Na revista de História Cristã, publicada em inglês, dele está escrito:
MARTIN LUTHER: O MACHADO DE GUERRA DA REFORMA
“Nasci para guerrear contra fanáticos e demônios. Assim, meus livros são muito tempestuosos e belicosos. Preciso desarraigar os tocos e as toras, cortar os espinhos e arbustos, preencher os charcos. Eu sou o lenhador rude que precisa desbravar e abrir caminho.”
Estas foram as palavras de um homem que reformaria o mundo que a Europa do século XVI conheceu. Como monge do monastério mais rígido: a Ordem dos Eremitas Agostinianos, nunca lhe foi ensinado o que todos nós sabemos hoje: que Jesus veio para nos reconciliar com Deus. Ele só sabia o que havia sido passado ao longo de gerações por meio da Tradição do Catolicismo Romano, que sempre se considerou e ainda hoje se considera como autoridade acima da Bíblia.
No monastério, por providência divina, foi permitido a Lutero ler a Bíblia sem restrições. Esse foi o grande e angelical equívoco da Igreja Católica! Lutero aplicou-se profundamente ao estudo da Bíblia e pode enxergar como ninguém as verdades das boas novas do evangelho, ocultadas pelo credo da igreja romana.
Em 1513, começou a estudar o livro de Salmos e a trilhar o caminho da revelação que o libertaria. O Salmo 22 abriu uma fresta na porta do seu entendimento, e começou a deixar a luz de Deus penetrar na sua vida, de maneira que pôde enxergar, pela primeira vez, a real dimensão do sofrimento e triunfo do Messias, ao ler os versos 1 e 2 deste Salmo:
Meu Deus! Meu Deus!, Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? Meu Deus! Eu clamo de dia, mas não respondes; de noite, e não recebo alívio!
A reforma de Martinho Lutero foi ampla. Ele não se limitou apenas as questões doutrinárias dos alertas de heresias e práticas malignas, mas avançou também para a reforma da música. Ele trouxe a autêntica música sacra para o culto cristão, dizendo que “ao lado da Palavra de Deus, a música merece o mais alto louvor”.
Lutero entendeu que a música era divina. Segundo o que disserta Roberts Liardon no livro Generais de Deus, ele mesmo era um músico incrível, tinha uma boa voz para cantar e era hábil no alaúde. Ele percebeu cedo a importância da música para o avanço do evangelho.
Para dar suporte a seus argumentos sobre a música, Lutero apontava como exemplos Moisés e Davi. Ele ensinava as pessoas como Moisés louvou a Deus depois de passar pelo Mar Vermelho, e como Davi escreveu muitos salmos.
Lutero tinha sentimentos tão fortes acerca do lugar da música no ministério que não queria ordenar um novo ministro que não conhecesse a importância espiritual da música. Ele queria que as pessoas experimentassem o poder da música em alemão, a fim de que fossem edificadas pela Palavra de Deus enquanto cantavam. Por isso, logo começou a escrever hinos. Ele escreveu mais de vinte hinos no período de um ano.
No auge da perseguição em 1527, sob a inspiração do Espírito Santo, ele escreveu o hino clássico: Castelo Forte é Nosso Deus, tomando como base as palavras do Salmo 46, que afirma no seu primeiro verso: “Deus é o meu refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”.
Jurandir Alves Nicácio
Referências:
- Bíblia de Estudo da
Reforma, Ed SBB, ed 2017.
- Liardon, Roberts. Generais de Deus. Ed Bello Publicações,
ed 1, Belo Horizonte, 2016
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