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AD Alagoas / Lições Bíblicas

14/09/2024

Lição 11 - A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

Nesta lição, observaremos o plano de Hamã contra Mardoqueu; Daremos o conceito de humilhação. Ao refletirmos sobre este enredo, nosso objetivo é analisar como a justiça e a providência divina se manifestam através das reviravoltas da história, mostrando que os planos humanos podem ser frustrados diante do propósito de Deus. Os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados.

I - A DEFINIÇÃO DE HUMILHAÇÃO 

  1. O dicionário Houaiss (2001, p. 1555) define humilhação como: “ação em que alguém humilha, rebaixa, diminui o valor de outra pessoa ou coisa; rebaixamento moral; afronta, diminuição, ação em que uma pessoa é diminuída”. A Bíblia tem vários versículos que mencionam a humilhação, incluindo: “Pois todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado” (Mt 23.11-12); “Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que vos exalte a seu tempo, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pd 5.6-7).
  2. Características de Hamã.
  • Hamã, cujo nome persa significa “magnífico”, foi o primeiro-ministro do rei Assuero e o arquiteto da quase destruição dos judeus na Babilônia exílica.
  • Sua trama foi desfeita por DEUS através da rainha Ester e seu tio Mardoqueu. Conheça 10 fatos sobre este notório vilão bíblico: 1. Ele foi o antagonista da história de Purim
  • Hamã, como descrito em Ester 3:5-6, foi o primeiro-ministro que tramou a aniquilação dos judeus no império persa. Até hoje se comemora anualmente sua queda e a reversão de seus planos no feriado de Purim, conforme Ester 9:22.
  • Todo ano, durante a Festa de Purim, se lê o livro de Ester publicamente na sinagoga. Sempre que o nome de Hamã é mencionado, o público bate os pés e exclama: “Que esse nome seja apagado!”
  • Isso é uma espécie de vaia. Para os judeus em todo o mundo, Hamã simboliza todos aqueles que tentaram destruir o povo de Israel. 2. Ele era descendente de Amaleque
  • Hamã era um “agagita“, o que pode indicar que ele vinha de uma região do império conhecida como Agague, ou que era descendente de Agague, o rei dos amalequitas (1 Sm 15:8). Agague pode ser um título honorífico.
  • Se for o último caso, fica fácil entender por que Hamã nutria tanto ódio pelo povo de Israel: DEUS havia declarado guerra contra os amalequitas e desejava que seu nome e memória fossem apagados da face da Terra.
  • Esta história remonta ao período do êxodo de Israel do Egito (Êx 17:8-15), quando os amalequitas atacaram os hebreus exaustos que estavam na retaguarda (Dt 25:18).
  • Após ordenar a Josué que lutasse contra Amaleque, Moisés intercedeu por Israel no topo da montanha, resultando na vitória de Josué.
  • DEUS disse a Moisés para registrar num livro que Ele havia declarado guerra aos amalequitas devido ao que haviam feito ao Seu povo.
  • Antes de entrar na Terra Prometida, Moisés lembrou os israelitas do ataque traiçoeiro dos amalequitas (Dt 25:17-19).
  • Foi Saul, o primeiro rei de Israel, quem recebeu de DEUS a ordem para destruir os amalequitas (1 Sm 15). Saul falhou na missão e perdeu a coroa.
  • Por não ter cumprido completamente a ordem do Senhor, alguns amalequitas sobreviveram, e um de seus descendentes, Hamã, decidiu exterminar seu antigo inimigo, o povo judeu.
  • É interessante notar que, enquanto o rei Saul, um benjamita, não destruiu os amalequitas, Mordecai, também um benjamita (Et 2:5), entrou na batalha e derrotou Hamã.
  • Para completar, o fundador do povo amalequita era um descendente de Esaú (Gn 36:12), e Esaú era inimigo de seu irmão Jacó. 3. Ele usou bajulação para alcançar o poder
  • Em algum momento entre o sétimo e o décimo segundo ano do reinado de Assuero (v. 7; 2:16), o rei decidiu nomear Hamã como seu primeiro-ministro sobre o império.
  • Note que Mardoqueu havia salvado a vida do rei e nem sequer recebeu uma palavra de agradecimento, quanto mais uma recompensa. No entanto, o perverso Hamã, que nada havia feito para o reino, recebeu uma promoção!
  • É provável que Hamã tenha utilizado bajulação e lisonja para conquistar essa nova posição de poder, pois era um homem que se especializava em tais práticas.
  • Orgulhoso, seu objetivo era obter poder e reconhecimento. Assuero, sendo um homem fraco e manipulável, suscetível a bajulação e ansioso para agradar, facilitou o caminho para Hamã alcançar seu objetivo.
  • Alguns estudiosos da Bíblia veem em Hamã uma figura do “homem da iniquidade” que surgirá no futuro e exercerá seu domínio implacável sobre a humanidade (2 Ts 2; Ap 13).
  • Hamã recebeu grande autoridade do rei, assim como Satanás concederá grande poder ao governante mundial perverso conhecido como anticristo (Ap 13:2, 4).
  • DEUS permitiu que Hamã fosse nomeado para esse cargo elevado com propósitos a cumprir por meio dele (Rm 9:17).
  • A maneira como as pessoas agem quando estão em posição de autoridade revela seu caráter. Usam sua autoridade para promover a si mesmas ao invés de ajudar os outros. Glorificam a si mesmas ao invés de darem glórias a DEUS.
  • Daniel recebeu um cargo elevado semelhante ao de Hamã, mas usou sua posição para servir a DEUS e ajudar os outros (Dn 6).
  • A diferença entre Daniel e Hamã é que Daniel era um homem de DEUS e uma pessoa humilde, enquanto Hamã era um homem do mundo e uma pessoa arrogante. 4. Ele foi um homem vaidoso
  • Hamã não se contentou apenas em ter um cargo elevado e usá-la para seu benefício pessoal; ele também buscou o máximo de reconhecimento público e honrarias.
  • Embora os povos do antigo Oriente estivessem acostumados a oferecer projeções de preferência, o rei teve que publicar um édito especial em favor de Hamã, caso contrário, o povo não se curvaria diante dele.
  • Hamã era um homem insignificante com um cargo significativo. Outros nobres mais dignos não estavam interessados em reconhecê-lo.
  • Isso é mais uma indicação de que Hamã não conquistou sua nomeação por mérito, mas por usurpação. Se fosse um oficial digno, os outros líderes o reconhecidos de bom grado.
  • O orgulho cega as pessoas quanto ao seu verdadeiro caráter e as leva a insistir em obter aquilo que não merece. Hamã, sem dúvida, era um homem limitado, mas sua vaidade dava uma falsa aparência de grandeza.              

II- A HUMILHAÇÃO DE HAMÃ (Et 6.1-14)

  • 1. Ajuda de Mardoqueu ou Mordecai lembrada (Et 6.2) “Achou-se escrito que Mardoqueu ou Mardoqueu ou Mordecai é quem havia denunciado a Bigtã e a Teres, as dois eunucos do rei, guardas da porta que tinham procura- do matar a rei Assuero.”
  • E depois do primeiro banquete de Ester, já em seus aposentos, o rei não consegue dormir. Ele pede então que o livro dos feitos memoráveis seja lido e ouve a respeito de uma conspiração contra sua vida que havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mardoqueu ou Mordecai (Et 219-23), o rei surpreende-se ao descobrir que o benfeitor não recebera qualquer recompensa. Resolve então que este deveria ser premiado sem demora. Já estava quase amanhecendo. O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã; este estava aguardando para ver o rei e conseguir autorização para enforcar Mardoqueu ou Mordecai.
  • 2- Mardoqueu ou Mordecai honrado (Et 6.11) 
  • “Hamã tomou as vestes e o cavalo, vestiu a Mardoqueu ou Mordecai, e o levou a cavalo pela praça da cidade, e apregoou diante dele: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.”
  • O rei então pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar? (Et 6.6). Imediatamente, Hama dá a sua sugestão, De tão arrogante, Hamã pensou que o rei estava querendo honrá-lo. Ele mesmo sugeriu as honrarias que adoraria receber: um desfile real pela praça da cidade, para que todos vissem e ouvissem como o rei se agradava dele.
  • O rei aceitou, mas planejava dar esse galardão ao homem que Hamã julgava ser seu inimigo, embora o rei não tivesse nenhuma ciência disso. O pior de tudo foi Hama ter sido encarregado de exaltar e fazer cumprir publicamente as honrarias ao homem para o qual fora requerer uma sentença de morte, para quem se atrevera a preparar a forca. Ainda foi obrigado a proclamar que o rei se agradava dele. Era uma estonteante humilhação.
  • Ali estava o odiado Mardoqueu ou Mordecai que não se prostrava diante de Hamã, montando o cavalo real com as vestes púrpuras, enquanto. Hama puxava o cavalo a pé pela praça da cidade, apregoando diante dele: ‘Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.

CONCLUSÃO: Nesse enredo, vemos a Providência Divina.

A providência divina é manifesta em Assuero que, no meio de sua insônia, decidiu ouvir a leitura das crônicas reais onde ficou constatada a participação do judeu Mardoqueu ou Mordecai na salvação da vida do rei, sem que recompensa alguma lhe fosse dispensada até aquele momento. Deus age através da história e na história. Na sua Providência ele age ao favor daqueles que se humilham debaixo de sua poderosa mão. (1Pe 5:6)



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