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AD Alagoas / Lições Bíblicas

08/07/2023

Lição 2 - A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado.

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

  • Iniciando o estudo dos embates entre a Igreja de Cristo e o império do mal, analisaremos hoje a distorção da doutrina bíblica do pecado.
  • Nesta lição, estudaremos sobre a realidade do pecado à luz das Escrituras; o que o pecado trouxe para o ser humano e quais as consequências deste terrível ato contra Deus.
  • Através do liberalismo, o mundo procura fugir da realidade do pecado.

I – A CONTRARIEDADE AO PECADO

  • A palavra hebraica “hatah” e a grega “hamartia” originalmente significam respectivamente: “errar o alvo, falhar no dever” (Rm 3.23). Existem outras várias designações bíblicas para o pecado, muito mais do que há para o bem. Cada palavra apresenta a sua contribuição para formar a descrição completa desta ação horrenda contra um Deus santo. Em um sentido básico pecado é: “a falta de conformidade com a lei moral de Deus, quer em ato, disposição ou estado” (CHAVES, 2015, p. 128). Podemos afirmar ainda que: “O pecado é a transgressão da Lei de Deus” (1Jo 3.4).
  • Depois de termos visto a oposição entre a Igreja de Cristo e o império do mal, como o espírito da Babilônia nada tem que ver com a Palavra de Deus, assim como a mentira nada tem que ver com a verdade, passaremos a analisar diversos pontos em que se manifesta esta contraditoriedade.
  • Diz respeito à distorção da doutrina bíblica do pecado. Como diz Salomão, “há alguma coisa de que se possa dizer: vê, isso é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós” (Ec.1:10).
  • Sendo um sistema forjado por Satanás, o mundo, o que se está a denominar em nosso trimestre de “império do mal”, “espírito da Babilônia”, não poderia ter outra premissa senão a mentira, a mesma mentira com que Satanás enganou o primeiro casal no Éden.
  • O Senhor havia dito ao homem que, se ele comesse do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, morreria (Gn.2:16,17) e, ao fazê-lo, indicou claramente que havia o bem e o mal e que a prática do mal seria desobediência e que isto, que nada mais é que o pecado, traria a morte para o homem.
  • O diabo, entretanto, mentiu a Eva, dizendo que não haveria morte alguma, que a prática da desobediência traria a independência em relação a Deus, poder e que, com isto, o homem seria igual a Deus (Gn.3:5). Nota-se, pois, que a mentira satânica envolvia a descrença na ideia de pecado e a concepção de que o pecado traria benefícios em vez da morte.
  • Desde então, esta estratégia do inimigo tem se repetido, geração após geração, fazendo com que o homem não acredite que o pecado exista e que traz a morte, a perdição eternas.
  • A palavra “pecado” surge, pela vez primeira, nas Escrituras, na Versão Almeida Revista e Corrigida, em Gn.4:7, onde o Senhor adverte Caim de que ele deveria dominar sobre o pecado, sob pena de ser dominado por ele. Tem-se, pois, a dura realidade advinda da queda do primeiro casal, que fez com que os homens passassem a viver o estigma do pecado, a ter uma constante luta contra ele.
  • No entanto, quando vemos a narrativa bíblica da Criação, vemos que Deus não havia criado o pecado. Em Gn.1 e 2, vemos que Deus criou todas as coisas, nos céus e na terra, mas que tudo quanto havia criado era bom, muito bom (Gn.1:31). Como, então, explicar que tenha vindo a existir o pecado e o mal? É esta, sem dúvida, uma das principais questões que devem ser enfrentadas pelo estudioso das Escrituras. Se Deus fez tudo bom, como é que existe o mal?
  • Esta questão teológica e filosófica, conhecida como “o problema do mal”, é, sem dúvida, o primeiro ponto a ser enfrentado pela doutrina do pecado. O pecado é algo mal, é algo que nos separa de Deus (Is.59:2). Como, então, entender o seu aparecimento, se tudo o que Dez fez foi bom?
  • Devemos observar que Deus, ao criar todos os seres, dotou alguns deles de livre-arbítrio, ou seja, da liberdade de escolher entre o bem e o mal. Deus é bom (Mt.19:17; Mc.10:18; Lc.18:19) e, por isso, tudo quanto criou é bom (Gn.1:31), mas, ao criar os anjos e os homens, dotou-os do poder de escolher entre servir ou não servir a Deus.
  • A igreja prega a união, e o amor entre as pessoas. Como consequência do pecado o mundo prega a desunião, o desamor, o ódio de uns contra os outros. O domínio do pecado sobre o homem faz com que sejam praticadas as chamadas “obras da carne” (Gl.5:19-21), que prejudicam grandemente a própria convivência e sobrevivência da humanidade. 
  • O pecado, a começar da família, dilapida a estrutura social e instala a barbárie e o egoísmo como modos de sobrevivência e de permanência no convívio social. 
  • Por mais tecnologicamente civilizados que estejam os homens, o aumento do pecado produz cada vez mais pecado, cada vez mais maldade, cada vez mais selvageria. 
  • Apesar de estar na era da telemática, de um desenvolvimento tecnológico nunca antes visto, quem se atreveria a dizer que estamos num mundo mais honesto, mais pacífico, menos cruel do que nossos avós?
  • Esta consequência é tão nefasta que o próprio Jesus nos mostra que atingirá até mesmos aqueles que já alcançaram a salvação um dia. “E por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt.24:12). Este “muitos”, no original “pólus” (πόλυς), significa “quase todos”, “a grande maioria”. O efeito devastador do pecado é tanto que quase todos os que um dia receberam o amor de Deus derramado em seus corações pelo Espírito Santo (Rm.5:5) se esfriará, desaparecerá. Que Deus nos guarde!
  • O mundo altera o significado de “amor”, tornando-o de um comportamento num mero sentimento, numa simples emoção, não raras vezes confundida com a mera satisfação egoística e que se reduz ao aspecto meramente instintivo e sexual. A confusão entre “eros” e “amor” é mais uma distorção que busca enganar os que não creem na Palavra de Deus.

II - O LIBERALISMO E SUAS DETURPAÇÕES SOBRE O PECADO

  • Os padrões da ética humana baseadas no pensamento liberal mudam conforme as tendências dos valores morais da sociedade. 
  • Com o passar do tempo tem havido uma verdadeira “involução” no que diz respeito a ética, a moral e os bons costumes. 
  • Segundo Grenz (2016, p. 12) “há um consenso entre muitos observadores sociais de que o mundo ocidental está em meio às transformações. 
  • Na verdade, tudo indica que estamos fazendo a travessia da era moderna para a pós-moderna”. Paulo previu isso quando falou sobre o fim dos tempos, asseverando que as coisas se tornarão piores à medida que o fim se aproximasse: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1). “Da expressão 'tempos trabalhosos', no grego, temos o adjetivo 'chapelos', que significa 'difícil', 'árduo', dando a entender um período de 'tensão', de 'maldade'; serão tempos difíceis de suportar, perigosos e problemáticos para a igreja em geral” (CHAMPLIN, 2014, ).

1- A negação dos absolutos. Segundo Grenz (2016, p. 28), “os pós-modernos questionam o conceito de verdade universal. Eles olham para além da razão e dão guarida a meios não racionais de conhecimento, dando às emoções [...] uma posição privilegiada”. Nancy (2000, p. 44) acrescenta que “pós-modernistas, são céticos, senão ressentidos, com relação a valores morais absolutos”. Eis por que a Bíblia Sagrada se faz tão necessária à raça humana, pois é um livro que trata com valores absolutos, pois absoluto Ele é (Dt 32.4; Sl 31.5; Jo 14.6; 17.17; Jo 16.13).

2- A relativização dos valores. Há quem defenda que valores éticos e morais sejam relativos ao tempo, lugar, cultura ou há um grupo. Ensinam que nada é certo e nada pode ser considerado errado. Tudo depende da subjetividade do momento. Andrade (2006, p. 318) diz que o relativismo “é uma concepção filosófica segundo a qual nada é definitivamente certo nem absoluto”. No relativismo não há uma fonte transcendente de verdade moral, e podemos construir nossa própria ética e moralidade. Todo princípio é reduzido a uma preferência pessoal. Em contraste, os cristãos acreditam em um Deus que tem falado, que revelou um padrão absoluto e imutável de certo e errado, na Sua Palavra (Êx 20.1-17), baseado, em última instância, em Seu próprio caráter santo (Lv 11.45; 20.26; 1Pd 1.16).

3- A inversão de valores. Entende-se por inversão de valores, a negação ou substituição dos valores absolutos conforme descritos na Palavra de Deus, por valores temporais, relativistas e circunstanciais, que são facilmente ajustáveis às épocas em que estão inseridos. O profeta Isaías reprovou severamente a inversão de valores (Is 5.20). Paulo disse que os homens pagãos “[...] mudaram a verdade de Deus em mentira [...]” (Rm 1.25). Enquanto o mundo tem os seus valores deturpados pelos formadores de opinião que utilizam a escrita, televisiva e a internet para disseminarem suas ideias, nós cristãos, no entanto, fomos chamados para fazer a diferença, como sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14). Nosso formador de opinião é o Espírito da Verdade que nos guia em toda a verdade, que é a Sua Palavra (Jo 16.13; 17.15).

Conclusão: concluímos dizendo que as consequências do pecado trazem indignidade a pessoa humana. Com efeito, o pecado torna o homem indigno, à mercê do inimigo de nossas almas e separado de Deus. Nestas circunstâncias, o homem decai completamente de sua natureza e passa a ser um instrumento de iniquidade, que se autodestrói, que, a cada instante, ocasiona a sua própria degradação.

- Quando vemos a que ponto tem chegado o ser humano, a que ponto o ser humano tem se tornado vil e desprezível aos olhos dos próprios homens, vemos como o homem tem se tornado indigno, tem sido vilipendiado.

- Vemos, portanto, que o pecado tem consequências extremamente danosas e o homem não tem como enfrentá- las. Estaria, pois, irremediavelmente perdido se Deus não o amasse e não providenciasse um escape.

- Por isso mesmo, o mundo distorce esta verdade bíblica, fazendo com que o homem não enxergue a situação deplorável em que se encontra e que precisa de salvação, que Deus já providenciou.

- Não é à toa que um dos papéis do Espírito Santo é precisamente o de convencer o homem do pecado (Jo.16:8), pois uma das coisas que o mundo faz é manter o homem alheio a esta ideia de pecado, fazê-lo crer que o pecado não existe ou, se existe, não traz tanto mal assim ao homem.



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