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AD Alagoas / Lições Bíblicas

10/07/2021

LIÇÃO Nº 2 – O REINO DIVIDIDO: JEROBOÃO E ROBOÃO

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Ref. 1Reis 12:1-10

INTRODUÇÃO: 

A fim de preparar os alunos para a aplicação desta aula, comece conversando sobre a importância de se pedir orientação a Deus na hora de tomarmos as mais importantes decisões da nossa vida. Fale também sobre o cuidado e o discernimento que devemos ter diante dos conselhos que recebemos. O que vale mais, uma advertência conciliadora ou um conselho que promova a dissensão e divisão? O orgulho de Roboão foi demonstrado ao rejeitar a conciliação aconselhada pelos anciãos, preferindo uma exigência arrogante de submissão do povo. Para incentivar ainda mais a participação de seus alunos, faça a seguinte pergunta: A experiência e a prudência dos mais velhos é fator preponderante para a consideração de seus conselhos e orientações? Aquele que é capaz de distinguir os bons dos maus conselhos toma sábias decisões.

I - AS PRINCIPAIS CAUSAS DA CISÃO:

A Bíblia é bastante clara ao afirmar no livro de Provérbios 29:4 a seguinte verdade: “É pela justiça que um rei firma seu país, mas aquele que o sobrecarrega com muitos impostos, o arruína.” Em nossa tradução normal fala sobre a corrupção (O rei com juízo sustém a terra, mas o amigo de subornos a transtorna). É sabido que nenhuma sociedade aguenta o peso excessivo da tributação, tendo como conseqüência natural a explosão de revoltas violentas. Foi o caso ocorrido com o filho de Salomão.

Roboão assumiu o trono após a morte de seu pai. Seu genitor quando vivo tinha sido o responsável por colocar Israel no auge geopolítico e econômico, trazendo imensa prosperidade e esplendor à nação. O mesmo também construiu o templo de Deus graças a sabedoria concedida pelo Senhor (1Reis 3:8-12). Para edificar o santuário Salomão necessitou dos tributos pagos pelos reinos dominados (trabalhos forçados – 1Reis 9:21) além dos tributos pagos pelas doze tribos de Israel (cada tribo era responsável por um mês de provisão do rei – 1Reis 4:7).

Conforme o texto bíblico (1Reis 12:1-4), toda a congregação de Israel se reuniu perante o novo rei e exigiu a redução dos pesados impostos aos quais Salomão tinha lhes atribuído anteriormente. E de fato não havia necessidade da manutenção de uma tributação tão escorchante por parte de Roboão, haja vista que o objetivo de edificação do templo fora totalmente finalizado. No entanto, o que se viu foi a decretação do AUMENTO da carga tributária por meio das seguintes palavras reais: “Meu pai agravou o vosso jugo, porém eu ainda aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.” (1 Reis 12:14). Após ouvir palavras tão duras o povo se revoltou contra a descendência de Davi, desencadeando um separatismo territorial em Israel. Foram criados o reino do Norte (composto por dez tribos) governado por Jeroboão e o reino do Sul (composto pelas tribos de Judá e Benjamin) governado por Roboão. O resultado disso gerou diversas guerras entre os israelitas, dando fim a paz existente.

-Qual petição trouxeram a Reoboão os anciãos do povo? Apesar da prosperidade material do reino de Salomão, qual era a condição do povo? (12:4). O que revelou a loucura de Reoboão? O que perdeu por isso? Havia já o princípio de uma separação. A missão de um líder é direcionar seus liderados e não os oprimir.

“Enquanto nos últimos governos de esquerda, o Brasil foi acarretado de impostos, no governo atual, mais de 600 itens já foram isentos do imposto de importação o milho, soja, óleo de soja e farelo de soja, etc. Dentre os setores beneficiados, o presidente elencou “saúde, alimentos, games, instrumentos musicais de cordas e combustíveis.” https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/politica-e-poder/bolsonaro-fala- em-reducao-de-impostos-de-mais-de-600-itens/.

II - OS ERROS DE ROBOAO 

-Roboão era o filho do mais sábio dos homens, mas não herdou a sabedoria de seu pai, e então, isso o colocou em desvantagem para herdar o trono de seu pai. Nem a sabedoria nem a graça correm no sangue. Salomão foi coroado muito jovem, mas então, ele era um homem sábio. Roboão foi coroado aos quarenta anos de idade, quando os homens são sábios se alguma vez eles forem, mas, nessa idade, ele era um tolo. A sabedoria não vem com a idade, nem é sinônimo de muitos anos de vida, nem é a vantagem da educação que a alcança. A corte de Salomão era um centro de sabedoria e o lugar de encontro de eruditos, e Roboão era o querido da corte; porém, tudo isso não foi suficiente para fazê-lo um sábio. Não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes, a peleja. Não ocorre nenhuma disputa na sucessão de Roboão; com a morte de seu pai, ele foi aclamado imediatamente. 

-Os representantes das tribos se dirigiram a ele, pedindo que fossem aliviadas das taxas a que eram submetidas. Assim que acertaram a reunião, o povo enviou alguém para trazer Jeroboão do Egito, para vir e ser seu interlocutor. 

-Eles se queixam do último reinado: teu pai agravou o nosso jugo (v. 4). Eles não se queixam da idolatria de seu pai e de haver se revoltado contra Deus. Roboão consultou aqueles em sua volta a respeito da resposta que deveria dar a esse pedido. Era prudente tomar conselho, principalmente tendo uma cabeça tão fraca quanto a sua; porém, nessa ocasião, não foi nada prudente ele pedir tempo para considerar, pois nisso ele deu ocasião para as pessoas descontentes fazerem amadurecer uma revolta, e a sua deliberação em um caso tão óbvio seria aproveitada como indicação do pequeno interesse que ele tinha pelo bem-estar do povo. Eles viram o que deviam esperar, e prepararam-se adequadamente. Agora:

-Os homens experientes e sérios de seu conselho o recomendaram por todos os meios a responder de maneira gentil aos requerentes, dar-lhes boas palavras, prometer-lhes algo satisfatório, e nesse dia, nesse dia crítico, servi-los, isto é, dizer-lhes que ele era servo deles, e que aliviaria todas as injustiças e que se esforçaria para agradá-los e aliviá-los. “Nega-te a ti mesmo (dizem eles), na medida em que fizeres isso uma vez, eles todos os dias serão teus servos. Quando o presente ardor for tranquilizado por uma resposta suave, e a assembleia se dissolver, seus pensamentos mais calmos se reconciliarão e se fixarão na família de Salomão continuamente”. 

-Note: O meio de governar é servir, fazer o bem e humilhar-se para fazê-lo, tornar-se todas as coisas para todos os homens e, assim, ganhar seus corações. Aqueles que estão no poder realmente sentam-se nas alturas, no mais cômodo e no mais seguro, quando seguem esse método. 

-Os jovens de seu conselho eram ardentes e arrogantes, e o aconselharam a dar uma resposta severa e ameaçadora à exigência do povo. Foi um exemplo da fraqueza de Roboão: 

1) Que ele não preferiu os conselheiros mais velhos, mas valorizou a opinião dos jovens que haviam crescido com ele e que lhe eram familiares (v. 8). A idade e a experiência devem ser levadas em consideração. Foi uma tolice para ele pensar que, porque eles tinham sido seus agradáveis companheiros nos esportes e nos prazeres da sua juventude, estavam, por isso, preparados para assumir a administração das coisas do seu reino. Grandes inteligências nem sempre têm muita sabedoria. 

-Não devemos nos basear naqueles que sabem como nos fazer alegres como se fossem nossos melhores amigos, pois isso não nos fará felizes. É de grande consequência aos jovens, que estão se estabelecendo no mundo, com quem eles se associam, a quem têm como modelo, e a quem pedem conselhos. Se eles considerarem como seus melhores amigos aqueles que alimentam o seu orgulho, recompensam a sua vaidade e os estimulam em seus prazeres, já estão marcados para a ruína. 

2) Roboão, não preferiu conselhos moderados, mas se agradou daqueles que lhe sugeriram métodos severos e rigorosos, e o aconselharam a dobrar os impostos, fosse isso necessário ou não, e dizer-lhes em termos bem claros que ele o faria (vv. 10,11). 

-Esses jovens conselheiros pensavam que os velhos se expressavam de forma estúpida (v. 7). Eles simulam serem argutos em seus conselhos e orgulham-se disso. Os velhos não tentam colocar palavras na boca de Roboão, apenas o aconselharam a dizer boas palavras. Mas os jovens lhe fornecem frases muito originais e bonitas, com analogias mordazes e atrevidas: meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai, etc. 

“Nem sempre o melhor significado é expresso da melhor maneira”

III - O REINADO E A IDOLATRIA DE JEROBOAO:

-(1 Reis 12:25-33)

O Governo de Jeroboão É Estabelecido com Base na Idolatria

Aqui nós temos o começo do reinado de Jeroboão. Ele construiu primeiro Siquém e depois Penuel — as embelezou e fortificou e, provavelmente, teve um palácio em cada uma delas (v. 25), o primeiro em Efraim e o último em Gade, do outro lado do Jordão. Isso podia ser apropriado; mas ele formulou outro projeto para o estabelecimento do seu reino que, nele, foi fatal para os interesses da religião.

-Aquilo que ele planejou foi, por alguns meios eficazes, para assegurar para si mesmo aqueles que o tinham feito seu rei, e para impedir que retornassem à casa de Davi (vv. 26,27). 

Parece que:

1. Ele tinha ciúmes do povo, medo que, uma hora ou outra, ele o matasse e retornasse para Roboão. Muitos que progrediram através de um tumulto caíram em outro. Jeroboão não podia depositar qualquer confiança nos sentimentos do seu povo, embora agora ele parecesse extremamente afeiçoado a ele; pois o que se consegue pelo erro e pela usurpação não pode ser desfrutado nem mantido com segurança ou satisfação.

2. Ele desconfiou da promessa de Deus, não conseguia confiar na palavra dele de que, se ele cumprisse bem o seu dever, Deus lhe edificaria uma casa firme (11.38). Ao contrário, planejou meios e recursos, alguns pecaminosos também, para a sua própria segurança. Uma descrença prática em relação a toda suficiência de Deus está no fundo de todos os nossos traiçoeiros afastamentos dele.

-O modo como ele fez isso foi impedindo o povo de subir a Jerusalém para adorar. Aquele era o lugar que Deus tinha escolhido para ali colocar o seu nome. O Templo de Salomão estava ali, do qual Deus tinha tomado posse solene em uma nuvem de glória, à vista de todo o Israel, o que estava na memória de muitos que então viviam. O sacerdote do Senhor atendia ali no altar, lá todo o Israel devia guardar as festas e para lá ele devia trazer seus sacrifícios.

Sendo assim:

1. Jeroboão temia que se o povo continuasse a fazer isso, logo retornaria à casa de Davi, fascinado pela magnificência, tanto da corte quanto do Templo. Se o povo fosse fiel à sua antiga religião, ele voltaria para seu antigo rei. Podemos supor que, se ele tivesse tratado com Roboão no tocante a se conduzirem com segurança, ele e o seu povo, para entrar e sair de Jerusalém nos tempos apontados para suas festas solenes, isso não lhe seria negado; mas ele não teme que o povo seja levado de volta pela força, mas voluntariamente, a Roboão.

2. Por isso, ele os dissuadiu de subirem a Jerusalém, fingindo preocupar-se com seu bem-estar: “Muito trabalho vos será o irdes tão longe para adorardes a Deus (v. 28). É um jugo pesado e é hora de sacudi-lo de vós; tendes ido longe o suficiente até Jerusalém” (lêem alguns). “O Templo ao qual estais acostumados, não parece tão glorioso e sagrado como antigamente” (glórias que se podem perceber com os sentidos murcham gradualmente na estima dos homens); “tende vos libertado de outros fardos, libertai-vos desse também: por que nós devemos estar agora mais presos a um lugar do que no tempo de Samuel?”.

O pecado da idolatria foi o responsável pela derrocada de muitos Reis. Devemos exterminar a idolatria de nossas vidas.

CONCLUSÃO: 

Enquanto JEROBOAO praticou acidularia de forma direta, ROBOAO, se envolveu numa espécie de veneração, que também é catastrófica. (1Sm 12.20,21) “Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são. ”

A idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua história no AT, cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na família de Jacó (Israel). Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de imagens de deuses estranhos (Gn 35.1-4). O primeiro caso registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu- se com idolatria foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no monte Sinai (Êx 32.1-6). Durante o período dos juízes, o povo de Deus frequentemente se voltava para os ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de Saul ou de Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por frequente idolatria em Israel (1Rs 10). Na história do reino dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os judeus. O que pode acontecer ao ser humano na ausência de sábios conselhos? A falta de sábios conselhos pode levar o ser humano ao declínio moral, ético e espiritual, tornando-o empobrecido e decadente (Pv 15:22)”Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem sucedidos quando há muitos conselheiros. Amém.



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