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AD Alagoas / Lições Bíblicas

03/04/2021

Lição 01 - E DEU DONS AOS HOMENS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Efésios 4:8

INTRODUÇÃO:

Damos início a mais um trimestre letivo da Escola Bíblica Dominical, um trimestre “temático”, onde estudaremos um assunto tal qual ele se apresenta nas Escrituras Sagradas.

Neste segundo trimestre de 2021, estaremos estudando novamente um tema que havíamos estudado no segundo trimestre de 2014, ou seja, há exatos 7 anos, um tema muito importante, qual seja, “Dons espirituais e dons ministeriais”, um assunto cujo estudo se faz extremamente necessário nos dias em que vivemos, onde a igreja dita pentecostal tem deixado de lado esta preciosidade que o Senhor deixou à Sua Igreja que são os dons espirituais e num instante em que a luta pelo poder eclesiástico confunde dons ministeriais com títulos e posições hierárquicas. Oportuno este estudo em meio ao projeto “Promessa”, elaborado pela Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB) e Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) para celebrar os 110 anos das Assembleias de Deus no Brasil, quando se pretende um despertamento da nossa denominação, a fim de que tenhamos a busca do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais que, preocupantemente, estão rareando entre nós, justo agora quando os fatos indicam claramente que vivemos já

o princípio das dores e que muito breve será o arrebatamento da Igreja.

– OS DONS NA BÍBLIA 

-Os Dons são atuais e bíblicos.

-Existem Dons de Serviço, ministeriais e espirituais.

-A igreja de Corinto, era problemática na administração dos Dons, por isso Paulo escreve sobre o assunto. Hoje não é diferente.

-Dons são manifestações sobrenaturais concedidas pelo Espírito a igreja.

-Dons tanto no AT, como no NT, tanto no hebraico “mathan” como no grego “Domi”, são dádivas dadas a igreja(Fl 4:15).

-Ensinando na didática, dividimos os Dons em: Dons de Serviço, Dons Espirituais, e Dons ministeriais.

-Os Dons são dados a igreja para encorajamento, confortar, edificar é glorificação do próprio Deus.

- O homem foi criado por Deus para manter, com o seu Criador, um relacionamento perpétuo, para que tivesse com Ele comunhão, ou seja, para que tivesse vida e vida em abundância (Jo.10:10).

- Quando o homem pecou, perdeu esta comunhão com Deus e, assim, ficou despojado da sua própria razão de ser, da sua própria razão de viver. O homem somente se completa com Deus, pois o Senhor o fez de tal modo que tenha a eternidade em seu coração (Ec.3:11).

- O homem sem Deus é um miserável, ou seja, é alguém que fica despojado de tudo quanto realmente importa em sua vida. Não é por outro motivo que o apóstolo Paulo, ao descrever a situação do homem no pecado, diz que é de um miserável (Rm.7:24), o mesmo estado que Jesus descreve como sendo o estado dos crentes da igreja de Laodiceia, que haviam deixado o Senhor do lado de fora de suas vidas (Ap.3:17).

- Todas as coisas que o homem possui provêm de Deus, que é o dono de tudo, a começar de nossa própria vida (Sl.24:1), de modo que, em sentido rigoroso, tudo quanto temos é dom de Deus, como, aliás, disse Davi no instante em que amealhava recursos para a construção do templo (I Cr.29:14).

- Assim, diante do pecado, o homem carece de receber de volta a vida , ou seja, a comunhão que tinha com o Senhor e que lhe dá a própria razão de existência. É por isso que o primeiro dom que recebemos de Deus é a vida eterna, dado por meio de Cristo Jesus. É o próprio Senhor quem nos define o que é a vida eterna: conhecer ao Senhor por único Deus verdadeiro e a Jesus, a quem Ele enviou (Jo.17:3). Pois bem, a Igreja, sendo a noiva do Cordeiro, recebe do seu noivo, um “dote”, ou seja, um patrimônio espiritual, dons, dádivas, que a mantêm rica e adornada para se encontrar com o seu marido por ocasião das bodas. Enquanto Jesus não vem para arrebatar a Sua Igreja, ela recebe, a exemplo de Rebeca, antes de se encontrar com Isaque, joias preciosas do Espírito Santo, que aqui é figurado pela pessoa de Eliezer.

OBS: “...Rebeca recebeu vestidos, que representam as nossas vestiduras que recebe a Igreja de Cristo, joias de ouro, que tipificam os dons espirituais e as de prata, que representam as bênçãos da redenção...” (SILVA, Osmar José da. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.3, p.74).

- Após ter conquistado a salvação para todos os homens na cruz do Calvário, o Senhor Jesus desceu às partes mais baixas da Terra, onde foi resgatar aqueles que, no seio de Abraão, aguardavam o cumprimento da promessa do Messias, em quem haviam crido (Ef.4:9).

- Após ter descido às partes mais baixas da terra, o Senhor, então, subiu aos céus, levando cativo o cativeiro (Ef.4:8), ou seja, levando os justos que haviam crido n’Ele antes de Sua vinda para o Paraíso, juntamente com o ladrão que se arrependeu na cruz (Lc.23:43), o terceiro céu que foi visitado por Paulo em um arrebatamento (II Co.12:4).

- Nesta ocasião, como profetizou o salmista Davi, o Senhor Jesus recebeu dons para dar aos homens (Sl.68:18), dons estes que não eram para ser retidos para Si, mas, sim, para ser dados aos homens (Ef.4:8), pois a Igreja, ao contrário daqueles justos que viveram antes da vitória de Cristo sobre a morte e o pecado, não passa pelas portas do Hades, jamais irá para as partes mais baixas da Terra (Mt.16:18).

- Tendo adquirido a salvação para a Sua Igreja, o Senhor Jesus, na condição de noivo, tratou de adornar a Sua noiva com o “dote”, com dons, com preciosidades espirituais, a fim de que ela se prepare convenientemente para as bodas do Cordeiro, que é seu alvo e objetivo.

- Os dons trazidos por intermédio do sacrifício de Cristo Jesus na cruz do Calvário, portanto, são adornos, atavios, riquezas absolutamente necessárias para que a Igreja possa aguardar a vinda do seu Noivo, um patrimônio que a sustenta até o dia em que for retirada desta Terra para viver para sempre com o seu Senhor (Jo.14:1-3).

OBS: “...E como continuidade do seu Grande Ministério, Jesus deu dons aos homens, para que estes possam participar e exerçam o ministério terreno, na divulgação das Boas-Novas, para que todos os que creem sejam salvos...” (SILVA, Osmar José da. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.5, p.122).

II - OS DONS DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS.

-Talvez um dos motivos da extinção dos Dons na igreja, é que muitos crentes se acham auto-suficientes, quando Deus Os usa com algum dom, quando pelo contrário, devíamos saber que somos dependentes uns dos outros Como membros do corpo de Cristo, e Deus é quem deve ser glorificado.

-Os dons espirituais são aqueles elencados em I Co.12:8-11, onde vemos que são dons dados pelo Espírito Santo a certos membros da Igreja para que haja a manifestação do Espírito Santo no meio da Igreja no que for útil (I Co.12:7), para o fim de edificação, exortação e consolação da Igreja (I Co.14:3).

-Se há distorções, 

- Já os dons ministeriais são aqueles elencados em Ef.4:11, onde vemos que são dons dados pelo próprio Jesus a certos membros da Igreja para que haja o aperfeiçoamento(no grego “katartismos”, era usado para indicar a correção de ossos partidos, e a restauração de algo ao seu estado primitivo). “Aperfeiçoamento dos santos” para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo em amor (Ef.4:12-16). A expressão “edificar”, no grego “oikodomeo”, denota “o ato de construir ou recarregar.

- Além destes, há os chamados “dons de serviço”, ou “dons assistenciais”, ou, ainda, “dons espirituais de ministérios práticos”, elencados em Rm.12:6-9, dons que têm por finalidade a atuação na integração do corpo de Cristo, na formação de sua unidade.

- Devemos, no entanto, observar, antes de entrarmos no estudo geral dos dons, observar que se tratam de “dons”, ou seja, estamos diante de uma “doação” de Deus. Ora, como explicam os juristas, somente ocorre uma doação quando além de alguém disposto a dar algo, outra pessoa aceite receber o que é dado.

OBS: Isto fica bem esclarecido na leitura do artigo 539 do Código Civil, que assim dispõe: “O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo”.

- Tem-se, portanto, que, em se tratando de uma doação, a entrega de dons aos salvos pelo Senhor tem duas características fundamentais: a primeira, que se trata de um ato de liberalidade de Deus, ou seja, algo que decorre de Sua exclusiva vontade soberana, de modo que quem dá e o que dá é exclusivamente o Senhor, que não está obrigado a entregar este ou aquele dom a quem quer que seja. É por isso que, como já vimos supra, é dito que o Senhor dá a quem quer, escolhe o dom que quiser a quem quiser.

- A segunda característica é que os dons devem ser queridos por quem os recebe, pelo chamado donatário. Não há que se falar em entrega de dons se o receptor não aceitar recebê-lo. É por este motivo que se torna indispensável a busca dos dons, como recomenda o apóstolo Paulo tanto em relação aos dons espirituais (I Co.12:31), como em relação aos dons ministeriais (I Tm.3:1).

-Vemos, portanto, que os dons ministeriais têm, por finalidade, trazer maturidade espiritual aos crentes, prepará-los convenientemente para o exercício das tarefas cometidas pelo Senhor a cada um deles. Os dons ministeriais, ao contrário dos dons ditos “assistenciais”, visam criar condições nos outros crentes para que eles, sim, exerçam o dom “assistencial” que recebeu do Espírito Santo.

- Os dons ministeriais estão elencados na relação de Ef.4:11 e, de pronto, devemos distinguir os dons ministeriais dos “títulos ministeriais” ou dos “cargos eclesiásticos”. Em os nossos dias, muitos têm confundido estas duas coisas, que são completamente diferentes. O dom é uma dádiva de Cristo, é um dom que vem diretamente do Senhor para o crente, dom este que é percebido pelo crente através da comunhão que tem com Deus e pela presença do Espírito Santo na sua vida e que independe de qualquer reconhecimento humano, mesmo da igreja local.

-A provisão de Cristo quanto aos dons. Após consumar a obra salvífica no Calvário, Jesus ressuscitou ao terceiro dia levando consigo os santos do AT que estavam no seio de Abraão para o Paraíso (Lc 23.43; 1Pd 3.19). Logo, Cristo “levou cativo o cativeiro” e por conseguinte repartiu os tesouros conquistados por Ele com a sua morte “deu dons aos homens” (Ef 4.8-b). Segundo Paulo, estes tesouros dizem respeito aos dons dados a Igreja (Ef 4.11).

-A posição de Cristo como aquele que dá dons. Em Efésios 4.10 a Escritura nos diz: “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas”. Jesus Cristo primeiro desceu as partes mais baixas da terra e em seguida foi assunto aos céus e assentou-se a direita do Pai (Sl 110.1; Mc 12.35-37; Mc 16.19; Hb 1.3; 8.1). Foi justamente nessa posição de honra que Cristo como sumo sacerdote intercedeu por sua Igreja (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-4).

CONCLUSÃO:

-É verdade que cabe ao noivo escolher que dons dar à sua noiva, que preciosidades dar a cada membro da Igreja, mas isto não exime a noiva de buscar se adornar da melhor maneira possível com aquilo que o Senhor nos deu. Por isso, busquemos os dons espirituais, atitude que, lamentavelmente, está rareando cada vez mais entre os que cristãos se dizem ser.

- O amado irmão quer participar das bodas do Cordeiro? Busque os dons espirituais e ministeriais e, desta forma, certamente não correrá o risco de ficar de fora da festa nupcial que se encontra preparada, por não estar convenientemente trajado (Mt.22:11-13).

-Busquemos Os Dons do Espírito, que estão à nossa disposição. Amém.



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