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AD Alagoas / Lições Bíblicas

14/07/2018

LIÇÃO 3- OS MINISTROS DO CULTO LEVÍTICO

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

O principal propósito do culto a Deus é adorá-lo em espírito e em verdade, o qual sendo prestado dessa maneira entramos numa comunhão perfeita com aquele que é digno de todo louvor, honra e glórias. O significado da palavra culto tem origem no latim “cultus”, a qual está ligada diretamente e exclusivamente em cultuar a Deus. Portanto a palavra “culto” é isolada, não podendo ser mesclada com outras intenções. Assim, no Culto ao Senhor, nós podemos levantar orações e clamores por todas as necessidades, e por esse motivo não devemos denominar o culto do Senhor, o qual não pode ser composto. Não podemos determinar como Deus vai operar no Culto, pois Ele é Senhor e não servo. Como ministros da Nova Aliança aprendamos dar a Deus o nosso melhor. O melhor Culto, a melhor adoração." (João 4:24;Hebreus 8:1-2).

I – TEXTO BÍBLICO

(Levítico 8.1-13).

II – CONTEXTO LEVÍTICO

- Os hebreus haviam deixado o Egito e era preciso que a adoração fosse institucionalizada e diferente do que tinham visto e aprendido durante os anos de escravidão. Veremos que Deus escolheu e separou uma única tribo, a de Levi, para a adoração e o serviço no Tabernáculo. Ser escolhido para tal função era um privilégio, uma honra, mas também uma grande responsabilidade e abnegação já que os descendentes de Levi não teriam herança como às demais tribos. O Senhor seria a herança deles e o sustento viria das outras tribos. Era preciso ter fé e viver dela. Deus determinou que os sacerdotes deveriam ser descendente de Arão. Também era exigido que as mulheres dos sacerdotes fossem israelitas de sangue puro. Mesmo depois da vinda de Jesus, para atuar como sacerdote, era preciso comprovar por meio de registros genealógicos a descendência de Arão. Mas, graças ao sacrifico de Jesus Cristo na nova aliança, cada crente é um sacerdote santo, chamado para oferecer sacrifícios espirituais (1 Pe 2.5).

III – OS LEVITAS

- Levi, um dos doze filhos de Jacó, tinha três filhos: Gérson, Coate e Merari (Gn 46.8,11). Quando a família aumentou durante a estada no Egito, a família de Levi passou a ser uma tribo e as famílias dos três filhos se tornaram divisões tribais. Arão, Miriã e Moisés nasceram na divisão coatita da tribo (Êx 2.4; 6.16-20; 15.20). Quando os judeus adoraram o bezerro de ouro no sopé do Monte Sinai, foram os levitas que se uniram a Moisés contra a idolatria e na consagração a Deus. Ao tomarem essa atitude, eles destruíram muito dos idólatras. Sua consagração resultou em se envolverem na construção do Tabernáculo (Êx 28.1-30) e em cuidar dele. Quando o Tabernáculo foi removido, os coatitas levaram a mobília, os gersonitas , as cortinas e seus pertences, e os meratitas transportaram e instalaram o Tabernáculo propriamente dito (Nm 3.35-37; 4.29-33). Segundo Números 3.40-51, os levitas agiram como substitutos dos primogênitos de toda casa judia. Em vista de Deus ter poupado a vida dos primogênitos judeus por ocasião da primeira Páscoa (Êx 11.5; 12.12,13), o primogênito pertencia tecnicamente ao Senhor, mas os levitas deviam atuar no serviço de Deus em lugar deles. Por serem separados para o serviço de Deus, não se esperava que fossem à guerra (Nm 1.3; cf. v. 49) ou plantassem seus próprios alimentos numa área tribal. Eles deviam espalhar-se por toda a Terra Prometida e viver entre o povo (Nm 35.1-8) e deviam ser sustentados com os dízimos do povo (Nm 18.21) (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 325, 326).

- Os levitas eram descendentes de Levi, o escolhido por Deus no deserto durante a época de Moisés, encarregados de deveres específicos em relação ao Tabernáculo, embora proibidos de ministrar diante do santuário sagrado, eles afirmavam ser servos especiais de Deus em assuntos da religião. Deviam ensinar o livro da Torá ao povo e ajudar os sacerdotes em todos os assuntos ligados à adoração no santuário. A eles não seria reservada qualquer herança na nova terra quando Josué fez a divisão oficial do território, pois Deus seria a sua herança. Quarenta e oito cidades e vilas foram separadas com os lugares onde deveriam viver.

- Os três filhos de Levi — Gersón, Coate e Merari — foram relacionados como aqueles por quem fluiram as bênçãos divinas. Nos primeiros anos da vida nacional, essas famílias receberam a função de cuidar do Tabernáculo e transportá-lo. Quando Arão e seus familiares foram escolhidos como sacerdotes, foi necessário escolher um grupo de pessoas para ajudá-los e toda a tribo se julgou diferenciada por ser um grupo sagrado designado para executar deveres relacionados com os ritos e as funções sacerdotais. Os levitas recebiam uma posição apropriada no acampamento quando a nação viajava pelo deserto. Como estavam localizados em volta do Tabernáculo, eram considerados protetores em quem se podia confiar, e que dariam a própria vida para proteger a sagrada casa de Deus. [...] Os levitas estavam localizados entre os sacerdotes e o povo. A maior parte de seu trabalho era pesada e servil. Não podiam entrar para ver o altar santo, nem tocar no santuário senão morreriam (Nm 4.15). Eram servos dos sacerdotes, e passavam a vida executando tarefas comuns que tornavam possível a realização dos serviços sagrados (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 1148,1149)

IV – O SUMO SACERDOTE

- Dentro da divisão dos coatitas, a família de Arão passou a ser de sacerdotes. De um lado isso os tornou encarregados dos levitas. Itamar supervisionava os gersonitas (Nm 4.28) e os meraritas (v. 33); Eleazar cuidava dos coatitas (v. 16). Por outro lado os sacerdotes eram distintos dos levitas, porque só eles podiam tocar nas coisas santas — tudo que tivesse a ver com o altar, a lâmpada, ou a mesa da proposição (Nm 5.5- 15).

- O sacerdote nem sempre era quem fazia o sacrifício, mas era ele quem levava o sangue para o altar (por exemplo, Lv 3.2). O próprio Arão veio a ser sumo sacerdote (às vezes chamado de principal sacerdote). Ele usava roupas especiais (Lv 16.2), interpretava o lançamento das sortes sagradas que eram mantidas em seu peitoral. Arão tinha quatro filhos. Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Nadabe e Abiú morreram por terem cometido sacrilégio em seus deveres religiosos como sacerdotes e o sumo sacerdócio passou então para Eleazar e foi mantido em sua família (Nm 20.25-29). Eli era um sacerdote da família de Eleazar. O sumo sacerdócio parece ter passado depois para a família de Itamar. Foi Salomão quem fez retornar a linguagem de volta à família de Eleazar, colocando Zadoque na posição de sumo sacerdote. Essa posição foi mantida na família dele até que seu descendente veio a ser deposto por Antíoco Epifânio nos dias dos macabeus. Neste período posterior, os sumo sacerdotes eram indicados pelo poder reinante (Anás foi deposto pelos romanos e substituído por Caifás — veja Lucas 3.2; Jo 18.13-24), mas quando eles se tornaram forte o bastante para resistir às autoridades, adotaram seu próprio estilo de soberania” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 326, 327).

V – SACERDOTES E LEVITAS

- História, Funções e cumprimento neotestamentário

1 - Nome

Apesar dos termos “sacerdote” e “levita” aparecerem centenas de vezes no AT e no NT, há muita divergência entre os estudiosos quanto à identidade, função e desenvolvimento dos indivíduos assim designados. Basicamente o assunto tem amplas consequências sobre a história, adoração e religião de Israel. A palavra “sacerdote”, com e sem modificadores, aparece mais de 700 vezes no AT e mais de 80 vezes no NT. A palavra usual para sacerdote é kohen. Alguns acreditam que é possível que os sacerdotes do AT fossem, a princípio, adivinhadores (veja kâhin, “adivinhador” em árabe), mas admite que não há evidência no AT de condições extáticas por parte dos sacerdotes. Uma parte importante do ministério deles, porém, era a entrega de oráculos por meio da sorte (Urim e Tumim). Em Deuteronômio, os sacerdotes são chamados “os sacerdotes levitas”, pois Moisés havia delegado direitos sacerdotais aos filhos de Levi (Êx 32.6ss.; Dt 33; Jr 33.17ss.). O sacerdote seria aquele que se coloca de pé perante Deus para ministrar.

2 -Cantores e músicos sim, levitas não:

“Cantores e músicos cristãos não devem ser chamados de levitas”

Não sabemos quando começou, no meio cristão, o costume de se chamar cantores e músicos de levitas. Será que esse hábito está correto? Para respondermos a contento esta pergunta, necessitamos de recorrermos às Escrituras.

Primeiramente, quem eram os levitas? Os levitas eram descendentes de Levi – um dos filhos de Jacó (Gn 29.34). Os filhos de Levi eram um clã consagrado a DEUS (Nm 3.12, 13) e responsável pelo cuidado do Templo. Eles ensinavam a Torá ao povo de Israel, serviam aos sacerdotes e cuidavam do Templo (Nm 3, 4).

Entre os levitas existiam homens designados para exercerem vários ofícios e atividades específicas no Santuário: eram sacerdotes (Ex 4.14; Nm 3.1-3, 10), porteiros (1 Cr 9.26), cantores (1 Cr 6.31-48), cuidavam dos utensílios sagrados (Nm 3.25-26, 31, 36, 37) e montavam e desmontavam a Tenda da Congregação no deserto (Nm 4). Vale salientar que até a varredura e a limpeza dos átrios do Templo eram de responsabilidade dos levitas, ou seja, eles desenvolviam uma espécie de serviços gerais na Tenda e, posteriormente, nos templos de alvenaria (de Salomão, de Zorobabel e de Herodes).

Corroborando essas verdades sobre os levitas, Souza Filho diz:

Biblicamente não existem equipes de levitas que se dediquem exclusivamente ao louvor da igreja. Os levitas eram uma tribo escolhida por DEUS – e DEUS tinha duas razões que eram a de compensar os primogênitos mortos no Egito – e deviam se dedicar unicamente ao serviço religioso, que incluía fazer a faxina do tabernáculo, carregar equipamentos, limpar banheiros, fazer o trabalho de açougueiro, cozinhar, lavar louça, e, entre eles, havia músicos que eram convocados para se dedicarem ao louvor contínuo.*

Após essa sucinta introdução acerca desses homens consagrados, compreendemos que é temerário chamarmos cantores e músicos de levitas, pois, dessa forma, estaremos contribuindo para a criação – ainda que informalmente – de uma classe especial de crentes dentro da Igreja de CRISTO. Em o Novo Testamento (NT), em nenhuma parte lemos ou percebemos os apóstolos chamando cantores e músicos de levitas. Encontramos, sim, a palavra “levita” em Lucas 10.32 e em Atos 4.36; e “levitas” em João 1.19. Mas todas elas fazem referência aos legítimos filhos de Levi.

Como dito anteriormente, dentre os levitas existiam sacerdotes. Isso significa que, no Antigo Testamento (AT), todos os sacerdotes pertenciam exclusivamente à tribo de Levi. No entanto, quando olhamos para o NT, observaremos a quebra desse paradigma, pois CRISTO, através do seu sacrifício expiatório, fez-nos reino sacerdotal: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real” (1 Pe 2.9).

No AT apenas o sumo sacerdote podia entrar no SANTO dos Santos (Lv 16.2). Todavia, CRISTO rasgou-nos o véu de divisão do Templo, dando-nos pleno acesso ao Pai Celestial. Somos, agora, sacerdotes e sacerdotisas de DEUS:

Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no SANTO dos Santos, pelo sangue de JESUS, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de DEUS, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água limpa (Hb 10.19-22).

A bem da verdade, todos os salvos, de certa forma, são “levitas espirituais”- porque são “sacerdotes” de DEUS -, e não um grupo seleto que toca instrumentos e canta músicas nas igrejas. Portanto, cantores e músicos cristãos não devem ser chamados de levitas.

3 - Importância do sacerdócio levítico

- Em Israel, o sacerdócio representava o relacionamento da nação com Deus. A intenção original da aliança mosaica era para que toda a nação fosse um reino de sacerdotes (Êx 19.6; cp. Lv 11.44ss.; Nm 15.40). A aliança de Deus era mediada por intermédio do sacerdócio. Na teologia bíblica, os conceitos de sacerdócio e aliança estão intimamente ligados. Por causa da aliança no Sinai, Israel deveria ser um “reino de sacerdotes e uma nação santa” (Êx 19.5,6; cp. Is 61.6). O fato de Deus delegar funções sacerdotais a uma tribo não liberou o resto da nação de suas obrigações originais. Os levitas serviam num caráter representativo em favor de toda a nação no que se referem a honra, privilégio e obrigação do sacerdócio. Quando os sacerdotes ministravam, eles o faziam como representantes do povo. Era uma necessidade prática que a obrigação corporativa do povo da aliança fosse levada a cabo por representantes sacerdotais. Além disso, os sacerdotes, em sua condição separada, simbolizavam a pureza e a santidade que Deus exigia. Eles eram um lembrete visível das justas exigências de Deus. Além do mais, como substitutos do povo eles mantiveram intacto do relacionamento de aliança da nação com Deus. A função primária do sacerdócio levítico, consequentemente, era manter, assegurar e restabelecer a santidade do povo escolhido de Deus(Êx 28.38;Lv 10.7;Nm 18.1). O sacerdócio mediava a aliança de Deus com Israel (Ml 2.4ss.; Nm 18.19; Jr 33.20-26).

- No Israel antigo, uma função importante dos sacerdotes era revelar a vontade de Deus, por meio do éfode (ISm 23.6-12). Eles estavam constantemente ocupados com a instrução na lei (Ml 2). Certamente seus deveres sempre incluíam a oferta de sacrifícios. Os sacerdotes antigos eram guardiões do santuário e intérpretes dos oráculos (ISm 14.18). As instruções na lei pertenciam aos sacerdotes (Os 4.1-10). O sacerdote agia como juiz, uma consequência de suas respostas a questões legais (Êx 33.7-11).

4 - Tríplice divisão da hierarquia

- O sacerdócio era dividido em três grupos: (1) o sumo sacerdote, (2) os sacerdotes comuns e (3) os levitas. Todos os três descendiam de Levi. Todos os sacerdotes eram levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes. A ordem mais baixa do sacerdócio era a dos levitas, que cuidavam do serviço do santuário. Eles tomaram o lugar dos primogênitos que pertenciam a Deus por direito (Êx 13.2,12,13; 22.29; 34.19,20; Lv 27.26; Nm 3.12,13,41,45; 8.14-17; 18.15; Dt 15.19). Os filhos de Arão, separados para o ofício especial de sacerdote, estavam acima dos levitas. Apenas eles podiam ministrar nos sacrifícios do altar. O nível mais elevado do sacerdócio era o sumo sacerdote. Ele representava fisicamente o cume da pureza do sacerdócio. Carregava os nomes de todas as tribos de Israel em seu peitoral para o interior do santuário, representando todo o povo perante Deus (Êx 28.29). Apenas ele podia entrar o santo dos santos e apenas um dia no ano, para fazer expiação pelos pecados de toda a nação.

5 - Consagração de sacerdotes

- As cerimônias ligadas com a consagração dos sacerdotes estão descritas em Êxodo 29 e Levítico 8. Elas incluíam um banho de consagração, unção, vestimenta e sacrifícios. A lavagem simbolizava a limpeza do coração para as obrigações ligadas à pureza da nação perante Deus. A unção (Lv 8.10,11) envolvia o derramar óleo na cabeça do sumo sacerdote e respingá-lo nas vestimentas dos outros sacerdotes (vv. 22-24). As vestimentas dos sacerdotes e especialmente a do sumo sacerdote eram caras e bonitas (Êx 28.3-5; Lv 8.7- 9). Os sacrifícios de consagração incluíam a oferta pelo pecado (8.14-17), oferta queimada (vv. 18-21) uma oferta de consagração especial (vv. 22-32). O sangue do carneiro era aplicado na orelha, no dedo polegar e no dedo do pé direitos de Arão e de seus filhos, para simbolizar consagração física completa ao Senhor.

VI – Vestimentas dos Sacerdotes:

- O sumo sacerdote de Israel não precisava de vestes oficiais fora do desempenho de suas funções. E, quando em serviço, não usava calçados, aparentemente por uma questão de respeito, mais ou menos como Moisés, diante da sarça ardente, precisou tirar as sandálias.

- O sumo sacerdote compartilhava, de modo geral, as vestes dos sacerdotes comuns. Mas, além daquelas peças, também usava outras:

A/ - O Peitoral. No hebraico, hoshen; Êx. 28: 15,30. Uma peça quadrada de tecido dobrada ao meio, era feita do mesmo tecido da estola sacerdotal, descrita a seguir. Uma vez dobrada ao meio, formava uma espécie de bolso. Sobre essa peça de tecido havia doze pedras preciosas engastadas em ouro. Nessas pedras estavam gravados os nomes das doze tribos de Israel. Além disso, nas quatro pontas do peitoral, havia argolas de ouro. As duas argolas de cima permitiam que duas tiras prendessem o peitoral aos ombros. E as duas argolas de baixo permitiam que o peitoral fosse preso a estola, por meio de tiras ou cordões de cor azul. Ver Êx. 28: 13-28; 39:8-21. No peitoral é que ficavam guardados os misteriosos objetos chamados Urim e Turim. Esses dois objetos, provavelmente pedras preciosas, eram usados com propósitos de adivinhação. Ver Êx. 28:30; Lev. 8:8. Ninguém até hoje, desde tempos antigos, conseguiu fornecer uma explicação apropriada desses objetos, embora muitos o tenham tentado. Sabe-se somente que esses objetos eram usados para determinar a vontade de Deus entre opções (ver Nm, 27:21), razão pela qual o Urim e o Turim talvez fossem apenas sortes.

B/ - A Estola. Esta peça do vestuário do sumo sacerdote era feita de linho fino, bordada em azul, púrpura e escarlate e com figuras douradas. Consistia em duas peças, uma para cobrir o peito e outra para cobrir as costas. As duas metades eram ligadas uma à outra sobre os ombros, mediante colchetes de ouro. Cada colchete contava com uma pedra de ônix; e sobre cada pedra haviam sido gravados os nomes de seis das tribos de Israel, dando um total de doze. Na estola ficava preso o peitoral, segundo descrito acima. Ver Êx, 28:6-12; 39:2-7. A estola descia, formando uma espécie de robe de cor azul, tecida sem nenhuma emenda. Chegava até ligeiramente abaixo dos joelhos. A túnica aparecia por baixo da estola e descia até a altura do chão. Era azul e sem costuras. Havia fendas nos lados, por onde passavam os braços. Da cintura para baixo, havia um bordado decorativo, representando romãs, nas cores azul, vermelho e carmesim. Havia um sinete de ouro entre cada romã.

C/ - O cinto (no hebraico, hesheb) era feito do mesmo material que a estola, e se mantinha no lugar esta peça, em torno da cintura do sumo sacerdote. Ver Êx. 28:8.

D/ - A mitra (no hebraico, misnepheth, «enrolado»), uma espécie de turbante azul escuro. Ao que parece, era um tipo de gorro em torno do qual se enrolava um pano, formando então um turbante. Na frente estava escrito santidade ao Senhor.

CONCLUSÃO

LEVI, A TRIBO SACERDOTAL: Levi é o terceiro filho de Jacó com Lia. Os doze filhos de Jacó formaram as doze tribos de Israel. A tribo de Levi se destacou dentre elas no episódio do bezerro de ouro que idolatraram, somente esta tribo saiu em defesa da pureza espiritual e de Moisés (que pertencia a esta tribo). Em seu zelo os levitas chegaram ao ponto de matarem 13 mil israelitas e assim sempre se postaram daí para frente, a serviço da justiça de DEUS. Esta era a vocação sacerdotal dos levitas, servir a DEUS em santidade e integridade. 

O SUMO SACERDOTE: De acordo com a ordem dada por DEUS, somente os descendentes de Arão poderiam exercer a função de sumo sacerdote. Moisés, a mando de DEUS ungiu a Arão e seus filhos par este ofício. O cardo de sumo sacerdote deveria ser vitalício, ou seja, somente Arão seria substituído caso viesse a morrer e somente seria substituído por um filho seu. Arão provou ser Servo de DEUS, mesmo perdendo dois filhos neste serviço prestado a DEUS. 

DIREITOS E DEVERES: Estava ordenado aos sacerdotes viverem do altar. Comeriam do que era ofertado a DEUS e teriam seis cidades de refúgio a seus cuidados. Não herdariam com os outros israelitas,. Pois sua herança era DEUS. 

Os sacerdotes deveriam se manter inteiramente Santificados ao Senhor e serem uma referência espiritual e moral para todo Israel e para as nações.

OS PASTORES TEM SEUS DEVERES;(Atos 20.28 )“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue.”

Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme Atos14.23, a congregação local, cheia do ESPÍRITO, buscando a direção de DEUS em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo ESPÍRITO SANTO em 1Tm 3.1-7Tt 1.5-9. Na realidade é o ESPÍRITO que constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

(1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de DEUS. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de DEUS, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. Atos 20.281Co 6.201Pe 1.18,19Ap 5.9). (2) Em Atos 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de DEUS, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (Atos 20.27). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (Atos 20.26; ver nota). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o desígnio de DEUS. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3). Além de alimentar o rebanho de DEUS, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de DEUS. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver Atos 20.29 nota; cf. Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de CRISTO e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo (Atos 20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opôr-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.

  1. A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de DEUS e pela comunhão do ESPÍRITO SANTO, são fiéis ao Senhor JESUS CRISTO e à Palavra de DEUS. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de DEUS que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de DEUS e ao testemunho apostólico (Atos 20.30).
  2. Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor JESUS os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (Atos 20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de DEUS para a igreja (Atos 20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (Atos 20.28), não estará “limpo do sangue de todos” (Atos 20.26, ver nota; cf. Ez 34.1-10). DEUS o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2Tm 1.14nota; Ap 2.2nota).
  3. É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).
  4. A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (Atos 20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de DEUS, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (Atos 20.28-31Gl 1.6;1Tm 4.1). 
  5. A igreja que perde o zelo ardente do ESPÍRITO SANTO pela sua pureza (Atos 20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de DEUS, logo deixará de existir como igreja neo-testamentária. Que Deus nos ajude!


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