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04/04/2020

A COVID-19 e os cristãos perseguidos

Descubra como o coronavírus tem afetado a Igreja Perseguida

Fonte: Portas Abertas

O mundo foi pego de surpresa por um inimigo invisível chamado coronavírus. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 400 mil pessoas contraíram a doença no mundo. O número de mortes está perto de 18 mil, das quais boa parte aconteceu em países como China, Itália e Espanha. Os primeiros casos de infecção pelo coronavírus aconteceram em dezembro de 2019 em Wuhan, centro urbano da China. 

A origem do vírus SARS-CoV2 é de um animal silvestre, que era vendido no mercado de frutos do mar e peixes da metrópole chinesa. As autoridades tomaram a decisão de fechar o local de origem do vírus e passaram a observar os cidadãos. Com o desenvolvimento da doença, também surgiram informações de como fazer para evitar a contaminação de outras pessoas, como a boa higienização das mãos e o confinamento dos infectados. Outra medida tomada foi a proibição de eventos que promovessem a aglomeração de pessoas, como aconteceu em igrejas da nação.

O impacto da COVID-19 na igreja chinesa

Os cristãos do 23º país na Lista Mundial da Perseguição 2020 (LMP), precisaram adaptar as atividades e o pastor Huang Lei contou à Portas Abertas como a igreja chinesa estava se adequando ao momento de incertezas. Os cultos e encontros de discipulado passaram a acontecer via internet, alguns deles mais de uma vez por semana. As pessoas precisavam ainda mais de cuidado emocional e espiritual, mas não poderiam manter contato físico e nem deixar os próprios lares. “Eu acho que isso está nos aproximando mais do que nunca. Oramos, compartilhamos informações e tomamos decisões juntos. O vírus não pode nos parar”, revelou o pastor Huang.

Os estudos sobre a COVID-19 mostravam ao mundo que todos precisavam cuidar melhor dos idosos e das pessoas com doenças pré-existentes, como diabetes e cardiopatias. Todo o zelo foi manifestado em ações por cristãos chineses. “Ouvimos dizer que nossos idosos e deficientes são gratos ao Senhor e ficam muito encorajados por essa oportunidade de reuniões on-line. Antes disso, eles se sentiam alienados, ficando em casa sozinhos, como se estivessem abandonados. Agora eles apreciam a conexão entre irmãos mais do que nunca”, testemunhou o líder.

Quando a saúde ganhava toda a atenção, as prioridades mudaram. A confiança no sustento divino precisava ser exercitada e a única saída era focar no que realmente importava: o relacionamento com Deus. O colaborador Ron lembrou de uma visita que fez ao evangelista chinês Wang Ming-Dao, no início dos anos 90. “Vi-me sentado sozinho em uma cela escura. Não pude usar o tempo para escrever mais livros. Eles me privaram de caneta e papel. Não pude estudar minha Bíblia e produzir mais sermões. Eles a levaram embora. Eu não tinha ninguém para testemunhar, já que o carcereiro empurrava minhas refeições por uma escotilha durante anos. Tudo o que me deu significado como obreiro cristão foi tirado de mim e eu não tinha nada para fazer”, contou o pastor encarcerado. Nesse momento em que tudo foi tirado dele, o líder entendeu que a única coisa que ele realmente tinha e necessitava era a presença de Cristo onde quer que estivesse.

Sem coronavírus na Coreia do Norte?

As igrejas de Wuhan foram as primeiras a experimentar o sentimento de entrega a Deus diante da COVID-19. Era preciso viver um dia de cada vez para a glória de Deus, sem garantia de provisão futura, mas certos de que o mais importante eles já tinham: Jesus. Infelizmente, o mesmo não aconteceu na Coreia do Norte, país número um na perseguição de cristãos na LMP. As contaminações pelo coronavírus até hoje não foram noticiadas publicamente pelo governo comunista, porém há informações de que até o final de fevereiro 200 soldados morreram de uma doença com sintomas parecidos aos da COVID-19. Um dos colaboradores da Portas Abertas que desenvolve ministério com norte-coreanos que vivem em outro país contou que as perspectivas não seriam boas se a pandemia se alastrasse pelo território liderado por Kim Jong-un. "Os hospitais mal estão funcionando, há poucos médicos e há uma enorme escassez de medicamentos. As pessoas doentes compram remédios não rotulados de pessoas que não têm formação médica”, compartilhou.

Outro fator que intensificou a oração dos cristãos espalhados ao redor do mundo foi a escassez de alimentos e a desnutrição. “Uma epidemia de vírus seria desastrosa para eles. Mesmo em países altamente desenvolvidos, o sistema de saúde está sob enorme pressão. A Coreia do Norte não tem meios para ajudar seus cidadãos se houver um surto grave", explicou. A falta de informação também pode ser um agravante para a população, já que tem acesso apenas às informações governamentais. Será que sabem do mínimo cuidado que precisam ter com eles e com as pessoas mais próximas?

Pandemia no Oriente Médio

A Covid-19 chegou ao Irã e fez centenas de vítimas. Uma das medidas encontradas pelo governo foi a libertação de 85 mil presos. As penitenciárias insalubres da 9ª colocada na LMP 2020 foram consideradas “criadouros” para o coronavírus. Apesar de terem libertado alguns cristãos neste período, os que cumprem penas mais longas tiveram os pedidos de libertação sob fiança negados. A Portas Abertas iniciou campanhas de advocacia e de oração para a libertação dos restantes. Porém, nas vilas mais remotas, a situação poderia ser pior, já que os casos de infectados eram referentes a funcionários do governo em grandes centros urbanos. "Estamos morrendo aqui e ninguém parece se importar. Muitas pessoas ao nosso redor adoecem e acabam em hospitais ou estão morrendo”, testemunhou um líder de uma igreja doméstica.

O radicalismo islâmico também encontrou solo fértil durante a pandemia, quando alguns líderes religiosos apontaram a doença como um castigo de Alá sobre os não muçulmanos. Esse preconceito era capaz de agravar ainda mais a situação de cristãos no país, pois muitos deles já são tratados à margem de serviços do governo.

Apesar de enfrentarem a hostilidade da população, muitos seguidores de Jesus mantiveram o chamado de fazer o bem a todos. "Costumávamos mobilizar voluntários para fazer sanduíches e alimentar as crianças de rua que tentam ganhar o sustento para as famílias. Mas, após o surto, tivemos que priorizar o fornecimento de máscaras e desinfetantes em gel para ajudá-las a ficarem seguras", contou um dos líderes locais.

As consequências econômicas chegaram a todos que precisaram interromper o que estavam fazendo para conter a propagação da COVID-19. Os mais afetados foram os pobres que dependiam da renda diária para arcar com as despesas básicas, como alimentação e moradia. Porém, diante dessa necessidade, uma igreja iraniana também agiu. "Estamos fazendo todo o possível para fornecer pacotes de comida para idosos e vulneráveis, que não podem sair, ou para aqueles que perderam o emprego nessas difíceis circunstâncias. Ao longo do ano, compartilhamos as boas-novas de Cristo com nossos vizinhos e comunidade; agora temos a chance de ser as boas-novas”, comentou um cristão iraniano.


Da Redação/AD Alagoas
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