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AD Alagoas / Lições Bíblicas

16/08/2024

LIÇÃO 7 – A DEPOSIÇÃO DA RAINHA VASTI E A ASCENSÃO DE ESTER

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- Na Lição de hoje, exploraremos a história de Ester, considerando o contexto em que ela se insere. Focaremos na análise dos conceitos de arrogância e vamos em sequência do estudo do livro de Ester, analisaremos a deposição da rainha Vasti por causa de sua arrogância (arrogância no dicionário Houaiss (2001, p. 303) define arrogância como: “orgulho que se manifesta por atitudes altivas e desdenhosas”. O termo deriva-se do hebraico zadôn e significa “altivez”, “orgulho” ou “soberba” (Ml 3.15; 4.1; Sl 119.51,69,78,122; Jr 43.2). O orgulho é um pecado (Pv 21.4) e é abominável diante de Deus (Pv 6.16). No NT o termo é alazonia, que é traduzido por “soberba” (1Jo 2.16) ou “orgulho” (1Tm 3.6), e em seguida vemos a ascensão de Ester.

- Deus começa a cuidar da preservação de Israel mediante um incidente na família real persa.

I – O IMPÉRIO PERSA E A PROVIDÊNCIA DIVINA.

- Depois de termos tido uma visão panorâmica do livro de Ester, passaremos a estudar a sua narrativa, vendo nela a ação da Divina Providência.

- O livro inicia dizendo que, “…nos dias de Assuero (este é aquele Assuero que reinou, desde a Índia até a Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias)…” (Et.1:1).

- Logo, de pronto, o livro de Ester mostra que está a narrar fatos que dizem respeito a “Assuero”, que era um dos títulos dados ao rei da Pérsia, atual Irã.

- O Império Persa foi a potência mundial entre 539 a.C., ano em que Ciro II, também conhecido como Ciro, o grande pôs fim ao Império Babilônico, invadindo Babilônia e 330 a.C., quando teve seu poder extinto pela vitória de Alexandre, o Grande sobre o rei Dario III, que foi morto.

- O Império Persa foi o segundo império gentílico a dominar sobre os judeus depois do cativeiro da Babilônia e sua ascensão foi revelada por Deus ao profeta Daniel, como se vê da revelação da visão do sonho de Nabucodonosor, quando este império é representado pelo peito e braços de prata da estátua (Dn.2:32,39); da revelação dos quatro animais simbólicos, onde é o urso que tinha três costelas entre os dentes (Dn.7:5,17); da revelação da visão do carneiro e do bode, onde é o carneiro de duas pontas, vencido pelo bode do ocidente (Dn.8:3-8).

- Na primeira revelação, o Senhor mostra a Daniel que um império sucederia ao Império Babilônico, ser-lhe inferior, porque o material era de prata, que é menos precioso que o ouro, abarcando o peito e os braços da estátua.

- Ora, já se percebe aqui que se tratava de um império que teria “dois braços”, ou seja, duas partes e é exatamente o que ocorreu. O Império Persa também pode ser chamado de Império Medo-Persa, porque ele se sobressaiu depois que os persas, que eram dominados pelos medos, outro povo que habitava a região, inverteram a situação de domínio, subjugando os medos, ainda que mantivesse formalmente a união de ambos os povos como base do império, daí porque a própria Bíblia falar em “medos e persas” (Dn.5:28; 6:8,12,15; 8:20; Et.1:3,14,18,19).

- A história registra que foi precisamente Ciro II ou Ciro, o grande, que já mencionamos ter sido aquele que deu nascimento ao predomínio, quem realizou a supremacia dos persas sobre os medos.

- Ciro reinou de 559 a 530 a.C. Sendo, a princípio, um rei vassalo dos medos. Em 550 a.C., entretanto, derrotou o rei Astiages, da Média e inverteu a situação, passando os persas a dominar sobre os medos, mas, como era neto do próprio rei dos medos, não matou seu avô e como que promoveu uma “união dos dois reinos” sob seu governo.

- Em 539 a.C., Ciro conquistou a Babilônia, pondo fim ao que era, então, o império mundial e, como prova de que queria manter esta “união de reinos”, pôs sob o governo de Babilônia Dario, o medo, seu tio e sogro, que teria sido decisivo na entrega da Média ao próprio Ciro. Este Dario é o rei mencionado no episódio da cova dos leões no livro do profeta Daniel. A Sequência dos fatos, depois das celebrações e da destituição de Vasti, Deus entra em Providência e Ester Ascende ao trono.

II – A ASCENSÃO DE ESTER

- A destituição de Vasti, que se tornou imperiosa por causa das circunstâncias políticas envolvidas, tinha, na verdade, um propósito divino, que era o de pôr naquela estratégica posição do reino, uma serva do Senhor que fosse instrumento da preservação do povo judeu e do plano divino para a salvação da humanidade.

- Retornando derrotado de sua campanha militar contra a Grécia, Xerxes I percebeu que o reinício de toda a sua política expansionista, fortemente abalada pela guerra perdida, tinha de começar pela arrumação da casa real, com o preenchimento da vaga de rainha.

- Mais uma vez vemos que não há como restaurar-se uma sociedade, um país se não se tomar, primeiro, cuidado da família. Bem por isso o título de nosso trimestre é “o Deus que governa o mundo e cuida da família”.

- A família é fundamental para a vida em sociedade, para a própria humanidade. O próprio Jesus, o Salvador do mundo, teve de vir ao mundo numa família e ali aprender a obediência (Mt.1:18-21; Lc.2:51,52; Hb.5:8) que fez com que hoje gozemos da vida eterna.

- Xerxes I, então, resolveu escolher uma nova rainha e mandou que os seus jovens buscassem moças virgens, formosas à vista em todas as províncias do reino e que fossem elas reunidas na casa das mulheres em Susã debaixo da mão do eunuco Hegai e que se fizesse uma seleção, a fim de que rei escolhesse quem seria a nova rainha (Et.2:1-4).

- Nestas ordens reais, vemos que o principal objetivo de Xerxes I era criar um ambiente de união em todo o Império, trazendo moças de todas as partes do reino, bem como orientá-las segundo as normas e tradições da corte persa, por meio de Hegai, para que se pudesse ter uma nova rainha que, assim como Vasti fosse formosa à vista, mas que também fosse submissa, o que não ocorrera com a rainha deposta.

 - Neste ponto, então, o livro de Ester introduz as duas personagens principais da narrativa; Mardoqueu e sua prima e filha adotiva Ester, cujo nome judeu era Hadassa (Et.2:5-7).

- Mardoqueu fazia parte daquele grupo de judeus que haviam sido inseridos na burocracia governamental ainda no tempo do Império Babilônico. Certamente era descendente daqueles que, assim como Daniel e seus amigos Hananias, Misael e Azarias, haviam sido levados na primeira leva de cativos nos dias de Nabucodonosor e que, graças a Daniel e a outros, como Zorobabel, fizeram com que fossem mantidos no Império Persa.

- Mardoqueu passara a criar e a educar Hadassa quando esta ficou órfã, e vemos ter sido excelente pai de família, esmerando-se por transmitir àquela jovem o temor do Senhor. Este deve ser o norte da educação dos pais aos filhos – criá-los na doutrina e admoestação do Senhor (Ef.6:4).

- Hoje, lamentavelmente, vemos muitos pais cristãos esmerando-se e esforçando em dar aos seus filhos o melhor para que possam se inserir, futuramente, no mercado de trabalho e tenham condições de uma remuneração que lhes dê uma vida digna, o que algo importante e com que os pais precisam mesmo se preocupar, mas o mais importante é fazermos de nossos filhos servos do Senhor, que tenham condições de viver durante a sua peregrinação terrena agradando a Deus e, assim, juntamente conosco, morar para sempre nas mansões celestiais.

- O descuido dos pais que cristãos se dizem ser com esta formação espiritual, terceirizando tudo para a Escola Bíblica Dominical (quando o fazem, e não é a maioria que se preocupa em levar os filhos à EBD) tem reproduzido entre nós a trágica situação vivida no período dos juízes, em que as gerações cresciam sem conhecer ao Senhor e eram completamente envolvidos na prática do pecado (Jz.2).

- O resultado disto estamos a ver, estarrecidos, na Europa e nos Estados Unidos, onde os filhos de crentes estão, em sua esmagadora maioria, perdidos, e as igrejas se esvaziando e fechando, pela falta de novos quadros, algo que, infelizmente, temos visto cada vez mais também no Brasil.

- No Brasil, ainda, há uma triste realidade, qual seja, a da quantidade desproporcional de filhos de servos de Deus que se encontram encarcerados, seja nos reformatórios seja nos presídios, mais um indicativo claro do descuido da educação doutrinária nos lares em nossas igrejas.

- Não deve ter sido fácil para Mardoqueu exercer o papel simultâneo de pai e mãe e criar Hadassa, ainda mais diante de suas tarefas no palácio do rei em Susã, mas ele bem desempenhou sua missão a mostrar que temos de também fazê-lo.

- Hadassa, cujo nome persa é Ester, foi uma das moças escolhidas para a seleção, tendo, então, Mardoqueu dito a sua filha adotiva que nunca declarasse a sua nacionalidade (Et.2:8).

- Não explica o texto porque Mardoqueu mandou que Ester omitisse sua origem étnica. Talvez, por conhecer as normas e costumes palacianos, isto prejudicasse, de alguma forma, a moça, ou se trataria de um teste de submissão, até porque Mardoqueu talvez tivesse percebido que era esta a principal qualidade que se esperava da nova rainha.

- O fato é que Ester, que havia aprendido a obedecer aos pais, cumpriu rigorosamente a ordem de seu pai adotivo e jamais declarou ser judia, mesmo antes e até depois de ser rainha.

- A submissão foi mesmo o ponto alto da estada de Ester na casa real das mulheres. O texto diz que sua conduta causou a admiração de Hegai, que pôs sete moças para assessorarem Ester, como também a pôs no melhor lugar da casa, não só pela sua formosura, mas também pelo seu comportamento submisso.

 - Mardoqueu, como pai cuidadoso que era, não deixava de ir até a casa das mulheres para saber do estado de Ester, e isto diariamente (Et.2:11). Não era fácil para Mardoqueu fazer isto, mas ele se esforçou em fazê-lo. Temos este mesmo cuidado no acompanhamento de nossos filhos? Pensemos nisto!

- Segundo as normas, as candidatas a rainha deveriam se preparar durante doze meses, quando, então, eram levadas à presença do rei que com ele permanecesse um dia, retornando, então, para a casa das mulheres (Et.2:12-14).

- Chegou a vez de Ester, no dia 10 do sétimo mês (Tebet), no sétimo ano do reinado de Assuero e se comportou rigorosamente dentro de todas as normas e tradições, fazendo com que o rei dela se agradasse e a fizesse rainha (Et.2:15,16), tornando a escolha pública em uma festa, tendo Mardoqueu, humildemente, presenciado tudo isto, mas sem se manifestar como pai adotivo da rainha, já que havia dito a Ester que não declarasse a sua nacionalidade (Et.2:18-20).

III - A ESCOLHA DE ESTER, UM ATO DA PROVIDÊNCIA DIVINA.

 (Et 2.5-18). Segundo o Aurélio a palavra escolha significa: “ato ou efeito de escolher, preferência, eleger, opção, discernimento, capacidade de avaliar, selecionar uma coisa entre duas ou mais opções” (Ferreira, 2004, p. 792). Levou um ano inteiro para preparar aquelas mulheres, a fim de serem apresentadas ao rei. Quantos cosméticos de alto preço devem ter sido gastos nesse período (Et 2.12). Os planos de Deus não são prejudicados quando os eventos deste mundo são carnais ou seculares. A sua presença penetra de qualquer modo, até mesmo nos salões dos banquetes pagãos da Pérsia antiga. Ele não fica limitado a operar na família cristã. Trabalha tanto no gabinete do governo, como no meio da igreja (Wiersbe, 2010).

Ester demonstrou discrição e controle extraordinários (Et 2.10). Ester não contou a ninguém que era judia, Por quê? Porque Mardoqueu lhe dera instruções nesse sentido. Nem mesmo os esplendores estranhos do harém que poderiam tê-la facilmente seduzido, a fizeram quebrar sua promessa a Mardoqueu. É bem provável que essa atitude de Mordecai tenha sido motivada pelo desejo de preservar a própria segurança, mas Deus usou os dois para preservar o povo judeu. A discrição verbal está se tornando rapidamente uma virtude esquecida (Swindoll, 2020).

CONCLUSÃO: 

Deus tomava mais uma providência com vista ao livramento de seu povo, pondo uma moça judia temente a Deus ao lado de Xerxes I, como sua esposa. Começava a agir para que o poder político não fosse utilizado para destruição de Israel por intermédio de uma ação na família real, tornando Ester esposa de Assuero. O Deus que governa o mundo é o mesmo que cuida da família. Deus está no controle das famílias. Descanse (Sl 113:9)” Faz com que a mulher estéril habite em família, e seja alegre mãe de filhos. Louvai ao Senhor.



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