Nm 11.1-7; 12.1-8)
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o terrível mal da murmuração e suas graves consequências para a família. O motim é o ápice do problema, mas os queixumes e o ciúme, é que da o tom das murmurações. Depois de apenas três dias de viagem (10.33), o povo começou a murmurar e a queixar-se porque as condições não eram excelentes. Quão rapidamente se esqueceram do livramento da escravidão do Egito e dos atos poderosos de DEUS em seu favor! Não quiseram confiar em DEUS e deixar com Ele sua vida e seu futuro. Atraíram assim, contra eles, a ira e o juízo divinos. Nós, como crentes do NT, nunca devemos deixar de agradecer pela morte sacrificial de CRISTO por nós, pela libertação do pecado e pela graciosa provisão divina de orientação e bênção em nossa vida. Foi o “VULGO”, (termo "vulgo" refere-se aos não-israelitas), que se juntaram ao povo de Israel, no êxodo (Êx 12.38). E Influenciaram Israel a rebelar-se contra DEUS e a desejar os ilusórios prazeres do Egito (v. 5). O verdadeiro povo de Deus NÃO vive de murmurações.
I – A INFLUÊNCIA NEGATIVA DO MOTIM E DA REBELIÃO:
II– CONHECENDO O MOTIVO DA REBELIÃO DE MIRIÃ E ARÃO:
O pecado do povo. Eles se queixaram, v. 1. Eles eram, de certa forma, queixosos (esta é a anotação na margem de algumas versões da Bíblia Sagrada em inglês). Havia alguns descontentes e rancorosos, entre eles, que, no entanto, não causavam um motim declarado. Mas “quão grande bosque um pequeno fogo incendeia! ” Eles haviam recebido de DEUS excelentes leis e ordenanças, e ainda assim, tão logo haviam saído do monte do Senhor, começaram a discutir com o próprio DEUS. Veja nisto: 1. A característica pecaminosa do pecado, que aproveita o mandamento para ser mais provocador. 2. A debilidade da lei segundo a carne, Romanos 8.3. A lei revelou o pecado, mas não o destruiu. Controlou-o, mas não conseguiu destruí-lo. Eles se queixaram. Os intérpretes investigam o motivo pelo qual eles se queixaram. E, na verdade, depois de terem recebido tanto pelo que deveriam agradecer, só se pode imaginar onde encontravam alguma coisa de que se queixar; é provável que aqueles que se queixavam não estivessem todos de acordo, quanto à causa. Alguns, talvez, se queixassem por terem sido removidos do monte Sinai, onde tinham estado descansando por tanto tempo. Outros, porque não tinham partido antes. Alguns reclamavam do clima, outros, do caminho. Alguns, talvez, pensassem que uma jornada de três dias era uma marcha muito longa, outros pensavam que não era suficientemente longa, porque não os levava a Canaã. Quando consideramos como o seu arraial era guiado, guardado, agraciado, as boas provisões que tinham, e a boa companhia, e o cuidado que se tinha com eles nas suas marchas, para que seus pés não se inchassem, nem as suas vestes envelhecessem (Dt 8.4), podemos perguntar: “O que mais poderia ter sido feito por um povo, para deixá-lo confortável?” E ainda assim, eles se queixaram. Observe que aqueles que têm um espírito descontente e irritadiço sempre encontrarão uma ou outra coisa pela qual discutir, embora as circunstâncias da sua condição exterior sejam favoráveis.
O justo ressentimento de DEUS pela afronta feita a Ele, por este pecado: “O Senhor ouviu-o” – embora não pareça que Moisés tivesse ouvido. Observe que DEUS conhece as irritações e as queixas secretas do coração, embora sejam habilmente ocultas dos homens. Ele ficou muito descontente com o que soube e a sua ira se acendeu. Observe que embora DEUS graciosamente nos dê permissão para nos queixarmos a Ele, quando existe causa (Sl 142.2), se nos queixarmos a Ele quando não houver motivos, Ele se sentirá, com razão, provocado, e receberá as nossas palavras com indignação. Observe que tal conduta, por parte dos nossos inferiores, também nos provoca.
III - RESULTADOS DO PECADO DA MURMURAÇÃO:
O julgamento com que DEUS os castigou pelo seu pecado: “O fogo do Senhor ardeu
Moisés, Arão e Miriã formavam uma equipe enviada por Deus para ajudar a nação de Israel” (Mq 6.4). Eles trabalharam arduamente durante muitos anos para que o projeto de Deus fosse alcançado. Antes de destacarmos suas características que levaram a rebelião, é importante notar que eles foram usados por Deus.
Deus havia usado Miriã para salvar a vida de seu irmão mais novo (Êx 2.1-10), ele estava atento o tempo todo para proteger seu pequeno irmão. Além de ser uma profetisa, ela dirigia as mulheres israelitas no louvor a Deus: “Então Miriã, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; e lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro” (Êx 15.20, 21). Foi parte muito importante no desenvolvimento do ministério de Moises.
Arão era filho de Anrão e Joquebede ambos oriundos da tribo de Levi (Êx 2.1). Ele era o irmão do meio, numa família de três filhos (Êx 6.20; Nm 26.59). Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do decreto genocida de Êxodo 1.22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu (Êx 7.7). Quando cresceu casou com Eliseba e teve quatro filhos: Nadabe, Abiú, Elezar e Itamar (Êx 6.23; Lv 10.1,6; 1Cr 24.1). Durante toda a narrativa do Êxodo Arão é um auxiliar de Moisés (Êx 4.14). A Bíblia como um todo fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77.20); sacerdote (Sl 99.6); escolhido (Sl 105.26); santo (Sl 106.16) e ungido (Sl 133.2).
Moisés pertencia a tribo de Levi, e era filho de Aarão e sua esposa Joquebede(Ex 6:20). Os outros membros de sua família imediata eram Aarão e Miriã (Nm 26:59), seu irmão e sua irmã mais velhos que ele. Por meio de sua esposa Zípora (Ex. 2:21 - filha de um sacerdote midianita), Moisés teve dois filhos, Gérson e Eliezer. Conforme o historiador judeu Flávio Josefo, Moisés nasceu em Heliópolis, no Egito. Moisés recebera de Deus o chamado para ser líder de Israel aos oitenta anos de idade quando o Senhor lhe apareceu do meio de uma sarça que estava em chamas e o comissionou para libertar o seu povo da escravidão egípcia (Êx 3.1-22; At 7.22-30). O Anjo do Senhor lhe apareceu em uma chama de fogo (Êx 3.2) e se revelou como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó (Êx 3.6). Moisés foi fiel ao seu chamando (Nm 12.7; Hb 3.2,5).
Ao analisar a passagem por completo de Números 12, descobrimos que o pecado do povo é evidenciado também em Arão e Mirian. Ao que tudo indica Miriã incitou toda a discórdia e por isso foi punida pelo próprio Deus. Entre os problemas destacamos o ciúme, o apego ao reconhecimento e principalmente a falta de respeito a liderança estabelecida por Deus são evidenciados neste ato. Resumimos em dois os grandes motivos da rebelião:
Por causa da esposa estrangeira de Moisés (Nm 12.1). Desde que Moisés não se casasse com uma mulher dos povos cananeus (Êx 34.12-16), sua escolha era aceitável ao Senhor. Nas Escrituras, Cuxe normalmente refere-se a um povo que vivia próximo ao Egito, mas algumas versões traduziram o termo hebraico como “Etiópia”. Isso levou a pensar que a segunda esposa pertencia a outra raça e, portanto, não era aceitável. (WIERSBE, 2015, p. 433)
Alegavam ser também porta-vozes de Deus tanto quanto Moisés (Nm 12.2). Moisés era o único porta-voz do Senhor? Miriã e Arão não tinham também o direito de proclamar a Palavra de Deus? Na realidade, tudo indica que os dois estavam com ciúmes do papel eminente de Moisés como único canal da revelação de Deus, conforme sugere sua queixa: Porventura, tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós? Ao questionar a vontade de Deus e a autoridade de Moisés, Miriã e Arão estavam agindo exatamente como o povo de Israel. Moisés, porém, não respondeu nem tentou se justificar, mas deixou que o Senhor o defendesse. Foi um sinal de mansidão, pois a mansidão não é fraqueza é ter poder, mas não o usar a qualquer hora e de qualquer jeito. O comentarista Champlin (2001, p.646) analisa o seguinte: “A rebeldia deles foi um grande erro de cálculo, visto que o poder de Yahweh estava por trás de Moisés, e quem se opunha a ele opunha-se ao Senhor. ”
CONCLUSÃO:
O próprio Moisés, embora tão manso, dócil e bom, mostra-se incomodado nesta ocasião: “Pareceu mal aos olhos de Moisés”. Deve-se confessar que a provocação era muito grande. Estas queixas refletiam grande desonra contra DEUS, e Moisés foi muito afetado pelas censuras lançadas sobre si. Eles sabiam que ele tinha feito o máximo pelo seu bem, e que não tinha feito, nem podia fazer nada, sem uma recomendação divina. E ainda assim, ser continuamente provocado e solicitado aos gritos por um povo irracional e ingrato, acabaria até mesmo com a paciência do próprio Moisés. DEUS considerou isto, no entanto não vemos que Ele o tenha repreendido pelo seu mal-estar. Mas Moisés se expressou de uma maneira não condizente em resposta a esta provocação, e se esqueceu do seu dever, tanto para com DEUS como para com Israel, nestas censuras. Ele subestima a honra que DEUS lhe tinha conferido, fazendo dele o ilustre ministro do seu poder e da sua graça, na libertação e na orientação daquele povo peculiar – o que poderia ter sido suficiente para equilibrar a carga. Ele se queixa excessivamente com um descontentamento perceptível, e se impressiona demais com um pouco de ruído e fatiga. Se ele não podia suportar o trabalho do governo, que era apenas andar a pé com eles, como poderia suportar os terrores da guerra, que eram contendas a cavalo? Este é Moisés? Este é o mais manso de todos os homens da terra? Os melhores homens têm suas fraquezas e às vezes fracassam no exercício daquela graça pela qual são mais eminentes. Mas DEUS graciosamente não deu atenção à paixão de Moisés nesta ocasião, e por isto não devemos ser severos nas nossas censuras, mas orar: Senhor, não nos deixe cair em tentação. (Com. Bíblico - Matthew Henry).
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