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AD Alagoas / Lições Bíblicas

11/12/2021

LIÇÃO 11 - O ZELO DO APÓSTOLO PAULO PELA SÃ DOUTRINA

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


 (1Tm 6.3-6,11; 2Tm 3.14-17)

INTRODUÇÃO

A igreja de Cristo é a única instituição divina na terra que preserva e defende a sã doutrina diante dos enganos e males das heresias. Vamos definir a palavra zelo e situando-a em nosso contexto. Do Paulo e de seu zelo pela igreja e pela sã doutrina. Falaremos também das exortações paulinas aos obreiros e à igreja, e dos ataques à sã doutrina.

I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA ZELO

O dicionário Houaiss define a palavra “zelo” como “grande cuidado e preocupação que se dedica a alguém ou algo” (2001, p. 2905). Teologicamente pode ser definido como: “desvelo ardente por alguém” (ANDRADE, 2006, p. 365).

O termo grego é “zelos”. A palavra grega “zeein” (“borbulhar, ferver”) acha-se à raiz da ideia de “zelo”(CHAMPLIN, 2004, pp. 725,726).  No contexto da lição, esta é uma virtude presente na vida do apóstolo Paulo, em relação a sua preocupação com a doutrina e com a igreja de Jesus Cristo. Ele reconheceu que, para munir a igreja contra os ataques à sã doutrina, Deus deu levantou homens preparados, com o intuito de promover o amadurecimento dos crentes (Ef 4.11-13). Em seu zelo, Paulo ordenou ao obreiro Timóteo ter cuidado de si mesmo e da doutrina (1 Tm 4.16). E a Tito exortou dizendo: “[...]na doutrina, mostra incorrupção” (Tt 2.7).

II – PAULO A ORTODOXIA VERSUS A HETERODOXIA

Para entender a diferença entre ortodoxia e heterodoxia é preciso, antes de tudo, entender o significado desses termos. A palavra ortodoxia tem sua origem no grego, onde “orthos” significa “reto” e “doxa” significa “fé” ou “crença”. Ortodoxo significa, portanto, aquele que segue fielmente um princípio, norma ou doutrina. Está claro que a origem etimológica do termo ortodoxia não é suficiente para estabelecer a diferença entre “ortodoxia” e “heterodoxia” na economia, pois um economista marxista que seguisse fielmente os princípios de Marx também poderia ser chamado de “ortodoxo”.

O que é ortodoxia?

Na economia acadêmica brasileira o termo economista ortodoxo é usualmente entendido como economista neoclássico, ou seja, aquele que compartilha o programa de pesquisa neoclássico, definido a partir de um núcleo duro de proposições e formado por alguns princípios básicos: por exemplo, a racionalidade econômica, entendida como a maximização de alguma função objetivo (não importa se bem comportada ou não), equilíbrio dos mercados como norma ou “ponto de referência” para o funcionamento do sistema econômico, entre outros.

Deve-se destacar aqui que esses princípios básicos do programa de pesquisa neoclássico são tidos como axiomas, ou seja, fazem parte da “visão de mundo” dos economistas neoclássicos, sendo aceitos como “verdades auto-evidentes” e não estando, a princípio, sujeitos a comprovação empírica. Em outras palavras, o que está sujeito ao teste empírico são as conjecturas obtidas a partir de modelos teóricos (o assim chamado “cinturão protetor”) que se baseia nesses princípios; os princípios em si mesmos não estão sujeitos a esse tipo de comprovação.

O conceito de programa de pesquisa é devido a Lakatos (1978), consistindo num conjunto de regras metodológicas que definem os caminhos de pesquisa a serem evitados e aqueles que devem ser trilhados. Nesse contexto, o programa de pesquisa possui uma “heurística negativa”, a qual define um conjunto de proposições (o “núcleo” do programa) que não estão sujeitas ao critério de falseabilidade de Popper, ou seja, que são tidas como “irrefutáveis” por parte dos aderentes ao programa de pesquisa. No entorno desse núcleo são estabelecidas diversas hipóteses auxiliares, as quais devem ser testadas contra os fatos observados.

Além da “heurística negativa”, existe também uma “heurística positiva”, que é constituída por um conjunto parcialmente articulado de sugestões de como mudar e desenvolver as “variantes refutáveis” do programa de pesquisa. Aqui se inclui uma cadeia de modelos cada vez mais sofisticados que buscam “explicar” a realidade. Na formulação dos programas de pesquisa, é de se esperar que algumas de suas variantes particulares (o “cinturão protetor”) sejam refutadas pelos testes empíricos. A função da “heurística positiva” é, portanto, de contornar esses problemas, definindo-se as regras que devem ser obedecidas na construção de novas variantes particulares do programa de pesquisa.

Para Popper, a ciência deveria funcionar com a lógica do modus tollens, tentando falsear teorias e não corroborá-las e é exatamente daí que surge seu método de demarcação. Uma teoria é científica se ela gerar previsões que sejam potencialmente falseáveis. Assim, caso duas teorias tenham passado pelos mesmos testes e sobrevivido, deve-se escolher a que gera mais previsões falseáveis, pois esta é a que tem maior conteúdo empírico. Entretanto, a lógica popperiana ainda apresenta limitações próprias ao tratamento epistemológico das ciências, já que o falsificacionismo ainda é entendido como o método mais adequado para aproximar uma teoria da verdade, um modelo considerado epistemologicamente ideal para a escolha entre teorias científicas, mas que não parece se importar suficientemente com a forma pela qual as ciências são construídas de fato.

O que é heterodoxia?

Nesse contexto e em contraposição à ortodoxia em economia entendida como a adesão ao programa de pesquisa neoclássico, a heterodoxia se define como a rejeição ao núcleo duro desse programa. Em outras palavras, os economistas heterodoxos são todos aqueles que discordam da ideia de que o núcleo duro de um programa de pesquisa deva ser construído a partir dos princípios da maximização e do equilíbrio dos mercados (ainda que este seja entendido como um simples ponto de referência). Economistas marxistas, por exemplo, acreditam que uma análise séria a respeito do funcionamento do sistema econômico deve se basear na dinâmica de conflitos entre as classes sociais, particularmente entre capital e trabalho no caso das modernas economias capitalistas.

Nesse paradigma, a racionalidade individual – maximizadora ou não – é irrelevante para o entendimento do funcionamento do sistema econômico. Além disso, a definição de posições de equilíbrio – sejam elas temporárias, nocionais ou apenas atratores – são também vistas pelos adeptos do programa de pesquisa marxista como exercícios inúteis, dado que o que importa são as “leis de movimento” do sistema capitalista. Já economistas (pós-)keynesianos não discordam da necessidade de basear a análise econômica no suposto de racionalidade individual, mas acreditam que a incerteza que permeia o ambiente econômico torna impossível a análise das decisões individuais a partir do suposto de maximização de uma função objetivo.

Num contexto de incerteza, dizem os economistas pós-keynesianos, o comportamento dos agentes é baseado em convenções ou rotinas que não só simplificam o processo de tomada de decisão, como ainda permitem aos agentes econômicos lidar com o fato inescrutável da extrema precariedade e incompletude do conjunto de informações sobre os quais decisões racionais devem ser tomadas. O papel da moeda, por exemplo, e da demanda por liquidez adquirem, nesse contexto, importância fundamental para explicar o funcionamento do sistema econômico; algo que a princípio parece não fazer sentido para o programa de pesquisa neoclássico.

Essas divergências entre os programas de pesquisa (ou incomensurabilidade para usar um jargão mais kuhniano) são diferenças no núcleo duro, ou seja, naquela parte dos programas de pesquisa que não são falseáveis no sentido de Popper e que, portanto, não estão sujeitos ao crivo do teste empírico. A refutação empírica só pode ser aplicada às conjecturas desenvolvidas a partir dos modelos teóricos construídos segundo as regras metodológicas definidas pelo núcleo duro. Daqui se segue que ainda que fosse possível rejeitar empiricamente todas as conjecturas desenvolvidas a partir de todos os modelos teóricos construídos até hoje segundo a lógica do programa de pesquisa neoclássico, ainda assim não poderíamos afirmar que o referido programa de pesquisa foi rejeitado pelos dados. Na melhor das hipóteses poderíamos dizer, seguindo Lakatos, que o programa se tornou degenerativo.

III – PAULO COMBATEU AS HERESIAS DE SEU TEMPO COM A DOUTRINA

Doutrinar é ensinar as verdades fundamentais da Bíblia, organizadamente.

É o conjunto de princípios que servem de base ao cristianismo, compreendendo desde o ensinamento, pregação, opinião das lideranças religiosas, desde que embasadas em Textos de obras Bíblicas escritas, como Regra de fé, preceito de comportamento e norma de conduta social, referente a DEUS, a JESUS, ao ESPÍRITO SANTO e Salvação.

Doutrina (hebraico ”xql Ieqach”) - (Dt. 32:2; Pv.4:2; Pv.9:9; Pv. 13:14) - ensinamento, ensino, percepção, capacidade de persuasão. Palavra proveniente de laqach, que significa tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar, carregar embora, tomar em casamento.

A DOUTRINA escorrerá suavemente em todos os lugares. Além disso, é uma boa lei que dá instrução ao sábio e ensina aos justos uma fonte de vida e como se desviar dos laços da morte.

Doutrina (hebraico ”hrwt towrah ou hrt torah”) - (Is. 28:9; Is.29:24) - lei, orientação, instrução, orientação (humana ou divina), conjunto de ensino profético na era messiânica de orientações ou instruções sacerdotais legais, referente aos costumes e hábitos.

Palavra oriunda de yarah que significa lançar, atirar, jogar, derramar, como lançar flechas, jogar água, atirar, apontar, mostrar, dirigir, ensinar, instruir.(Ter uma direção definida).

Ela dá entendimento aos errados de espírito e é um aprendizado aos murmuradores.

Doutrina (grego “didach didache”) - (Mc. 1:22; Lc. 4:32; At.2:42; Rm. 6:17) ensino, DOUTRINA, instrução nas assembléias religiosas dos cristãos, fazer uso

do discurso como meio de ensinar, em distinção de outros modos de falar em público.

Há quem pense que Satanás e seus demônios só investem contra a santidade da igreja com pecados da carne.

O apóstolo Paulo, no entanto, nos mostrou que o Inimigo também dispara ataques contra o ensino bíblico e ortodoxo, pois sabe que, alterando a doutrina, alterará o comportamento. Notemos:

Sua preocupação pastoral fez dele um zeloso apologista da sã doutrina. Por isso, podia dizer: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Co 11.3). O apóstolo não tolerava outro evangelho (2 Co 11.4), e considerava a os pregadores do falso evangelho como ministros de Satanás (2 Co 11.13).

Paulo exortou a liderança da igreja, quanto aos ataques que ela sofreria enquanto aqui na terra. Por ocasião de sua despedida na cidade de Mileto, chamou os presbíteros de Éfeso e lhes disse abertamente: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós” (At 20.28-31).

Paulo exortou o jovem obreiro Timóteo para o presente, mas tal exortação apontava também para o futuro. Quando enviou o jovem evangelista Timóteo à cidade de Éfeso, Paulo o orientou quanto ao cuidado que deveria ter, em face das heresias que alguns estavam disseminando no meio do rebanho de Cristo (1 Tm 1.3). Ao mesmo tempo, o apóstolo profetizou que, no futuro, Satanás e seus demônios usariam pessoas para espalharem ensinamentos estranhos ao Evangelho de Cristo Jesus, levando alguns à apostasia: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1).

CONCLUSÃO

Que o Senhor anos der zelo, assim como Ele deu ao apóstolo Paulo, que possamos seguir zelosos em reter o genuíno evangelho, tal qual recebemos, a fim de que não sejamos levados por ventos de doutrina que têm sido propagados por diversos canais no tempo presente. Doutrinar é ensinar as verdades fundamentais da Bíblia, organizadamente. É o conjunto de princípios que servem de base ao cristianismo, compreendendo desde o ensinamento, pregação, opinião das lideranças religiosas, desde que embasadas em Textos de obras Bíblicas escritas, como Regra de fé, preceito de comportamento e norma de conduta social, referente a DEUS, a JESUS, ao ESPÍRITO SANTO e Salvação. Que possamos manter a doutrina que é vida para todos nós.



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