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AD Alagoas / Lições Bíblicas

04/07/2020

Lição 1 - Daniel, Ora por um Despertamento

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO: 

-Estudaremos “Os Princípios Divinos em Tempos de Crise: A Reconstrução de Jerusalém e o Avivamento Espiritual como Exemplos para os nossos Dias, um assunto que não pode ser negligenciado e muito menos esquecido pela Igreja do Senhor, principalmente nos dias em que a perseguição sutil vem, de forma crescente, abatendo sobre nós. Sempre que o povo de DEUS passava por momentos difíceis, o despertamento mostrara-se o melhor caminho para a vitória dos servos de DEUS sobre os seus inimigos. Que o Senhor da Seara desperte sobre nós o avivamento puro e genuíno, capaz de mudar o cativeiro dos servos fiéis, fortalecendo-os na Palavra, incentivando-os a uma vida de oração e capacitando-os a levar o arrependimento a este mundo que caminha em densas trevas.

-Neste trimestre Estudaremos sobre Avivamento Espiritual.(1,2)

-Depois, estudaremos sobre a reconstrução do Templo em Jerusalém, Lições de 3 a 5 (Zorobabel e Josué) - Livros Esdras, Ageu e Zacarias.

-Depois, Reconstrução de Jerusalém por Neemias governando (70 anos depois do templo) - Lições 6 a 10. Livros Neemias. 

-Trabalho conjunto de Esdrras e Neemias depois da recosntrução do templo e dos muros e da cidade de Jerusalém - Lição 11 a 12.Livros Esdras e Neemias.

-Lição 13 Vigilância. - Livros Esdras e Neemias.

-Todas as lições têm o avivamento como centro. 

-Avivamento que começou a apartir da oração de Daniel.

-O avivamento do tempo de Neemias e Esdras teve início com a leitura de Daniel sobre os setenta anos, no livro de Jeremias, e com a oraçao de Daniel intercedendo para que DEUS cumprisse sua Palavra. 

-Daniel também jejuou.

-Daniel soube que a época de Israel ser livre chegou e foi orar. 

-Nós sabemos que a hora do arrebatamento chegou, devido aos sinais que hora vemos, então oremos para que sejamos logo arrebatados.

-O avivamento é antes de tudo um amor à Palavra de DEUS e às almas perdidas, despertados pelo desejo de agradar a DEUS, fazendo sua obra.

-O avivamento é uma cachoeira do ESPÍRITO SANTO derramada sobre poucos no início, mas que se estende desde o mais tenro menino até atingir o mais idoso dos homens, também contagia os descrentes e doentes de toda uma cidade, podendo chegar a mudar costumes e hábitos de toda uma sociedade.

-O início de todo grande avivamento é com a descoberta da Palavra de DEUS.

-É a partir do amor à Palavra que nasce o desejo de orar, jejuar, adorar, louvar e evangelizar.

-Infelizmente muitos avivamentos nascem através de uma pessoa e quando esta pessoa se afasta, o avivamento perde força e se acaba; por isso, nunca devemos apoiar nosso avivamento em cima de uma só pessoa como líder, mas colocarmos diversos mestres no centro do mesmo.

Quando não se consegue manter o avivamento, o prejuízo de almas e a entrega ao mundanismo se alastra como chamas de um grande incêndio.

Num grande avivamento, os líderes, tanto políticos como religiosos, se assentam para ouvir a instrução de mestres e se sujeitam à Palavra de DEUS.

– DANIEL FOI DESPERTADO PARA ORAR

Ao que parece o cativeiro de Israel na Babilônia estava para findar, após ler o profeta Jeremias, Daniel pôs-se a orar intercededendo para que DEUS cumprisse sua Palavra com respeito a seu povo.

Daniel leu a Palavra de DEUS, orou e jejuou, cobrindo-se de saco e cinza, em sinal de profunda tristeza como era o costume de sua época (Dn 9.1-3).

1- Daniel vivia uma vida consagrada a DEUS. 

Desde que foi levado cativo para a Babilônia (Dn 1.1-4,6), aos 15 anos, no ano 606 a.C, Daniel demonstrou ser um jovem fiel a DEUS e cheio de fé. Sempre se destacou como o melhor entre os administradores dos negócios dos reinos aos quais serviu (Nabucodonosor (imperio babilônico) - governador da província da Babilônia e inspetor- chefe da casta sacerdotal (Dan. 2:48); Nabonido (Belsazar); Dario (Medo

Persas); Ciro).

Daniel orava três vezes ao dia - “A oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8) e Ele escutará a oração dos justos” (Pv 15 29). Daniel é exemplo para todas as gerações de crentes (Dn 1.8).

O homem Daniel.

No hebraico, DEUS é meu juiz».

O Homem Daniel e o Plano de Fundo Histórico do Livro

Daniel era descendente da família real de Judá, ou pelo menos, da alta nobreza dessa nação (Dan. 1:3; Josefo, Anti. 10.10,1). É possível que ele tenha nascido em Jerusalém, embora o trecho de Daniel 9:24, usado como apoio para essa ideia, não seja conclusivo quanto a isso. Com a idade entre doze e dezesseis anos, ele já se encontrava na Babilônia, como cativo judeu entre todos outros jovens nobres hebreus, como Ananias, Misael e Azarias, em resultado da primeira deportação da nação de Judá, no quarto ano do reinado de Jeoaquim. Ele e seus companheiros foram forçados a entrar no serviço da corte real babilônica, Daniel recebeu o nome caldeu de Beltessazar, que significa «príncipe de Baal». De acordo com os costumes orientais, uma pessoa podia adquirir um novo nome, se as suas condições fossem significativamente alteradas, e esse novo nome expressava a nova condição (11 Reis 23:34; 24:17; Est. 2:7; 'Bsd, 5:14). A fim de ser preparado para suas novas funções, Daniel recebeu o treinamento oriental necessário. (Ver Platão, Alceb, seção 37). Daniel aprendeu a falar e a escrever o caldeu (Dan. 1:4). Não demorou para ele distinguir-se, tomando-se conhecido por sua sabedoria e piedade, especialmente na observância da lei mosaica (Dan. 1:8-16). O seu dever de entreter a outras pessoas sujeitou-o à tentação de comer coisas consideradas impróprias pelos preceitos leviticos, problema esse que ele enfrentou com sucesso.

A educação de Daniel teve lugar durante três anos, e então tomou-se um dos cortesões do palácio de Nabucodonosor, onde, pela ajuda divina, conseguiu interpretar um sonho do monarca, para inteira satisfação deste. Tudo em Daniel impressionava o rei, pelo que ele subiu no conceito real, tendo-lhe sido confiados dois cargos importantes, como governador da província da Babilônia e inspetor-chefe da casta sacerdotal (Dan. 2:48). Posteriormente, em um outro sonho que Daniel interpretou, ficou predito que o rei, por causa de sua prepotência, deveria ser humilhado por meio da insanidade temporária, após o que, seu juízo ser-lhe-ia restaurado (Dan. 4). As qualidades pessoais de Daniel, como sua sabedoria, seu amor e sua lealdade, resplandecem por toda a narrativa. Sob os sucessores indignos de Nabucodonosor, ao que parece, Daniel sofreu

um período de obscuridade e olvido. Foi removido de suas elevadas posições, e parece ter começado a ocupar postos inferiores (Dan. 8:27). Isso posto, ele só voltou à proeminência na época do rei Belsazar (Dan. 5:7,8), que foi co-regente de seu pai, Nabonido. Belsazar, porém, foi morto quando os persas conquistaram a cidade. Porém, antes desse acontecimento, Daniel foi restaurado ao favor real, por haver conseguido decifrar o escrito misterioso na parede do sala do banquete (Dan. 5:2 e ss), Foi por essa altura dos acontecimentos que Daniel recebeu as visões registradas nos capítulos sétimo e oitavo, as quais descortinam o curso futuro da história humana, juntamente com a descrição dos principais impérios mundiais, que se prolongariam não somente até à primeira vinda de CRISTO, mas exatamente até o momento da parousia.., ou segunda vinda de CRISTO. Os medos e os persas conquistaram a Babilônia, e uma nova fase da história se iniciou. Daniel mostrou-se ativo no breve reinado de Dario, o medo, que alguns estudiosos pensam ter sido o mesmo Ciaxares II. Uma das questões envolvidas foram os preparativos para a possível volta de seu povo, do exílio para a Terra Santa. Sua grande ansiedade, em favor de seu povo, para que fossem perdoados de seus pecados e fossem restaurados à sua terra, provavelmente foi um dos fatores que o ajudou a vislumbrar o futuro, até o fim da nossa

atual dispensação (Dan. 9), o que significa que ele previu o curso inteiro da futura história de Israel. Daniel continuou cumprindo seus deveres de estadista, mas sempre observando estritamente a sua fé religiosa, sem qualquer transigência. Há um hino cujo estribilho diz: «Ouses ser um Daniel; ouses ficar sozinho». O caráter e os atos de Daniel despertaram ciúmes e invejas.

Mediante manipulação política, Daniel terminou encerrado na cova dos leões; mas o anjo de DEUS controlou a situação, e Daniel foi livrado dos leões, adquirindo um novo prestigio, uma maior autoridade.

Daniel teve a satisfação de ver um remanescente de Israel voltar à Palestina (Dan. 10:12). Todavia, sua carreira profética ainda não havia terminado, porquanto, no terceiro ano de Ciro, ele recebeu uma outra série de visões, informando-o acerca dos futuros sofrimentos de Israel, do período de sua redenção, através de JESUS CRISTO, da ressurreição dos mortos e do fim da atual dispensação (Dan. 11 e 12). A partir desse ponto, as tradições e as fábulas se manifestam, havendo histórias referentes à Palestina e à Babilônia (Susã), embora não possamos confiar nesses relatos, Uma tradição rabínica posterior (Midrash Sir ha-sirim, 7:8) diz que Daniel retomou à Palestina, entre os exilados. Mas um viajante judeu, Benjamim de Tudela (século XII D.C.) supostamente teria encontrado o túmulo de Daniel em Susã, na Babilônia. Nesse caso, se o primeiro informe é veraz, então Daniel retornou mais tarde à Babilônia. Há informes sobre esse túmulo, desde o século VI D.C., embora muitos duvidem da exatidão dessas tradições, pois geralmente não passam de fantasias.(CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 8-9.)

-DANIEL - Daniel "assentou em seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia" (1.8). Como uma concessão ao seu pedido, Daniel e seus amigos tiveram permissão de apenas comer vegetais e beber água durante dez dias, e demonstraram ter ficado mais saudáveis que os demais companheiros. Os supervisores perceberam que esses jovens judeus possuíam grande habilidade e sabedoria. Ao final de seu período de treinamento foram reconhecidos pelo rei como superiores a todos os homens sábios da corte real. Através da divina revelação, Daniel contou o sonho que o rei havia esquecido e também deu a interpretação, que incluía a destruição do reino de Nabucodonosor (Dn 2).

O rei elogiou Daniel, honrou o seu DEUS e o recompensou com presentes preciosos (2.46,47) e também "o pôs por governador de toda a província de Babilônia, como também por principal governador de todos os sábios de Babilônia" (2.48). Mais tarde, Daniel interpretou outro sonho de Nabucodonosor e disse ao rei que, durante algum tempo, ele perderia seu trono, mas que este seria recuperado depois que ele tivesse se humilhado completamente (Dn 4). DEUS revelou, através de Daniel, certos aspectos do reino messiânico que poderiam interferir no curso da história e da eternidade. Mais de 20 anos (561-539 a.C.) nada foi registrado a respeito de Daniel. Então, na festa de Belsazar (q.v), que era o co-regente com seu pai Nabonido, a rainha (provavelmente mãe de Belsazar, e filha de Nabucodonosor) lembrou-se de Daniel, que foi convocado para interpretar uma estranha inscrição na parede (Dn 5.10-28). De acordo com sua interpretação, a Babilônia seria conquistada naquela noite (539 a.C.) por Dário, o medo. Embora a história secular não tenha, até o momento, conhecido um personagem medo com o nome de Dario, ele foi identificado por competentes estudiosos como sendo Gobryas, governador da Babilônia no reinado de Ciro (John C. Whitcomb, Darius the Mede). Dário reconheceu a habilidade de Daniel e o fez chefe de um conselho de três presidentes e "pensava constituí-lo sobre todo o reino" (Dn 6.3). Em sua religião, Daniel manifestava a mesma fidelidade incondicional. Ele desafiou o decreto de Dario e orava a DEUS ao invés de fazer petições ao rei. Foi lançado na cova dos leões e milagrosamente salvo (Dn 6). Ele nunca transigiu as suas convicções, nem hesitou em sua lealdade a DEUS. Viveu até o terceiro ano do reinado de Ciro (536 a.C), chegando, provavelmente, a 90 anos de idade e ainda bastante ativo. Ezequiel se referia a Daniel como um homem de grande sabedoria e piedade (Ez 28.3) e o colocava ao lado de pessoas tão dignas quanto Noé e Jó (Ez 14.14,20), homens de renomada virtude. JESUS se referiu a Daniel pelo menos uma vez (Mt 24.15). Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda), Mateus 24:15. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 519-520.

O primeiro sinal da dignidade de Daniel é visto quando ele se recusa discretamente a desistir de suas convicções. Daniel tinha aplicado a vontade de DEUS a sua vida e era contrário a mudar os bons hábitos que formara. Tanto o alimento físico quanto o espiritual eram uma parte importante de seu relacionamento com DEUS. Alimentava-se cuidadosamente e vivia em estudo da Palavra de DEUS, em oração e jejum. Um dos benefícios de estar em treinamento para o serviço real era comer da mesa do próprio rei. Daniel escolheu com discernimento um cardápio mais simples e provou ter sido esta uma escolha saudável. Assim como Daniel, as horas das refeições são testes óbvios e regulares de nosso empenho em controlar os apetites. Enquanto controlava sua ingestão de alimentos, Daniel entregava-se à oração. Podia comunicar-se com DEUS porque fez disto um hábito. Ele colocou em prática suas convicções, mesmo quando isto significou ser lançado em uma cova de leões famintos. Sua vida provou que tinha feito a escolha certa.

Você mantém tão firmemente sua fé em DEUS que, não importa o que aconteça, fará o que DEUS lhe disser? Tal convicção o mantém um passo à frente da tentação e lhe dará sabedoria e estabilidade diante das mudanças. Em oração, viva as suas convicções no dia-a-dia e confie em DEUS quanto aos resultados.

Pontos fortes e êxitos:

• Apesar de jovem quando deportado, permaneceu leal à sua fé.

• Serviu como conselheiro a dois reis babilônicos e dois reis medo-persas. 

• Era um homem de oração e um estadista com o dom da profecia. • Sobreviveu à cova dos leões.

Lições de vida:

• As convicções silenciosas freqüentemente ganham respeito em longo prazo. 

• Não espere chegar a uma situação difícil para aprender sobre oração. 

• DEUS pode usar as pessoas onde quer que estejam.

Informações essenciais:

• Local: Judá e as cortes da Babilônia e da Pérsia. 

• Ocupação: Um cativo de Israel que se tornou conselheiro de reis. 

• Contemporâneos: Hananias, Misael, Azarias, Nabucodonosor, Belsazar, Dario e Ciro.   

-Versículo-chave:

"Porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e ciência, e entendimento, interpretando sonhos, e explicando enigmas, e solvendo dúvidas, ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar; chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará interpretação" (Dn 5.12).(BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag.)

2- A estatura espiritual de Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração.

-DEUS não pode contar com muitos de seus filhos para uma grande e importante intercessão, pois são poucos os treinados e experimentados na oração. O combate em oração exige perseverar firmemente, sem desfalecer (Rm 12.12; Gl 1.30; Cl 2.1). Somente A garnde maioria “visitam”, de vez em quando, culto de oração, quando este existe em sua congregação. O círculo de oração, que começou com oração todos os dias, experimenta o maior esfriamento de sua história, já tem igreja onde o círculo de oração só ora um dia por semana e até onde nem existe mais oração. O círculo de oração masculino, este, quase que desapareceu totalmente. Daniel, porém, assim como Davi, tinham o hábito de orar três vezes ao dia (Dn 6.10). Daniel orava três vezes ao dia, muito provavelmente três horas por dia , intercalados por seu trabalho a favor de seu povo e dos povos que governaram a Babilônia, enquanto esteve vivo. Daniel era usado em revelações de sonhos (Daniel interpreta o sonho de Nabucodonosor).

A interpretação de língua (Dn 5-30), e visões.

. Travava orações em Batalhas espirituais a favor de Israel.

(As visões dos anos vindouros (Dn 7-8); A revelação das setenta

 semanas (Dn 9); Imagens da história do fim (Dn 11-12).

De tarde, e de manhã, e ao meio-dia, orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.

(Horários de oração do rei Davi) Salmos 55:17 Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu DEUS, como também antes costumava fazer. Daniel 6:10 - Provavelmente este era o padrão de horários de oração de Daniel - De tarde, e de manhã, e ao meio-dia. E NOSSA ORAÇÃO, QUAL PADRÃO TEM?

A oração de Daniel era ouvida no céu e seu costume era orar três vezes ao dia:

Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu DEUS, como também antes costumava fazer. Daniel 6:10

Então, responderam e disseram diante do rei: Daniel, que é dos transportados de Judá, não tem feito caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste; antes, três vezes por dia faz a sua oração. Daniel 6:13

Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu DEUS, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras. Daniel 10:12

“... três vezes ao dia se punha de joelhos, e orava”. O versículo nos dá interessante evidência a respeito da oração no período bíblico posterior ao cativeiro, e ao mesmo tempo o cumprimento das palavras de Salomão em 1 Rs 8.46-49a, que diz: “Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares nas mãos do inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro à terra do inimigo, quer longe ou perto esteja; e na terra aonde forem levados em cativeiro tornarem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversamente obramos, e cometemos iniquidade, tu Os ouvirás.”

II - RESPOSTA A ORAÇÃO DE DANIEL

- Daniel, ao verificar que se tinham dado ou se estava na iminência de se dar os setenta anos do cativeiro, dirigiu seu rosto ao Senhor para O buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza (Dn.9:3).

- Não há como se ter um avivamento espiritual se não se voltar para o Senhor. Se se fala em “avivamento”, se está a falar em “tornar à vida”, a “intensificar a vida” e todos sabemos que a fonte da vida é Deus, como, aliás, disse o Senhor Jesus à mulher samaritana (Jo.4:7-14).

- Como se não bastasse isso, sabemos que, nas Escrituras, vida significa comunhão e, portanto, somente tem vida verdadeira aquele que está em comunhão com o Senhor e, portanto, “avivamento” não é outra coisa senão retomar ou intensificar a comunhão com Deus, até se chegar à unidade pretendida pela obra salvífica de Cristo (Jo.17:20-23).

- Sendo assim, não há outro caminho possível para o avivamento senão de se buscar ao Senhor, de ir ao Seu encontro e a forma pela qual o homem vai em direção a Deus outra não pode ser senão a oração, que é meio de comunicação entre Deus e o homem que tem como ponto de partida o ser humano.

- Nos dias em que vivemos, fala-se muito em avivamento, mas não se vê este princípio fundamental, que é a de haver direção de busca ao Senhor, de se levar o povo à oração e ao jejum para que se tenha tal avivamento. Os “avivamentos” hodiernos têm agitação, louvores, confraternizações, interações, mas nada ou quase nada de direção do rosto a Deus, de oração e de jejum, da quietude para que se tenha a intimidade cada vez maior entre o Senhor e cada um dos membros em particular de Seu povo.

- Todo este avivamento que estudaremos, ao longo do trimestre, começou com esta resolução individual e solitária do profeta de buscar a Deus, de abrir a sua janela em direção ao que tinha sido o templo de Jerusalém (Dn.6:10), como mandavam as prescrições (I Rs.8:46-53; II Cr.6:34-39) e, com rogos, jejum pano de saco e cinza começar a clamar ao Senhor o livramento e a restauração de seu povo.

- Quem quiser um avivamento, que siga o que o profeta Daniel fez, que comece ele a clamar e a buscar ao Senhor, a fim de que as promessas e profecias se cumpram e que haja renovação e restauração espiritual para o povo de Deus.

- Daniel não usou de sua posição respeitável perante o povo para censurá-los, para arrogar uma santidade ou dar “lições de moral”. Muitos, na atualidade, diante dos desvios espirituais, dos escândalos, começam a usar de sua posição para vociferar a sua santidade, para condenar os que estão errados, esquecidos de que a tarefa do servo de Deus é se apiedar dos que estão duvidosos e salvar alguns, arrebatando-os do fogo (Jd.21,22), procurando fazer veredas direitas para os nossos pés para que o que manqueja não venha a se desviar inteiramente mas, antes, seja sarado (Hb.12:13).

- Verdade é que isto não significa afirmar que devamos “passar pano” nos pecados cometidos ou na vida desregrada de alguns, como, aliás, fizeram equivocadamente os coríntios com relação àquele que abusara da mulher de seu pai (I Co.5:1), mas, ao contrário, impor a devida disciplina, quando necessário, como recomendou o apóstolo Paulo naquele caso, disciplina esta, entretanto, que deve ser um remédio e não um veneno, como, nesse mesmo caso, disse o apóstolo posteriormente (II Co.2:6-11).

- A atitude de Daniel foi buscar ao Senhor, rogar a Ele, inclusive se considerando como um dos pecadores, pois, sabia o profeta, não há ninguém que seja bom sobre a face da Terra, sendo todos os homens maus e pecadores (Sl.14:2,3; Mt.19:17). Daniel humilhou-se diante do Senhor, pois não podemos nos considerar superiores a pessoa alguma (Fp.2:3), pois, quando nos humilhamos, temos o mesmo sentimento de Nosso Senhor e Salvador (Fp.2:5-8).

- Tomás de Kempis (1380-1471), autor do livro “Imitação de Cristo”, afirma, com muita propriedade: “...Quando o homem se humilha por seus defeitos, aplaca facilmente os outros e satisfaz os que estão irados contra ele. Ao humilde Deus protege e salva, ao humilde ama e consola, ao humilde ele se inclina, dá-lhe abundantes graças e depois do abatimento o levanta a grande honra. Ao humilde revela seus segredos e com doçura a si o atrai e convida. O humilde, ao sofrer afrontas, conserva sua paz, porque confia em Deus e não no mundo. Não julgues ter feito progresso algum, enquanto te não reconheças inferior a todos....” (op.cit., livro segundo, cap.2.2, p.32).

- Não há como vir um avivamento se não nos humilharmos perante o Senhor. Deus exalta os humildes (Ez.21:26) e somente por meio da humilhação do povo de Deus haverá o sarar da terra (II Cr.7:14) e a exaltação do próprio povo (I Pe.5:6). Um avivamento é um estado de exaltação do povo de Deus, é um momento de cura espiritual e, portanto, jamais poderá surgir se, antes, não houver a humilhação.

- Daniel, então, orou ao Senhor, que ele chama de “meu Deus” e fez confissão de seus pecados e iniquidades, admitindo a rebeldia contra o Senhor e o apartamento de Seus mandamos e juízos (Dn.9:4,5).

- Daniel reconhece as suas imperfeições. Não resta dúvida de que o profeta era, desde a tenra idade, um servo de Deus. Era um dos “figos bons” e, no palácio de Nabucodonosor, assentou no seu coração não se contaminar com os manjares do rei (Dn.1:8)., demonstrando, deste modo, ser um homem que se mantinha em santificação, separado do pecado, mesmo em meio a uma corte altamente idólatra e dada a toda sorte de feitiçaria.

- Manteve-se, governo após governo, civilização após civilização, sempre nesta conduta de santificação, de separação do pecado, mas não podia ser considerado um homem perfeito, pois nenhum homem o é. Por isso, validamente, confessou os seus pecados e iniquidades, reconhecendo que, a exemplo dos seus demais compatriotas, não servia a Deus a contento, não atingi o patamar de santidade requerido pelo Senhor, embora sempre se esforçasse para o fazer.

- Não há como termos um avivamento se não admitirmos as nossas imperfeições, se não reconhecermos nossas fraquezas e a necessidade que temos de buscar cada vez mais ao Senhor. Se nos considerarmos santos o suficiente, cairemos no erro dos fariseus e jamais conseguiremos ter uma renovação ou um fortalecimento espirituais. O Senhor Jesus foi claríssimo ao afirmar que ao dizer aos fariseus que eles permaneciam no pecado porque, sendo cegos, diziam que viam e recusavam-se a ter uma visão espiritual crendo em Jesus (Jo.9:39-41). Que Deus nos guarde!

- Ao mesmo tempo que Daniel reconhecia a falibilidade do ser humano, do povo de Israel e dele próprio, exaltava o Senhor e reconhecia a Sua grandeza, poder e fidelidade. O avivamento é possível porque Deus é grande, poderoso e fiel e, portanto, pode nos encher do Seu poder, fazer-nos trasbordar do Espírito Santo, realizando sinais, prodígios e maravilhas, porque assim Ele prometeu a todos quantos O buscarem. Jesus foi claríssimo ao afirmar que quem busca, acha; quem bate, abrir-se-lhe-á e quem pede, dar-se-lhe-á (Mt.7:7,8).

- Muitos, em nossos dias, sabedores de que as profecias bíblicas indicam que vivemos um tempo de aumento da iniquidade e de apostasia espiritual, desanimam quando se fala em avivamento, esquecendo-se de que Deus prometeu ouvir tantos quantos O buscarem, independentemente do momento em que se está a viver.

- Daniel vivia um período em que Babilônia havia caído e havia exsurgido o Império Persa. A alteração do domínio sem que se abrisse uma oportunidade de libertação dos povos dominados parecia indicar mais um longo período de dominação, parecia que a possibilidade de uma anarquia que permitisse o retorno da independência política dos povos dominados havia desaparecido e, com isto, a esperança do cumprimento das profecias e Daniel, mais do que ninguém, alguém enfronhado na estrutura do poder, sabia disso. Contudo, Daniel não se fiava nas circunstâncias, mas, sim, na grandeza, no poder e na fidelidade de Deus e, por isso mesmo, foi orar ao Senhor, sabendo, inclusive, que o povo judeu não merecia esta bênção, já que nada estava a fazer no sentido de melhorar os seus caminhos, mas o fato é que Deus havia prometido livrar o Seu povo e, portanto, haveria de cumprir o que dissera.

- Daniel confessa que o povo judaíta não tinha ouvido os profetas durante todos os anos em que pregavam eles para que o povo se arrependesse de seus pecados e voltasse a cumprir a lei. No próprio cativeiro, Deus levantara, além do próprio Daniel, Ezequiel, mas o povo insistiu em continuar a ouvir falsos profetas, como Acabe e Zedequias (Jr.29:21). Mesmo assim, sabendo que com o povo estava sempre a “confusão de rosto”, a Deus pertencia a justiça (Dn.9:7,8).

- Entretanto, exatamente por saber quem era Deus, o profeta pedia ao Senhor o perdão dos pecados, admitindo que a perda da Terra Prometida tinha sido justamente aplicada ao povo, como constava na lei (Dn.9:9-14).

- Um avivamento somente pode vir quando admitimos a justiça divina e reconhecemos que, validamente, estamos debaixo da ira divina por causa de nossos pecados, mas também que Deus é grandioso em perdoar, desde que nós nos convertamos (Is.55:6), pois o objetivo do Senhor é utilizar-Se dos castigos com o objetivo de levar o povo ao arrependimento e à conversão (Dn.9:13).

- Não há avivamento se não houver arrependimento dos pecados, se não houver conversão. O avivamento é uma decorrência do reconhecimento de nossa necessidade diante de Deus, de nossa pecaminosidade. Falar-se em avivamento sem que se tenha a noção de que é preciso haver arrependimento e conversão é uma fraude, é uma contrafação.

- O pedido de Daniel era, em primeiro lugar, que o Senhor apartasse da Sua ira e do Seu furor a cidade de Jerusalém e o seu santo monte, pois, se Deus não perdoasse o povo, jamais poderia haver a repatriação de Israel. Jerusalém havia se tornado um opróbrio para todos os que estavam ao redor única e exclusivamente pelos pecados do povo.

- Quando notamos que há a necessidade de um avivamento, ou seja, quando percebemos que o nível espiritual do povo está a declinar, temos de reconhecer que isto se deve tão somente por culpa dos homens, que são pecadores e rebeldes contra Deus, e isto deve ser reconhecido, pois, caso contrário, não se poderá ter avivamento algum.

- Por isso, o profeta Daniel dizia que seu pedido não era fiado nas justiças dos homens, mas, sim, nas misericórdias do Senhor, pois são elas a causa de não sermos consumidos, como disse o profeta Jeremias (Lm.3:22,23), misericórdias que se renovam a cada manhã.

- Quando falamos em renovação espiritual, falamos, como já dissemos, em renovação do homem interior dia após dia e, portanto, somente pode ocorrer tal renovação se for ela baseada nas misericórdias do Senhor, que são igualmente renovadas a cada dia, a cada instante. É porque Deus é misericordioso que podemos falar em avivamento.

- O pedido do profeta era que o Senhor fizesse resplandecer o Seu rosto sobre o santuário assolado por amor do Senhor (Dn.9:17). O profeta queria que a glória do Senhor voltasse a se manifestar no templo de Jerusalém. Daniel queria que o povo adorasse ao Senhor, que a glória do Senhor aparecesse para o povo. Vemos que o desejo de Daniel era uma perfeita comunhão entre Deus e o Seu povo..

- Desejar um avivamento é, precisamente, desejar que haja uma comunhão.

 III – O RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS

-As referências a Ciro encontram-se presentes de maneira clara e inequívoca nos capítulos 44 e 45 do livro do profeta Isaías. Contudo, há dois versículos no capítulo 41 que possivelmente referem-se a ele, mas sem citar diretamente seu nome. Os textos encontram- se a seguir:

“2Quem suscitou do oriente o justo e o chamou para o seu pé? Quem deu as nações à sua face e o fez dominar sobre reis? Ele os entregou à sua espada como o pó e como pragana arrebatada pelo vento ao seu arco. [...] 25Suscitei a um do norte, e ele há de vir; desde o nascimento do sol invocará o meu nome; e virá sobre os príncipes, como sobre o lodo e, como o oleiro pisa o barro, os pisará (Is 41.2,25 - NVI).

-Na opinião de Ridderbos, é evidente que a menção do “conquistador que vem do norte” refere-se a Ciro. Ele destaca que Ciro era proveniente da Pérsia e que esta se localizava ao leste da Babilônia, local onde os judeus se encontravam na época em que a profecia teria sido escrita. Ciro também havia conquistado a Média, que ficava ao norte da Babilônia. O objetivo claro nesta profecia é mostrar que por trás dos acontecimentos da história estava a ação soberana de Deus. Crabtree concorda com Ridderbos ao afirmar que, nesta passagem, o profeta refere-se a Ciro. Naqueles dias , a ação de Deus foi um tipo de Avivamento.

-O AT descreve diversos avivamentos que ocorreram no meio do povo de Deus, tais como: no reinado de Asa (2Cr 15.1-15); no reinado de Joás (2Rs 11 e 12); no reinado de Ezequias (2Rs 18. 4-7); no reinado de Josias (2Rs 22 e 23); nos dias de Esdras e Neemias (Ne 8.1-18; 9.1-38), além de outros. Todos eles ocorreram em momentos de crise moral e espiritual, e tiveram como resultado:

-Obediência aos mandamentos divinos (2Rs 18.6; 22.2; 23.3; Ne 9.38);

-Retorno do culto ao Senhor (2Cr 15.8; 2Rs 23.21-23; Ne 8.13-18);

-Destruição dos ídolos e o fim da idolatria (2Cr 15.8; 2Rs 18.4; 23.4-20);

-Arrependimento, confissão e abandono do pecado (2Rs 22.11; Ne 9.1-3);

-Entrega de ofertas e holocaustos ao Senhor (2Cr 15.11; 2Rs 11.11; 22.4-7);

-Prosperidade espiritual (2Rs 18.6; 23.25); oração sincera (Ed 8.21-23) e busca pela Palavra de Deus (Ed 7.10);

-Temor ao Senhor (Ed 10.1) e louvor sincero a Deus (Ed 3.10,11);

-Reverência Palavra de Deus (Ne 8.3,5,8,18) e genuíno culto ao Senhor (Ne 8.6; 2Cr 7.3; 2Cr 20.18; 2Cr 17 7-9);

-Busca verdadeira ao Senhor e quebrantamento (Ne 8.9).

-Pregação do Evangelho com ousadia (At 4.20,29; 5.29);

-Conversões de almas (At 2.14-42; 5.14; 8.12; 11.21);

-Batismo com o Espírito Santo (At 8.14-17; 10.44-46; 19.1-6);

-Milagres, prodígios e maravilhas (At 3.6-9; 8.5-8; 9.32-42);

-Dedicação a obra missionária (At 1.8; 13.1-4).

CONCLUSÃO:

Somente com o avivamento é que o povo de Deus pode ser efetivamente propriedade do Senhor, o “o povo que chama pelo Seu nome” (Dn.9:19) e isto se daria quando Jerusalém pudesse ser, uma vez mais, “a cidade que chama pelo Seu nome’ (Dn.9:18), o que se daria efetivamente quando ela se tornasse, novamente, o lugar do templo e um lugar habitável, sendo este o sinal do avivamento que haveria de vir, como teremos ocasião de estudar neste trimestre.

- Mas o que é mesmo o avivamento? Despertamento espiritual? não é sair da rota, é voltar para o caminho. Não é inovação, é restauração; não é fuga da Bíblia, é volta para a Bíblia. Por estas e outras razões, mais do que nunca, devemos clamar como o profeta Habacuque: “aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos...” (Hc 3.2).



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