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AD Alagoas / Lições Bíblicas

17/11/2018

LIÇÃO 07 – PERDOAMOS PORQUE FOMOS PERDOADOS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Texto: Mateus 18.21-35

INTRODUÇÃO

Assim como Deus nos perdoa graciosamente, precisamos perdoar aqueles que nos ofendem. Respondendo um questionamento de um dos discípulos sobre o perdão, Jesus contou a parábola denominada de “credor incompassivo”, cujo ensinamento principal foi de que assim como Deus perdoa as nossas iniquidades, de forma semelhante devemos exercer misericórdia de forma ilimitada para com aqueles que pecam contra nós.

 A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPREENSIVO

1. A nova vida no Reino de Deus.

-O capítulo 18 de Mateus traz os ensinos de Jesus sobre a conduta dos seus discípulos como membros da nova comunidade trazida à existência por intermédio do recebimento de sua mensagem, os discípulos do Reino de Deus. O Reino possui valores essencialmente diferentes daqueles que caracterizam as instituições terrenas e as organizações desse mundo. Lembre-se de que nesse reino os humildes são os verdadeiramente grandes (Mt 18.1-4). No Reino de Deus, o "inferior" e mais "apagado" súdito leal ao seu Rei possui valor imensurável. A suprema ofensa na comunidade do Reino é quando os mais fortes e dominadores tornam a caminhada de fé dos irmãos mais fracos e mais sensíveis, difícil (Mt 18.6,7). De igual modo, mostrar desprezo pelos irmãos em Cristo é algo inaceitável (18.10). Com o objetivo de solidificar ainda mais o ensino desse Reino, Jesus fala sobre o perdão, e Pedro, admirado, faz a pergunta e o Senhor então conta a parábola (vv.15-35). Ao longo da história da igreja, os intérpretes não alegorizaram tanto esta parábola quanto o fizeram com as outras. A mensagem que a parábola quer transmitir é unicamente o perdão de Deus e a obrigatoriedade que os homens têm em perdoar em função de Deus já tê-los perdoado. Para finalizar, ela adverte a respeito do juízo divino sobre aqueles que se negam a fazê-lo. O Reino é diferente das organizações do mundo. Os humildes é que são grandes no Reino (Mt 18.1-4). O inferior súdito do Reino possui valor imensurável.

2. Perdão ilimitado.

Pedro parece ter se incomodado a respeito do que Jesus havia ensinado acerca do perdão no âmbito do Reino (18.15-20). A pergunta do apóstolo parece simples, mas traz um pano de fundo judaico. Pedro quer saber quantas vezes deve perdoar o irmão ofensor. Talvez tenha se sentido generoso ao sugerir: "Até sete?" (v.2l). Na tradição rabínica, não se exigia que alguém perdoasse mais do que três vezes. A resposta do Mestre certamente perturbou a Pedro. Porém, é preciso lembrar-se de que Jesus está se valendo de uma hipérbole, ou seja, não devemos entender tal "número" num sentido matemático preciso. Jesus ensina a perdoar quantas vezes forem necessárias, mas isso também deve ser feito de coração, isto é, devemos perdoar com liberalidade e sinceridade.

Jesus e o Perdão

Jesus não apenas ensinava a respeito do perdão, como também demonstrava sua própria disposição para perdoas. Aqui estão vários exemplos que devem ser  um incentivo para reconhecermos sua disposição para nos perdoar, também.

(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pp.1391)

(Mateus 18.21-22)

21- Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?

22- Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.

Os rabinos ensinavam que as pessoas deveriam perdoar aqueles as ofendessem, mas apenas três vezes. Pedro tentando se especialmente generoso, perguntou a Jesus se sete (o número "perfeito") vezes era suficiente para perdoar alguém. Mas Jesus respondeu "Setenta vezes sete", indicando que não devemos sequer contar quantas vezes perdoamos alguém. Devemos sempre perdoar aqueles que verdadeiramente se arrependerem, independentemente de quanta vezes eles nos pedirem perdão. (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pp.1391).

3. Uma dívida impagável.

-Os servos de um rei eram oficiais de alta posição a serviço do imperador. Alguns emprestavam grandes somas de dinheiro do tesouro imperial. A quantia que Jesus narra é, também, uma hipérbole: cem dinheiro. Tratava-se de uma dívida impagável. Os servos de um rei eram oficiais de alta posição a serviço do imperador. Alguns deles, muitas vezes, em determinadas ocasiões emprestavam grandes somas de dinheiro do tesouro imperial. Nesta parábola, a quantia mencionada por Jesus é, mais uma vez, deliberadamente dada com exagero. É uma hipérbole que visa tornar mais nítido o contraste com a segunda dívida - "cem dinheiros". É difícil achar um equivalente no sistema monetário moderno, mas o Comentário Bíblico Beacon compara um talento com cerca de "mil dólares americanos", sendo que "dez mil talentos" (v.24), segundo o mesmo comentário, equivalem ao valor de "dez milhões de dólares". Trata-se de uma dívida impagável. O que Cristo quer ensinar é a completa falta de esperança de pagarmos o incomensurável débito que geramos por causa dos nossos pecados, até que eles fossem perdoados gratuitamente por Deus, por intermédio da morte do Filho de Deus na cruz do Calvário (Cl 4.13,14).

Nos tempos da Bíblia, conforme Mt 18.30, graves consequências esperavam aqueles que não conseguiam pagar suas dívidas. Uma pessoa que emprestasse dinheiro poderia aprisionar a pessoa que tomou dinheiro emprestado e assim ela não conseguiria pagar; o credor poderia forçar o devedor ou sua família a trabalhar até que a dívida estivesse paga. O devedor também poderia ser lançado na prisão, ou sua família poderia ser vendida à escravidão, para ajudar a saldar a dívida. Esperava-se que o devedor, enquanto estivesse na prisão, vendesse algumas de suas propriedades, ou que seus parentes pagassem a dívida. Se isso não acontecesse, o devedor poderia ficar na prisão para sempre.

(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pp.1392)

O talento era uma grande quantidade de dinheiro e não uma moeda. Foi usado para descrever uma dívida impossível (10.000 talentos, Mt 28.24).

(Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos - CPAD - pp.161)

4. A recusa em perdoar.

Ao voltar-se para o segundo quadro da parábola, Jesus diz que um homem, conservo com aquele cujo débito era impagável, devia "cem dinheiros" ao servo cuja dívida exorbitante junto ao rei fora perdoada (v.27). "Cem dinheiros" ou "cem denários" era uma moeda romana. Mais uma vez o Comentário Bíblico Beacon faz uma atualização dizendo que o valor equivalia a cerca de "vinte dólares americanos", ou seja, "uma soma insignificante comparada àquela que o oficial da corte devia ao rei". Contudo, aquele que teve sua dívida perdoada agora resolve ser absolutamente incompreensivo. Recusa-se a dar um prazo para que o homem pudesse quitar a dívida e ainda mandou que o seu servo fosse lançado na prisão (vv.28-30). Os demais servos, ao sentirem-se revoltados pela atitude injusta do credor incompreensivo, levaram o assunto até o conhecimento do rei (v.3l). O credor acaba então recebendo o castigo que merece (vv.32-34). Jesus termina com a advertência de que Deus fará o mesmo quando não perdoarmos cada um de nossos irmãos que nos ofendem (v.35).

Como Deus perdoou todos nossos pecados, não devemos deixar de perdoar os outros. Quando percebemos quão completamente Cristo nos perdoou, isso deve produzir em nós uma atitude de perdão com relação aos outros. Quando não perdoamos os outros, estamos nos colocando acima da lei do amor de Cristo.

(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pp.1392)

II – EM CRISTO, DEUS PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS

1. Nossa dívida impagável.

A Palavra de Deus deixa claro que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23) e, do mesmo modo, ela ensina que todos somos pecadores (Rm 3.23). É bom Lembrarmos que até mesmo nós, os que servimos a Cristo, outrora éramos mortos em delitos e pecados (Ef 2.1). É justamente por causa de nossos delitos e pecados que contraímos uma dívida impagável. Assim como aquele servo que devia dez mil talentos, nós não poderíamos pagar nossa dívida para com Deus. Essa dívida exigia um sacrifício de sangue, pois sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9.22). A única forma de pagarmos nossa dívida seria com o derramamento de sangue e, isso, exigiria a nossa própria vida. Portanto, nossa dívida para com Deus é impagável.

2. Deus pagou as nossas dívidas.

O próprio Deus, que poderia ser o nosso credor eterno, providenciou uma forma para que pudéssemos "pagar" a nossa dívida. Ele enviou seu Filho na plenitude dos tempos (Gl 4.4), para que todo aquele que confessar o Nome do unigênito Filho de Deus não pereça, não morra, ou seja, não tenha de receber a justa retribuição pela imensa dívida do pecado (Gl 4.5). Ao morrer em nosso lugar na cruz do calvário, Cristo verteu o sangue necessário para a remissão de nossos pecados. Ali na cruz "havendo riscado a cédula que era contra nós", Deus em Cristo pagou as nossas dívidas.

3. Nada pode nos condenar.

Porque Deus, em Cristo, pagou as nossas dívidas, estamos livres da condenação do pecado. É a Bíblia que nos assegura que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito" (Rm 8.1). No versículo seguinte, Paulo explica que, em Cristo Jesus, o Espírito de vida, "me livrou da lei do pecado e da morte". Assim, porque a misericórdia é uma marca do ensino e do ministério do Senhor Jesus, podemos dizer que agora somos livres da condenação por tal grande misericórdia de Deus (Lm 3.22,23).

III – UMA VEZ PERDOADOS, AGORA PERDOAMOS

1. Não endureça o coração.

Se a misericórdia é uma marca do ministério de Cristo, deve ser também uma marca de seus seguidores. Por isso, no Sermão do Monte, a misericórdia é apontada como uma das características dos discípulos do Reino (Mt 5.7). Assim, não podemos endurecer o coração para com aqueles que nos devem, uma vez que Jesus jamais agiu dessa maneira. Antes, devemos tomar cuidado, pois a ênfase no juízo será proporcional à ênfase na misericórdia (Tg 2.13).

2. Devemos agir com misericórdia.

O Reino de Deus não pode estar presente na vida da Igreja quando o mal não é combatido (Ef 5.11). A parábola, precedida pela pergunta de Pedro, ressalta a importância do exercício do perdão. Se Deus nos perdoou quando ainda éramos pecadores (Rm 5.8), não temos motivo algum para deixar de perdoar aqueles que nos ofendem. A misericórdia deve ser uma constante em nossas vidas. Devemos agir com todos de forma misericordiosa, fazendo com que isso predomine em nosso caráter como novas criaturas (2 Co 5.17).

3. Devemos dar o presente que recebemos.

Sabemos que todos osautênticos discípulos de Cristo receberam abundante perdão, graça e infinita misericórdia. E isso é um dom de Deus (Ef 2.4-8). É um presente do Pai para nós, que merecíamos a morte. Da mesma forma que recebemos tudo isso como presente de Deus, devemos presentearas pessoas com misericórdia e perdão (1 Jo 3.16). A misericórdia deve ser uma marca dos seguidores de Cristo (Mt 5.7)

Evitemos ter demandas uns contra os outros (1Co 6.7a)

Haverá prejuízo para o que não usarem de misericórdia (Tg 2.13)

Devemos agir com misericórdia.

Devemos condenar as obras infrutuosas (Ef 5.11)

Deus nos perdoou quando ainda éramos pecadores (Rm 5.8)

Podemos perfeitamente perdoar nossos irmãos (Cl 3.13)

Perdoando, revelamos que somos uma nova criatura (2Co 5.17)

Devemos dar o presente que recebemos.

Recebemos abundante perdão de Deus, e, isso é um dom (Ef 2.4-8)

Devemos presentear as pessoas com misericórdia e perdão (1Jo 3.16)

CONCLUSÃO: A Bíblia ensina a respeito de uma graça que é transformadora. Se você foi transformado por essa graça, conseguirá perdoar assim como foi e é perdoado por Deus, em Cristo Jesus.

Jesus ensinou que as ofensas que os homens cometem uns contra os outros são mínimas em comparação às ofensas que todos cometem contra Deus. Se Ele nos perdoa por Sua graça, devemos tratar o nosso próximo com a mesma graça. A parábola que estudamos, nesta lição, evita qualquer abuso ou presunção da graça que recebemos de Deus. Alguns, às vezes, querem apresentar um tipo de "graça" que não precisa ser levada muito a sério. Contudo, a Bíblia ensina a respeito de uma graça que é transformadora. Se você foi transformado por essa graça, conseguirá perdoar assim como foi e é perdoado por Deus, em Cristo Jesus.



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