INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro de Ester, estudaremos hoje Et.2:20-3:6.
- Mardoqueu ensina-nos como viver neste mundo.
-- Na sequência do estudo do livro de Ester, veremos hoje o trecho compreendido entre Et.2:20 e Et.3:6, que nos relatam dois fatos: a descoberta de uma conspiração contra o rei Assuero por parte de Mardoqueu, bem como a ascensão ao poder de Hamã e o ódio que ele passou a nutrir contra Mardoqueu, que se estende até o povo judeu, povo a que pertencia o mesmo Mardoqueu.
- Estes dois fatos, aparentemente desconexos, ao longo da trama trazida pelo livro de Ester, vão mostrar como fazem parte de todo o trabalho divino para impedir a destruição de Israel e, deste modo, manter intacto e incólume o plano divino da salvação da humanidade.
- “Mardoqueu” é o nome utilizado tanto na Septuaginta (“Mardocaios” - quanto na Vulgata “(Μαρδοχαῖος)
Mardocheus”) para se referir ao funcionário da corte de Assuero que era o pai adotivo de Ester, mas seu
nome hebraico é “Mordecai” (ָמ ְר ֳּד ַ֗כי ), cujo significado é “pequeno Marduque”.
I – O PERSONAGEM MARDOQUEU E SUA RESISTÊNCIA.
- Na sequência do estudo do livro de Ester, veremos hoje o trecho compreendido entre Et.2:20 e Et.3:6, que nos relatam dois fatos: a descoberta de uma conspiração contra o rei Assuero por parte de Mardoqueu, bem como a ascensão ao poder de Hamã e o ódio que ele passou a nutrir contra Mardoqueu, que se estende até o povo judeu, povo a que pertencia o mesmo Mardoqueu.
- Estes dois fatos, aparentemente desconexos, ao longo da trama trazida pelo livro de Ester, vão mostrar como fazem parte de todo o trabalho divino para impedir a destruição de Israel e, deste modo, manter intacto e incólume o plano divino da salvação da humanidade.
- “Mardoqueu” é o nome utilizado tanto na Septuaginta (“Mardocaios” - Μαρδοχαῖος) quanto na Vulgata (“Mardocheus”) para se referir ao funcionário da corte de Assuero que era o pai adotivo de Ester, mas seu nome hebraico é “Mordecai” (מָרְדֳּכַ֗י), cujo significado é “pequeno Marduque”.
- Este nome já nos mostra que Mardoqueu era descendente daqueles judeus que, desde o início do cativeiro da Babilônia, passaram a fazer parte do corpo administrativo do palácio real, tendo sido preparados para serem altos funcionários do Império.
1- Definição do termo resistência. Segundo o dicionário Houaiss (2001, p. ), resistência é: “o ato ou efeito de resistir, qualidade ou condição do que é resistente, força que se opõe a outra, obstáculo, empecilho” . Logo, uma pessoa resistente é aquela que é capaz de resistir uma força ou oposição. Esta, sem dúvida, é uma das principais características de Mardoqueu. Pelo fato de recusar-se a se curvar diante de Hamã, o mais alto oficial do reino da Pérsia, ele foi perseguido e ameaçado de morte, juntamente com todos os judeus (Et 3.2-6). Mas, resistiu firme as perseguições e afrontas de Hamã, e, no tempo certo Deus agiu, não só em seu benefício, mas, também, de todos os judeus. Com a ajuda da rainha Ester, o plano de Hamã foi denunciado e ele foi enforcado na mesma forca que preparou para Mardoqueu; enquanto que Mardoqueu foi honrado e ocupou o cargo mais elevado no reino da Pérsia (Et 7.1-10).
2-Quem era Mardoqueu. “Era um judeu da tribo de Benjamim, filho de Jair, pai adotivo de Ester, também é chamado de Mordecai em algumas versões bíblicas. Ele vivia na fortaleza de Susã durante o exílio do povo judeu, no reinado de Assuero (Xerxes), onde criou aquela linda jovem como se fosse sua própria filha. Depois de uma série de acontecimentos, Ester tornou-se rainha e Mordecai distinguiu-se, quando denunciou um complô preparado para assassinar o rei. As dificuldades começaram para ele quando se recusou a inclinar-se diante de Hamã, o mais alto oficial da corte, o qual ficou furioso e desenvolveu um plano para matar todos os judeus do mundo. Com a ajuda da rainha Ester, Hamã foi denunciado ao rei e morto, e Mordecai recebeu o cargo mais elevado no serviço do rei. Por meio de um decreto, os judeus puderam defender-se e todos foram salvos” (GARDNER, 1995, p. 467).
-A resistência de Mardoqueu nos Ensina: que Mesmo diante das injustiças, ódio e perseguições, Mardoqueu permanece firme, sendo fiel a Deus e ao rei Assuero. “A fidelidade de Mordecai para com seu próprio povo e seu compromisso com a soberania de Deus nas questões de seu povo são vistas claramente na resposta que deu a Ester, ao tentar persuadi-la a ir diante do rei para interceder pelos judeus: “Pois se de todo te calares agora, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis. E quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegaste ao reino?” (Et 4.14) (GARDNER, 1995, p. 467).
II - COMO OS CRISTÃOS DEVEM AGIE EM MEIO ÀS PERSEGUIÇÕES?
A Bíblia não apenas adverte sobre os perigos da perseguição, mas, além de registrar diversos exemplos de perseguições ao povo de Deus, ela ensina como devemos agir em meio às perseguições. Vejamos:
1-Não devemos estranhar as perseguições. A Bíblia adverte claramente que todos os seguidores de Jesus padecerão perseguições (Mt 10.23; Lc 21.12; Jo 15.20; 1Co 4.12; 2Co 4.9; 2Tm 3.12).
2-Devemos nos alegrar nas perseguições. Jesus ensinou que devemos nos regozijar em meio às perseguições, pois grande é o nosso galardão no céu (Mt 5.10-12; Lc 6.22,23; 1Pd 4.14).
3-Devemos orar por aqueles que nos perseguem. A atitude do cristão em meio às perseguições não deve ser de ódio, e sim, de amor e de intercessão (Mt 5.44; Lc 6.28,35).
III - MARDOQUEU EXEMPLO DE ZELO A LEI DE DEUS.
- Mardoqueu sempre foi zeloso em observar a lei de Deus, tanto assim que resolveu criar Hadassa, sua prima, quando esta ficou órfã, tendo-a criado na doutrina e admoestação do Senhor, como vemos ao longo do
livro de Ester, em que o temor do Senhor é uma nota característica desta rainha.
- Só pode ensinar exitosamente a Palavra de Deus aos seus filhos quem for exemplo para eles. Não é por outro motivo que as Escrituras dizem que os pais devem, primeiro, ter a Palavra em seu coração (Dt.6:6) para só
depois intimá-las a seus filhos e dela falar a todo tempo e instante (Dt.6:7-10).
- Quando Hadassa é selecionada para tomar parte da escolha da nova rainha da Pérsia, Mardoqueu toma algumas providências que bem nos ensinam como devemos proceder neste mundo, pois estamos
no mundo embora a ele não pertençamos (Jo.17:11,16).
- A primeira providência foi a de se sujeitar à ordem real. Os jovens que estavam a selecionar as moças agiam em nome do rei Assuero e Mardoqueu, como bom servo de Deus, era submisso às autoridades (Ne.9:35-
37; Rm.13:1-7).
- A segunda providência foi a de mandar que Ester nunca declarasse sua nacionalidade. Não diz o texto porque Mardoqueu deu esta orientação, mas, sendo, como era, conhecedor das intrigas palacianas, talvez já tivesse conhecimento de certa resistência aos judeus que viesse a prejudicar Ester na seleção e, se fosse
escolhida, no próprio cotidiano do palácio.
-Ester foi para a casa das mulheres, onde Mardoqueu não tinha acesso direto, mas isto não o impediu de, diariamente, obter informações a respeito de Ester, passeando no pátio da casa das mulheres
(Et.2:11).
- O necessário distanciamento e independência dos filhos não significa, em absoluto, o abandono por parte dos pais, que devem manter este acompanhamento, ainda que à distância, inclusive, quando for o caso,
apresentando-se como aconselhadores e orientadores.
- Estas atitudes de Mardoqueu revelavam, também, um profundo amor paterno em relação a Ester. Queria ele que Ester, que tinha tido uma situação tão trágica com a orfandade, tivesse um futuro promissor, uma vida digna e, para tanto, não mediu esforços não só na criação dela no temor do Senhor, mas, também, verificada a oportunidade de se tornar rainha da Pérsia, de comprometer-se a si mesmo para que Ester não tivesse qualquer prejuízo.
- Mardoqueu abriu mão do convívio com sua filha adotiva pelo bem dela, sacrificando-se para que ela tivesse sucesso. Este é o verdadeiro amor, o amor que tem origem em Deus, que traz a abnegação, a pessoa se entrega, a pessoa se anula em prol do outro (Jo.15:12,13).
-O prostrar-se diante de Hamã significa adorá-lo, considerá-lo um deus, o que, evidentemente, não poderia ser feito por um judeu observador da lei como era Mardoqueu.
- Notamos aqui mais um exemplo de como deve ser a obediência do povo de Deus perante as autoridades constituídas. Devemos ser sujeitos às autoridades, porque elas são ministras de Deus (Rm.13:4), ou seja, estão a serviço do Senhor, para disciplinar a convivência entre as pessoas. Resistir à autoridade é resistir ao próprio Deus (Rm.13:1,2).
- Mardoqueu bem sabia que tinha de obedecer a Assuero, que fora constituído por Deus como governante dos judeus, algo, inclusive, revelado pelo próprio Senhor ao profeta Daniel. Por isso, quando Ester foi escolhida como candidata na seleção da nova rainha, Mardoqueu não ofereceu qualquer resistência nem se opôs à ordem real.
- Entretanto, esta obediência às autoridades é feita “no Senhor”, ou seja, enquanto a autoridade não violar alguma norma instituída pelo próprio Deus. A autoridade é assim chamada porque foi “autorizada” por Deus a governar. Ela é “ministra de Deus”, ou seja, deve servir ao Senhor, aos Seus desígnios.
- Assim, quando a autoridade dá uma ordem que contraria a Palavra de Deus, devemos antes obedecer a Deus do que aos homens (At.5:29 “in fine”). Daí porque os apóstolos não terem obedecido à ordem do Sinédrio para que cessassem de pregar o Evangelho.
- A ordem de prostração diante de Hamã violava os mandamentos divinos e, por isso, Mardoqueu não lhe
obedeceu.
- Certamente as pessoas que trabalhavam com Mardoqueu ao notarem que ele não se prostrava diante de Hamã quiseram saber dele o motivo e Mardoqueu lhes deve ter falado que, como judeu, não podia admitir a divinização de qualquer homem, fosse ele quem fosse.
- Mardoqueu aqui repetia o que já fizera, algumas décadas antes, o profeta Daniel na corte babilônia, quando os inimigos do servo do Senhor conseguiram de Dario, o medo, um decreto segundo o qual ninguém poderia orar a nenhum deus, a não ser a Dario, durante trinta dias (Dn.6:6-9).
- Ao saber desta lei, Daniel, que era um dos principais auxiliares do rei, não fez caso daquela ordem (Dn.6:10,11), porque ela contrariava, também, o primeiro mandamento e, como sempre fazia, foi fazer as suas três orações diárias ao Senhor, o que lhe custou ser lançado na cova dos leões, de onde foi milagrosamente liberto por Deus (Dn.6:16,21-23).
- Diante da resistência de Mardoqueu ao cumprimento desta ordem, apareceram os “fofoqueiros”, que logo foram falar a Hamã a respeito desta situação. Certamente, Hamã nunca tinha sequer percebido que Mardoqueu não se prostrava diante dele, mas, alertado pelos seus aduladores, prestou atenção e viu que era isto mesmo o que ocorria.
- Hamã soube que esta recusa de Mardoqueu decorria da própria religião judaica e, então, para ele se teria “juntado o útil com o agradável”: Hamã poderia não só matar Mardoqueu, que ousava resistir à ordem real, como também destruir os filhos de Israel, de quem o seu povo era inimigo há séculos.
- Este gesto de resistência de Mardoqueu é um exemplo para todos nós. Haja o que houver, venha o que vier, devemos sempre obedecer ao Senhor, ainda que este gesto possa, num primeiro momento, trazer-nos dissabores, perseguições, aflições ou até a morte física.
CONCLUSÃO: - Devemos ter como objetivo e foco de nossas vidas a comunhão com o Senhor. Estamos neste mundo para glorificar a Deus (I Co.10:31) e agradar-Lhe em tudo (Gl.1:10). Se o fizermos, temos a convicção de que
estaremos para sempre com o Senhor e é isto que importa.
- Mardoqueu queria ser fiel ao seu Deus, tinha por propósito observar a lei do Senhor, e o fez, mesmo
sabendo que estava a correr risco, mas nada é mais importante do que estarmos ao lado do Senhor, de acordo
com Ele, pois nada nos pode separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor (Rm.8:37-39).
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