(At 6.8-10; 7.54-60)
INTRODUÇÃO
Vamos estudar sobre Estevão, um diácono cheio do Espírito Santo e também o primeiro mártir da igreja primitiva.
Um homem cheio do Espírito Santo. Que nos dar o exemplo. Mesmo em tempos difíceis podemos vencer nossos algozes sendo cheios do Espírito Santo.
I – ESTEVÃO UM MÁRTIR AVIVADO
O nome Estevão é de origem grega e possui o significado de “riqueza” ou “coroa”. É um dos personagens mais proeminentes do Novo Testamento. O seu discurso é o mais longo do livro de Atos (At 7.2-53). Sua vida e trabalho são destacados em Atos 6 e 7, embora sua perseguição e morte sejam mencionadas mais tarde em Atos 11.19; 22.20.
II - ESTEVÃO, um homem que viveu na Plenitude do Espirito(Atos 7.54-60).
-Um homem que viveu de forma plena e seu testemunho impactou a conversão de Saulo de Tarso.
" 54Ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra Estêvão.
55Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus,
56e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus.
57Então eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele
58e, lançando-o fora da cidade o apedrejavam.
E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um mancebo chamado Saulo.
59Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
60E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte"..
- Estêvão foi o primeiro diácono da igreja primitiva e também o primeiro mártir do Cristianismo. Foi um homem que viveu de forma plena.
- Era cheio do Espírito Santo, cheio de sabedoria, cheio de fé, cheio de graça e cheio de poder.
- Estêvão viveu de forma superlativa e morreu de forma exemplar. Sua vida inspira ainda hoje milhões de pessoas.
- Seu legado atravessa os séculos. Sua voz ainda ecoa em nossos ouvidos e suas obras ainda nos deixam perplexos.
- Seu discurso diante do sinédrio é o sermão com o maior número de citações bíblicas de toda a Escritura.
- Embora tenha sido eleito para a diaconia das mesas, exerceu também a diaconia da palavra.
- Conhecia a palavra, vivia a palavra e pregava com poder a palavra. Sua serenidade diante da perseguição era notória.
- Sua coragem para enfrentar a morte era insuspeita. Enquanto seus inimigos rilhavam os dentes contra ele, seu rosto transfigurava como o rosto de um anjo.
- Mesmo sendo apedrejado pelo seus algozes, orou por eles, à semelhança de Jesus. Em vez de evocar sobre eles a maldição, pediu a Jesus para não colocar na conta deles seus próprios pecados.
- Perdão e não vingança era o lema de sua vida.
*_Três marcas indeléveis distinguem esse protomártir do Cristianismo.
1-)Em primeiro lugar, sua vida era irrepreensível (At 6.3).
“Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço”.
- Estêvão era homem de boa reputação.
- Seu caráter era irrepreensível e sua conduta ilibada.
- Era homem impoluto e sem jaça(mancha).
- Sua vida referendava seu ministério.
- Sua conduta era a base do seu trabalho.
- Seu exemplo, o fundamento de sua liderança espiritual.
- Estêvão viveu o que pregou.
- Não havia nenhum abismo entre suas palavras e suas obras.
- Era íntegro e pleno.
2- Em segundo lugar, suas palavras eram irresistíveis (At 6.10).
“E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava”.
- Por ser um homem cheio do Espírito, de sabedoria, de fé, de graça e de poder, Estêvão era boca de Deus.
- Cada palavra que saia de sua boca tinha o peso de uma tonelada.
- Seus inimigos podiam até discordar dele, mas jamais refutá-lo.
- Estêvão tinha conhecimento e também sabedoria.
- Tinha luz na mente e fogo no coração.
- Suas palavras eram ao mesmo tempo ternas e doces e também fortes e cortantes.
- Ao mesmo que trazia cura para os quebrantados, feria os de coração endurecido; ao mesmo tempo que confortava os aflitos; perturbava os insolentes.
3- Em terceiro lugar, suas obras eram irrefutáveis (At 6.8).
“Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”.
- Estêvão pregava aos ouvidos e também aos olhos.
- Falava e fazia, ensinava e demonstrava.
- Suas obras irrefutáveis testificavam de suas palavras irresistíveis.
- Por ser um homem que vivia cheio do Espírito, de fé, de sabedoria, de graça e de poder, Deus operava por meio dele grandes milagres.
- Os milagres não são o evangelho, mas abrem portas para testemunhá-lo.
- Muitos estudiosos da Bíblia afirmam que a vida irrepreensível de Estêvão e o seu poderoso testemunho na hora da morte impactou decisivamente o coração de Saulo de Tarso, que mais tarde, convertido a Cristo, transformou-se no maior bandeirante da fé.
- Que Deus nos dê testemunhas do mesmo calibre de Estêvão, homens que ousem viver de forma plena num mundo cheio de vazio.
“VOCE ESTA CHEIO DO ESPIRITO SANTO?"
- O apóstolo Paulo, preso em Roma, escreve sua carta à igreja de Éfeso, capital da Ásia Menor, e ordena: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
- Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao céu. Então, o Espírito Santo, o outro Consolador, desceu e desceu para ficar para sempre conosco.
- Sem a obra do Espírito Santo jamais haveria um só convertido na terra, pois é ele quem aplica a obra da redenção.
- Concordo com Charles H. Spurgeon, quando disse que é mais fácil acreditar que um leão tornar-se-á vegetariano do que acreditar que uma pessoa só possa ser salva sem a obra do Espírito Santo.
- Todo crente é regenerado, habitado e selado com o Espírito Santo, mas nem todo crente está cheio do Espírito Santo.
- Uma coisa é ter o Espírito Santo; outra coisa é o Espírito Santo nos ter.
- Uma coisa é ter o Espírito Santo presente; outra coisa é ter o Espírito presidente.
- O texto em apreço nos ensina quatro verdades.
1-) Em primeiro lugar, a plenitude do Espírito é uma ordem expressa de Deus.
Há duas ordens no texto. Uma negativa e outra positiva.
A negativa é não se embriagar com vinho;
A positiva é ser cheio do Espírito Santo.
Assim como a embriaguez é um pecado; também o é a ausência da plenitude do Espírito Santo.
Se a embriaguez produz vergonha e dissolução, a plenitude do Espírito Santo desemboca em comunhão, adoração, gratidão e serviço.
2-) Em segundo lugar, a plenitude do Espírito é uma exigência a todos os crentes.
- A ordem para ser cheio do Espírito é endereçada a todos e não apenas a alguns crentes.
- Os líderes, os anciãos, os adultos, os jovens, as crianças, os ricos, os pobres, os doutores, os analfabetos, todos os salvos, sem exceção, devem ser cheios do Espírito Santo.
- A plenitude do Espírito não deve ser uma exceção na igreja; é a norma para todos os crentes.
3-) Em terceiro lugar, a plenitude do Espírito Santo é uma experiência que deve ser repetida continuamente.
- Não se trata de um acontecimento único e irrepetível como é o batismo pelo Espírito no corpo de Cristo.
- A plenitude de ontem não serve para hoje, assim como a vitória do passado não garante vitória no presente.
- Todo dia é dia de ser cheio do Espírito Santo. Todo dia é tempo de andar com Deus e experimentar o extraordinário de Deus.
- As melhores experiências do passado podem ser medidas mínimas do que Deus pode fazer em nossa vida no futuro.
4-Em quarto lugar, não podemos produzir a plenitude do Espírito, podemos apenas nos esvaziar para sermos cheios.
- A plenitude do Espírito Santo não é uma realidade produzida por nós.
- Não administramos essa experiência. Ela vem do alto, de cima, do céu.
- Devemos ser como vasos vazios, puros e disponíveis para o Espírito Santo nos encher.
- Não há limitação no Espírito Santo.
- Podemos ser cheios a ponto de sermos tomados de toda a plenitude de Deus. -
- Você está cheio do Espírito Santo?
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