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28/01/2019

Brumadinho e o Bairro do Pinheiro: O que tem em comum?

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“A Natureza fez o comer para viver e a gula humana fez o comer muito, estupidamente muito, para o viver pouco!”

Quase treze milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério despencaram da Barragem 1 do Complexo “Mina do Feijão” da mineradora Vale atingindo a área administrativa da Vale, comunidades da região e o rio Paraopeba, na Bacia do Rio São Francisco.

Os valentes guerreiros da vida, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais já apresenta que, no mínimo, o índice de desaparecidos se aproxima de 350 pessoas. Cem funcionários da Vale desapareceram.

Por enquanto, 51 oficiais e 6 aeronaves e agentes do Exército Israelense foram enviados e trabalham na ocorrência com equipamentos especializados para detectar a possibilidade de sobreviventes debaixo da Lama. Desesperos, gritos estarrecedores, lágrimas sem fim. Pessoas desaparecidas, soterradas. Tudo isso consequências provocadas pela dor da perda de entes queridos, soterrados em um grande mar de Lama.

Em Maceió não é diferente. A situação das crateras abertas e rachaduras em todo o bairro do Pinheiro está piorando a cada minuto passado em nossos relógios.

Há quem diga: “ESTAMOS PRESTES A PRESENCIAR UMA TRAGÉDIA EM ESCALA INCALCULÁVEL”. Parece que só iremos perceber essa realidade depois que o caos for instalado. Precisamos fazer alguma coisa. Para a igreja cabe por enquanto ORAR!

Qual a relação entre os dois fatos?

Foi um dos mais influentes personagens do século XVII, em termos de política e oratória, filósofo, escritor e orador português da famosa Companhia de Jesus, o padre Antônio Vieira, que de forma sisuda destacou a triste realidade tão bem vista em Brumadinho - BH e aqui na capital alagoana, Maceió, no bairro do PINHEIRO. A Natureza apenas responde à exploração desenfreada e o ganancioso Extrativismo.

Aquela que, de forma “biodiversificada”, deveria ser responsável pela sobrevivência não só da raça humana como também de todo o equilíbrio da fauna e da flora, tem sido bombardeada e apenas se defende, tentando “reocupar” seu espaço tomado.

Foi Arthur Schopenhauer que afirmou ser o homem o principal culpado de fazer do Planeta Terra, que era habitat perfeito, um Inferno para os animais racionais e irracionais.

O grande pensador e matemático Pitágoras, por sua vez, apresenta o homem como um ser miserável pelo fato do mesmo não conseguir identificar visualmente os bens que estão no seu campo de resolução diante de seus narizes, quem sabe, cego por sua ganância e espírito “bandeiranacionalizador”.

Segundo Albert Schweitze, o Homem deseja dominar a Natureza antes mesmo de ter aprendido dominar a si mesmo. Talvez isso explique o que está acontecendo no bairro do Pinheiro e em Brumadinho, isto é, um alerta aos habitantes do globo terrestre de que estamos vivendo essa situação e esses “tempos tenebrosos” provocados por nós mesmos.

O que a Bíblia diz?

Lamentavelmente estamos vivendo tempos calamitosos, onde os seres humanos estão na lítera degradando o meio ambiente. Para todos os ângulos que direcionarmos nossos olhares críticos iremos contemplar o planeta sendo destruído, nosso belo lar chamado de Natureza a cada dia está sendo arruinado.

Os homens esqueceram que o Criador os concedeu a responsabilidade de zelar e cuidar do Planeta em que vivem e se folhearmos as Sagradas Escrituras perceberemos que somos orientados pelo Senhor a cuidar da Natureza. Ao analisarmos o livro da Criação vamos perceber o desejo do Senhor em cultivarmos, zelarmos e cuidarmos do planeta pelo fato de ser o nosso habitat. (Gênesis 2.15)

No exato momento que não obedecemos ao determinado pelo Criador, desacatando nossos limites e faltando com respeito a Natureza, ao ar, a Flora, a Fauna, enfim, a tudo que contribui para um equilíbrio sustentável e necessário para que haja vida. Nos tornamos omissos e passamos a ideia de querermos apenas sugar e extrair tudo sem pensar nas consequências. E isso, meus queridos leitores, não passa de uma visão egoísta, que é arbitrária aos propósitos divinos nessa relação entre Natureza e Homem.

Poucas não são as referências bíblicas onde Deus aborda acerca dos cuidados para com a Natureza. Quem não cuida do seu habitat no presente irá, indubitavelmente, prejudicar as gerações vindouras. Não temos dúvidas que Deus delegou ao homem o domínio do meio ambiente, mas isso não significa que temos que dominar de forma tirana, mas ao contrário, de forma sábia e ética.

Já observou o comportamento de Abraão e a sua preocupação futurista? Quando o mesmo foi enviado para um lugar desconhecido com o intuito de procriar e proliferar sua semente na face da terra, a Bíblia mostrará que o Pai na Fé e patriarca percebeu a necessidade de cuidar do meio ambiente que abrigaria sua prole. A primeira coisa que ele fez foi plantar uma árvore, plantar uma tamargueira! (Gn 21.33).

Você já parou para questionar a idade que Abraão tinha no momento que plantou essa árvore? O que levou ele a plantar uma árvore que ele mesmo não descansaria abaixo de suas sombras e nem chegaria a experimentar seus frutos? Nos vemos aqui um símbolo de sua preocupação em contribuir para deixar fontes de alimento e descanso para gerações futuras. Que atitude nobre do velho Abraão. Esse cuidado com a Natureza e com o meio ambiente é algo nobre que o próprio Criador muito valoriza. Nos vemos um Deus zeloso com a flora.

Observemos os registros mosaicos e pentateuquianos em Deuteronômio 9.8-9. É da total preocupação e orientação divina que não houvesse mistura entre as sementes com espécie diferentes, para que não comprometesse e não prejudicasse o fruto da vide.

Há uma destacada preocupação com o habitat, com a segurança com o lar que vivemos. Veja a preocupação divina na segurança do trabalho no momento em que o Criador pede para que fosse colocado um tipo de proteção para evitar os “acidentes” e nem ocasiona-se e “culpa de sangue”.

Interessante que a preocupação divina com a preservação da natureza não é só com a Flora, mas também com a fauna. Quando nós eliminamos o habitat de um animal ou quando exterminamos o animal-mãe com seus filhotes, comprometemos no mínimo com a reprodução animalesca e por tabela contribuímos para a extinção dessa espécie. Na realidade, o que deduzimos é que Deus nos incentiva a zelarmos pelo meio ambiente, por nosso lar, pela Natureza. Que são frutos da ação divina que revelam as obras de suas mãos. (Dt 22.6; Sl 19.1).

Quando tratamos de Existência e Sobrevivência humana, estamos, na íntegra, dentro de questões rotineiras do pensamento filosófico. Isso não vem de hoje, mas desde a época da Filosofia Pré-Socrática, onde tentavam a todo custo encontrar respostas aos fenômenos ocorridos e provocados pela Phisis.

É de competência não só do filósofo, mas também do Teólogo acompanhar, questionar e refletir tudo que gira em torno da ação humana sobre a natureza, do meio ambiente e da biodiversidade, bem como da reação desta em relação à insaciável fome da raça humana em destruir aquilo que Deus com tanto amor e equilíbrio fez para ser nosso lar.


Pastor Adriano Oliveira/AD Alagoas
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