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AD Alagoas / Lições Bíblicas

07/03/2024

Lição 10 - A CEIA DO SENHOR, A SEGUNDA ORDENANÇA DA IGREJA

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO: Nesta lição vamos aprender que A Ceia do Senhor NAO é um sacramento, pois se assim fosse o pão e vinho teriam graças para os participantes. Na verdade, são símbolos do corpo e do sangue de Jesus. A Ceia do Senhor, é sim, uma ORDENANÇA que a igreja do Senhor precisa cumprir e por isso sua importância no passado, presente e futuro. Na Ceia temos uma Consubstanciação, Transubstanciação ou uma Memória? Vejamos. 

I - A IMPORTÂNCIA DA CEIA NO PASSADO, PRESENTE E FUTURO

Quando analisamos o texto de (Mt 26.26-30) podemos compreender realmente o que Jesus estava fazendo ao dar início a maior celebração da cristandade. Além de celebrar a Páscoa, Jesus instituiu uma ordenança completamente nova: “A Ceia do Senhor” (ICo 11.23-26). Ela serviria como um conjunto de símbolos que relembrassem aos discípulos o corpo e sangue dados por eles e para seu livramento, até que Jesus retornasse. Seria também um sinal da Nova Aliança que ele inauguraria com seu sangue (Mt 26.28; 1Co 11.24-26). A Ceia do Senhor em sua celebração pode ser caracterizada em três momentos distintos: passado, presente e futuro. Pontuemos:

1.Sua importância no passado. É um memorial da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação. Através de sua morte, podemos obter a remissão de nossas falhas. É também um memorial, do grego “anamnesis”, pelos benefícios provenientes do sacrifício de Jesus Cristo; lembrando-nos da morte de Cristo no Calvário, para nos remir da condenação (1Co 11.24-26; Hb 8.7-13). “A Páscoa levou a nação de Israel a lembrar-se de sua redenção da servidão no Egito (Êx 12); na celebração da Ceia, as nossas mentes se voltam para o Calvário” (Lc 22.19).

2. Sua importância no presente. A Santa Ceia expressa a nossa comunhão, do grego “koinonia”, com Cristo e, de nossa participação nos benefícios oriundos da sua morte sacrificial e ao mesmo tempo expressa a nossa comunhão com os demais membros do Corpo de Cristo (1Co 10.16,17). A Ceia do Senhor lembra que devemos esperar a volta de Cristo. Realizaremos essa ceia até que ele volte (1Co 11.26). A Páscoa apontava para o Cordeiro de Deus, que tiraria o pecado do mundo Jo 1:29). A Ceia do Senhor anuncia que essa obra momentosa foi realizada (WIERSBE, 2013, p. 125).

3. Sua importância no futuro. É um antegozo do Reino futuro de Deus e do banquete messiânico escatológico, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor (Mt 8.11, 22.1-14; Mc 14.25; Lc 13.29, 22.17, 18.30), pois, a Santa Ceia é um ato que antevê a volta iminente de Cristo para arrebatar a sua Igreja e, uma antecipação da alegria que teremos em participarmos com Cristo, na Ceia das Bodas (Ap 19.7-9; Mt 26.29). Cada celebração da Ceia do Senhor Jesus traz consigo um sentimento de alegria com antecipação profética do banquete que virá (TOKUNBOH, 2013, p. 1277).

II - TRANSUBSTANCIAÇÃO, CONSUBSTANCIAÇÃO OU MEMÓRIA?

1- CONSUBSTANCIAÇÃO é o termo que indica a crença na presença espiritual de JESUS nas espécies do pão e do vinho. E significa que JESUS se encontra presente COM a substância do pão e do vinho sem modificá-las/transformá-las.

Já a Transubstanciação que se refere a transformação da substância do pão e do vinho no Corpo e sangue de JESUS. Na consubstanciação, o Corpo e o sangue, se juntam ao pão e vinho, porém a substância do pão permanece, juntamente com sua aparência. Na transubstanciação, não estão presentes mais a substância do Pão e vinho, estas são aniquiladas, ficando apenas as substâncias do corpo e sangue de JESUS. 

2- TRANSUBSTANCIAÇÃO:

A eucaristia é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. Segundo o dogma católico, JESUS CRISTO se acha presente sob as aparências do pão e do vinho, com seu corpo, sangue, alma e divindade, isto é o que geralmente se entende por “Transubstanciação”.

A doutrina da Transubstanciação não tem respaldo bíblico. Nem todos os representantes da Igreja Católica concordaram com esta doutrina, entre eles podemos citar o papa Gelásio I e Gelásio II, São Clemente, Agostinho...

III -A CEIA, É MEMÓRIA OU PRESENÇA REAL?

Na ceia, todas as suas ações e palavras tinham alguma relação com a antiga Páscoa. Tendo isto em vista devemos procurar na antiga festa uma explicação para a santa ceia que Ele iria substituir, pois Ele, JESUS, é a nossa Páscoa (I Cor. 5:7)!

Quando Moisés (o tipo de CRISTO) instituiu a Páscoa, mandou comer a carne e aspergir o sangue do cordeiro em suas casas (Êx: 12:11). Só que o cordeiro que comiam NÃO ERA a “Páscoa”, pois tal palavra se deriva do verbo “pasah” (Lê-se Pássá), “passar por cima” incluindo a ideia de “poupar e proteger” v.13. A Páscoa do Senhor era o “passar do anjo por toda a terra do Egito”. Vê-se, pois, que o ato do passar por cima das casas dos israelitas era uma coisa e o cordeiro que os israelitas comiam era outra essencialmente distinta: uma era um fato, a outra a recordação daquele fato. Embora Moisés tivesse dito a respeito do cordeiro: “É a Páscoa”, isto é, a passagem do Senhor, não se segue que quisesse dizer que o cordeiro que tinham assado e de que estavam comendo se tivesse mudado ou transformado no ato de passar o Senhor por cima das casas. O sentido simplesmente era: “É uma recordação da Páscoa ou da passagem do Senhor”. Temos pois aqui um exemplo clássico dessa figura de retórica pela qual se dá o nome da coisa que ela recorda, ou se põe o sinal pela coisa significada. Quando pois, as famílias se reuniam em torno da mesa para comer a Páscoa o chefe da família dizia: “Esta é a Páscoa do Senhor”, quando então queriam dizer “Esta é a recordação da Páscoa do Senhor”. Pois bem, fincado na essência dessa celebração JESUS certamente se valeu da mesma expressão conhecidíssima dos israelitas. Depois de abolida a Páscoa e substituída pela santa ceia, serviu-se da mesma expressão de que tinha feito uso na celebração antiga; era natural que do mesmo modo que tinha dito da Páscoa “Esta é a Páscoa do Senhor”, querendo dizer que aquilo era apenas a recordação daquele feito na época de Moisés, usasse também mui naturalmente as palavras “ISTO É O MEU CORPO” para significar que aquele rito devia ser usado como recordação do seu corpo e do seu sangue oferecidos na cruz; sendo Ele, o verdadeiro cordeiro de DEUS (João 1:29) que nos libertou do cativeiro do pecado.

Os discípulos sendo judeus versados nas escrituras, estavam por certo familiarizados com tais figuras de linguagem (Salmos 27:1-2, Isaías 9:18-20, 49:26) e não foi difícil entenderem o que JESUS queria lhes dizer, pois antes disso, eles os ouviram dizer: “Eu sou a porta”, “Eu sou o caminho”, “Eu sou a luz do mundo...” e entenderam perfeitamente a linguagem. Nada é mais comum do que dar à lembrança, ou a representação de uma coisa, o mesmo nome da coisa de que é representação ou sinal. Até mesmo os membros da igreja romana ao verem a imagem da santa dizem: “esta é Nossa Senhora”, ou vendo a imagem de um santo qualquer dizem: “este é São Pedro, este SANTO Expedito e aquele outro SANTO Antônio etc...” mesmo sabendo que aquilo (segundo acreditam) é apenas uma representação ou lembrança do que está no céu. Servem-se constantemente desta figura de retórica que dá representação ou lembrança o nome da coisa representada ou lembrada.

Quando então distribuía os elementos da ceia, pão e vinho disse: “Isto É O MEU CORPO” e “ISTO É O MEU SANGUE”, arrematando ordena: “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. Temos razão para crer que aquilo era uma comemoração ou lembrança de sua morte na cruz e devíamos prosseguir fazendo isto até que Ele venha. Para corroborar nosso ponto de vista, veja que mesmo após JESUS ter consagrado o vinho ele ainda continuou o que sempre fora, simplesmente um vinho “porque vos digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira,( não disse meu sangue) até que venha o reino de DEUS.” Lucas 22:18

Paulo simplesmente considerava como pão e vinho, os elementos da santa ceia e não o corpo do Senhor transubstanciado: “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” I Co. 11:26-28.

-O pão apenas representava o corpo do Senhor, o vinho o seu sangue. Todas as vezes que nós nos reunimos para celebrar a santa ceia nós fazemos isto sempre EM MEMÓRIA do Senhor, pois Ele mesmo disse “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. É EM MEMÓRIA!!! Não podemos sacrificar CRISTO novamente (Hebreus 7:24,27).

IV-  O QUE É DISCERNIR O CORPO DO SENHOR?

“Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor.” I Co. 11:29

Entre os cristãos daquela época existia uma festa chamada “Festa Ágape” ou festas de amor (Judas 12). Era comum entre os cristãos celebrarem a ceia com esta refeição (esta prática perdurou até na época de Justino, o mártir) que era destinada a ajudar os pobres. Corinto era uma igreja problemática em termos de doutrinas (véu, dons espirituais, batismo, brigas, divisões e santa ceia). Os Coríntios não estavam discernindo o real objetivo de suas reuniões (v.17,18,20). Para eles aquilo era apenas uma festa como as demais festas mundanas da sociedade grega (Corinto era grega) da qual tinham vindo. Então, quando se reuniam, todos se embriagavam, (v.21) como faziam antes de se converterem e não discerniam que aquilo era muito mais que uma festa, era “em memória” de CRISTO (v.25). Por isso as pessoas deveriam se examinar antes de tocar no pão e no cálice (v.28), pois correriam o risco de tomar a ceia de modo indigno, fora do propósito para qual fora estabelecida, ou seja, para a comunhão e não divisão dos fiéis (v.18). Isto é o que Paulo queria dizer com discernir o corpo do Senhor. Não há nada que insinue no texto a herética doutrina da “Transubstanciação”. O contexto quando analisado honestamente não comporta tal ideia. Qualquer conclusão que passar disso é falsa!

  • Discernir o corpo de CRISTO pode ser visto em dois aspectos:

 1- O corpo maltratado (moído - Is 53) de JESUS é para nossa cura física, tanto das enfermidades como de nossas doenças (Is 53). Quem não acredita nisso acaba ficando doente e acaba morrendo alguns por não entenderem esta verdade.

2- O corpo de JESUS na terra é sua Igreja, então só devemos participar da ceia em comunhão com este corpo. A desunião, mágoas, rancores, inimizades, porfias, fofoca etc..., se não evitados podem trazer doenças e até mesmo a morte. Quem não perdoa, não pode ser perdoado (Mt 6). Também a falta de ajuda financeira ao corpo de CRISTO na terra, a igreja, pode gerar doenças e mortes, pois roubar é pecado. Ser mal-agradecido também.

V- ERROS DESSA DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO:

Ensina a teologia católica a transubstanciação (alteração de substância) durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, recitada pelo padre, as palavras de CRISTO, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, misteriosamente o pão se transforma na carne de CRISTO e o vinho no seu sangue. Levando as palavras de CRISTO a um literalismo irracional, dizem ser o pão o próprio corpo de CRISTO presente na hóstia (depois dizem que nós é que somos fundamentalistas e interpretamos a Bíblia ao pé da letra!!!). Esta doutrina é baseada principalmente na perícope do evangelho de João 6:53. Contudo, daremos algumas razões de o porque rejeitarmos esta doutrina como errônea e perigosa.

-Se na frase “isto é o meu corpo” o verbo “é” implica a conversão literal do pão no corpo de CRISTO, segue-se igualmente que nas palavras “Eu sou o pão da vida”(6:35) o verbo “sou” deve implicar igual mudança, ensinando-nos que CRISTO se converte no pão, de modo, que se o primeiro é uma “prova” da transubstanciação, o segundo demonstra necessariamente o contrário; se o primeiro demonstra que o pão pode converter-se em CRISTO, o segundo demonstra que CRISTO pode converter-se em pão, o que é um verdadeiro absurdo, mas é isto o que a lógica desta filosofia nos leva a concluir!

-Se acreditarmos que neste episódio JESUS estava se referindo a eucaristia então forçosamente ninguém pode se salvar sem o sacramento e todo o que o recebe não pode se perder. Seria sempre necessário o fiel se comungar para não perder a benção da vida eterna. E aqueles que não podem tomá-la ? Estariam destinados ao inferno ? Crêem os católicos que todo aquele que comunga tem a vida eterna ? Pois JESUS disse que sem exceção, “todo aquele” que comesse a sua carne teria de fato a vida eterna. E o que dizer então daqueles que bebem indignamente (I Coríntios 11:28) ? Tal é a contradição e confusão que nos mostra tão descabida teoria se levada ao pé da letra.

-Este ponto já foi tratado acima, mas vamos reforçá-lo aqui. Ora, se tomadas literalmente estas palavras o beber o sangue é tão importante quanto o comer a sua carne, em outras palavras é tão necessário comer o pão (hóstia) como beber o cálice. E porque então o padre nega-lhes este direito desobedecendo a Bíblia?

CONCLUSÃO:

As BÊNÇÃOS da Ceia do Senhor, são muitas para aqueles que participam pela fé. Quando a refeição pascal estava terminando (Mt 26.25; Lc 22.20), Jesus instituiu a ordenança que a Igreja chama de “Santa Ceia”, “Ceia do Senhor” (1Co 10.16; 1Co 11.20). Então, podemos assegurar que a Ceia nos proporciona: Nossa genuína comunhão com Jesus Cristo. Ao participarmos da Ceia estamos anunciando a nossa comunhão com Cristo. Afinal, ao participar dela demonstramos e provamos esta comunhão (Jo 6.53-58). Ao celebrarmos participamos da alegria, da vida, dos sofrimentos e da Glória de Jesus Cristo (2Co 1.3-7; 1Pd 4.12-14).



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