Texto: Atos 16.16-22
Introdução: O discernimento dos espíritos é um dos dons espirituais concedidos aos crentes, em Jesus; ele nos capacita a distinguir o real do aparente e a verdade da mentira. O discernimento espiritual capacita a pessoa que tem o dom a identificar os tipos de espíritos que se manifestam em uma determinada situação. ... Nestes casos, uma pessoa com o dom de discernimento espiritual saberá dizer se uma certa atitude vem do Espírito Santo ou da vontade humana. Conheçamos então esse dom.
I - DISCERNIR E DISCERNIMENTO
1. O verbo `discernir`: O discernimento espiritual capacita a pessoa que tem o dom a identificar os tipos de espíritos que se manifestam em uma determinada situação. ... Nestes casos, uma pessoa com o dom de discernimento espiritual saberá dizer se uma certa atitude vem do Espírito Santo ou da vontade humana.
1.1. Anakrino (Gr): perguntar, interrogar, investigar, examinar (Lc 23.14: At 17.11) Discernimento (1Co 2.14,15)
1.2. Diakrino (Gr) : Discernir (1Co 11.29)
2. O substantivo `discernimento`
2.1. Doakrisis
. `briga, julgamento` (Rm 14.1)
. `distinção`: onde se julgam pelas evidências de os espíritos são malignos ou se provém de Deus (1Co 12.10)
. `discernir entre o bem e o mal (Hb 5.14)
3. Atualidade
3.1. As falsas imitações
. Através de falsos profetas (Dr 13.1-3)
. Os agentes de Satanás se transformam em anjos de luz (2Co 11.13-15)
. A intenção é enganar (Mt 24.24)
. Isso mostra a importância de ter o discernimento (1Co 12.10)
O discernimento espiritual capacita a pessoa que tem o dom a identificar os tipos de espíritos que se manifestam em uma determinada situação. ..Nestes casos, uma pessoa com o dom de discernimento espiritual saberá dizer se uma certa atitude vem do Espírito Santo ou da vontade humana.
II - A ADIVINHADORA DE FILIPOS
1. Uma avaliação sensata
1.1. A mensagem não era da própria jovem, mas, do espírito que a oprimia (At 16.17)
. Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44)
. Satanás é o principal opositor de Deus (At 13.10)
2. O espírito de adivinhação
2.1. A jovem tinha um ‘espírito de adivinhação’ (At 16.6)
2.2. Era uma jovem ‘pitonisa’.
. Piton: sacerdotisa de Apolo; vidente; (jocoso) bruxa. (dic. Priberam)
. A Bíblia nos orienta a não buscar adivinhadores (Lv 19.31; 20.6)
. É aplicado à feitiçaria de En-Dor (1Sm 28.7,8)
3. Adivinhação ontem e hoje
3.1 A arte divinatória entre as nações
. Entre os cananeus era comum a arte divinatória (Dt 18.14)
. Entre os egípcios era comum a arte divinatória (Is 19.3)
. Mas, em Israel não devia existir adivinhadores
3.2. A adivinhação entra na prática da ‘idolatria’ (Ap 21.8; 22.15)
3.3. Tais práticas envolvem direta ou indiretamente, magia, astrologia, alquimia, clarividência, tarô, búzios, quiromancia, necromancia, numerologia etc.
3.4. A adivinhação prevê o futuro por meio de:
. intuição
. explicação de sonhos
. cartas
. leitura de mãos etc.
III -– O QUE A BÍBLIA NOS ORDENA A JULGAR
A palavra “julgar” segundo o dicionário significa: “emitir parecer, opinião sobre (alguém ou alguma coisa); formar conceito ou opinião” (HOUAISS, 2001, p. 1691).
A Bíblia nos exorta a submetermos ao julgamento as seguintes coisas.
Vejamos:
1- Julgar as profecias.
-Desde o AT que Deus ensinou o seu povo a julgar as profecias (Dt 18.20-22). No NT, há o mesmo direcionamento.
-Na igreja de Corinto, por exemplo, onde os dons espirituais eram abundantes (1 Co 1.7); e, faziam parte regularmente dos cultos (1 Co 14.26). Quanto ao dom de profecia, o apóstolo orientou aos que profetizavam que falassem um após o outro e que a igreja julgasse o conteúdo das profecias (1 Co 14.29).
-A palavra “julgar” usada por Paulo aqui neste texto é a expressão grega “diakrinetosan” que significa “discernir”. Mas, que aspectos devemos julgar? Notemos alguns:
a) a mensagem glorifica a Deus? (1 Co 10.31);
b) a mensagem está de acordo com as Escrituras? (1 Pd 4.11);
c) a mensagem edifica a igreja? (1 Co 14.3,4,5,12,17,26);
d) a pessoa que profetiza se submete ao julgamento dos outros? (1 Co 14.29);
e) a pessoa que profetiza está no controle de si mesmo? (1 Co 14.32); e,
f) a pessoa que profetiza é submissa a Palavra de Deus e a autoridade pastoral? (1 Co 14.37).
2-Julgar a mensagem pregada.
-Satanás também cria doutrinas heréticas com a finalidade de destruir a pureza doutrinária da igreja, levando-a a apostasia. Sabedor disto, Paulo exortou aos presbíteros de Éfeso (At 20.28), e previu, pelo Espírito Santo, que isto ocorreria em maior abundância nos últimos dias (1 Tm 4.1-3).
Paulo elogiou a igreja de Bereia, que examinava as Escrituras para ver se o que ele estava falando era de fato a verdade (At 17.11). A igreja de Éfeso foi grandemente elogiada por Jesus, pelo fato de ter rejeitado a mensagem dos falsos apóstolos (Ap 2.2-b).
Exortando as igrejas da Galácia, que estavam sendo seduzidas por heresias, o apóstolo Paulo disse: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gl 1.8).
3- As manifestações espirituais.
Não podemos ignorar que o homem (At 8.8-11; 13.6) ou mesmo Satanás e os demônios (Mt 24.24; 2 Ts 2.9; Ap 16.14; 19.20) podem realizar coisas que se assemelham as operações miraculosas, com o intuito de enganar as pessoas e induzi-las ao erro. Diante disto, necessitamos “provar os espíritos” (1 Jo 4.1). À semelhança do metalúrgico que testa a integridade do metal por meio do fogo, testar a mensagem com a verdade apostólica, para saber qual o espírito que está por trás dela. Na década de 70 um homem dizendo- se missionário viajou norte e Nordeste enganado. Chegando em um determinado estado o pastor ao avista-ló recebeu o discernimento e disse esse moço não é missionário coisa nenhuma é um ladrao. Após entrevista foi constado, era um ex presidiário que lia o mensageiro da paz e contava os testemunhos ali escritos.
Conclusão: Os espíritos, como menciona a passagem de 1Co 12.10, são de três categorias: o espírito divino, o angelical e o humano, sendo que o angelical pode ser da parte de Deus, ou das trevas. O termo discernir, no original, significa “ver aquilo que está em oculto”. Na obra de Deus, este dom permite ao seu portador ver se o inimigo está mascarado, agindo disfarçadamente e prejudicando a obra de Deus, ou se o espírito humano está agindo de modo totalmente natural, carnal, temporal, secular. É, pois, um dom altamente defensivo para o povo de Deus que crê, busca e recebe os preciosos dons do Espírito Santo.
O fato narrado em Atos 16.16-18 é claramente um caso de operação do dom de discernimento de espíritos através de Paulo. O demônio que atuava naquela moça escrava procurou agir de forma mascarada, tentando enganar os servos de Deus, proferindo inclusive palavras elogiosas e verdadeiras em relação a Paulo e Silas, bem como a Deus mesmo, pois ele disse (por meio da moça) que aqueles homens anunciavam o caminho da salvação e, em seguida, referiu-se a Deus como “Deus Altíssimo”, reconhecendo a sua soberania sobre tudo e sobre todos. Mas Paulo logo viu que era um demônio que estava camuflado ali, e em nome de Jesus ordenou que fosse embora. Este dom do Espírito, como os demais, não agem segundo a vontade do seu portador, mas segundo a vontade de Deus e para a sua glória. Isto é, não é a todo instante que ele está em ação no seu portador, mas sim conforme a vontade de Deus.
Outrossim, o discernimento de espíritos não é simples empatia do espírito humano, mais avolumado em certas pessoas e noutras não. Certamente, o dom de que estamos tratando, discernimento de espíritos, está implícito no julgamento das profecias da igreja, como em 1Co. 14.29. Vê-se, pois, que este dom divino é de grande valia para desmascarar enganadores e falsários, que se apresentam como pessoas inofensivas, cooperadoras e santificadas, sem, no entanto, apresentarem frutos que os comprovem.
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