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Natal Cristão

A comemora??o do Natal est? revestida de pr?s e contras. O primeiro questionamento diz respeito ao m?s de sua comemora??o. Sabe-se hoje, que o Senhor n?o nascera durante as chuvas e inverno do m?s de quisleu, o 9? do calend?rio judaico e equivalente a dezembro.

As chuvas e o inverno, pr?prios do m?s, conforme Cantares 2.11 (?Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi?. Leia tamb?m Esdras 10.9,13), impediam que pastores e rebanhos ficassem expostos ? noite, conforme narrativa do nascimento do Senhor em Lucas 2.8: ?Ora, havia naquela mesma regi?o pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vig?lias da noite o seu rebanho?, ocorr?ncia pr?pria do ver?o.

Portanto, o m?s mais tardio do nascimento de Jesus ? setembro e a ?poca mais prov?vel est? entre julho e setembro. A data exata n?o se sabe.

Existem ainda os exageros adotados a partir de Constantino, como o pres?pio, verdadeira inicia??o a formas idol?tricas.

Como se percebe, pecamos pelo excesso, pois n?o precisamos de dias e datas, sol e luas para apoiar nosso servi?o ao Senhor, como o ap?stolo Paulo exorta em G?latas 4.8-11: ?Mas, quando n?o conhec?eis a Deus, serv?eis aos que por natureza n?o s?o deuses. Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de v?s, que n?o haja trabalhado em v?o para convosco?.

Ainda em Colossenses 2.16-18 temos a seguinte observa??o: ?Portanto, ningu?m vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos s?bados, que s?o sombras das coisas futuras, mas o corpo ? de Cristo. Ningu?m vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que n?o viu; estando debalde inchado na sua carnal compreens?o?.

A comemora??o

Por outro lado, a comemora??o do Natal figura como marco e contraponto ? tentativa de esvaziamento cultural ? Verdade Absoluta (?Eu Sou a Verdade?, Jo 14.6), sob a for?a do Relativismo e outros ismos profanos, que imp?em ao mundo o ?deus deste s?culo ? ?O qual se op?e, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentar?, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus? (2Ts 2.4) ?, na tentativa de varrer o sagrado ou reduzi-lo ao profano, temporal, secular.

Mas o Natal se fecha em si mesmo, com o nascimento do Senhor, pois a obra de Expia??o se consolida na Glorifica??o, ap?s a Ressurrei??o, a nossa maior e mais importante festa, a P?scoa crist? ou Ceia do Senhor (1Co 7.5).

Por?m, n?o h? mal em si comemorar o Natal. O nascimento do Senhor fora anunciado pelo sinal no c?u a conduzir os s?bios do oriente (magos) e ainda profetizado por Isa?as 9.6: ?Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado est? sobre os seus ombros, e se chamar? o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Pr?ncipe da Paz?.

Exageros

Deve-se ter a consci?ncia do que se comemora e o conhecimento Dele, sem deixar-se levar pelos apetrechos humanos, como o apelo de mercado, quando as pessoas usam o momento para mostrarem-se superioras e cheias de luxo, a retratar 1Cor?ntios 11.17,21, quando os mais abastados comiam e at? se embriagavam, a pecar pelo excesso, enquanto os pobres ficavam ? margem da ?festan?a?, num verdadeiro ?ajuntamento para pior?.

Por fim, podemos dizer que mais importante que passar somente por um dia de Natal feliz ? ir al?m da nossa data natal?cia, por meio da experi?ncia de receber ao Senhor como Salvador, a provocar a ren?ncia aos preceitos que norteiam as expectativas do homem natural, e, a? sim, teremos um Natal feliz todos os dias (pelo novo nascimento Nele), pois ?se morrermos com Ele, tamb?m com Ele viveremos?, 2Tm 2.11.

Feliz Natal!