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AD Alagoas / Lições Bíblicas

01/04/2018

LIÇÃO 01 – O QUE É ÉTICA CRISTÃ

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Texto: 1Co 10.1-13

INTRODUÇÃO

PARA REFLETIR – A respeito do tema “O que É Ética Cristã”, responda:

Quais são os significados das palavras “ética” e “moral”? A palavra “ética” significa “costumes” ou “hábitos”. A palavra “moral” corresponde ao sentido de “normas” ou “regras”.

Qual é o fundamento moral da Ética Cristã? As Escrituras Sagradas.

Aponte as principais seções bíblicas que fundamentam a Ética Cristã. Os textos do Decálogo, da mensagem dos profetas, dos Evangelhos, do Sermão do Monte, das Epístolas Paulinas e Gerais.

Cite pelo menos três esferas éticas de nossa vida que essas seções bíblicas abarcam. Esferas morais, sociais e espirituais.

Por que os israelitas foram reprovados? Os israelitas foram reprovados por não obedecerem a lei moral outorgada por DEUS no deserto.

SUGESTÃO DE LEITURA – As Novas Fronteiras da Ética Cristã, Ética: as decisões morais à luz da Bíblia e Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor(a), para introduzir o primeiro tópico desta lição é muito importante que você domine o conceito de “ética” e de “moral”. Muitos confundem esses dois termos devido à natureza etimológica bem próxima de ambos. Neste espaço, para ajudá-lo(a) neste propósito, e com o auxílio do filósofo cristão Arthur Holmes (Ética: As decisões morais à luz da Bíblia, editada pela CPAD), pontuamos algumas considerações a respeito do binômio ética-moral:

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA é “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Vamos partir do princípio que a história da ética teve sua origem, pelo menos sob o ponto de vista formal, na antiguidade grega, através de Aristóteles (384 – 322 a.C.) e suas ideias sobre a ética e as virtudes éticas. Na Grécia porém, mesmo antes de Aristóteles, já é possível identificar traços de uma abordagem com base filosófica para os problemas morais e até entre os filósofos conhecidos como pré-socráticos encontramos reflexões de caráter ético, quando buscavam entender as razões do comportamento humano.

-Origem da Palavra: Ethos (grego) = Costume, hábito, disposição.

Mos (latim) = vontade, costume, uso, regra.

Daí temos que Ética é a disposição ou vontade de se seguir bons costumes ou hábitos.

-Definição: Ética Cristã é o conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por fundamento a palavra de DEUS. Para nós, crentes em JESUS CRISTO, o certo e o errado devem ter como base a Bíblia Sagrada, a nossa regra áurea de fé e prática.

 -A Ética nos Evangelhos. No Sermão da Montanha, encontramos as REGRAS BÁSICAS do Reino de DEUS, trazidas por JESUS CRISTO. A Ética do Sermão do Monte e das demais partes do evangelho é tão elevada, que nem mesmo a maioria dos cristãos a têm levado à prática.

Exemplos:

– A justiça do cristão deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt 5.20);

– Quem somente olhar para uma mulher, pensando em adulterar com ela, já adulterou (Mt 5.28).

– Só é permitido o divórcio se o cônjuge praticar infidelidade. Outro motivo não tem respaldo nas normas de CRISTO (Mt 5.32;19.9);

– O falar deve ser sim, sim; não, não. O que disso passa é de procedência maligna (Mt 5.37);

– O certo é amar os inimigos, bendizer os que nos maldizem, fazer bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam (Mt 5.44);

– CRISTO manda que sejamos perfeitos como é nosso Pai que está nos céus (Mt 5.48);

– Não se deve julgar os outros (Mt 7.1);

– Só devemos fazer aos homens o que queremos que eles nos façam (Mt 7.12);

– Se o irmão pecar contra nós, devemos perdoar sempre – até 70 x 7 (Mt 18.22);

– É para dar a César o que é de César e a DEUS o que é de DEUS (Mt 22.21);

– Quando o cristão der um banquete (casamento, festa de 15 anos, etc.) não deve convidar os amigos, os irmãos, os parentes, os vizinhos ricos, mas “os pobres, os mancos e cegos”(Lc 14.12-13).

-A Ética nas Epistolas

1) Fazer tudo para a glória de DEUS (1 Co 10.31);

2) Fazer tudo em nome de JESUS, dando graças a DEUS (Cl 3.17);

3) Fazer de todo o coração, como ao Senhor (Cl 3.23);

4) Fazer o que é lícito e conveniente diante de DEUS (1 Co 10.23);

5) Não dar escândalo ao mais fraco (1 Co 8.9-13);

6) Não fazer nada em caso de dúvida (Rm 14.23);

7) Lembrar que vamos dar contas a DEUS de todas as nossas obras (Rm 14.11,12; Ec 11.9).

8) Evitar a aparência do mal (1 Ts 5.22).

-Questões éticas à luz da Bíblia

Daremos, aqui, uma síntese de algumas questões éticas, com algumas respostas indicadas por certas correntes de pensamento.

O fundamento ético para os cristãos é a Palavra de Deus, faz-se necessário que essa seja interpretada apropriadamente, a fim de evitar excessos e pressupostos a priori. Toda Escritura é divinamente inspirada, é Palavra de Deus (II Tm. 3.16), mas nem todos os textos têm o mesmo valor revelacional. Jesus é a chave-hermenêutica das Escrituras, Ele mesmo afirmou que essas serão compreendidas a partir dEle (Lc. 24.32). A utilização indevida de passagens bíblicas, algumas delas sem fundamento doutrinário, e em alguns casos descontextualizadas, pode resultar em posicionamentos éticos que não se sustentam biblicamente. Em I Co. 10.1-13, por exemplo, Paulo faz um contraponto entre a ética que é cristã – a maneira como os cristãos devem viver – e a ética daqueles que se apartaram de Deus. O Apóstolo faz a diferença entre “nós” – os cristãos que devemos viver a partir da Palavra – e “eles” – os israelitas que seguiram seus próprios caminhos, e não atentaram para a orientação divina. Semelhantemente, nós os cristãos devemos ser sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13-16), vivermos como cidadãos dos céus e súditos do reino de Cristo (Mt. 5-7). A ética que é cristã impõe mais responsabilidade sobre aqueles que seguem a Cristo, considerando que nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt. 5.20).

*Vejamos algumas características da pós-modernidade e o posicionamento bíblico quanto a elas:

- A negação dos absolutos. Segundo Grenz (2016, p. 28), “os pós-modernos questionam o conceito de verdade universal. Eles olham para além da razão e dão guarida a meios não racionais de conhecimento, dando às emoções […] uma posição privilegiada”. Nancy (2000, p. 44) acrescenta que “pós-modernistas, são céticos, senão ressentidos, com relação a valores morais absolutos”. Eis por que a Bíblia Sagrada faz-se tão necessária à raça humana, pois é um livro que trata com valores absolutos, pois absoluto Ele é (Dt 32.4; Sl 31.5; Jo 14.6; 17.17; Jo 16.13).

-A relativização dos valores. Há quem defenda que valores éticos e morais sejam relativos ao tempo, lugar, cultura ou há um grupo. Ensinam que nada é certo e nada pode ser considerado errado. Tudo depende da subjetividade do momento. Andrade (2006, p. 318) diz que o relativismo “é uma concepção filosófica segundo a qual nada é definitivamente certo nem absoluto”. No relativismo não há uma fonte transcendente de verdade moral, e podemos construir nossa própria ética e moralidade. Todo princípio é reduzido a uma preferência pessoal. Em contraste, os cristãos acreditam em um Deus que tem falado, que revelou um padrão absoluto e imutável de certo e errado, na Sua Palavra (Êx 20.1-17), baseado, em última instância, em Seu próprio caráter santo (Lv 11.45; 20.26; 1 Pe 1.16).

-A inversão de valores. Entende-se por inversão de valores, a negação ou substituição dos valores absolutos conforme descritos na Palavra de Deus, por valores temporais, relativistas e circunstanciais, que são facilmente ajustáveis às épocas em que estão inseridos. O profeta Isaías reprovou severamente a inversão de valores (Is 5.20). Paulo disse que os homens pagãos “[…] mudaram a verdade de Deus em mentira […]” (Rm 1.25). Enquanto o mundo tem os seus valores deturpados pelos formadores de opinião que utilizam a escrita, televisiva e a internet para disseminarem suas ideias, nós cristãos, no entanto, fomos chamados para fazer a diferença, como sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14). Nosso formador de opinião é o Espírito da Verdade que nos guia em toda a verdade, que é a Sua Palavra (Jo 16.13; 17.15).

CONCLUSÃO

A sociedade contemporânea, regida pela natureza pecaminosa, está envolvida em uma confusão ética, uma verdadeira torre de Babel (Gn.11). Cada um segue seu rumo, de acordo com aquilo que acha que é melhor, ninguém se entende (Jz. 21.25). Nós, porém, não devemos nos apartar das Sagradas Letras, pois elas nos farão sábios para a salvação, e nos conduzirão à santificação (II Tm. 3.14-17), atentando para os sadios princípios interpretativos, tendo Cristo com a chave-hermenêutica. Nunca foi fácil ser um cristão autêntico, e, nestes últimos dias serão dias ainda mais difíceis. Diante dos desafios hodiernos precisamos, com base na Palavra de Deus defender os valores éticos, morais e os bons costumes nela contidos.



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