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04/12/2019

Confira o relatório trimestral da obra missionária na Bolívia

O pastor José Carlos Gomes Feitosa fala sobre os últimos acontecimentos vividos no país


Montero, 4 de dezembro de 2019

Saudações fraternas desde terras longínquas.

Inicialmente quero agradecer o apoio generoso do nosso pastor-presidente Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima e da nossa Secretaria de Missões na pessoa dos pastores Carlos Gomes e Sebastião Oliveira, presidente do Conselho de Missões e secretário executivo de Missões, respectivamente.

Ao chegar no campo missionário em Montero, no Departamento de Santa Cruz de la Sierra no dia 8 de setembro do presente ano, fomos muito bem recebidos pelo pastor José Calheiros, vice-presidente da nossa igreja na Bolívia, e de igual maneira pelos membros e congregados que aqui encontramos.

Nos primeiros cultos que dirigimos logo depois da nossa chegada, fui impulsado por Deus a começar a ministrar nossa visão de Reino e de Ministério para esta obra. Não tive outra prioridade que não fosse a implantação desta visão de trabalho e de valores cristãos. Logo de haver começado a ministrar, percebi que a igreja assimilou de forma exitosa e respondeu mui positivamente ao que lhe estava sendo proposto.

O Espírito Santo tem sido generoso para com a sua igreja e tem animado os crentes de forma gloriosa. De uma maneira sobrenatural, a graça de Deus tem sido derramada sobre a igreja de tal maneira, que a cada culto fica no coração do povo um ardente desejo pelo próximo momento de reunião, para outra vez se alegrar na presença do todo poderoso. Essa alegria é revelada no grupo de WhatsApp da igreja, onde os irmãos comentam e afirmam estarem ansiosos pelo próximo culto.

Este sentimento de gozo e alegria espiritual tem contribuído para o sucesso da operação dracma perdida, projeto implantado para animar os que por algum motivo já não vinham mais a igreja. A frequência nos trabalhos tem crescido a cada culto e o reflexo disto é a nossa EBD, que está com uma assistência de aproximadamente 70% dos crentes de forma assídua.

Estamos empenhados em acompanhar e apoiar regularmente os trabalhos em nossos anexos (sub congregações) em Santa Cecília, Villa Copacabana, Villa Bush e Bairro Guadalupe.

Tudo ia seguindo essa sequência como um princípio de avivamento, quando por ocasião das eleições gerais neste país, no dia 20 de outubro, se iniciou uma sequência de conflitos em meio aos quais se decreta uma paralização nacional, as cidades ficaram bloqueadas, as rodovias foram bloqueadas e os movimentos favoráveis e contrários ao governo de Evo Morales começaram a se digladiar.

No dia 22 de outubro, chegaram os pastores Cícero Marinho e Severino Rodrigues, acompanhados do jovem Manassés, para participarem do Sétimo Aniversário da obra missionária como representantes da igreja alagoana e como pregadores do evento. Justamente neste dia foi decretado a paralização nacional a partir da meia noite.

Com esta paralização cívica, não se podia ter nenhum tipo de reunião de pessoas, portanto, não podíamos realizar cultos e ficamos impedidos de comemorar o aniversário da igreja. Nossos convidados ficaram detidos no hotel, saindo apenas para vir a nossa casa para almoçar, se arriscando em um verdadeiro labirinto, devido ao bloqueio das ruas, e tínhamos que intentar chegar por caminhos alternativos que nem sempre davam certo.

A medida que se agravava a situação e o país caminhava para uma guerra civil, chegou o dia 27 de outubro e os pastores teriam que retornar dia 28 para Maceió. Como não se podia ir pela rodovia, a preocupação e o temor aumentava, pois não havia forma deles saírem do país.

Na noite do dia 27 realizamos um culto na casa do pastor Calheiros, apenas nós brasileiros. Ao final do culto, fizemos um clamor e pedimos a Deus que abrisse caminhos. Findo o culto, jantamos e levamos os pastores para o hotel. Saindo dali, senti de ir a uma parada de Truffi (taxi lotação) e conversei com um motorista. Explicada a situação, ele aceitou nos levar ao aeroporto por um caminho não convencional.

A distância entre Montero e o aeroporto é de 43 km. Fizemos este percurso em duas horas e trinta minutos por dentro do mato, cruzando sítios e fazendas para poder chegar, e apesar de ser um caminho ermo e esquisito, tivemos que passar por cinco bloqueios com dificuldade. Graças a Deus nossos pastores puderam retornar às suas famílias sãos e salvos.

Logo depois do regresso dos servos de Deus, os conflitos em Montero se massificaram. Os grupos afins ao governo começaram a atacar a cidade, depredando supermercados, lojas e atacando a quem encontrassem pelo caminho. Em um desses conflitos, duas pessoas morreram e vários ficaram feridos à bala, incluindo um jovem da nossa igreja. Do alto comando desses movimentos sociais, saiu a ordem para cercar Santa Cruz, da qual a porta de entrada é Montero. Aqui era justamente onde se tinha que formar a resistência.

Enquanto se desenvolvem esses conflitos, seguimos sem poder fazer cultos, não por medo ou covardia, mas para preservar a integridade física dos crentes e não atrair a ira dos líderes sociais contra a igreja.

Meu trabalho nesse momento foi contatar com os irmãos por WhatsApp orientando e abençoando a cada um deles enquanto a situação permanecia conturbada. Os ataques aumentavam a cada dia e a situação se complicava. Os estrangeiros estavam saindo do pais, o consulado brasileiro orientava que os que pudessem sair do país que o fizessem e os que pretendiam vir que adiassem suas vindas até o fim desta situação crítica.

Nesse interim, recebi uma mensagem do nosso pastor-presidente dizendo que se víssemos que a nossa segurança estava em risco, avisasse que imediatamente ele mandaria as passagens para que regressássemos, atitude esta que agradeço de coração, pois demostra o cuidado que ele tem por aqueles que estão sob o seu comando. Seguramos por mais uma semana e como os ataques eram cada vez mais perigosos, entrei em contato e pedi para que levassem minha esposa e filhas de volta a Maceió. Eu fiquei, pois não poderia abandonar o rebanho que a mim foi confiado.

Depois de quase um mês, Deus ouviu as orações da igreja em várias partes e agiu em favor da Bolivia e da igreja. O ditador Evo Morales renunciou ao cargo e fugiu para o México. Devido a isto, a paralização nacional chega ao fim, a pesar de que ainda existam conflitos em algumas partes do país.

Então, voltamos às atividades na igreja, que se normalizou depois de quase um mês sem ter culto ou qualquer trabalho eclesiástico. Nos primeiros dias após a paralização, ainda se sentia um certo bloqueio espiritual. Poucos irmãos vinham à igreja, uma vez que houveram choques entre irmãos que são adeptos dos dois lados conflitantes, contra e a favor de Evo Morales. Minha única ação foi buscar a Deus em oração e pedir que derrube toda a barreira que o inimigo pôs e graças a Deus a igreja voltou a encher como dantes.

Graças a Deus celebramos o sétimo aniversário da igreja neste sábado 30 de novembro e domingo 1 de dezembro. O Senhor nos abençoou e tem confirmado nossa vinda à Bolívia, sete pessoas aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e salvador, somando o total de 22 pessoas que aceitaram a Cristo desde que chegamos aqui. Muitos irmãos também foram curados e renovados no Espirito Santo.

Reunimos os irmãos da sede e dos quatro anexos em um local onde se faz culto uma vez por semana na localidade de Villa Bush, e reunimos pouco mais de duzentas e cinquenta pessoas, somente da nossa igreja, sem nenhuma igreja convidada.

Quero finalizar este relatório, que certamente ficou extenso devido aos acontecimentos políticos, mas achei necessário incluir estes fatos, pois considero um levante maligno contra o que Deus está fazendo na Bolivia.

Concluo reiterando meus agradecimentos ao nosso pastor-presidente, ao nosso secretário executivo de Missões, à toda equipe da Secretaria de Missões e à igreja em Alagoas, que tem contribuído e apoiado com suas orações.

A Deus Toda a glória!

Pastor José Carlos Gomes Feitosa
Missionário na Bolívia

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