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AD Alagoas / Lições Bíblicas

25/05/2024

Lição 8 - CONFESSANDO E ABANDONANDO O PECADO

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- Para um grande Pecador eis um grande Salvador. Deus em sua infinita misericórdia apresenta os erros do homem pecador, Como foi com Davi, mais logo mostra a porta de escape.(Salmos 51:1-12)

- Na sequência do estudo da vida cristã como “o Caminho”, refletiremos sobre a confissão e o abandono dos pecados.

- Não há como ir para o céu se não confessarmos os pecados e deixarmos sua prática.

I – FOMOS CHAMADOS PRA SALVAÇÃO

- Na sequência do estudo da vista cristã como “o Caminho”, refletiremos sobre a necessidade de confissão dos pecados e o abandono da sua prática para podermos chegar aos céus.

- O apóstolo João é claro ao dizer que os que vivem na prática do pecado são filhos do diabo (I Jo.3:8-10), de modo que não há como ser filho de Deus em tal condição.

- A salvação do homem na pessoa de Cristo Jesus foi planejada por Deus mesmo antes da fundação do mundo (Ef.1:4; I Pe.1;20; Ap.13:8). No Seu planejamento, o Senhor já decidiu que a salvação somente se daria por meio de Jesus Cristo, o Deus que Se fez homem para pagar o preço dos pecados.

- Vemos, portanto, que a salvação tem origem em Deus. A salvação foi projetada na mente divina e, por isso mesmo, é eterna (Is.45:17; Hb.5:9). Em sendo assim, não há coisa alguma no universo que possa impedir a salvação de se realizar, de modo que não é necessário a Deus, em Sua soberania, de impedir que algum ser humano possa optar entre a salvação, ou não, pois a salvação somente se dará para aqueles que cumprirem os requisitos previamente estabelecidos por Deus para a salvação, ou seja, a fé em Cristo Jesus, após Jesus ter morrido pelo pecador, entregando Sua vida por ele.

- Tendo origem em Deus, a salvação precisa ser adquirida pelos seres humanos, pois quem deve ser salvo é o homem. Deus oferece a salvação a todos os homens (I Tm.2:4), mas não são todos os que se salvam, precisamente porque a vontade divina de salvação não se confunde com a vontade humana, vontade esta criada por Deus e que, por isso mesmo, é por Ele respeitada.

- Tendo origem em Deus, a salvação se inicia, evidentemente, com esta deliberação divina de salvar o homem, deliberação que se tornou conhecida da humanidade no dia mesmo da queda, quando o Senhor a revela em Seu diálogo com a antiga serpente, o diabo e Satanás, como que a mostrar que a tentação e queda do homem não tinham alterado em coisa alguma o amor de Deus para com o homem e a própria soberania divina. Se o Homem recebeu de Deus e Salvação ele foi liberto e jamais quer viver no pecado.(1Jo 3:8)

II – CONFISSÃO - ARREPENDIMENTO E RESTAURAÇÃO

A confissão e a sua importância para a restauração espiritual. A confissão é de suma importância para que haja mudança: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13). A Bíblia nos mostra que sem arrependimento não há remissão de pecados, portanto a confissão é a porta para o arrependimento e um passo essencial para a restauração: “E a descendência de Israel se apartou de todos os estrangeiros, e puseram-se em pé, e fizeram confissão pelos seus pecados e pelas iniquidades de seus pais” (Ne 9.2). A confissão e o arrependimento ajudam a curar a ferida. O arrependimento é uma mudança de mente e disposição para abandonar o pecado, envolvendo em senso de culpa e desamparo, apreensão da misericórdia de Deus, um forte desejo de escapar ou ser salvo do pecado, e abandono voluntário. A confissão de Davi é premiada como misericórdia. A Bíblia nos mostra o perdão pela confissão: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1.9). O apóstolo João trata a mentira e a sua progressão entre aqueles que tiveram um encontro com Jesus:

• “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade” (1Jo 1.6) As pessoas que estão em nossa volta tem comunhão com Deus, mas a forma de viver não corresponde como as nossas palavras. Andamos em trevas, e isso não corresponde a praticar a mentira;

• “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.” (1Jo 1.8). Após mentirmos as pessoas que nos cercam, estamos mentindo a nós mesmos;

• “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1Jo 1.10). Quando tentamos mentir para Deus, fazemo-nos dele mentiroso, o qual testifica da pecaminosidade do homem (Mt 6.23- b). Se nós erramos, precisamos do seu perdão para caminhar.

O arrependimento e a sua importância para a restauração espiritual. Como todos os homens pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23), o arrependimento também é necessário a todos os homens. Jesus mesmo introduziu a mensagem do Reino, chamando as pessoas ao arrependimento (Mt 4.17; 9.13; Mc 2.17). Ele comissionou os apóstolos a pregarem esta mensagem (Lc 24.47). Confira também (Mc 6.12; At 2.38; 3.19; 8.22). Paulo disse que por meio do evangelho se “anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (At 17.30). O arrependimento é vital para que o ser humano possa obter a salvação (At 2.38; 3.19; 2Co 7.10). Jesus ensinou que, se não houver arrependimento o homem perecerá em seus pecados (Lc 13.3,5; Jo 8.14). “O verdadeiro arrependimento é o que produz convicção do pecado; contrição do pecado; confissão do pecado; abandono do pecado; e conversão do pecado” (Gilberto, 2008, p. 358).

III– A CONFISSÃO E O ABANDONO DO PECADO

- O arrependimento tem seu ponto de partida na confissão. Como diz o apóstolo João: “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a injustiça” (I Jo.1:9).

- Neste texto, a palavra “confessar” é a palavra grega “homologeo” (Chave. Dicionário do Novo Testamento, verbete 3670, p.2322).

- Confessar é, portanto, dizer a mesma coisa e, no caso que estamos a tratar, é dizer que se é pecador, reconhecer-se pecador, assumir a sua condição de malfeitor e merecedor da condenação eterna,

admitir-se que se está errado e que se está a desobedecer a Deus.

- Tem-se, pois, que a confissão envolve um assentimento intelectual, uma consideração racional de que corresponde à realidade a afirmação de que se pecou, se está na prática do pecado, que se está errado. Mas a confissão não pode se circunscrever a isto, pois a salvação não vem pelo mero convencimento do pecado, mas,

também, exige o convencimento da justiça e do juízo (Jo.16:8).

- É interessante observar que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra “confessar” em

latim “confessio, onis”, é tradução da palavra grega “homologeo”, com sentido de “reconhecimento”.

- A necessidade de confissão também nos é apresentada no episódio de Acã, aquele que desobedeceu ao Senhor e tomou parte do anátema de Jericó. Uma vez descoberto seu pecado, Josué conclamou Acã a que “fizesse confissão” (Js.7:19).

- A palavra hebraica aqui é “todhah” (

)propriamente) um estender da mão, i.e., (por implicação(...“ ,)תוֹ ָ֑דה confissão, ou (normalmente) adoração; especificamente um coro de adoradores:— confissão, (sacrifício de, oferta de, render) louvor, (sacríficio de, oferta de) ação de graças, agradecimento...” (Bíblia de Estudo

Palavras-Chave. Dicionário do Antigo Testamento, verbete 8426, p.1998).

- Aqui o sentido é de submissão à vontade divina, reconhecimento do senhorio de Deus e de que o que estamos a fazer é uma violação de uma ordem do Criador e que devemos, então, nos render a Ele, entregarmo-nos como guerreiros vencidos diante das tropas vencedoras, ficarmos à Sua mercê.

- Em Ed.10:1, é dito que Esdras, diante do pecado praticado por grande parte dos judeus de se casar com mulheres gentias, “fez confissão” e aqui a palavra empregada é “yadhah” (ְכ ִה ְת ַו ֹּד ֔תוְֹ֨ וּ), “...(literal) usar (i.e., estender) a mão; (fisicamente) arremessar (uma pedra, uma flecha); especialmente reverenciar ou adorar (com mãos estendidas); (intensivo) lamentar (torcendo as mãos) ...” (Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Dicionário do Antigo Testamento, verbete 3034, p.1674).

- Basicamente, é o mesmo significado do texto anterior, ainda que se possa ter aqui adicionada a ideia de lamento, aquela “tristeza segundo Deus” que caracteriza o arrependimento que opera a salvação (II Co.7:10).

- Sendo a confissão, portanto, este assentimento, esta concordância, evidentemente que não se tem apenas um assentimento intelectual, pois a fé salvadora é sobrenatural, não se trata de mero exercício de raciocínio.

- Pois bem, para vermos como tem de ser esta confissão de pecados, iremos nos basear em conhecido sermão do príncipe dos pregadores britânicos, Charles Haddon Spurgeon (1834-1892).Spurgeon começa seu sermão afirmando que “...isto [confissão de pecado] é absolutamente necessário à salvação.

CONCLUSÃO:

A menos que haja uma verdadeira e sincera confissão de nossos pecados a Deus, não temos nenhuma promessa que nós acharemos clemência no sangue do Redentor. "Todo aquele que confessar seus pecados e. ὁμολογέω), “...assentir, i.e., fazer concerto, reconhecer: —confessar, professar, confissão é feita, dar graças, prometer. De homologos, assentir, que se origina de homou, juntamente com, e logos, palavra. Falar ou dizer a mesma coisa que outra pessoa, por exemplo, dizer as mesmas coisas, i.e., assentir, concordar, concordar com...” o caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu os abandonar achará misericórdia". Mas não há nenhuma promessa na Bíblia para o homem que não confessar seus pecados....” (end. cit. Acesso em 26 fev. 2024).



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