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AD Alagoas / Lições Bíblicas

03/02/2024

Lição 5- A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

  • Na sequência do estudo da Eclesiologia, veremos hoje qual a missão da Igreja.
  • Assim como a nação de Israel foi escolhida por Deus no AT para ser um reino sacerdotal e nação santa (Êx 19.5,6), a Igreja de Cristo também foi instituída com fins específicos. Ao lermos a Bíblia Sagrada, principalmente no NT, percebemos claramente a missão da Igreja na Terra. Veremos nesta lição que a missão da Igreja inclui deveres para com Deus, tais como adoração e o serviço cristão; deveres para com o mundo, que é a evangelização local e transcultural; deveres para com todos, como a intercessão e o serviço social; e, deveres para consigo mesma, tais como a comunhão e o ensino da Palavra de Deus.
  • Jesus deu missões para a Sua Igreja.

I – A IGREJA É UMA NAÇÃO

- Na sequência do estudo da Eclesiologia, veremos hoje qual a missão da Igreja.

- A palavra “missão” vem do latim “missio”, cujo significado é o de “ação de enviar, remessa, missão”, sendo uma forma do verbo “mittere”, que significa “deixar ir, partir, soltar, largar, lançar, atirar”.

- Quando se fala, pois, em “missão”, se está a falar, como diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa em “incumbência que alguém deve executar a pedido ou por ordem de outrem; encargo”.

- Edificada pelo Senhor Jesus, a Igreja recebeu d’Ele incumbências, encargos, que devem ser cumpridos, uma vez que Ele é o Mestre e Senhor (Jo.13:13), a cabeça da Igreja (Ef.1:22; 5:23).

- O próprio Jesus disse aos discípulos que os enviava assim como havia sido enviado pelo Pai (Jo.20:21). A Igreja foi edificada para realizar tarefas, ter encargos ordenados por seu Senhor e Salvador. Por isso mesmo, Cristo disse que quem quisesse vir após Ele deveria negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e segui-l’O (Mt.16:24; Mc.8:34; Lc.9:23) e a cruz nada mais é que o encargo, a tarefa que Ele nos mandou fazer.

- As Escrituras revelam-nos que, com a vitória de Cristo sobre a morte e o inferno, forma-se um povo especial, zeloso e de boas obras (Tt.2:14), a saber, a Igreja.

- Ao nos mostrar que a Igreja é um povo, a Bíblia já nos mostra que a Igreja difere dos outros dois povos que existem sobre a face da Terra, ou seja, os gentios e os judeus (I Co.10:32).

- Dizer que a Igreja é um povo, uma nação (I Pe.2:9), é algo muito significativo, pois as Escrituras mostram, desta maneira, que a Igreja é diferente de tudo quanto já existia no mundo quando de seu surgimento.

- Além do mais, ao considerar a Igreja como um povo, Deus distingue a Igreja seja dos gentios, seja dos judeus (I Co.10:32; Ef.2:14).

- Ser uma nação representa ter elementos próprios de uma nação. Quando analisamos os estudos científicos sociais (sociologia, antropologia, política, direito, entre outros), vemos que uma nação se identifica como sendo “…agrupamento político autônomo que ocupa território com limites definidos e cujos membros, ainda que não necessariamente com a mesma origem, língua, religião ou raça (como fazia crer um conceito mais antigo), respeitam instituições compartidas (leis, constituição, governo)” (Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa).

- Ora, para que se tenha uma nação, faz-se preciso, em primeiro lugar, que se tenha um grupo de pessoas. Ora, a Igreja é um conjunto de pessoas, a saber, o grupo de pessoas que tiveram suas vestes lavadas no sangue do Cordeiro (Ap.22:14), que não são estrangeiros nem forasteiros, mas cidadãos legítimos desta nação (Ef.2:14-19).

- Em segundo lugar, para que se tenha uma nação, faz-se mister que o grupo de pessoas tenha autonomia política, ou seja, tenha um governo próprio e que seja independente de qualquer outro grupo, que tenha as suas próprias leis. É exatamente esta a situação da Igreja, visto que possui uma cabeça, que é Jesus (Ef.1:22; 5:23), seguindo única e exclusivamente a Seus mandamentos (Jo.15:10-17; At.1:2; 5:29; I Jo.2:3-8).

II - A MISSÃO DA IGREJA É VIVER EM COMUNHÃO 

1 Promover meios de comunhão. De acordo com a Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia de R.N. Champlin, a comu- nhão consiste em um acordo em que diversas pessoas unem-se e chegam a participar de uma determinada coisa (2Co 6.14; 1Jo 1.3). O termo grego “Koinonía” envolve a ideia de participação, companheirismo e contribuição. Já o Dicionário Teológico de Claudionor Correia de Andrade descreve a palavra “Comunhão” como “Vínculo de unidade fraterna, mantido pelo Espírito Santo, que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Cristo Jesus” (2Co 13.13; 1Jo 1.3). A comunhão cristã abrange o sentido vertical e horizontal:

4.1.1 Comunhão com Deus (vertical): A nossa comunhão deve ser com o Pai (1Jo 1.3), com o Filho (1Co 1.9; 1Jo 1.3) e com o Espírito Santo (Fp 2.1). “Comunhão”, portanto, é passar a compartilhar dos sentimentos, propósitos e desígnios de Deus. É ser “participante da Natureza Divina” (2Pd 1.4). É ser “vara da videira verdadeira” (Jo 15.4,5).

2 Comunhão com os homens (horizontal): Também deve haver comunhão de uns para com os outros (1Jo 1.7). Antes estávamos longe de Deus, mas, pelo sangue de Cristo, chegamos perto (Ef 2.13) e, por isso, passamos a integrar este novo povo, a Igreja, o grupo daqueles “reunidos para fora”.

3. Ensinar a Palavra de Deus. Jesus exerceu um tríplice ministério de cura, pregação e ensino da palavra de Deus (Mt 4.23; 9.35; Lc 20.1). Esse mesmo ministério tríplice foi ordenado e confiado à Igreja (Mt 28.19; Mc 16.15-18). Após a ascensão do Senhor, os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. A igreja dos dias primitivos dava muita importância a esse ministério (At 5.41,42). Paulo e Barnabé, por exemplo, passaram um ano todo ensinando na igreja de Antioquia (At 11.26). Em Éfeso, Paulo ficou três anos ensinando (At 20.20,31) e em Corinto, ficou um ano e seis meses (At 18.11). Seus últimos dias em Roma foram ocupados com o ensino da Palavra de Deus (At 28.31). O ensino das Sagradas Escrituras é indispensável para o crescimento e a edificação da Igreja, 

III – A MISSÃO DA IGREJA DA GLORIFICAÇÃO A EVANGELIZAÇÃO.

- Tendo visto os “deveres cívicos” da nação chamada Igreja, interessante falarmos, mais amiúde, da missão da Igreja, tomando por base, para tanto, o item 6 do capítulo XI da Declaração de Fé das Assembleias de Deus que trata precisamente deste tema.

- Diz a Declaração de Fé: “Entendemos que a função primordial da Igreja é glorificar a Deus: ‘ quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus’ (I Co.10:31). Isso é feito por meio da adoração, da evangelização, da edificação de seus membros e do trabalho social....” (DFAD XI.6, p.122).

- A glorificação a Deus é o objetivo de todas as atividades e tarefas que a Igreja tem de realizar durante o seu tempo aqui na face da Terra. Nem poderia ser diferente, porquanto, quando houve a entrada do pecado na humanidade, os seres humanos foram destituídos da glória de Deus (Rm.3:23), não puderam mais ter acesso à glória divina nem puderam mais glorificá-l’O.

- A salvação nos faz ter novamente comunhão com o Senhor e, portanto, passamos, novamente, a ter acesso à glória divina por Cristo Jesus e temos condição de glorificar a Deus.

- Jesus, o homem perfeito, o homem sem pecado, fez precisamente isto, como atesta em Sua oração sacerdotal: “Eu Te glorifiquei na terra, consumando a obra que me deste a fazer e, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse “ (Jo.17:4,5).

- Sendo a Igreja o corpo de Cristo, a continuadora das obras do Senhor sobre a face da Terra, é imperioso, pois, que também glorifique a Deus em tudo quanto fizer.

- Mas o que é “glorificar a Deus”? A palavra grega constante de Jo.17:4 é “doxazó” (δοξάζω), cujo significado é o de “atribuir peso reconhecendo a substância real, o valor de alguém”.

 - Glorificar, portanto, é reconhecer quem Deus é, considerá-l’O como o Supremo Ser, o Senhor de todas as coisas, que é digno de toda honra, toda glória e toda adoração. É ter a consciência de que, sem Ele, nada

 podemos fazer nem ser (Jo.15:5; At.17:28).

 - O reconhecimento de que Deus é Deus tem como corolário a consciência de que se deve sempre fazer a Sua vontade. Não é à toa que o Senhor Jesus, ao fazer o convite para que O sigamos, exige de cada um de nós a renúncia de si mesmo, a abnegação, que nada mais é que o abandono de nossa vontade própria para vivermos

 exclusivamente o querer do Senhor.

 - O que caracteriza os outros dois povos (judeus e gentios) é a recusa em glorificar a Deus. Como diz o apóstolo Paulo: “tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”

 (Rm.1:21,22).

 - Quando não fazemos o que Deus quer e manda, quando procuramos ser “sábios”, querendo dizer o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é mau, quando queremos apresentar as nossas razões ao Senhor,

 estamos recusando glorificá-l’O, estamos deixando de reconhecer que Ele é Deus e o Ser Supremo e que não podemos questioná-l’O ou desatendê-l’O, pois, como diz o profeta Isaías: “Ai daquele que contende com o seu Criador, caco entre outros cacos de barro! Porventura, dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens mãos? Ai daquele que diz ao pai: Que é o que geras? E à mulher: Que dás tu à luz? “

 (Is.45:9,10).

 - Glorificar a Deus é conscientizar-se de que nada pode existir ou ser sem que seja esta a vontade de

 Deus e que somente aquele que faz a Sua vontade permanece para sempre (I Jo.2:17).

 - Glorificar a Deus é obedecer-Lhe. É dito que Nosso Senhor e Salvador aprendeu a obediência por aquilo que padeceu (Hb.5:8), pois, sendo Deus, fez-Se servo (Fp.2:6,7), pois como Senhor Ele apenas mandava, não

 obedecia, mas, agora, feito homem, obedeceu ao Pai e, por isso, sofreu o que sofreu.

 - A Igreja, de igual modo, deve obedecer ao Senhor, fazer-Lhe a vontade e é porque Lhe obedecemos que

 seremos salvos eternamente (Hb.5:9).

 - “Atribuir o devido peso ao Senhor” é ter a consciência de que Ele é amor, mas também justiça, de modo que não tomará o culpado por inocente (Na.1:3). Aliás, a profecia de Naum começa com uma elucidativa frase: “Peso de Nínive” (Na.1:1), ou seja, a carga, o fardo que o Senhor poria sobre aquela cidade por ter voltado a transgredir os mandamentos do Senhor depois de ter se arrependido e escapado do juízo cerca de cem anos

 antes, nos dias do profeta Jonas.

 - A Igreja conhece a Deus e, por isso mesmo, vive para glorificá-l’O, fazendo-Lhe a vontade, obedecendo-

 Lhe e procurando sempre agradar-Lhe. A Igreja agrada somente a Cristo e não aos homens (Gl.1:10).

 - Eis, aliás, uma demonstração de que só a Igreja tem a vida eterna, porque “a vida eterna é esta: que conheçam

 a Ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” (Jo.17:3).

 - Tudo o que a Igreja faz é para glorificar a Deus e é bem por isso que a Declaração de Fé das Assembleias de Deus foi muito feliz ao dizer que a missão da Igreja é glorificar a Deus e, nesta glorificação, destacou quatro

 pontos: a adoração, a evangelização, a edificação de seus membros e o trabalho social.

 - A primeira forma de glorificar a Deus é mediante a adoração. A própria Declaração de Fé nos diz o que é adoração: “...serviço sagrado, culto, reverência a Deus por aquilo que Ele é e por Suas obras: ‘Ao Senhor

 teu Deus adorarás e só a Ele servirás’ (Mt.4:10)....” (DFAD XV, p.143).

- A adoração é o nosso posicionamento como servos, assumirmos que existimos para servir a Deus e que Ele é o Senhor, Aquele que merece todo o nosso louvor, toda a nossa honra, toda a nossa glória.

- A Igreja é o conjunto dos verdadeiros adoradores, que adoram o Pai em espírito e em verdade (Jo.4:23,24).

- A Igreja veio para fazer esta adoração genuína, a verdadeira adoração, porque é um reconhecimento que nasce no interior do homem, do seu espírito, que agora está ligado a Deus pelo perdão dos pecados, passa pela alma, sede da nossa vontade, sensibilidade e intelecto, chegando, então, ao corpo, que é feito instrumento de justiça.

- Os gentios, rebeldes contra Deus, por conta de sua recusa em glorificá-l’O, passaram a adorar as criaturas em vez do Criador (Rm.1:21-23), dando origem à idolatria.

- Os judeus, embora tivessem sido ensinados a adorar o único e verdadeiro Deus, também não o fizeram, pois, quando não imitaram a idolatria dos gentios (II Rs.17:7-23; Jr.15:1-4), apenas realizaram um culto exterior, da “boca para fora”, fingindo honrar a Deus com os seus lábios, quando, em seu coração, não reconheciam o senhorio divino sobre suas vidas (Rm.2:7-24; Is.29:13; Mt.15:7-9).

- Por isso, a adoração verdadeira é em espírito e em verdade. Em espírito, porque provém do nosso espírito, que agora, pelo perdão dos pecados, está em comunhão com Deus, é algo que vem de dentro para fora, o que faz com que nossa adoração seja “sacrifício espiritual agradável a Deus” (I Pe.2:5).

- Por isso mesmo, a adoração não se faz com coisas visíveis, não está focada no exterior, mas, sim, no interior de cada adorador. Deus, desde o início da história da humanidade, primeiro atenta para o adorador para depois Se voltar para a oferta, como vemos no episódio de Caim e Abel (Gn.4:4,5).

- Abel era justo e, por isso, sua oferta foi aceita (Mt.23:35; Hb.11:4) e, portanto, a adoração se dá em espírito e em verdade, ou seja, não se tem a hipocrisia característica dos judeus, denunciada inclusive pelo Senhor Jesus, nem tampouco a descarada idolatria praticada pelos gentios.

- A adoração envolve, também, o serviço. O adorador assume a sua condição de servo e o servo é aquele que serve. Portanto, não há como adorar ao Senhor sem servi-l’O, sem obedecer-Lhe, sem executar as tarefas que Ele nos manda fazer.

- É neste contexto que Cristo Se dirige a uns judeus gregos que queriam vê-l’O e que o texto sagrado diz serem adoradores que haviam vindo para a festa da Páscoa, precisamente aquela em que o Senhor seria morto.

- Quando estes judeus gregos chegam para ver Jesus, o Senhor fala que é um grão de trigo que teria de morrer para dar muito fruto e que para isso havia vindo à Terra e que é necessário perder a vida neste mundo para angariar a vida eterna (Jo.12:20-25).

- Servir a Jesus é segui-l’O e, por conseguinte, para podermos participar da Sua glória, teremos também de participar de Suas aflições (Jo.12:25,26; II Co.1:5-7; I Pe.4:13), inclusive dispostos a dar a nossa vida por Ele 9Jo.12:27; I Jo.3:16).

- Mas, além da adoração, a glorificação a Deus se dá também pela evangelização. Já falamos supra que a evangelização é a maior tarefa da Igreja, pois ela foi edificada para pregar o Evangelho a toda criatura por todo o mundo.

- Como diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, a Igreja recebeu “... a missão de proclamar o evangelho da salvação ao mundo todo, anunciando que Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e que em breve voltará. O evangelho é proclamado a homens e mulheres, sem fazer distinção de raça, língua, cultura ou classe social, pois ‘o campo é o mundo’ (Mt.13:38). Jesus disse: ‘Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações (Mt. 28:19 ARA), e ‘ser-Me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra’ (At.1:8). Portanto, entendemos que é a responsabilidade da Igreja a obra missionária....” (DFAD XI.6, pp.122-3).

- A pregação do Evangelho deve ser completa, envolvendo não só a mensagem da salvação, mas também a mensagem da cura divina, do batismo no Espírito Santo e da volta de Jesus Cristo, o chamado “evangelho quadrangular”, que tem sido a tônica deste último período da Igreja sobre a face da Terra, que é o princípio das dores (Mt.24:8), este tempo em que estamos vivendo, imediatamente anterior ao arrebatamento da Igreja.

- A pregação do Evangelho, para ser completa, deve também não ficar apenas na proclamação, mas ser confirmada com sinais, prodígios e maravilhas, o que exige da parte dos membros em particular da Igreja uma vida de consagração a Deus, com oração, jejum e meditação nas Escrituras.

- Este é o modelo bíblico que se apresenta à Igreja, como vemos no livro de Atos dos Apóstolos e nas epístolas. Os discípulos tinham a confirmação da Palavra com os sinais que se seguiram (Mc.16:20; Hb.2:3,4).

- A ocorrência de sinais, prodígios e maravilhas é a “cooperação do Senhor”, o “testemunho de Deus” a respeito daquilo que é proclamado pela Igreja, uma comprovação da verdade existente no Evangelho.

- Por isso, é um contrassenso que existam, em muitas igrejas locais, os “departamentos de evangelismo”, onde alguns membros da Igreja se dedicam a ganhar almas para o Senhor, como se isto fosse possível. Toda a Igreja tem de evangelizar, todos devem proclamar o Evangelho, esta é a razão de ser da Igreja. Pensemos nisto!

 - A terceira forma pela qual se glorifica a Deus é mediante a edificação da membresia. Como diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “...A edificação é realizada por meio do ensino da Palavra nas reuniões apropriadas da Igreja, como o culto de ensino, da escola bíblica dominical...” (DFAD XI.6, p.123).

- Ao determinar a Grande Comissão, o Senhor Jesus também disse que as nações deveriam ser “ensinadas” (Mt.28:19,20).

- Também se falou supra a respeito deste “dever cívico” da Igreja. Este ensino da Palavra deve se seguir à conversão das pessoas, que devem ser ensinadas nos “ primeiros rudimentos das palavras de Deus” (Hb.5:12), “os rudimentos da doutrina de Cristo” (Hb.6:1).

- Temos aqui o chamado “discipulado”, ou seja, o ensino dos novos convertidos, para que eles tenham consciência do que é a salvação, do que é servir a Deus, do que é ser membro em particular da Igreja. É o chamado “leite” (I Co.3:2; Hb.5:13) ou “leite racional” (I Pe.2:2), que deve ser ministrado antes do batismo em águas.

- Depois do batismo em águas, este ensino deve prosseguir até o dia do arrebatamento da Igreja, mas um ensino que vai se tornando mais denso, mais profundo, o chamado “mantimento sólido” (Hb.5:14) ou “manjar” (I Co.3:2)., o ensino próprio para aqueles que já são “crescidos espirituais”.

- A falta de conhecimento das coisas de Deus traz a destruição do povo (Os.4:6) e é lamentável vermos, em nossos dias, dias de engano, de proliferação de falsos mestres e doutrinas (Mt.24:4,5,11, 23-25), que muitos tenham negligenciado nesta tarefa e neste apoio, contribuindo negativamente para o crescimento e desenvolvimento da Igreja.

- A quarta maneira de se glorificar a Deus é por meio do trabalho social. Como afirma a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “...A Igreja também exerce o ministério do socorro e misericórdia, que inclui o cuidado dos pobres e dos necessitados e não somente dos seus membros, mas também dos não membros...” (DFAD XI.6, p.123).

- A ajuda material aos pobres e necessitados, desde os primórdios da Igreja, era praticada e entendida como sendo um “importante negócio” (At.6:1-3), tendo o Senhor distribuído no Seu corpo “dons de serviço” para este mister, os dons de ministério, exortação, repartição e exercício de misericórdia (Rm.12:5,7,8).

- O trabalho social da Igreja é a demonstração visível do amor de Deus no meio da Igreja, pois “quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (I Jo.3:17,18) ou, ainda, “2se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E d’Ele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão” (I Jo.4:20,21).

- O trabalho social da Igreja é a demonstração visível de nossa fé em Jesus, pois uma fé sem obras é morta (Tg.2:14-20). Não podemos nos esquecer que Jesus andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo (At.10:38).

- O trabalho social não se resume apenas na ajuda material a pobres e necessitados. É bem mais amplo, não apenas porque as boas obras, para as quais fomos feitos para nelas andar (Ef.2:10), não são apenas obras materiais, mas também obras espirituais, e, como vimos supra, é missão da Igreja o aconselhamento, a consolação, o amparo afetivo, emocional e sentimental, como também a própria mudança da sociedade como efeito do “fermento do reino de Deus” (Mt.13:33), que produz alterações na vida social, mediante a assunção dos valores bíblicos no “modus vivendi”, o que leva a uma substancial melhoria das condições de vida de todos os que são influenciados pela Igreja.

CONCLUSÃO:

 - Não é por outro motivo, aliás, que, após dissertar sobre a missão da Igreja, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus lembra-nos que, como membros da Igreja, somos o sal da terra e a luz do mundo: “...Enquanto membros da Igreja, somos o sal da terra, proporcionando sabor à vida e evitando a putrefação da sociedade ao combatermos o pecado e a corrupção [Mt.5:13]. A Igreja tem o papel de ser a luz do mundo, e essa luz resplandece por meio de nossas boas obras [Mt.5:14,16]...” .



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