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AD Alagoas / Lições Bíblicas

06/01/2024

Lição 1 - A ORIGEM DA IGREJA

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO.

- Planejada por Deus antes da fundação do mundo, a Igreja foi edificada por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

-O propósito deste trimestre é estudar a respeito da doutrina da Igreja segundo a sua origem, natureza e missão neste mundo. Nesta primeira lição, abordaremos o tema da origem da Igreja. Procuraremos responder as seguintes questões: 

-Como o povo de Deus é formado na Bíblia? 

-Como a Igreja foi planejada por Deus? 

-O que a Igreja de fato é? 

-Uma rápida leitura do Novo Testamento é sufi ciente para percebermos o que a Igreja é de fato e que importância ela tem. Para os apóstolos e os primeiros cristãos a Igreja era relevante. Paulo, por exemplo, a denominou de “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15); e Pedro a chamou de “geração eleita” (1 Pe 2.9). 

-Nesta lição, mostraremos o que a Bíblia, de fato, revela sobre a Igreja de Deus. 

-Veremos que a ekklesia, a Igreja de Deus, longe de ser meramente uma associação de pessoas, é uma instituição divina.

I – O POVO DE DEUS NA BÍBLIA E NA HISTÓRIA.

-O termo grego ekklesia se refere à igreja cristã. Contudo, no contexto neotestamentário, o seu sentido diferirá do que lhe é dado no Antigo Testamento, tanto na forma como na função. Não é apenas uma raça ou nação, mas todos aqueles, de diferentes raças e nações, que foram comprados pelo sangue de Cristo (Ef 3.6; At 20.28; Ap 5.9). Assim, o seu sentido no Novo Testamento é majoritariamente sacro, isto é, de uma assembleia de crentes que se juntaram para adorar a Deus (At 12.5; 13.1). Não é apenas um ajuntamento de pessoas, mas uma assembleia de crentes regenerados que se reúnem para adorar a Deus. Jesus, por exemplo, usou o termo ekklesia com um sentido exclusivo – o povo adquirido pelo seu sangue (Mt 16.18). Dessa forma, o uso paulino de ekklesia, nas suas epístolas, designa sempre a comunidade dos salvos. -Assim vemos Paulo saudando a igreja (1 Co 1.2); ensinando as igrejas (1 Co 7.17); 

-Disciplinando o uso dos dons na adoração da igreja.

 (1 Co 14.4,5,12,19,23,28,33,34,35) e dando diretrizes à igreja (1 Co 16.1).

-O TERMO EKKLÊSIA “Jesus assevera, em Mateus 16.18: ‘Edificarei a minha igreja’. Esta é a primeira entre mais de cem referências no Novo Testamento que empregam a palavra grega primária para ‘igreja’: ekklêsia, composta com a preposição ek (“fora de”) e o verbo kaleõ (“chamar”). Logo, ekklêsia denotava originalmente um grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico. 

-O termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto, Xenofontes, Platão e Eurípedes. 

-Este conceito de ekklêsia prevalecia especialmente na capital, Atenas, onde os líderes políticos eram convocados como assembleia constituinte até quarenta vezes por ano.
-O uso secular do termo também aparece no Novo Testamento. Em Atos 19.32,41, por exemplo, ekklêsia refere-se à turba enfurecida de cidadãos que se reuniu em Éfeso para protestar contra os efeitos do ministério de Paulo.
-Na maioria das vezes, porém, o termo tem uma aplicação mais sagrada e refere-se àqueles que Deus tem chamado para fora do pecado e para dentro da comunhão do seu Filho, Jesus Cristo, e que se tornaram “concidadãos dos santos e da família de Deus” (Ef 2.19). 

-Ekklesia é sempre empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para adorar e servir ao Senhor” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023)

II - A ORIGEM DA IGREJA.

- Várias são as razões para crermos que a Igreja teve sua origem, ou pelo menos foi publicamente reconhecida pela primeira vez, no dia de Pentecostes. Embora na era pré-cristã Deus certamente se associasse a uma comunidade pactual de fiéis, não há evidências claras de que o conceito de Igreja existisse no período do Antigo Testamento. Ao citar expressamente ekklêsia pela primeira vez (Mt 16.18), Jesus falava de algo que iniciaria no futuro (‘edificarei’ [gr. oikodomêsõ] é um verbo no futuro simples, não uma expressão de disposição ou determinação). Na condição de corpo de Cristo, é natural que a Igreja dependa integralmente da obra concluída por Ele na Terra (sua morte, ressurreição e ascensão) e da vinda do Espírito Santo (Jo 16.7; At 20.28; 1 Co 12.13). Millard J. Erickson observa que Lucas não emprega ekklêsia no seu evangelho, mas a palavra aparece 24 vezes em Atos dos Apóstolos. Este fato sugere que Lucas não tinha nenhum conceito da presença da Igreja antes do período abrangido em Atos. Imediatamente após aquele grande dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre os crentes reunidos, a Igreja começou a propagar poderosamente o Evangelho, conforme fora predito pelo Senhor ressurreto em Atos 1.8. A partir daquele dia, a Igreja continuou a propagar-se e a aumentar no mundo inteiro, mediante o poder e orientação daquele mesmo Espírito Santo” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.538,39).

- Não se pode, pois, biblicamente falando, ser salvo e permanecer isolado, solitário na vida sobre a face da Terra. Este novo povo, esta “igreja”, vem, portanto, realizar, concretizar aquilo que Israel, a “propriedade peculiar de Deus dentre todos os povos” (Ex.19:5,6) era apenas uma figura, um símbolo, uma sombra (Hb.10:1).

- Não é por outro motivo que o apóstolo Paulo, ao falar sobre a salvação, diz que todos os salvos são “batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres e todos temos bebido de um Espírito” (I Co.12:13), ou seja, a conversão vem indissociavelmente acompanhada de uma “imersão”, de um “mergulho” em um corpo, somos inseridos num organismo, passando a ser membros uns dos outros (Rm.12:5).

- Mas “igreja” não é apenas uma “reunião”, mas é o conjunto dos “reunidos para fora”, ou seja, daqueles que foram chamados, convocados, para sair do lugar onde estavam, da sua habitação, como, aliás, acontecia toda vez que Moisés tocava as duas trombetas de prata no deserto, sinal de que todo o povo deveria sair das suas habitações e comparecer até a frente do tabernáculo.

CONCLUSÃO:

-Nesta lição vimos como surgiu a Igreja fundada por Jesus Cristo. Ela existiu, primeiramente, no plano de Deus até se estabelecer no Novo Testamento após a morte, ressurreição de Cristo e a infusão dos Cristãos no Corpo de Cristo por meio do Espírito Santo. 

-A Igreja, portanto, não foi idealizada por homem algum, nem tampouco está fundada sobre teses humanas. O seu fundamento é Cristo, que é a cabeça da Igreja. Por isso, é um grande privilégio fazer parte da Igreja, o Corpo de Cristo.

- Isto nos mostra, portanto, como a Igreja é de origem divina e não pode ser entendida racionalmente nem reduzida a parâmetros puramente humanos, como muitos intentaram fazer ao longo de toda a história desta dispensação.

- A Igreja é de Jesus, é Seu corpo, e, portanto, é dirigida por Cristo, cujos caminhos não são os nossos caminhos, nem os pensamentos, os nossos pensamentos (Is.55:8,9).

- Por isso, todos quantos quiseram reduzir a Igreja a uma instituição social, a uma empresa, a um império político, naufragaram em seus intentos e, por vezes, foram instrumentos diabólicos neste embate sempre presente entre a Igreja e Satanás, entre a Igreja e as portas do inferno.

- A Igreja apresenta-se, ao longo da história, como instituição social, como empresa, como império político, mas jamais se reduziu a estes aspectos e, por vezes, teve de enfrentar tais aspectos que se tornaram “anti- Igreja”, mas sempre seguiu triunfante, amparada e dirigida pelo seu Mestre e Senhor, guiada pelo Espírito Santo, o verdadeiro Vigário de Cristo, ou seja, o “outro Consolador” que veio ficar ao lado da Igreja enquanto Jesus não volta para buscá-la (Jo.14:16-18,26; 16:7).



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