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22/11/2008

Lembranças do amado Pr. Mário Crescente

Vale a pena recordar a vida de um grande ministro do Evangelho


Pr. Mário Crescente

Os habitantes da pacata cidade de Vi?osa, interior de Alagoas, nem imaginavam que dentre os nascimentos surgiria uma das grandes lembran?as do minist?rio da Assembl?ia de Deus no Estado, o pastor M?rio Crescente da Rocha. Filho de Ant?nio Crescente da Rocha e de Maria Crescente da Rocha, pessoas do campo, ele nasceu no dia 10 de janeiro de 1924.

Quando crian?a, o pai dele resolveu deixar a terra natal e seguir rumo ao desconhecido. Montou a fam?lia em uma carro?a e tomaram destino inesperado. O sul de Alagoas parecia uma trilha, mas em Penedo, na divisa com Sergipe, a popula??o fugia para outros munic?pios por conta de uma doen?a misteriosa que j? havia matado algumas pessoas. Com receio, a fam?lia retornou o percurso.

Na cidade de Pilar, Ant?nio Crescente sugeriu fixar resid?ncia. Passaram ali algum tempo e regressaram para Vi?osa, onde retomaram a vida no campo. Anos depois, j? na fase da adolesc?ncia, M?rio Crescente conseguiu emprego na constru??o de estradas e permaneceu neste of?cio por muito tempo.

Quando completou 26 anos, exatamente no dia 4 de junho de 1950, reconheceu Jesus Cristo com o Senhor e o Salvador da vida dele. A convers?o aconteceu no munic?pio de Junqueiro, tamb?m regi?o interiorana de Alagoas. Com um m?s da decis?o, no dia 11 de julho daquele ano, foi agraciado com o batismo pelo Esp?rito Santo.

A imers?o ?s ?guas foi marcada para o dia 17 de dezembro de 1950. M?rio Crescente preferiu ser batizado na cidade onde nasceu, em Vi?osa, pelo pastor Jos? Santana, de saudosa mem?ria.

Com os pensamentos e as atitudes regeneradas pelo Senhor, ele come?ou flertar a jovem Maria Cassiano da Rocha, com a qual chegaria a se casar no dia 24 de abril de 1954. A fam?lia recorda que o per?odo entre o namoro e o casamento foi curto. O pai da mo?a, o ent?o presb?tero com a??o pastoral Manoel Levino (in memorian), conhecia a boa conduta do pretendente da filha e n?o fez obje??o ao matrim?nio.

A uni?o trouxe v?rias alegrias e as principais foram os filhos: Jesiael, Jediael, Jasiel, Gedida, Geza, Gerson, Janete, Joab, Josias e Jo?s. At? agora s?o 10 netos. Gerson, conforme revelou um dos filhos, morreu antes com um ano de idade. Outros dois n?o chegaram a nascer.

Quando nasceu o primog?nito, M?rio Crescente foi morar em Santos (SP) para trabalhar no porto. Ele foi primeiro e depois a fam?lia embarcou em um navio popular. A estada em S?o Paulo durou apenas um ano. O retorno ao Estado de Alagoas foi antecipado por conta da falta de adapta??o da esposa, que ficou bastante doente.

A primeira resid?ncia da fam?lia, na Rua Dr. Osvaldo Cruz, 608, na Ch? de Bebedouro, foi escolhida como ponto de prega??o, onde semanalmente aconteciam cultos. Foi nesta ?poca que M?rio Crescente come?ou a se dedicar na obra do Senhor. A consagra??o ao diaconato aconteceu no dia 30 de agosto de 1961.

A boa conduta lhe rendeu grandes responsabilidades logo cedo. Em mar?o de 1962, o ent?o pastor-presidente da Assembl?ia de Deus em Alagoas, Ant?nio R?go Barros, o autorizou a assumir o primeiro campo, no munic?pio de Coruripe. No dia 30 de agosto daquele ano foi aclamado evangelista. Quando chegou ? cidade, o templo ainda n?o havia sido erguido, obrigando os irm?os a se reunirem na casa do pastor, na Rua da Vassoura.

Coruripe era ?mergulhada? na religiosidade e os crentes quando iniciaram os trabalhos evangel?sticos na cidade sofreram duras persegui?es. Numa ocasi?o, uma amea?a na porta do pastor levou ao aborto de um dos filhos dele.

Jesiael Cassiano da Rocha, filho do pastor M?rio Crescente, conta que o culto havia encerrado e a fam?lia se preparava para dormir quando homens a cavalo gritavam no port?o para tomar satisfa??o. O susto foi t?o grande que Maria Cassiano passou mal e terminou abortando o filho, para desespero dos parentes.

Em outro momento, no batismo de alguns novos convertidos, pescadores e populares circulavam os irm?os com canoas e iniciavam uma s?rie de vaias. O pastor orientava aos obreiros a ignorarem a tentativa de intimida??o.

Ainda em Coruripe, os familiares recordam M?rio Crescente andava a p? quase seis l?guas para dirigir cultos em um povoado distante do centro da cidade. No retorno, ficava conversando com os membros da igreja at? mais tarde para evitar que o vissem atravessando o rio a nado e com bermudas.

Ap?s quatro anos naquele munic?pio, foi designado para pastorear Matriz do Camaragibe. Antes de sair comprou terreno e construiu o alicerce para o templo-sede de Coruripe. Em Matriz, que inclu?a Passo de Camaragibe, ficou de 5 de abril de 1966 a 1971. Foi l? que ele incentivou os filhos a investirem na carreira musical e a estudarem.

O pastor Jos? Ant?nio dos Santos, na ?poca dirigente do campo em Jacu?pe, era um dos grandes amigos de M?rio Crescente. Sempre que era necess?rio havia o convite para Z? Neco pregar a Palavra de Deus no culto em Matriz. Para chegar ao local, o atual presidente da Assembl?ia de Deus no Estado utilizada a Lambreta, ve?culo popular naquela d?cada.

Em Matriz, costumeiramente, homens armados amea?avam a realiza??o dos cultos nas ruas. Em um deles, um deficiente mental mirou uma espingarda em dire??o ao pastor, o filho correu com medo, mas, por livramento de Deus, ningu?m foi ferido.

No dia 27 de junho de 1971 tomou posse em Col?nia Leopoldina, com abrang?ncia tamb?m em Ibateguara e Novo Lino. Um ano depois (1? de setembro de 1972) foi consagrado a pastor, pelo presidente Manoel Pereira Lima. J? em 7 de janeiro de 1979, M?rio Crescente assumiu o campo de Flexeiras, onde permaneceu at? 12 de mar?o de 1985, quando foi convocado a se mudar para Paripueira, ?ltimo campo do pastor.

PARTIDA

Hipertenso desde jovem, M?rio Crescente sempre foi cuidadoso com a sa?de e seguia ? risca o que os m?dicos orientavam. Aos 63 anos de idade, descobriu o diabetes, mesmo assim n?o se preocupou e permaneceu fazendo a dieta correta.

Quando completou 70 anos os problemas foram surgindo em decorr?ncia da alta taxa de glicose e da press?o elevada. Com 71 anos teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou derrame, sem grandes complica?es. O diabetes insistia em prejudicar a vis?o do pastor, que j? n?o mais conseguia ler a B?blia com freq??ncia. O filho, Jesiael, conta que entendia a tristeza do pai em n?o mais poder estudar a Palavra de Deus. Para alegria de M?rio Crescente, uma fotoc?pia ampliada garantiu a leitura por um bom tempo.

Debilitado, insistia em ser caridoso com as pessoas. Um dia antes de ter um novo derrame, celebrou um casamento, mesmo com o atraso da noiva. ?N?o posso ir embora, seria uma afronta aos noivos?, disse o pastor a um dos filhos que pediu para ele ir embora por conta do atraso.

Em fevereiro de 2000, teve um novo AVC, e, durante treze dias, ficou em coma profundo na UTI do Hospital dos Usineiros. O filho dele, Jediael Rocha, que j? era pastor em S?o Paulo, ouviu a voz de Deus que acenava para a partida do pai, que aconteceu no dia 4 de mar?o daquele ano, v?tima de fal?ncia m?ltipla dos ?rg?os. A fam?lia fazia em casa o culto dom?stico e entoava o Hino 433, da Harpa Crist?, quando souberam a informa??o. A esposa do pastor M?rio Crescente faleceu no dia 5 de julho de 2005.

?Meu pai era superpontual desde crian?a, discreto, fiel nos d?zimos e nas ofertas, prova disso ? que quando vim falar com o pastor-presidente para agradec?-lo, ap?s a morte, ele revelou que o meu pai pagava todas as contas em dia. Al?m disso, era muito leal com os amigos, trabalhador, justo e, acima de tudo, um homem de ora??o?, confirma Jesiael Rocha.

Assim que o pai morreu, Jediael escreveu uma esp?cie de s?ntese da vida do pastor. Neste documento, ele conta alguns momentos de M?rio Crescente no ?mbito espiritual e escreveu de forma po?tica em homenagem ao seu grande admirador.

?Atendendo ao convite do Divino Mestre, o Pr. Mario Crescente da Rocha, ap?s honrar os seus compromissos agendados por Deus, para militar legitimamente na Terra, rompeu vitorioso a fita da chegada e seguiu laureado com os trunfos da vit?ria ? eterna P?tria Celestial para o almejado encontro com o Pai da Eternidade?, relata o filho num dos trechos da biografia.

No m?s passado, em 24 de outubro, Jediael Rocha faleceu em Osasco (SP) aos 53 anos, por complica?es com o transplante num dos rins. Ele era um homem versado nas Escrituras Sagradas e chegou a gravar v?rias mensagens b?blicas em CDs. De acordo com a fam?lia, era um autodidata.



Thiago Gomes
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