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AD Alagoas / Lições Bíblicas

20/07/2024

LIÇÃO 3 - RUTE E NOEMI: ENTRELAÇADAS PELO AMOR

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Rute 1:16

INTRODUÇÃO: Nesta lição teremos mais lições da parte de Deus, baseadas nessa família. O livro de Rute é uma perfeita história de amor. Ele é um dos mais belos romances da Bíblia. E uma das joias mais ricas e encantadoras de toda a literatura mun­dial; é um livro inspirado que encerra lições magníficas. Leon Morris o chama de “a história perfeita”. 

David Atkinson o denomina uma “história de encanto e deleite”.

Warren Wiersbe o chama de “uma história de amor”.

Jonh Peter Lange diz que esse livro que tem apenas 85 versículos é como um jardim engrinaldado de rosas perfumadas, cuja beleza e conteúdo jamais podem ser suficientemente enaltecidos.

A. W. Weiser cita o que disse Goethe: “O livro de Ruteé a mais bela obra completa em escala reduzida, que nos foi dada como um tratado ético e um idílio”. Ele também cita o veredicto de R. Alexander Schroeder: “Nenhum poeta do mundo escreveu um conto mais belo”.

O livro de Rute exalta o amor e a virtude de uma mulher moabita.

O livro fala da oportunidade de reconciliação para todas as nações estrangeiras que buscam abrigo debaixo das asas do Deus vivo (2.12). Em Boaz e Rute, os israelitas e gentios são personificados. Nada além do amor e da fé pessoal de Rute foi exigido dela para encontrar abrigo sob as asas do Deus de Israel.

O livro de Rute é a história de um drama familiar.

Antônio Neves de Mesquita diz que o livro de Rute nos coloca face a face com um drama de família, onde Rute e Noemi vencem entrelaçadas pelo Amor.

I - A PROPOSTA DE NOEMI

Na verdade, o livro de Rute trata a respeito de Deus. Ele é a personagem principal desse precioso livro.

Vaie ressaltar que em uma sociedade dominada pelos homens, as personagens centrais desse romance são duas mulheres que desafiaram a crise e agiram com fé na provi­dência divina. A primeira era uma judia idosa, pobre, viúva e sem filhos; a outra, uma gentia viúva que se apegou à sua sogra e se converteu ao Deus de Israel. Além de oferecer-nos abençoadoras lições morais e espi­rituais, isso é um tributo divino às mulheres, verda­deiras heroínas em tempos de crise.

O amor de Rute por Noemi é um farol que continua brilhando na História e continua lançando luz no caminho da humanidade. Rute faz uma declaração de amor a sua sogra que transcende os mais acendrados votos de amor entre os amantes (1.16,17). Ela faz um juramento de amor a uma sogra estrangeira, velha, viúva, pobre e desamparada. Ela segue com essa sogra para um destino desconhecido sem promessas ou garantias. O amor é o único vetor que lhe dirige os passos. Outrossim, esse belo romance fala de forma eloquente sobre as obrigações piedosas dentro da família. Todo o livro gira em torno da família. A amizade é o fundamento sobre o qual os relacionamentos precisam ser edificados. A amizade de Rute com Noemi é um oásis no meio do deserto. Rute e Noemi desfazem o mito de que o relacionamento entre nora e sogra é necessariamente cheio de tensão. Um dos grandes temas do livro é a amizade. A devoção que Rute tem por Noemi e o cuidado de Noemi com Rute percorrem todo o livro. diz Leon Morris.

Rute e Noemi estabeleceram uma aliança de amor diante das circunstâncias mais adversas. Elas semearam uma na vida da outra. Elas cultivaram um relacionamento de lealdade e cuidado uma com a outra. Rute torna-se amiga e filha da sua sogra. Ela passa a ser a provedora da sogra e a sogra, a sua conselheira. A Bíblia diz: “Em todo o tempo ama o amigo; mas é na adversidade que nasce o irmão (Pv 17.17). Ricardo Gondim narra a triste história do ex-ditador filipino Ferdinando Marcos e sua mulher Imelda Marcos como exemplos patéticos de desprezo pela amizade. Esse casal endinheirado viveu no luxo ostensivo no palácio de Malacagnã, em Manila. Ele, político famoso, corpo atlético, caçador de leões; ela, mulher vistosa que se orgulhosa da sua coleção de 1.500 pares de sapatos. Hoje, o palácio foi transformado em museu. Nos últimos dias do ditador, o palácio foi transformado em uma espécie de UTI. Em cada canto do palácio, havia um tubo de oxigênio. Ferdinando Marcos estava morrendo aos poucos. Sua cama era um leito hospitalar, e sua cadeira, um vaso sanitário adaptado. Ele ficava sozinho dentro do palácio, com medo de todos os que estavam do lado de fora. Aquele casal que havia saqueado os cofres públicos e desviado fortunas para os bancos da Suíça blindaram todas as janelas e pare desde palácio que davam para o lado da rua. Eles não tinham amigos, somente asseclas e subalternos.

II - AMOR DIVINO: RELACIONAMENTO ENTRE RUTE E NOEMI.

- Todo o relacionamento entre Noemi e suas noras começou com a amabilidade da sogra para com as mulheres de seus filhos. Mesmo sabendo que aqueles casamentos não eram agradáveis a Deus (e bem pensamos que, dentro do seu temor, Noemi deva ter, e mais de uma vez, aconselhado seus filhos a não se casarem com moabitas), uma vez tendo sido consumados, tratou Noemi de exercer a sua função de sogra.

 - Noemi, como pessoa temente a Deus, tinha um comportamento exemplar que, certamente, se distinguia do “modus vivendi” das mulheres moabitas, e isto seria um fator de distanciamento entre ela e suas noras. No entanto, até porque servia a Deus, Noemi sempre tratou bem suas noras, considerou-as, muito provavelmente mais do que seus próprios familiares ou os moabitas em geral.

- Noemi ensinou os valores divinos a suas noras, tanto que, após as mortes dos maridos, queriam elas manter-se ao lado da sogra e, pelo que vemos da expressão de Noemi, queriam elas ser mães, formar família, um pensamento que mostrava como haviam sido ensinadas e influenciadas por Noemi.

- Com efeito, pelo que verificamos do texto bíblico, em Moabe havia como que uma prostituição institucionalizada, inclusive em virtude do culto a Baal-Peor e, num ambiente assim, evidentemente que os princípios familiares defendidos pela lei mosaica não eram benquistos nem aceitos.

- É exatamente esta a situação de nossos dias, onde os elementos cristãos que permearam a estruturação da família entre nós estão sendo dia a dia, de forma ininterrupta, abandonados e substituídos por conceitos antibíblicos e nefastos.

- Em meio a uma geração perversa, Noemi mantinha a sua fé em Deus e observava os mandamentos e, com afeição, acolhida e ensino, a começar de seu próprio exemplo, conseguiu sensibilizar e mudar a mentalidade de suas noras. Temos feito isto entre nossos familiares incrédulos? Pensemos nisto!

- Temer a Deus, observar a Sua Palavra e tratar bem, com respeito e dignidade ao próximo, sempre aproveitando a ocasião para falar das coisas de Deus e da salvação em Cristo Jesus, é o que devemos fazer com nossos familiares.

- Noemi tinha o amor de Deus em seu coração e, por isso, podia transmiti-lo para suas noras.

- Se Orfa, até por causa do que foi dito por Noemi, não se desprendeu totalmente da visão horizontal da vida, isto não significa que não tenha sido influenciada pelo ensino dado por Noemi, tanto que, num primeiro momento, quis segui-la para Israel. Como diz o profeta, a Palavra não volta vazia (Is.55:10,11).

- O amor de Deus nos é dado pelo Espírito Santo (Rm.5:5), é o amor do Espírito (Rm.15:30), de forma que não podemos querer gerá-lo em nós mesmos. Mas, uma vez o tendo recebido em nosso coração, temos de mantê-lo, aumentá-lo e isto se faz mediante a observância da Palavra de Deus, a obediência ao Senhor, pois temos de estar em comunhão com o Senhor para mantermos o amor, pois Deus é amor (I Jo.4:8).

- O amor de Deus gera, em nós, o amor a Deus (I Jo.4:19) e o amor a Deus é revelado pelo nosso amor ao próximo (I Jo.4:20,21). Noemi demonstrou, neste seu tratamento a suas noras, que tinha o amor de Deus, que se tornou amor a Deus e que se demonstrou como amor ao próximo.

- Ao crer no Deus de Israel, Rute passa pela mesma experiência. Recebera o amor de Deus e passou a amar a Deus, tanto que não quis deixar sua sogra, não tanto porque a amava, mas porque queria viver sob a égide do Deus de Israel, em quem passou a crer, dentro daquela mentalidade de que já falamos sobre os “deuses nacionais”.

- Rute amava Noemi e não queria abandoná-la, mas este amor a Noemi era decorrência do amor que passou a ter pelo Senhor. A base do relacionamento entre Rute e Noemi era o amor de Deus, que se tornou amor a Deus e que se revelou como amor ao próximo.

- É o que vemos na afirmação de Rute que fez Noemi aquietar e aceitar a companhia de sua nora. Rute disse que não queria se afastar de Noemi, que aonde ela fosse, ela iria, onde ela pousasse, ela pousaria, porque o seu povo passava a ser também o povo de Rute e, o que é mais importante, o Deus de Noemi passava a ser o Deus de Rute.

- Rute começa pela sua afeição a sua sogra e chega, por fim, ao amor a Deus, que, como já vimos, é decorrência do amor de Deus derramado em nosso coração.

- Por isso, este amor que Rute declara a Noemi independia das circunstâncias e era permanente, pois só a morte poderia separá-las. O amor divino é sempre assim: pleno, integral, inabalável e eterno. Nem poderia ser diferente, pois é o amor de Deus e o Senhor é o único e verdadeiro Deus, soberano, inabalável e eterno.

- É bem por isso que esta declaração de amor de Rute a Noemi é utilizada para descrever o amor conjugal, que é um símbolo do amor entre Cristo e a Igreja (Ef.5:31,32), porquanto não pode haver relacionamento verdadeiro e sincero entre duas pessoas que não esteja estribado no amor de Deus.

- A família necessita estar sob a égide deste amor divino, o amor sofredor, benigno, que não é invejoso, que não trata com leviandade, que não se ensoberbece, que não se porta com indecência, que não busca os seus interesses, que não se irrita, que não suspeita mal, que não folga com a injustiça mas folga com a verdade (I Co.13:4-6).

- É o amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Co.13:7). Foi porque Rute e Noemi estavam entrelaçadas neste amor divino que puderam obter do Senhor a bênção.

CONCLUSÃO: Um amor prático, chegando a Belém, Rute não ficou parada, envolta em expectativas fantasiosas.

a. Rute prontificou-se a um trabalho humilde e penoso (Rt 2.2; Lv 19.9,10; 23.22.; Dt 24.19)

. Era feito por pessoas pobres e necessitadas

Na Palavra de Deus, o princípio básico é:

a)  Os ricos devem auxiliar os necessitados (Mt 6.19-21; 1Tm 6.17-19; Tg 5.1-6)

b)  Os ricos não são obrigados a alimentar o ócio dos pobres (Gn 3.19; 2Ts 3.3.10-13)

c)  3.3. Rute trabalhou – e muito nos campos de Boaz

a.  Seu esforço impressionou o chefe dos trabalhadores

b.  No fim do dia, recolhia tudo e levava para a sogra (Rt 2.7,17,18)

c.  Rute não apenas dizia amar, ela praticava o amor (1Jo 3.18)



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