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AD Alagoas / Lições Bíblicas

25/11/2023

Lição 9 - A IGREJA E O SUSTENTO DOS MISSIONÁRIOS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Fl 4:10-20

INTRODUÇÃO:

I - DIREITOS DOS MISSIONÁRIOS:

- É o próprio apóstolo Paulo quem nos ensina que o normal é que o ministro que tenha dedicação exclusiva e integral à obra de Deus seja sustentado pela igreja local. Vemos isto nos seus ensinos a seu filho na fé, Timóteo, quando afirma que os presbíteros que trabalhassem na palavra e na doutrina eram dignos do seu salário (I Tm.5:17).

- Aqui o apóstolo faz menção daqueles que, a exemplo dos apóstolos na igreja de Jerusalém (At.6:2,4), tinham todo o seu tempo voltado para o anúncio do Evangelho aos incrédulos e para o ensino da Palavra aos crentes, não tendo, pois, como se sustentar. Estes, quem diz é o próprio Paulo, deveriam ser sustentados pela igreja local, pois são dignos de um assalariamento.

- Notemos que o apóstolo Paulo, para trazer este ensino a Timóteo (ele próprio um presbítero dedicado integralmente à obra de Deus na igreja de Éfeso, para onde fora mandado pelo próprio apóstolo – I Tm.1:3) baseou-se nas Escrituras, pois faz menção de Dt.25:4, como também de ditos do próprio Senhor Jesus durante o Seu ministério terreno (Mt.10:10 e Lc.10:7).

- Paulo, ao citar Dt.25:4, estava repetindo um ensino dado aos crentes em Corinto, em I Co.9:1-14, onde abertamente, e não como pensamento seu, já que se estriba nas Escrituras, defende o direito de os obreiros em tempo integral viverem do Evangelho.

- O raciocínio do apóstolo é o de que, se, na lei de Moisés, o Senhor considera que os bois podem comer daquilo que debulham, como dizer que não podem os seres humanos, criaturas que são dominadoras dos bois, não poderem comer também daquilo que trabalham, e, no caso, do que lhes for dado pela membresia da igreja local para quem dedicam as suas vidas?

- A superioridade do homem com relação aos animais é atestada não só pelo fato de o homem ter sido criado para dominá-los (Gn.1:28), como pelo próprio ensino do Senhor Jesus que usou este mesmo raciocínio para mostrar que não se poderia entender que não se podia curar no sábado, dizendo, quando curou um hidrópico, que ninguém ousaria deixar, num dia de sábado, um animal num poço, não podendo, portanto, deixar de fazer o bem a um ser humano (Lc.14:1-6).

- No sermão do monte, também, o Senhor Jesus mostrou que temos mais valor que os animais e que os vegetais, que são por Ele cuidados, inclusive (Mt.6:28-30).

- Além deste argumento, o apóstolo também se socorre da questão da própria natureza do que é feito pelos obreiros. Estes são despenseiros dos mistérios de Deus (Cf. I Co.4:1), ou seja, são pessoas que fornecem aos irmãos bens espirituais, pois, como disse Paulo a Timóteo, “trabalham na palavra e na doutrina”. Estão, pois, entregando a todos aquilo que lhes é dado pelo Senhor.

 (I Co.11:23).

 - Ora, se estão a entregar bens espirituais, provenientes diretamente dos céus e que são, à evidência, bens eternos, de valor imensurável (Cf. II Co.4:18), como não mereceriam receber, em retribuição, coisas materiais, que são de valor inferior e, ademais, temporárias?

- Neste raciocínio, o apóstolo tem, também, em seu auxílio, ensinos do Senhor Jesus, que disse que devemos buscar primeiramente o reino de Deus e a sua justiça e que todas as coisas materiais nos serão acrescentadas (Mt.6:33).

- Aliás, o próprio salmista diz que a alma de um só indivíduo vale mais do que todas as coisas materiais do universo (Sl.49:8). Assim, como considerar que o obreiro não possa receber um salário para se manter com sua família, se fornece e distribui à membresia as riquezas espirituais do Senhor, dos “tesouros do céu” (Cf. Mt.6:20), “dos tesouros da sabedoria e ciência escondidos em Cristo” (Cf. Cl.2:3)?

- Mas há um terceiro argumento apresentado pelo apóstolo, que são as palavras do próprio Senhor Jesus quando comissionou os setenta discípulos, quando lhes disse que digno era o obreiro do seu salário, dizendo que eles deveriam comer e beber daquilo que lhes fosse oferecido durante as suas idas de cidade em cidade, aldeia em aldeia, inclusive hospedando-se sempre em alguma casa ali (Lc.10:7).

- Interessante observar que, naquela ocasião, o Senhor disse que eles não deveriam levar dinheiro (Lc.10:4), a mostrar que não deveriam confiar em seus próprios recursos, mas, sim, na Divina Providência. Aliás, foi assim que o próprio Cristo agiu em Seu ministério terreno, já que não mais estava a trabalhar como carpinteiro, andando por todo o Israel para pregar o evangelho do reino de Deus, sendo sustentado, inclusive por mulheres que Lhe traziam as suas fazendas (Lc.8:1-3).

- O próprio Jesus, mesmo neste verdadeiro “estágio de evangelização” que deu aos Seus discípulos, ainda durante Seu ministério terreno, exigiu deles dedicação integral, a nos mostrar que este é o meio normal pelo qual deve atuar alguém que for chamado para trabalhar na palavra e na doutrina à frente do rebanho do Senhor.

- Nota-se, portanto, que o ensino do apóstolo Paulo é bem claro, ou seja, o obreiro, e o missionário transcultural em especial, tem o direito de ser assalariado, a fim de que se possa dedicar integralmente à obra de Deus.

II – A IGREJA DE FILIPOS E O SUSTENTO MISSIONÁRIO

1. Paulo e a igreja de Filipos

1.1. A igreja de Filipos ofereceu ofertas a Paulo, pelo trabalho missionário (Fp 4.15,16)

a. Paulo aceitou a oferta

b. Essa oferta serviu para o seu sustento

c. Paulo era um missionário que vivia por fé (Rm 1.17)

1.2. Mesmo recebendo ofertas, Paulo havia experimentado a abundância e a escassez na vida. (Fp 4.12)

a. Quando estava a serviço do Sinédrio, ele tinha uma vida mais abastada

b. Quando passou a ser um seguidor de Jesus, sua vida financeira não foi mais a mesma

2. O privilégio de participar do sustento missionário

2.1. A igreja de Filipos nos deixou um grande exemplo ao contribuir com o missionário (Fp 4.15)

2.2. A igreja atual deve sentir-se privilegiada em contribuir com missões

a. O departamento de missões enviará os valores para os missionários e famílias

b. Precisamos do voluntariado espontâneo agindo na igreja

2.3. Tenha como um grande privilégio ajudar na obra de missões, Orando, Acompanhando e Financiando.

CONCLUSÃO:

Nossa igreja pela misericórdia, já é uma das, que mais contribui para Missões no Estado. Deus seja louvado. Como diz Salomão: “Lança o pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás” (Ec.11:1 )

- Diante de tais constatações, que nos esforcemos para nunca perder de vista a necessidade de nos empenharmos e cada vez mais, investirmos no sustento missionário, pois disto depende a nossa saúde espiritual e a própria sobrevivência de nossa igreja local, sem isto não poderemos perseverar até o fim e alcançar a salvação das nossas almas, que é o fim da nossa fé (Mt.24:13; I Pe.1:9). A Deus seja a glória! 



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