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Poucos dias depois, o filho mais moço juntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiço tudo o que tinha. 

— O rapaz já havia gastado tudo, quando houve uma grande fome naquele lugar, e ele começou a passar necessidades. Então, procurou um dos moradores daquela terra e pediu-lhe ajuda. Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos. Ali, com fome, tinha vontade de comer a comida dos porcos, porém, ninguém lhe dava nada. Caindo em si, pensou: “Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.’ ” Então saiu dali e voltou para a casa do pai. 

— Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, comovido, correu, e o abraçou, e beijou. E o filho disse: “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho!” 

— Mas o pai ordenou aos empregados: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.” — E começaram a festa.

Lucas 15: 13-24

Sim, o filho pecou estando ainda na casa do Pai; pecou no momento em que desejou os bens do Pai sem a sua companhia. Começou no coração o que logo o faria colocar os pés na habitação dos porcos; o pecado leva mais longe do que se pensa, e custa mais do que se pode pagar. Apascentar ovelhas já era uma tarefa humilhante na época, mas a mais degradante - para um judeu - era apascentar porcos.

O filho pródigo não só cuidou dos porcos, como também foi obrigado a desejar o que comiam. Os enganos do mundo e do inimigo das nossas almas disseram que viver para Deus o privava de muitas coisas boas; nada poderia estar mais longe da verdade. A alma do homem tem sede do Senhor e só pode ser saciada por Ele, nunca por coisas mundanas.

O jovem, ao cair em si, não jogou a culpa em ninguém; colocou a culpa diretamente no seu devido lugar: em si mesmo! Admitiu ser indigno. O Pai, por outro lado, movido de íntima compaixão, anseia pelo encontro com o filho. 

Deus nunca converterá um “filho” em “empregado”. Mesmo depois dos abraços e beijos, ainda queria confessar... Quando começou a dizer: “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor, não mereço mais ser chamado de seu filho”, o Pai não deixou que terminasse a frase “faze-me como um dos teus trabalhadores”... Vestiu seu filho, pôs um anel em seu dedo e novas sandálias. 

Enquanto os beijos significam Graça, as vestes são de Justiça, o anel elevava o timbre na casa do seu Pai (comparado ao cartão de crédito, por exemplo), e os pés calçados indicam posse (já que os escravos não usavam sapatos); todas as coisas indicam a condição de filho. Não, Ele não te ferirá e não aumentará sua dor, mas te perdoará, te purificará e renovará a Sua Aliança. 

A Aliança ainda está de pé, Deus entregou Jesus nas mãos dos homens por nossa causa. Por causa dos nossos pecados. Minha oração é para que você lembre-se da casa do Pai e diga convicto no coração: “Voltarei para a casa do meu Pai...”, porque você não deixou de ser filho.

Por Mary Emily