só aos judeus mas à própria religião judaica, que nada mais era senão a lei de Deus.

- Hamã era um adversário dos que serviam a Deus e, neste passo, também sob este aspecto se apresenta como um verdadeiro tipo de Satanás no texto sagrado.

- Tais pessoas, no fundo, não são inimigas do povo de Deus, mas, sim, inimigas do próprio Deus. Por isso mesmo, não podemos fazer amizade com o mundo, não podemos ter comunhão com os ímpios, porque a amizade do mundo é inimizade contra Deus e qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg.4:4).

- Hamã estava num estágio avançado de inimizade contra Deus, tanto que o Senhor já começara, desde o início daquele dia, a executar Seu juízo contra ele. Jesus veio restaurar a amizade do homem com Deus, pondo inimizade entre o homem e Satanás (Gn.3:15), mas quem quiser deliberadamente se fazer amigo do diabo, automaticamente se fará inimigo de Deus e, muitas vezes, de forma irreversível.

- Como diz o profeta Amós, dois juntos não andarão se não estiverem de acordo (Am.3:3) e quem deliberada e voluntariamente se levanta contra o Senhor, faz-se Seu inimigo, está de mãos dadas com Satanás e terá o mesmo triste destino daquele ser: o lago de fogo e enxofre (Ap.20:10; Mt.25:41).

- Após Ester haver identificado o causador dos males como sendo Hamã, este se perturbou diante do rei e da rainha. Notava que aquilo que sua mulher lhe dissera estava a se concretizar: ele estava rapidamente caindo e não conseguiria prevalecer diante de Mardoqueu e dos judeus. Por fim HAmã é esforçado na própria forca que ele mesmo preparara.

CONCLUSÃO:

-Como ensinava um saudoso pastor: “nem todos cumprem a Palavra de Deus, mas a Palavra de Deus se cumpre na vida de todos os homens”. Foi precisamente o que ocorreu com Hamã. Ao mandar fazer uma forca para Mardoqueu, acabou enforcado nela, pois, como ensina Salomão: “O que faz uma cova nela cairá; e o que revolve a pedra, esta sobre ele rolará” (Pv.26:27), ou, ainda, “Quem fizer uma cova cairá nela, e quem romper um muro, uma cobra o morderá” (Ec.10:8).

- Quando Assuero soube que Hamã fora enforcado, seu furor aplacou (Et.7:10).

- Entretanto, Assuero não parou nesta execução. Naquele mesmo dia, resolveu entregar a Ester toda a família

de Hamã. Ester, então, revelou a Assuero que era filha adotiva de Mardoqueu.

- Assuero ficou extremamente feliz. O súdito de quem tinha se afeiçoado, era o pai adotivo da sua esposa. Imediatamente, o rei viu que não haveria príncipe melhor para auxiliá-lo do que Mardoqueu e, portanto, pô- lo no lugar de Hamã.

- Não só Hamã morreu na forca que mandou erguer para Mardoqueu como Mardoqueu o sucedia. Agora era um judeu que controlava toda a administração persa!

- Assuero entregou seu anel a Mardoqueu, como havia feito a Hamã. Se cumpriu a palavra mais uma vez,”Quem semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.(Gl 6:8b).



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