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AD Alagoas / Lições Bíblicas

09/11/2018

Lição 6- Sinceridade e Arrependimento diante de Deus

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Texto: Lucas 18:9-14

INTRODUÇÃO

Até mesmo as pessoas que não professam a fé cristã sabem do que se trata quando alguém é chamado de “fariseu”. Farisaísmo é sinônimo de hipocrisia, postura altamente reprovável por JESUS durante todo o seu ministério terreno. É importante entender que JESUS não reprovava o que era certo do ensinamento dos fariseus (Mt 23.1-3), mas desabonava a conduta deles. Portanto, as boas virtudes devem ser cultivadas, pois estas também são parte da transformação operada pelo ESPIRITO SANTO em nós (Ef 2.10). Como aprenderemos nesta lição, as coisas que o fariseu dizia fazer não eram, em si mesmas, erradas, mas a motivação com que ele agia, isto sim, era algo altamente arrogante e mesquinho. Por isso a lição de hoje nos ensina que o que Deus quer é que nossas orações sejam permeadas de sinceridade e arrependimento. Quando oramos a Deus, devemos confiar em quem Ele é, e não em quem nós somos. Jesus ensina que são felizes os humildes de espírito (Mt 5.3), aqueles que reconhecem a sua real condição diante de Deus. Por isso, hoje vamos falar sobre a sinceridade e o arrependimento para com o Senhor.

I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO

Estamos diante de uma parábola narrativa indireta simples, ou seja, uma comparação entre dois personagens opostos - o fariseu e o publicano -, colocando-os lado a lado. Depois de haver ensinado a respeito da necessidade e do poder da oração por meio da parábola do "juiz iníquo", Jesus conta essa parábola com o objetivo de ensinar a atitude correta na hora da oração. Agora somos ensinados que, além de perseverarmos na oração, é preciso uma atitude correta.

-O fariseu.

1.1. Pertenciam a uma das principais seitas dos judeus (Mt 15.1,2)

. Tinha grande influência entre o povo

. Eram firmes no cumprimento da Lei e das tradições dos anciãos

. Levavam a sério vários rituais (Mc 7.3,4)

. Pagavam cuidadosamente o dízimo (Mt 23.23)

1.2. Fariseu: (separado)

. Se separavam dos outros povos

. Se separavam dos próprios judeus

2. O publicano.

2.1. Erma cobradores de impostos que trabalhavam para os romanos, geralmente judeus

2.2. Como os judeus consideravam os publicanos

. Traidores e apóstatas

2.3. Alguns publicanos extorquiam para si uma boa quantia de dinheiro (Lc 3.12,13; 19.8)

. Eram classificados entre os pecadores (Mt 9.10,11)

. Eram classificados entre os pagãos e as meretrizes (Mt 21.31)

. O povo murmurou pelo fato de Jesus comer com eles (Mt 9.11; 11.19; Lc 5.29; 15.1,2)

. Jesus escolheu um publicano para ser seu discípulo (Mt 9.9)

Fariseus

Mt 3.7; 15.1; 16.1; 19.3; 23.2; Lc 7:30; 18.10; At 5.34; 23.6

Partido judaico que punha muita ênfase sobre a observância de ritos e cerimônias. Pretendiam possuir uma piedade superior e se separavam da gente comum. Criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, e na existência de anjos e espíritos.

(Bíblia de Referência - Thompson - pp.1232

Agora vamos ler mais alguns versículos sobre o farisaísmo, vejamos:

a) Dar esmolas para ser visto pelos homens

Mt 6.1 - Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles, aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.

Mt 6.2 - Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão

b) Gostam de se mostrar e ser vistos pelos homens

Mt 6.16 - E quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

Mt 23.5 - E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,

Mt 23.6 - E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas.

Mt 23.28 - Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.

Tg 1.26 - Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.

c) Seguia rigorosamente a observância de ritos e cerimônias

Guarda do Sábado

Mt 12.1 - Naquele tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas, e a comer.

Mt 12.2 - E os fariseus, vendo isto, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado

Dão Dizimos

Mt 23.23 - Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas ! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.

d) Colocam fardos pesados

Mt 23.4 - Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los.

e) Dificulta as pessoas de se achegar a Deus

Mt 23.13 - Mas ai de vós, escribas e fariseusm hipócritas ! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.

2. O publicano.

2.1. Erma cobradores de impostos que trabalhavam para os romanos, geralmente judeus

2.2. Como os judeus consideravam os publicanos

. Traidores e apóstatas

2.3. Alguns publicanos extorquiam para si uma boa quantia de dinheiro (Lc 3.12,13; 19.8)

. Eram classificados entre os pecadores (Mt 9.10,11)

. Eram classificados entre os pagãos e as meretrizes (Mt 21.31)

. O povo murmurou pelo fato de Jesus comer com eles (Mt 9.11; 11.19; Lc 5.29; 15.1,2)

. Jesus escolheu um publicano para ser seu discípulo.

 Chama a atenção o fato de Jesus ter escolhido um publicano, Mateus, para segui-lo, tornando-se apóstolo (Mt 9.9).

3. A oração.

Os judeus da cidade de Jerusalém tinham o costume de fazer orações nas horas costumeiras (9 da manhã e 15 da tarde). Entretanto, mesmo fora dos horários regulares havia pessoas orando no Templo (Lc 2.37; At 22.17). Um fariseu e um publicano subiram ao Templo com o fim de orar à mesma hora. Como já foi dito, nos aspectos religioso e moral reinava no judaísmo daquela época uma grande distância entre essas duas classes do povo. O fariseu, como vimos, era tido como um homem que cumpria a Lei com rigor exemplar. O outro, publicano, era considerado uma pessoa que vivia em grandes pecados e vícios, sendo mesmo equiparado aos gentios. Essas duas figuras estão orando juntas à mesma hora no Templo. É o que informa a parábola.

II – A HIPOCRISIA DO FARISEU

1. A postura do fariseu no momento da oração.

Inicialmente a parábola contada por Jesus se detém no fariseu, com o objetivo de dizer como este formulava a sua oração. De acordo com uma das interpretações, o fariseu postou-se em local isolado e ali orou (Lc 18.11). O texto enfatiza a posição distinta, separada, do fariseu. Ele postou-se de maneira que chamava a atenção e atraía sobre si todos os olhares dos presentes (Mt 6.5). Ele ora como todos os devotos judeus: de pé, com os braços erguidos e a cabeça levantada. Ele agradece a Deus. Esta é a forma clássica da oração bíblica judaica: o louvor e o agradecimento a Deus. O fariseu, antes de tudo, agradece a Deus por estar isento dos vícios dos outros homens, e em seguida porque é rico em obras meritórias.

2. Uma "oração comum".

Tudo indica que o tipo de oração que encontramos no texto, apesar de transparecer arrogante, não era completamente desconhecido, pois há relatos na literatura rabínica do judaísmo de que tal comportamento era comum. Alguns autores mostram exemplos de orações cujo teor é similar à do fariseu da parábola. Isso, porém, não justifica a atitude e nem a torna aceitável.

3. A oração arrogante.

O fariseu diz a respeito de si mesmo o que era rigorosamente verdadeiro, mas o que o motivava a orar era completamente errado. Não existe nenhuma consciência do pecado, nem da necessidade, nem da humilde dependência de Deus. O fariseu quase que comete a loucura de "parabenizar" a Deus por ter um servo tão excelente como ele! Depois de suas primeiras palavras, não se lembra mais de Deus, mas apenas de si mesmo. 0 centro de sua oração é o que ele faz. A oração do fariseu inicialmente mostra quem ele é. Em seguida, ele passa a destacar as obras excedentes, ou seja, "a mais" que ele realiza. Excedia o jejum prescrito na Lei, o "Dia da Expiação", acrescentando à prática anual (Lv 16.29,31; 23.27), mais dois jejuns semanais. Excedia o dízimo normatizado pela Lei (Lv 27.30,32; Nm 18.21,24), chegando a separar o dízimo dos "temperos" ou condimentos (Mt 23.23). Ele realmente "agradece" por ser quem é, mas, não contente com isso, "agradece" também pelo que supostamente faz para Deus.

III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO

1. A oração do publicano.

O cobrador de impostos parece não estar à vontade no local de culto. Ele não está apto nem mesmo para assumir o comportamento normal de quem ora. Bate no peito como aquele que está numa situação de desespero, suplica com a fórmula do pecador que não sabe fazer o elenco de seus pecados (Sl 51.3). É a oração do pobre que confia totalmente em Deus. Com profunda dor ele exclama: "Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" Nessa breve, porém, sincera e humilde oração, a ênfase recai sobre a palavra "pecador".

2. Sinceridade e arrependimento.

Além de golpear o próprio peito, o publicano nem conseguia levantar os olhos. O termo grego utilizado é uma expressão forte e definida para uma contrição dolorosa e arrependida, tal como aparece em Lucas 23.48.0 publicano sequer consegue formular muitas palavras. Nem mesmo fazendo promessas ele conseguiria obter quaisquer direitos. Ele tem consciência de sua condição, por isso, prostra-se em sinal de sinceridade e arrependimento. A sua condição o permite apenas render-se inteiramente às mãos de Deus. É possível notar, pelas palavras do fariseu, que todos os seres humanos eram pecadores e "apenas" ele era justo. De forma contrária, na confissão do publicano, porém, todos eram justos, "somente" ele era o pecador. Nisto também vemos a comparação entre ambos. Na verdade, estamos diante de uma oração que saía das profundezas de um coração completamente dilacerado pela dor.

3. A oração aceita.

As pessoas que ouvem atentamente a narração de Jesus talvez tivessem esboçado sinais de aprovação inclinando-se para a atitude do fariseu. Porém, num dado momento, o Mestre desconcerta a todos os ouvintes com uma conclusão inesperada. O publicano, que era odiado por todos, isto é, o pecador, recebe o dom de Deus, a justiça, ou seja, o perdão e a misericórdia divina. Já o fariseu, que ostentava a justiça perante Deus como conquista pessoal, não obteve o mesmo favor. O publicano recebeu o favor divino como dom misericordioso de Deus. Esta é a verdadeira justiça, posto ser proveniente de Deus (Rm 1.17). Assim, a oração aceita é a do publicano. Ela vem permeada de sinceridade e arrependimento diante de Deus. Por isso, ele voltou para casa "justificado", ou seja, perdoado e "inocentado" dos seus pecados. O princípio por trás de toda a parábola está muito claro: aquele que se exalta, será humilhado. Ninguém possui algo de que possa se orgulhar diante de Deus. Quem se humilha, será exaltado (Lc 14.11). O pecador arrependido que humildemente busca a misericórdia de Deus, certamente, a encontrará.

CONCLUSÃO

Na parábola que aprendemos na Lição de hoje, o fariseu representa aquele tipo de pessoa que ora bastante, mas não tem uma atitude sincera. O publicano, apesar da classe a que pertence, no momento da oração representa aquele tipo de pessoa que, com sinceridade e arrependimento, se prostra diante do Pai e, por isso, encontra favor. Será que o nosso coração, naturalmente, não é sempre semelhante ao do fariseu? Vê severamente os pecados de outras pessoas, mas esquece dos próprios. O fariseu deixou o Templo da mesma maneira que entrou nele. Devemos orar como publicanos, pois todos somos pecadores. Devemos orar com sinceridade e arrependimento diante de Deus. Quem se humilhando, curva-se até ao pó, será amorosamente conduzido ao coração do Pai (Sl 51.17). Esta pregação é chamada de parábola, embora não haja nenhuma semelhança nela; mas é, antes, uma descrição dos diferentes temperamentos e linguagens de dois grupos:

(a) daqueles que orgulhosamente justificam a si mesmos, e

(b) daqueles que humildemente condenam a si mesmos diante de DEUS. Aqui também fica patente a diferença da postura destes dois grupos diante de DEUS. E vemos isto todos os dias.



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