INTRODUÇÃO
O decreto de Ciro já estava lavrado. Os judeus poderiam voltar à sua terra, reerguer os muros de Jerusalém e reconstruir o Santo Templo. No entanto, a tarefa parecia bastante difícil. A maioria dos judeus estava acomodada à vida na Babilônia e não estava disposta a voltar à terra de Israel para executar o plano de reconstrução. Somente o Espírito Santo poderia levantar homens necessários ao desempenho de semelhante tarefa. Foi exatamente isso o que aconteceu. 0 Senhor suscitou homens que não se prendiam às coisas efêmeras desta vida, e cuja visão estava na redenção da linhagem de Israel. É de um despertamento semelhante que tanto precisamos nesses tempos difíceis! Nesta lição iremos ver a origem do despertamento espiritual e as suas finalidades. Aprendamos pois que, a submissão a vontade de Deus gera o despertamento espiritual.
I – O QUE É DESPERTAMENTO ESPIRITUAL
-O termo despertamento no AT advém de expressões como: “yaqats, qun, iur” que querem dizer respectivamente: “agitar, despertar, acordar, incitar, ser despertado, ficar de pé, estar entusiasmado, estar triunfante, agir como quem está acordado, está ativo” (Gn 9.24; 49.9; Ed 1.1,5). No NT a palavra despertamento, aparece como a tradução de termos como: “exupnizo, diegeiro, egeiro, que dizem respeito a: “acordar, despertar a mente, fazer ativo, fazer levantar, fazer nascer (Jo 11.11; Rm 13.11; Ef 5.14).
-À luz das Escrituras, o despertamento espiritual faz alusão a mudança de ânimo de uma pessoa quanto ao interesse acentuado pelas coisas de Deus (Cl 3.1), por viver uma vida pautada na vontade do Senhor, ocorrendo uma verdadeira mudança interior, demonstrada pela vida prática (Rm 12.1,2; 2Co 5.17). Em relação à igreja, esse avivamento é a restauração do primeiro amor dos cristãos, resultando no despertamento, arrependimento e na busca incessante pela presença de Deus (Ap 2.4,5). O despertamento espiritual emana de Deus, por isso Ele usa os instrumentos que achar necessários para cooperarem com a sua soberana vontade. A Vontade de Deus na teologia e na Bíblia, nem sempre tem a mesma conotação. Ele pode denotar toda a sua natureza moral incluindo seus atributos, a faculdade de autodeterminação (Sl 115.3; Dn 4.35), um plano pré-determinado como no caso de um decreto (Ef 1.9,10; Ap 4.11 etc.), o poder para cumprir seus planos e propósitos (Pv 21.1; Rm 9.19; 2 Cr 20.6), ou a regra da vida imposta sobre as criaturas racionais, isto é, a vontade objetiva de Deus, que se pode guardar (Mt 7.21; Jo 4.34; 7.17; Rm 12.2).
A vontade divina é a causa final de todas as coisas. Ela é absoluta e imutável (Sl 33.11), não condicionada por nada além de si mesma
II – AS FINALIDADES DO DESPERTAMENTO ESPIRITUAL
-As finalidades do despertamento envolviam as restaurações nacional e espiritual de Israel. A primeira restaurou a pátria e a segunda restaurou o homem da idolatria dos deuses pagãos do exílio.
-A política de Ciro beneficiou sensivelmente os judeus exilados em Babilônia, pois Ciro conferiu a Yahweh o mesmo respeito dado a Marduque e a outras divindades. A consequência lógica sua política foi o decreto que permitia aos judeus o retorno à sua terra. Somente em um templo restaurado em Jerusalém Yahweh poderia agir efetivamente como o Deus de Judá. Assim, em fiel obediência a Yahweh, Ciro decidiu repatriar o povo judeu. Providenciou autorizações para que eles voltassem e reconstruíssem a cidade e o templo para seu Deus” (MERRiL Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: o reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.509).
III – A FIDELIDADE DE DEUS
-Deus é fiel em cumprir suas promessas dadas ao seu povo. Além de vivificar e renovar as suas promessas. Ele também renova a fé dos que estão abatidos. Embora se refira ocasionalmente à palavra do homem, o uso característico da palavra “promessa” nas Escrituras relaciona-se com o que Deus declara que fará acontecer. Embora possamos inferir as promessas feitas entre o Pai e o Filho antes da criação, a primeira grande promessa de Deus aos homens está em Gênesis 3.15 e inaugura uma sucessão que, em uma crescente clareza de detalhes desde seu anúncio, fala sobre a vinda do Messias-Salvador. Uma grande variedade de promessas está mais ou menos ligada, de uma forma direta, a essa grande promessa central, inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), o derramamento do Espírito (J1 2.28ss.), a restauração de Israel (Dt 30.1-5) e, finalmente, o novo céu e a nova terra (Is 65.17; 66.22).
-Paulo demonstra que a “promessa de Deus” tem a qualidade de uma aliança, porque cada palavra de Deus é segura e certa, livre do legalismo e da dependência do esforço do homem (por exemplo, Rm 4.13-16; Gl 3.16 18; cf. Hb 11.40)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1611).
IV – RESULTADOS E PRINCÍPIOS DO DESPERTAMENTO ESPIRITUAL
-Um dos resultados do despertamento é a obediência dos homens à Palavra. Depois que houve o despertamento no retorno do exílio babilónico, não houve a introdução de qualquer mistura de cultos pagãos entre o povo de Deus. 0 que é um despertamento espiritual? Antes de mais nada, é um retorno à vontade de Deus. Todas as vezes que os crentes voltam aos princípios das Sagradas Escrituras, dá-se um despertamento espiritual. Foi assim no tempo de Josias e na época de Esdras. E, o mesmo se verifica quando o povo de Deus, hoje, predispõe-se a executar as tarefas que o Senhor lhes entrega. Mas e quais os princípios para se viver um grande despertamento espiritual?
1-Em primeiro lugar, é necessário se voltar às Sagradas Escrituras e esposar todos os seus princípios. Neste ponto, devem cair por terra as nossas conveniências e comodidades. Somente a vontade de Deus é que interessa. Notemos que o grande avivamento de Josias começou exatamente quando líderes do povo começaram a examinar detidamente as Sagradas Escrituras. Doutra forma, continuariam no mesmo marasmo.
2-Em segundo lugar, é necessário buscar com redobrado favor a presença de Cristo. Afirmou certa vez um teólogo que a história se cala acerca dos avivamentos que começaram sem oração. Quer nos tempos bíblicos, quer nos dias de hoje, não pode haver avivamento sem oração. É um pressuposto básico do qual não podemos fugir.
Em terceiro lugar, não podemos perder o nosso primeiro amor. A Igreja de Éfeso, por exemplo, sofria deste mal crônico. Exteriormente, não poderia haver igreja tão ortodoxa doutrinariamente como aquela. No entanto, estava longe de seu primeiro amor. E, se a força do nosso amor não corresponde aos primórdios da nossa fé, carecemos rogar as misericórdias do Senhor para que um novo despertamento espiritual venha renovar o nosso amor. Assim teremos como resultados:
-O genuíno avivamento produz uma mudança de vida (Rm 8.15-17; 11.1-2; 2Co 5.14-17);
-O genuíno avivamento ilumina a mente e a razão com a Palavra e com o Espírito (Pv 3.13; Cl 1.9; Tg 1.5);
-O genuíno avivamento produz frutos do Espírito Santo (G1 5.16-26; Ef 5.18);
-O genuíno avivamento abrange todo o ser do homem (Jr 31.31-33; Ez 36.25-28; 1Ts 5.23);
-O genuíno avivamento produz unidade cristã (1Co 12.4-7; At 4.32);
-O genuíno avivamento tem a oração como elemento fundamental (Rm 12.12; Cl 4.2; 1Tm 2.1-2);
-O genuíno avivamento produz um autêntico quebrantamento (1Pd 5.6; Sl 51.112; Rm 5.1; Ef 2.16-18).
CONCLUSÃO: É hora de despertamento... Jesus está voltando, e todo os que pretendem morar no céu precisam estar com sua salvação guardada, perseverando continuamente no amor, no temor, na paz, na santidade, na esperança e na fé, pois a salvação e a vida eterna são o nosso maior tesouro, a nossa coroa.
"Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." (Apocalipse 3:11)
O Senhor Jesus está voltando e com ele vem o seu galardão para aqueles que o servem e perseverarão até o fim.
"Eis que o senhor Jeová virá como o forte, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão vem com ele, e o seu salário, diante da sua face." (Isaias 40:10)
Amados de Deus, que o Senhor nos mande esse Despertamento, pois nos dias atuais para que nossas igrejas voltem desse isolamento social, e trabalhe com ânimo e vigor, outra vez vos digo, precisamos de um grande Despertamento Espiritual (Hq 3:2)
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